Comunicado: campanha do Dr Rui Moreira exige boletins de voto isentos

Face aos recentes eventos com sondagens, o Dr Rui Moreira vem exigir à Comissão Nacional de Eleições que todas as sondagens à boca das urnas sejam feitas com boletins que respeitem a verdade dos factos da vida política portuense. Exige-se imparcialidade a todos e, com esse propósito, enviamos em anexo uma sugestão para o boletim distribuído pelas casas de sondagens para que os problemas observados nas últimas semanas não voltem a acontecer.

Melhores cumprimentos,

Rui Moreira. (ponto)

Álvaro Almeida, claro

Deve ter havido poucas vitórias autárquicas que celebrei tanto como a de Rui Moreira em 2013. Rui Moreira representava, ao mesmo tempo, uma lufada de ar fresco na política portuguesa e a única via de continuidade na disciplina financeira e independência que tinha marcado os mandatos de Rui Rio. A derrota de Luis Filipe Menezes era a derrota de um PSD que não deveria existir, de um PSD que não era alternativa ao PS e que teria feito o mesmo que Sócrates se estivesse no poder na mesma altura. Quatro anos depois, não posso dizer que Rui Moreira tenha falhado neste aspecto. A disciplina financeira continuou e as contas continuaram a ser à moda do Porto. O Porto tem finanças públicas estáveis. Mas Rui Moreira fracassou no outro aspecto: não só não foi uma lufada de ar fresco na política como amplificou tudo o que de pior há nessa política. Os jogos de poder, as alianças com o diabo para manter esse poder, as facadinhas nas costas, mas acima de tudo o culto de personalidade, começando pelas guerras mesquinhas sobre o mérito pelo aumento de turismo no Porto, ou a celebração ridícula de lugares em rankings de cidades que existem aos milhares na internet e que são feitos à medida para líderes de cidades médias em busca de protagonismo. O Porto já cometeu o erro nos anos 90 de, embalado pelas vitórias no futebol, ter assistido impávido e sereno à acelerada centralização da economia. As centenas de licencidados que todos os anos se mudam para Lisboa por falta de emprego qualificado no Porto. O Porto precisa de alguém disposto a colocar-se ao serviço da cidade e não de alguém que busca na cidade o alimento do seu ego ou que vê o poder na cidade como rampa de lançamento para o poder no clube. Numa altura em que temos um ex-presidente da Câmara de Lisboa a primeiro-ministro, um antigo candidato a presidente da Câmara Municipal de Lisboa e um presidente da Assembleia da República eleito pelo círculo de Lisboa, o cerco do centralismo vai apertar. O Porto precisará de alguém competente, que não se vergue a estes poderes nem se perca em lutas inúteis que servem mais para afagar o ego do que para defender a cidade, que ridicularizam a luta contra o centralismo. Nem Rui Moreira, e muito menos Manuel Pizarro, se encaixam no perfil.

Álvaro Almeida não fez uma boa campanha. Provavelmente por ter uma parte do PSD Porto mais interessado em estar no poder do que em apoiar o melhor candidato, por alguma inexperiência própria e por falta de apoio empenhado ao mais alto nível. Mas Álvaro Almeida é, de longe, o candidato com mais provas dadas de competência. Não é o que tem mais experiência em televisão, em comunicação ou aqueles com mais contactos nas redacções. Mas é o mais competente, e isso devia chegar. Votar em Álvaro Almeida é votar contra a noção de que só pode ser eleito quem sai bem na televisão ou tem o maior sorriso na rua. Um mau resultado de Álvaro Almeida enviaria um sinal tremendo para os partidos de que a competência dos seus candidatos deve ser a sua última preocupação.

Eu ligo pouco a ideologias ou partidos na altura de votar numas autárquicas. Pondero votar PS no meu concelho de residência, votaria CDU em Loures e CDS na Covilhã. No Porto, mesmo sabendo que a probabilidade de ganhar é baixa, o único voto que me deixaria de consciência tranquila seria em Álvaro Almeida.

O futuro da liderança do PSD passa pelo Porto

Saiu hoje uma sondagem da Universidade Católica que coloca Moreira e Pizarro tecnicamente empatados e Álvaro Almeida em 3º com cerca de metade das intenções de voto dos seus adversário. Nesta onda de más notícias, há apenas uma indicação positiva para Álvaro Almeida: ao contrário do que se pensava, não é impossível derrotar Rui Moreira. Se até um candidato contrariado, como é Pizarro, pode fazê-lo, então qualquer candidatura forte o poderia fazer.

A saída desta sondagem coincidiu com a entrada de Rui Rio na campanha eleitoral de forma activa. Rui Rio está habituado a operar reviravoltas. Fê-lo em 2001 com a sua campanha e novamente em 2013, na sombra, quando apoiou Rui Moreira. O resultado final no Porto revelará se mantém as mesmas capacidades de outrora.

