Suécia: quase 3x a economia de Portugal

Sérgio Sousa Pinto tem sido sempre uma voz lúcida no meio do Partido Socialista. Anteontem escreveu este belíssimo texto no Expresso.

Um terço da Suécia

Em Portugal não gostamos do capitalismo. As razões gerais desta inclinação coletiva têm uma explicação histórica propriamente portuguesa, mas, no fundamental, estão há muito descritas na “Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, de Max Weber.

Mário Soares, insuspeito de divergir do país neste aspeto como em tantos outros, uma vez confrontado com a espinhosa tarefa de governar Portugal no final dos anos 70 e na primeira metade dos anos 80, percebeu que o atraso português — uma evidência só disputável por maluquinhos — não seria vencido sem o concurso de um sector privado vigoroso e empreendedor, gerador de riqueza, lucros, salários, impostos e contribuições, à semelhança do que existia nos países que Soares admirava, desde logo as so­ciais–democracias nórdicas e a Alemanha de Brandt e Schmidt.

Como o tempo político do país ainda era o do ideologismo mais ou menos terceiro-mundista, ou pelo menos latino e mediterrânico, o PS, primeiro partido socialista do Sul da Europa a chegar ao poder (Pietro Nenni não conta), meteu na gaveta o entulho inaproveitável, a que muitos chamavam erradamente socialismo, e dedicou-se às tarefas de reconstrução de uma economia privada, num esforço que seria continuado pelo PSD. Primeiro, acabar com a tutela militar e o Conselho da Revolução, depois, fazer a apologia dos “empresários de progresso” (invenção de Soares), falar timidamente dos “agentes económicos” e abrir caminho para as privatizações, recuperando mesmo, nesse processo, capitães da finança e da indústria do antigamente.

Soares sabia que nenhum regime assente na liberdade sobreviveria no atraso económico e no subdesenvolvimento. A Europa aceleraria a “convergência” e a democracia portuguesa tornar-se-ia sociologicamente irreversível. Tanto assim era que os socialistas portugueses encararam com ceticismo as nacionalizações operadas por Pierre Mauroy, primeiro-ministro de Mitterrand, beneficiários que eram de uma experiência de governo que faltava aos seus camaradas franceses.

Ora, em 2020 ainda se encontram socialistas que falam do sector privado como sector dos “negócios” com um esgar de repulsa. O sector público, instituído em nome do bem geral, é ontologicamente superior ao mundo dos negócios, da cobiça, da acumulação e da exploração. Nesta mundivisão, o atraso português deixa de existir e é substituído pelo atraso “nos direitos” dos portugueses face aos outros povos com os quais (felizmente) persistimos em comparar-nos. A diferença é toda. O progresso nos “direitos”, espalhafatosamente materializado em conquistas cada vez mais simbólicas ou pífias, num cortejo de bombos e cantigas de embalar, carece de recursos, a obter, forçosamente, “onde se estão a acumular”.

As classes médias cada vez gozam de mais “direitos” e subsidiações, para (alegadamente) acederem a bens e serviços que noutros países pagam tranquilamente do seu bolso, porque a punção fiscal é menos esmagadora. A fantasia dos “direitos” domina a boca de cena, e a política — da extrema-esquerda à extrema-direita — é uma grande feira de “direitos”, propostos por demagogos de todas as persuasões. Cada vez mais distante está o problema do atraso português, “the sick man of Europe” da Europa Ocidental, agora disfarçado pela chegada à União Europeia de países muito mais pobres e muito mais martirizados pela história.

Que a social-democracia sue­ca tenha consentido e viabilizado uma economia privada que, com a mesma população de Portugal, é quase três vezes a economia portuguesa é coisa que não alarma parte significativa de um certo socialismo à portuguesa. O que se trata é de igualar, e até suplantar, os “direitos” dos suecos, dispondo do equivalente a um terço da economia sueca. Infelizmente, não é possível.

É de recordar que a Suécia está 19º no ranking de liberdade económica, já Portugal está em 62º.

