Nigel Farage prevê revolução na Grécia

This is getting very very serious. My great fear is that if we go on treating Greece like a colony, with it being runned by unelected bureaucrats, I think the result will be a revolution, and I really mean that.

You get to a point where you say “What else can people do?”. I mean, if you can’t change your future through the ballot box, violence is the only resource you have left.

So I’m not pessimistic, in the sense that I think these plans for this sort of New World Order of government, I think in the end the people are going to rebel and bring it down but it may have a terrible terrible price.

Da omnipresença do Estado

O cardeal D. Manuel Monteiro de Castro veio dizer que o grande problema de Portugal está no facto de o Estado não praticar em pleno o dom da ubiquidade. O mal está no Estado se substituir à mãe na educação dos filhos, diz o cardeal, e a solução está no Estado ter ainda mais políticas que se imiscuem na família, nomeadamente um certo tipo de apoio que permite à mãe ficar em casa ou trabalhar pouco.

Acreditar que o Estado pode ter um papel activo na família sem perturbar a função essencial da mãe na educação dos seus filhos é acreditar que o Estado pode ser encarado como um prolongamento natural das organizações sociais. Ou o senhor cardeal está a confundir o papel do Estado – coercivo – com o da Igreja, ou quando disse que o Estado não se devia substituir à mãe-educadora foi apenas para afirmar que o Estado se devia substituir ao pai-providenciador.

Como Gerir um Estado – Edição para Totós

Com a elegância típica de quem se vê forçado a uma posição de condescendência, o Ministro holandês dos Assuntos Europeus esteve num encontro em Lisboa com as nossas “autoridades” para uma lição sobre como se gere um Estado, sempre frisando que a Holanda também comete erros e que melhores dias virão:

  1. É preciso recuperar confiança e isso significa mostrar à população, ao mundo, aos mercados e à União Europeia de que são capazes de gerir a vossa dívida.
  2. Se um país viveu acima das suas possibilidades durante décadas, tem agora de pagar o preço.
  3. A ideia de que não há um preço é tentadora para um político usar perante o eleitorado, em véspera de eleições, mas não é verdade.
  4. Se um país acumula défices grandes e não tem um crescimento económico forte, a certa altura isso vira-se contra ele.
  5. A sua vontade de emprestar depende muito de sentirem ou não que esse dinheiro está a ser bem gasto e essa confiança só se conquista com melhorias na governação da zona euro e se países como Portugal agirem de acordo com as regras que todos decidimos.

Não é que os holandeses não nos queiram emprestar, mas, como diz o senhor do Norte, temos de certificar-nos que o dinheiro que emprestamos não é consumido pelas chamas. Claro que aí ele devia estar a pensar na Grécia. O nosso estilo em Portugal é mais afogá-lo em poços sem fundo.

Estamos em ano de triplicar a receita dos autores

Depois do Projecto para a alteração da Lei da Cópia Privada que vem triplicar o dinheiro que autores conseguem arrecadar pela multi-utilização de uma obra, o Projecto para a alteração da Lei do Cinema também vai permitir triplicar as suas receitas: a diversificação das fontes de financiamento permitirá sacar cerca de 32 milhões de euros, três vezes mais que os 10,7 milhões de euros que o ICA conseguia antes disso.

Lá se vai o mito de que o problema de Portugal está na liderança

Parece que a Suíça, conhecida pelo seu paradigma de integração de emigrantes sem políticas de emigração, poderia ser um país perfeito para emigrantes se não fossem os portugueses. Comparados com outros emigrantes na Suíça (que perfazem um quarto da população activa do país), os portugueses são os que têm piores resultados nos níveis de educação, na capacidade de se integrarem no mercado de trabalho, no desemprego, e no sucesso dos seus filhos.

É universal, onde há portugueses é preciso que haja protecção da legislação: a OCDE já veio dizer à Suíça que assim não pode ser e que vai ser preciso ter outras e melhores políticas de integração.

Da coerência intelectual dos socialistas II

Aquele momento zen em que Pedro Abrunhosa não só faz a apologia dos downloads ilegais como meio de divulgação de obras (assumindo fazê-los ele próprio) como defende também que se façam downloads legais e que se copie a música para o iPod e CDs.

Um ano mais tarde era um dos signatários da nova Lei da Cópia privada, que parte do princípio que comprar músicas legitimamente adquiridas na internet e copiá-las para outros suportes é não só injusto como prejudicial para o autor.

Nota: a lista de signatários a favor do PL118 cresceu para duas centenas e mantém grandes nomes como os de José Cid e de Vasco Graça Moura.