Rui Rio e Pedro Duarte têm agora uma excelente oportunidade de mostrar o que valem em termos eleitorais. Com um ponto de partida baixo, têm pouco a perder. Se conseguirem operar uma inesperada reviravolta, ganhando as eleições, dificilmente alguém lhes tira a liderança do PSD a médio prazo. Mesmo perdendo, um resultado superior ao que Menezes atingiu em 2013 seria um bom sinal dentro do partido, especialmente se Passos Coelho não conseguir fazer o mesmo em Lisboa com Teresa Leal Coelho. Se, pelo contrário, a jogar em casa, Rui Rio e Pedro Duarte obtiverem o pior resultado de sempre do PSD ficará também inequivocamente provado que não servem para liderar de um PSD nacional.

O futuro do PSD passa pelo Porto.

Caixa negra

Apesar de ser o banco português que mais custos impôs ao contribuinte, foi contra a vontade do governo e dos partidos que o apoiam que se iniciou a Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Iniciada a comissão, os partidos da Geringonça fizeram os possíveis para limitar o período e o âmbito da análise. Um dos elementos fundamentais da Comissão Parlamentar de inquérito teria sido perceber onde é que a Caixa perdeu os tais 5 mil milhões de Euros que agora serão suportados pelos contribuintes. Importava saber a quem tinha sido emprestado este dinheiro no período anterior a 2011 e porquê que foi emprestado. No mínimo estaríamos perante incompetência e falta de cuidado. No máximo, perante um enorme esquema de corrupção que desviou dinheiro da Caixa para empresas amigas do regime.

O que aconteceu exactamente nunca saberemos. E não saberemos porque quando foi pedida a lista destes devedores, a CGD, o governo e o Banco de Portugal recorreram para os tribunais para a esconder. O tribunal deu razão aos deputados do PSD e CDS e obrigou a CGD a divulgar a lista de devedores. A CGD, o governo e o Banco de Portugal recorreram para o supremo tribunal de forma a ganhar tempo. Correu bem. Antes da decisão do Supremo obrigar a CGD a divulgar a lista de devedores, os partidos da Geringonça trataram de encerrar a Comissão Parlamentar de Inquérito sem sequer ter o relatório final aprovado e antes da decisão do supremo. A decisão do Supremo veio hoje: o processo foi arquivado porque a Comissão parlamentar de inquérito foi encerrada. Jamais saberemos para onde foram os 5 mil milhões de Euros que agora os contribuintes irão pagar. E sabemos a quem podemos agradecer por isso.

A via partidária para o liberalismo avança

Nos últimos dias os fundadores da Iniciativa Liberal confirmaram que conseguiram recolher as assinaturas necessárias para formar um novo partido. Amanhã terão um grande evento no Mercado da Ribeira em Lisboa que contará, entre outros, com a presença do Presidente dos Liberais Democratas Europeus (ALDE) e do ex-primeiro-ministro da Estónia, o liberal-democrata Taavi Roivas.
Um pouco mais atrasado no processo de formação de partido, o Partido Libertário, liderado por Fernando Sobrinho, juntou no passado fim-de-semana mais de 30 pessoas em Leiria, incluindo os presidentes dos partidos libertários espanhol e francês.
Independentemente do sucesso eleitoral que venham, ou não, a ter, é um bom sinal que haja pessoas a dedicarem-se a projectos deste tipo num país que há 40 anos equivale intervenção política a socialismo

Descentralização: começar já pelos reguladores

Sempre houve poucas dúvidas fora de Lisboa que o país teria muito a ganhar com a descentralização. Com o advento do turismo, muitos lisboetas também começam a concordar que a cidade beneficiaria se fosse libertada alguma da pressão de ser, ao mesmo tempo, a capital histórica, a capital política e o centro de negócios do país. Sendo a capital histórica, é a cidade com a maior concentração de atractivos turísticos. Por muito esforço que seja feito, é pouco provável que alguém que tenha 3-4 dias para conhecer o país não acabe por os passar em Lisboa. Podemos abdicar do turismo, mas em larga medida não o podemos descentralizar. Embora seja possível atrair empresas para outras zonas do país com regimes fiscais mais favoráveis, é difícil também combater as economias de aglomeração que fazem de Lisboa a capital de negócios. O facto de tantos negócios em Portugal se fazerem com o estado, e de o estado estar centrado em Lisboa, torna ainda mais difícil convencer empresas a deslocalizarem-se dentro do país.