Resultado de imagem para sweden business

33 pensamentos sobre “Suécia: quase 3x a economia de Portugal

  1. Filipe Bastos

    Ah, o Sérgio Sousa Pinto. O puto do aborto e dos direitos gay. Nada contra: o aborto ilegal era uma velha hipocrisia, herança de taras religiosas, e ser gay não deve prejudicar (ou beneficiar) ninguém.

    Só que é também o Sérgio Sousa Pinto do Partido da Sucata e do pântano guterrista, fã incondicional de Mário Chulares, o capo di tutti i capi, e fiel discípulo do 44, cuja última obra-prima – “Considerações sobre o Carisma” – até apresentou na FIL há meros quatro anos.

    Ainda se encontra notícias de 2009, no auge do governo do Trafulha, onde este fazia um «elogio especial a dois deputados»: Ricardo Rodrigues e Sérgio Sousa Pinto. Boas companhias.

    Por isso não, não anda perdido no partido errado: está há décadas no gangue certo. O que lhe dá teta, no Paralamento nacional e no da Euromama, que é tudo que o Sérgio jamais fez na vida.

    E à boa maneira xuxa, o Sérgio aburguesou-se. Descobriu as delícias do capitalismo, que lhe paga as férias na neve e lhe põe a lagosta no prato, em vez de proletários, lutas de classes e outras comunices.

    O Bernardo Blanco, claro, exulta: um ‘socialista’ viu a luz! Sem dúvida, vamos pelo Sérgio: é só irmos buscar o 44 e baixarmos os impostos, seremos a Suécia do norte de África…

  2. ATAV

    Arrrrrrrrrrrgh! Que falta de noção! Quem publica posts n’O insurgente não quer saber da realidade, limita-se a debitar sempre os mesmos argumentos. Que enfastiante!

    Aqui o Bernardo Blanco tenta converter a Suécia(?) num pais liberal. Esquece-se que a carga fiscal da Suécia é muito mais alta que a nossa, têm muitos mais funcionários público que nós e a população é muito mais escolarizada que a nossa. Lá como há mais redistribuição, a desigualdade é muito menor e há mais trabalhadores sindicalizados que aqui. E também há mais empresas nas mãos do sector público…

    Para os mais desatentos, tudo o que descrevi acima são os cavalos de batalha da esquerda. Neste cantinho escuro da net defende-se o oposto disto.

    Qualquer partido português que propusesse aumentos de impostos para financiar a entrada de mais funcionários públicos, mais educação pública, facilitasse a entrada de mais trabalhadores em sindicatos e propusesse a nacionalização de empresas privadas para ficarmos equivalentes à Suécia seria imediatamente rotulado de socialista ou comunista por aqui. Seria só gritos histéricos de Venezuela para aqui e Cuba para ali…

    Pontos adicionais por utilizar aqueles rankings de liberdade económica de forma enganadora:

    1º Esses rankings são produzidos por think thanks do mercado livre usando critérios que não fazem sentido. Logos saem de lá resultados aberrantes tipo a Georgia estar no top 10 de um deles.

    2º Liberdade económica não é igual ao bem-estar da generalidade população. Lá porque os empresários conseguem ganhar dinheiro isso não quer dizer que as pessoas desse país vivam bem. O Emirados Árabes Unidos costumam estar bem posicionados nestes rankings. Mas lá a escravatura é prática corrente. E isso afecta uma quantidade significativa da população. Sem contar que como há muita desigualdade, isso significa que há muitos pobres. Será que a população desse pais vive bem?

  3. O Emirados Árabes Unidos costumam estar bem posicionados [nos rankings de liberdade económica.

    Económica e não só. Repare-se como a Isabel dos Santos é perfeitamente livre nos Emirados Árabes Unidos: jamais a extraditarão de lá! Se uma Isabel dos Santos quiser usufruir de plena liberdade, bastar-lhe-á comprar um apartamentozão no Dubai!

