Conservadores Vs Socialistas nos EUA

Segundo o mais recente estudo da Gallup, há apenas 6 estados em que o número de Socialistas é superior ao de Conservadores. A saber: Hawaii, Washington, New York, Vermont, New Hampshire e Massachusetts.
Nos estados a vermelho forte no mapa abaixo, a vantagem é de 20 pontos percentuais (!)

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O estudo mostra bem o peso dos “moderados” como factor de decisão das eleições americanas. E com o Partido Democrata a tornar-se cada vez mais “out of touch” (a última é acusarem Bernie Sanders de ser Trumpista por este defender Guaidó e atacar Maduro), o futuro parece risonho para o Partido Republicano em 2020, quer em termos presidenciais, quer sobretudo para os candidatos “down ballot”, i.e., senadores e representantes.

Espero curioso para saber o que dirá Luís Costa Ribas deste estudo – no dia de São Nunca mais ao menos por esta hora.

20 pensamentos sobre “Conservadores Vs Socialistas nos EUA

  1. Olympus Mons

    Mais importante que o Luís Costa Ribas (um tonto) é Bill Maher ter dito: “eles não nos odeiam, só querem ser como nós”. – Este comentário resume bem o modo como os Liberals/Esquerda não tem mesmo a mínima noção do pais em que vivem (nem lá nem cá). E isso torna tudo muito perigoso para os EUA. Trump vai ganhar e vai ganhar de forma estrondosa. E a Esquerda Norte Americana vai ter um novo, e ainda maior e feio, ataque de histeria.

    Outra curiosidade é o facto de um dos maiores factores de divisão seja a imigração na fronteira sul e não deixa de ser curioso que o único estado que faz fronteira com o México e é azul é curiosamente o único estado nos EUA que tem um muro, uma “Wall” a toda a sua extensão – A Califórnia (CA). Mandado construir pro Bill Clinton em 1995. Isto só visto que contado ninguém acredita.

  2. Puro delirio.

    Atenção, eu até acredito que o Trump possa ganhar as eleições de 2020, mas será-o devido às peculiaridades do sistema eleitoral norte-americano, não devido a uma rejeição do Partido Democrata pelo eleitorado.

    O RCM quer fazer aqui uma aposta que, em termos de voto popular, o candidato Democrata em 2020 vai ficar à frente do candidato Republicano por uma margem (em pontos percentuais) maior da que a Clinton ficou à frente do Trump?

  3. cdascgil

    O Bernie está a ser criticado pelos democratas por NÃO apoiar o Guaido, e assim poder perder os votos dos hispânicos.
    Estão a critica-lo, neste caso, por favorecer o Trump por não ser trumpista.

  4. RCM e CDASCIL, seria boa ideia se qualquer um de vocês apresentasse alguma indicação que o Bernie Sanders está a ser criticado pelo Democratas, seja por apoiar Guaidó, seja por não apoioar Guaidó (em vez de simplesmente termos que nos guiar pela vossa palavra).

    Mas procurando no Google por Bernie+Sanders+Guaidó, as primeiras entradas parecem dar razão ao CDASCIL (a primeira coisa que aparece é isto – https://www.politico.com/story/2019/02/21/bernie-sanders-venezuela-maduro-1179636: “Florida Democrats are denouncing Democratic presidential candidate Bernie Sanders for refusing to call Venezuelan strongman Nicolas Maduro a dictator — a politically explosive issue in the nation’s biggest swing state.”)

  5. Jose A Figueiredo

    Sou conservador, mas não sou conservador sem moral nem sem cérebro. O Trump é simplesmente um homem intragável. Narcisista, crony, e um total imbecil. O verdadeiro “conman”. Tudo que o homem toca ou acaba em falência ou vai para a prisão.
    O Trump nem se quer é conservador, apenas queria ser Presidente dos Estados Unidos e achou que teria melhores hipóteses com os “deplorables” no partido Républicano. Ele é um populista que confunde Reality TV com Reality.
    Nada neste homem é admirável. É um criança que governou a vida com ilegalidades e/ou birras de criança. É um homem que põe o seu bem-estar e o seu ego à frente de tudo e todos – incluindo a sua própria família.
    O Trump não saberia o que é o conservadorismo nem que lhe batesse no focinho. Dizer que o Trump é um conservador é cuspir no legado de todos os conservadores espalhados pelo mundo inteiro, mas em especial nos conservadores americanos e no Partido Républicano.

  6. Miguel Madeira,
    Eu no seu lugar aprendia a usar o Google.
    Para não dizer o que disse.
    Não é crítica, é uma constatação. Que interessa substanciar, portanto vamos fazê-lo com o detalhe possível.