Mas há algo que pode, politicamente, ser feito: a deslocalização de organismos públicos. A deslocalização de organismos públicos pode ser decidida politicamente e teria a vantagem de arrastar consigo empresas privadas que vivem à sua sombra. Para além disso, não há melhor momento para o fazer do que agora no que aos custos diz respeito. O imobiliário em Lisboa está em valores nunca vistos. Pode, claro, vir a subir no futuro, mas a verdade é que aos valores actuais, deslocalizar serviços públicos de Lisboa para outras cidades do país provavelmente acabaria por ser lucrativo ao estado. A diferença nos preços do imobiliário são tão grandes que a venda da sede de um organismo público em Lisboa provavelmente daria para a compra de um edifício semelhante numa cidade do interior e ainda cobriria os custos de realocação. Deslocalizar organismos públicos para Beja, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Vila real ou Viana do Castelo não só libertaria Lisboa de parte da pressão que está a sentir como transferiria oportunidades de emprego tão necessárias noutras partes do país.

Nestas mudanças, o problema é sempre saber onde começar. Mas até aqui parece que a resposta é clara: as agências reguladoras. Um dos problemas frequentemente apontado às agências que regulam os diversos sectores é a excessiva proximidade dos seus membros aos gestores das empresas que regulam. Muitos estabelecem laços de amizade e acabam por ir trabalhar para as empresas que antes regulavam. Por isso, a deslocaliação de agência reguladoras teria um efeito positivo de afastar fisicamente os reguladores dos regulados. Note-se que, com a actual tecnologia de comunicações e partilha de informação, a proximidade física é muito menos relevante para relações profissionais, mas continua a ser importante para relações pessoais próximas. A deslocalização das sedes das agências reguladoras para longe de lisboa não impediria, por isso, a continuação das relações profissionais, mas seria um travão a relação pessoais demasiado próximas.

Fica a sugestão.

Os Truques da Imprensa Comunitária


Hoje ao abrir o Facebook, deparei-me com um anúncio pago a uma nova página de informação. A página é a “Notícias.Porto” e usa o logo acima. Na qualidade de indivíduo que não simpatiza muito com Rui Moreira, instintivamente julguei que se tratasse de uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto. O logotipo (a fazer lembrar o logotipo da cidade) e o facto de ter orçamento para pagar anúncios pagos parecia confirmar a ideia. Mas porque haveria Rui Moreira de abrir mais uma página de propaganda em altura de eleições, sendo ele já um dos políticos mais seguidos nas redes sociais? Fui ver a descrição:

Portanto, a página afinal é gerida por uma “comunidade colaborativa de partilha” que contribui com notícias importantes. Nem uma referência a qualquer ligação política. É uma página do Porto e comunitária. Fiquei mais descansado. Fui ver então as “notícias importantes” que esta “comunidade colaborativa de partilha” partilha. Aqui estão as primeiras 6 notícias:

Esta “comunidade colaborativa de partilha” parece ter um enfoque muito grande em Rui Moreira. Rui Moreira perdeu vereadora, Rui Moreira tem uma campanha cara, Rui Moreira está inseguro,… Os moderadores da página, independentes como certamente serão, quase não comentam as notícias com afirmações. Preferem as perguntas ingénuas de quem quer por o leitor a pensar. Como gestores de uma conta comunitária, livres e independentes, não podem tomar partido. Mas será que não há mais nada a acontecer no Porto que não envolva Rui Moreira? Desci um pouco na página e fiquei mais aliviado. Apareceu uma notícia sobre Manuel Pizarro que, sorridente e com a ponte D.Luis ao fundo, se afirma optimista.

Fiquei mais satisfeito. Finalmente uma notícia positiva sobre o Porto com pessoas felizes. Desci mais um pouco e encontro nada mais que 3 notícias sobre uma campanha anónima que anda pela cidade em que se utiliza o branding do “Porto.” substituindo-a por “Morto.”. Para atacar esta campanha de mau gosto? Não, para a defender. Parece que a “comunidade colaborativa de partilha” gostou da campanha “Morto.”.

Enfim, todos já conhecemos os métodos e as pessoas. O mesmo estilo, a mesma sonsice, o mesmo fingimento, até a porra das pessoas que fazem like nos primeiros tempos da página são as mesmas. Fingir-se de independente para enganar incautos e facilitar a comunicação de propaganda tornou-se um método habitual. Neste caso, até usando o branding da cidade para ampliar o efeito. A falta de escrúpulos é de tal forma evidente que só a cegueira ideológia o torna imune a críticas. Pode ser que assim consiga mais uma coluna semanal e um espaço de comentário. A falta de escrúpulos é bem recompensada na política.

Os activistas LGBT venceram, mas ainda não se convenceram disso

A dinâmica das redes sociais e da opinião pública em geral é, por vezes, hilariante. Uma secretária de estado diz numa entrevista que é homossexual. A maioria dos portugueses veria a entrevista, encolheria os ombros e seguiria em frente. Mas nas redes sociais no Verão tudo se pode tornar assunto, até saber se um assunto é assunto ou não. Os activistas LGBT decidiram que devia ser assunto. Outros achavam que não e vieram falar do assunto de aquilo não ser assunto. Logo os activistas LGBT responderam dizendo que se o não-assunto não fosse assunto, então os que achavam que o não-assunto era um não-assunto não fariam daquilo um assunto. E, de repente, o assunto já era se o não-assunto se tinha tornado assunto por se ter tornado assunto o não-assunto ser assunto.

