No site brasileiro Spotniks, Rodrigo da Silva revela o que não foi contado em entrevista à SIC pelo humorista brasileiro Gregório Duvivier, curiosamente alçado à comentarista político no Brasil e, agora, em Portugal:
Gregorio é também um mentiroso compulsivo. E não digo isso na posição de alguém que se enxerga no exato oposto do espectro político, mas como quem respeita o debate honesto de ideias. Como um formador de opinião – o que justifica esse texto -, Gregorio espalha ignorância como quem pensa proteger a bandeira do amor porque acreditar viver num mundo preto-e-branco – e nele, há duas opções inescapáveis para qualquer animal político que se preze: o caminho do bem, onde homens de barba e mulheres de vestido (não necessariamente nessa mesma ordem), sob a égide da descolada cultura tropical, apoiam políticas de esquerda para a construção de um mundo melhor; e o caminho do mal, amparado por grandes empresários de mídia, religiosos inescrupulosos, playboys superficiais, banqueiros sovinas e toda horda de zumbis fascistas dedicados a escravizar a humanidade com políticas de direita e a construção de uma onipresente ditadura dos bons costumes. Não há outro caminho possível. (…)
E é dessa forma que Gregorio carrega o tom de seu último viral: distorcendo o atual cenário político brasileiro para sustentar sua posição ideológica numa entrevista para a televisão portuguesa, como se não houvesse distinção entre o nonsense de suas esquetes de humor e a realidade. (…)
Por fim, ao ser questionado pela bancada de ser um apoiador do governo Dilma, Gregorio negou. Fingiu-se de oposição com a mesma fisionomia de quem passou os últimos instantes mentindo inescrupulosamente a respeito de todas as coisas que disse.
Gregorio Duvivier reinventou a arte da mentira em Portugal.