    1) Sanders inicialmente recusava-se a criticar Maduro. Depois de Hispânicos o terem pressionado, ele começou a criticar… para agora ser criticado por estar alinhado com Trump (e como se sabe se há certeza que alguns democratas têm é que Trump está sempre errado (!) ).
    Aliás, há até a piada que se Trump elogiar o Oxigénio, alguns democratas vão morrer de falta de ar só para contrariar.

    2) #WalkAway foi um movimento real e com alguma expressão. Não só pelos milhares de democratas que após uma vida mudaram para os republicanos e que nunca mais “voltam à plantação”, como sobretudo pelos milhões de vizualizações que o movimento gerou de cerrar de fileiras entre os Republicanos. O #NeverTrump entre os republicanos morreu, a base está consolidada, e os moderados viram bem como funciona o modo de pensar dos esquerdas. Não sobrestimo o peso do movimento, mas também creio que o Miguel faz mal em menosprezar o movimento, sobretudo como peça de um movimento mais alargado de fraturação da base do partido democrata enter progressistas cada vez mais radicais (e identitários), elitistas cada vez mais fechados nas suas torres de cristal a fazer virtue-signaling para o resto da população e os moderados cada vez mais assustados com aquilo em que o Partido Democrata se está a tornar. Afinal, a esta altura já nem Bernie Sanders se pode candidatar por ser um “senior white men”.

    3) Trump irá ganhar não só no colégio eleitoral como também em número de votos. Só alguém que não acompanha todos os estudos de opinião nos EUA poderá ter passado ao lado do triplicar (!) de apoio a Trump entre os afro-americanos, do apoio crescente de Trump entre os hispânicos, do enorme apoio dos moderados ao SOTU (Estado da União) de Trump, e do colapso do movimento never-Trump entre os Republicanos. Claro que não vai ganhar em todos os estados em que há mais conservadores que liberais, mas se quiser apostar um almoço em como o Trump ganha o voto popular, esteja à vontade. Peço só que seja no Norte Litoral.

  7. “Claro que não vai ganhar em todos os estados em que há mais conservadores que liberais, mas se quiser apostar um almoço em como o Trump ganha o voto popular, esteja à vontade. Peço só que seja no Norte Litoral.”

    Caso ganhe eu a aposta, a minha deslocação está incluída na aposta?

  8. Sergio

    Isto e a serio? Estão mesmo a confundir socialistas com liberais? O partido democrata americano com socialistas? Obviamente que o autor demonstra, a par de algumas – sérias – dificuldades com a compreensão da língua inglesa, (obviamente que não percebeu, de todo, as legendas do gráfico que apresenta) uma completa ignorância do que distingue conservadores dos liberais, para já não falar do panorama político norte-americano (considerar, por exemplo, o estado norte americano de Vermont como socialista é de bradar aos céus). Se fosse apenas e só ignorância seria somente risível. O problema é a petulância do autor.

  9. Perigoso Neoliberal

    Eu tenho a secreta esperança de ver o Bernie presidente. Assim como de ver aqui o Costa com maioria absoluta. Teoria da vacina. Para que os socialistas mandem os respectivos países contra a parede, rapidamente e em força. Para que seja visível para todos o que dá eleger idiotas e se possa passar, sei lá, uma década sem ouvir ideias parvas sempre que se liga um rádio, uma TV ou se abre um jornal.

    Agora a propósito da aposta, até entraria se não se importarem de vir a São Paulo almoçar. E não, não está incluído o deslocamento :).
    Eu estou com o Ben Shapiro, que diz que os democratas não vão repetir o mesmo erro duas vezes. E o erro foi não aparecerem para votar. Inclino-me para uma vitória democrata, com duas condições: o dono da Starbucks desistir da ideia de se candidatar e o candidato democrata que ganhar as primárias não decidir imitar a AOC a todo o custo.

  10. Entretanto, estive aqui elaborando uma aposta mais formalizada nos detalhes (alguns cenários parecem alucinados, mas eu atribuo uma probabilidade não-nula a uma crise institucional nos EUA, e aí quase tudo é possível):

    Tema da aposta – que, caso Trump seja o candidato republicano em 2020, vai perder o voto popular

    O que é apostado – um almoço num restaurante no Norte Litoral (distritos de Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo)

    Casos especiais:

    – Para isto, contam todos os votos em Trump e no candidato apoiado pelo Partido Democrático, incluindo votos em eventuais terceiros partidos que também os apresentem como candidatos (pelo menos em Nova Iorque isso vai acontecer – acontece sempre)

    – Caso Trump concorra sem o apoio oficial do Partido Republicano, se ficar à frente no voto popular, Ricardo Campelo Magalhães ganha a aposta; se não ficar à frente, considera-se um empate

    – Caso o Partido Democrático ou o Partido Republicano não apresentem um candidato oficial, é um empate

    – Se Trump não ficar à frente no voto popular, mas um terceiro candidato à sua direita tiver mais de 10% do votos expressos, considera-se um empate

    – Se Trump ficar à frente no voto popular, mas um terceiro candidato à esquerda do Partido Democrático tiver mais de 10% dos votos expressos, considera-se um empate

    – Para efeito dos dois pontos anteriores, pode-se combinar previamente, nos quinze dias anteriores à eleição, que terceiros candidatos contam como “à direita de Trump” ou “à esquerda do Partido Democrático”.