Mas este assunto não assunto que se tornou assunto devido à discussão sobre se era assunto, teve piada por outras coisas. Por um lado, por se inverterem os papéis na discussão: os conservadores a defenderem que ser homossexual é normal e plenamente aceite pelo que a declaração não tinha nada de especial e os progressistas a defenderem o oposto. Por outro lado, revelou que os defensores de causas LGBT estão com uma espécie de stress pós-guerra. Já conseguiram quase tudo o que era possível conseguir, incluindo a mudança cultural nas gerações mais novas (a única possível). Portugal é dos países do Mundo mais amigo dos grupos LGBT, de acordo com todos os rankings. Existe sempre resistência cultural nas geraçoes mais velhas, mas essa só desaparecerá com o desaparecimento dessas gerações. No entanto, os activistas LGBT querem, e desejam, sentir que a guerra continua. Depois de conseguirem quase tudo o que havia para conseguir, sentem falta da luta. A fazer lembrar aqueles comunistas que em 2017 ainda acham que estão a lutar contra o fascismo.

Austeridade clássica versus Neoausteridade

A austeridade clássica equilibrava as contas cortando no rendimento de trabalhadores do sector privado e funcionários públicos. A neoausteridade corta na qualidade dos serviços públicos.

A austeridade clássica reduziu o salário de professores, mas aumentou a qualidade do ensino de acordo com os ranking internacionais. A neoausteridade repos o salário dos professores, mas fechou algumas das melhores escolas da rede pública.

A austeridade clássica reduziu o salário dos maquinistas do metro. A neoausteridade devolveu o salário aos maquinistas sacrificando a manutenção das carruagens e aumentando os tempos de espera.

A austeridade clássica baixou o salário dos funcionários da protecção civil. A neoausteridade devolveu-lhes o salário, mas reduziu as verbas para combate a incêndios.

A austeridade clássica aumentou o horário de trabalho de médicos e enfermeiros para 40 horas para poder continuar a oferecer o mesmo serviço sem contratar mais. A neoausteridade sacrificou a qualidade do Sistema Nacional de Saúde para devolver as 35 horas a médicos e enfermeiro.

A austeridade clássica usava orçamentos rectificativos para baixar a despesa quando a receita não chegava. A neoausteridade recorre às cativações para fazer logo quatro orçamentos de uma vez para ir podendo aplicar o mais apropriado ao longo do ano.

A austeridade clássica reduziu o investimento público ao patamar mínimo necessário para garantir a manutenção da infraestrutura existente. A neoausteridade conseguiu ir mais longe e baixar o investimento público para baixo desse patamar.

A austeridade clássica cortava nas pessoas para salvar bancos. A neoausteridade também.

A austeridade clássica foi desenhada para que todos sentissem na pele os efeitos da bancarrota. A neoausteridade foi desenhada para agradar a uma maioria de eleitores.

Ironicamente, a neoausteridade veio provar definitivamente que dois dos argumentos mais utilizados por socialistas nos últimos 10 anos estavam errados. O primeiro é de que o investimento público é condição necessária para o crescimento. Como se viu nos últimos trimestres desde 2016, Portugal conseguiu ao mesmo tempo as maiores taxas de crescimento económico desde a crise e os níveis mais baixos de investimento público desde que há dados publicados. Por outro lado, a popularidade das medidas neoausteritárias, em relação às da austeridade clássica, vieram comprovar outra coisa que os socialistas sempre negaram: as pessoas preferem mais rendimento a mais serviços públicos. Sendo verdade que quase todos esses euros acabam por ir para impostos indirectos, a verdade é que a política de devolução de rendimentos à custa de cortes nos serviços públicos foi popular. Se os portugueses aceitam sacrificar a qualidade dos serviços públicos por mais uns euros ao final do mês é porque os liberais sempre tiveram razão: há estado a mais em Portugal.

SIRESP dois meses depois

18 de Junho

Incêndio de Pedrogão

19 de Junho

20 de Junho

6 de Julho

13 de Julho

14 de Julho

17 de Julho

12 de Agosto

E finalmente, uma viagem ao passado, mais propriamente ao período anterior a 2011:

Siga então a aliança dos fanáticos socialistas, dos ressentidos por Passos não lhes ter reconhecido valor, dos “Eu cá sou muito imparcial, não tomo partido como a malta das claques” e os “Mais 15€ por mês já cá cantam”, que o país agradece. Depois queixem-se.