    – Em caso de eleições cujo resultado seja disputado (e essa disputa afete o resultado final em termos de voto popular) considera-se como válido o resultado oficial, com três exceções:

    a) Caso o atual Supremo Tribunal altere, a favor dos Democratas, um resultado, conta o resultado anunciado na noite eleitoral

    b) Caso um Supremo Tribunal com uma composição diferente do atual altera, a favor dos Republicanos, um resultado, conta o resultado anunciado na noite eleitoral

    c) Caso o resultado de uma votação seja anulado por um órgão que não um tribunal, conta o resultado anunciado na noite eleitoral

  11. Os pontos a) e b) devem ser interpretados no sentido de “altere face aos resultados iniciais” (isto é, se um tribunal em primeira instância alterar os resultados iniciais e no recurso o supremo tribunal confirmar a alteração, como como o Supremo ter alterado o resultado).

  12. O comentarista tem uma obsessão pela política estadounidense como o se a sua vida disso dependesse. Já pensou, por um momento, que em Portugal estas questiúnculas em nada nos afetam?

  13. “b) Caso um Supremo Tribunal com uma composição diferente do atual altera, a favor dos Republicanos, um resultado, conta o resultado anunciado na noite eleitoral”

    Entretanto, já estamos potencialmente neste terreno, porque a composição do Supremo já é diferente (haja ou não a escolha de um novo juiz) da que havia em fevereiro de 2019

  14. Provavelmente ninguém está a ligar a isto, mas para o ponto

    «Para efeito dos dois pontos anteriores, pode-se combinar previamente, nos quinze dias anteriores à eleição, que terceiros candidatos contam como “à direita de Trump” ou “à esquerda do Partido Democrático”.»

    Eu consideraria Howie Hawkins e Gloria LaRiva como “à esquerda do Partido Democrático” e Don Blankenship como “à direita de Trump”.

  15. A respeito do pedido de Trump ao Supremo Tribunal para parar a contagem dos votos nalguns estados, penso que, aplicando as regras acima definidas, o que conta para a aposta é o que o Supremo Tribunal decidir, já que:

    a) Se o Supremo decidir continuar a contar os votos, não se aplica nenhuma das exceções previstas, e portanto, como combinado, aplicam-se os resultados oficiais

    b) Se o Supremo decidir parar de contar os votos, tecnicamente estamos na situação “Caso um Supremo Tribunal com uma composição diferente do atual altera, a favor dos Republicanos, um resultado, conta o resultado anunciado na noite eleitoral”, mas aí vai dar ao mesmo – porque o resultado anunciado na noite eleitoral é exatamente o que vai ser certificado se o Supremo mandar parar a contagem.

    Não faço ideia é se alguém (nomeadamente o Ricardo Campelo de Magalhães) está a ligar alguma coisa ao que eu ando aqui a dizer, ou se já ninguém se lembra disto.

  16. A esta altura do campeonato, penso que, aconteça o que acontecer, eu ganhei a aposta não? Isto é, neste momento tudo o que poderia ainda alterar os resultados (um decisão do Supremo Tribunal, o Congresso rejeitar os eleitores, etc.) cai nas tais alíneas “b) Caso um Supremo Tribunal com uma composição diferente do atual altera, a favor dos Republicanos, um resultado, conta o resultado anunciado na noite eleitoral; c) Caso o resultado de uma votação seja anulado por um órgão que não um tribunal, conta o resultado anunciado na noite eleitoral” (e atenção que o que estava em causa era o voto popular).

    Dito isto, o Ricardo Campelo Magalhães ganhou em parte em espírito, porque há indícios de que efetivamente a viragem à esquerda dos Democratas tenha feito com que a sua vitória não tenha sido tão esmagadora como se pensava, e os Republicanos tiverem efetivamente ganhos entre os negros e hispânicos e sobretudo tiveram bons resultados nos «candidatos “down ballot”, i.e., senadores e representantes» (e tinham sido esses pontos a dar origem à conversa).

    A minha aposta(?) sobre as eleições norte-americanas

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