  4. Gaius Octavius

    Parte da extrema-esquerda tuga diz que o capitalismo em Portugal é a razão pela qual o país está sempre atrás do resto da Europa Ocidental (capitalista) e que a solução para esse problema é o socialismo, como em Cuba. Depois, ao mesmo tempo que vituperam o Ocidente e se enternecem com qualquer labrego socialista da América Latina e seu respectivo regime, dizem que o modelo deles é a Suécia, excepto, ao que parece, a parte da liberdade económica, que é um sinal de capitalismo selvagem, que não existe na Suécia, que é social-democrata, como a Venezuela.

    A questão para a direita devia ser a seguinte: a esquerda usa os pretextos mais ridículos e contraditórios que servem somente para justificar o seu poder. A direita devia preocupar-se mais em lutar por tirar o poder à esquerda e menos em tentar fazer ver à esquerda as contradições e erros dos seus pretextos. Se um tipo vos tentar vender o elixir da vida eterna vocês vão argumentar com ele que ele está enganado e iludido porque a vida eterna é impossível ou vão mandá-lo imediatamente para o car*llho por saberem perfeitamente que ele é um vigarista que vos está a contar lérias para proveito próprio?

  5. A. R

    O socialismo sempre foi uma ideologia de morte, de perseguição, de violência, de fome, de miséria total, de ditaduras implacáveis, de polícias politicas brutais, de repressão e de exploração dos mais pobres e desprotegidos para formar uma aristocracia de inúteis e invejosos.

  6. ATAV

    Gaius Octavius

    Hã?!?Será que li bem? Aparentemente você acha que há alguém estúpido ao ponto de acreditar que a única diferença entre a Venezuela e a Suécia é a liberdade económica? Petroestado corrupto à beira de se tornar num estado falhado + liberdade económica = Social-Democracia nórdica.

    Meu Deus!… Você é um deles não é? É um daqueles que acha que basta libertar “as forças de mercado” para enterrar o “socialismo” e transformar uma Venezuela num pais ainda mais desenvolvido que a Suécia. Os meus mais sinceros parabéns! Você é ainda é mais lunático que a maioria das pessoas que aqui andam. Olhe que não é fácil…

  7. Gaius Octavius

    «Aparentemente você acha que há alguém estúpido ao ponto de acreditar que a única diferença entre a Venezuela e a Suécia é a liberdade económica?»

    Não sei, mas se o ATAV acredita que eu disse isso, tenho a plena certeza de que o lunático aqui não sou eu.

    «Petroestado corrupto à beira de se tornar num estado falhado + liberdade económica = Social-Democracia nórdica.
    Meu Deus!… Você é um deles não é? É um daqueles que acha que basta libertar “as forças de mercado” para enterrar o “socialismo” e transformar uma Venezuela num pais ainda mais desenvolvido que a Suécia.»

    Não sei se isso, de uma perspectiva de esquerda como a do ATAV, será assim tão ridículo como o ATAV quer fazer crer. Afinal, é a esquerda que anda incessantemente a vender-nos a ideia de que se importarmos todo o tipo de disfunção social do terceiro-mundo, por algum estranho processo desconhecido para a ciência (talvez uma espécie de osmose civilizacional?) conseguiremos fazer com que as tais “crianças” barbudas de paragens pouco civilizadas, que, como se viu, por exemplo, em Rotherham, demonstram possuir uma extraordinária apetência por crianças sem aspas – só para citar uma entre tantas outras qualidades – se tornem cidadãos prenhes de virtude cívica.
    Quem acredita nisto, como calculo que seja o seu caso enquanto pessoa boa de esquerda (passe a redundância), também pode facilmente acreditar que a Venezuela poderá vir a tornar-se numa Suécia, bastando para isso uma simples mudança na política económica.

    “Hã?!?Será que li bem?”

    Não me parece…

  8. ATAV

    “«Petroestado corrupto à beira de se tornar num estado falhado + liberdade económica = Social-Democracia nórdica.
    Meu Deus!… Você é um deles não é? É um daqueles que acha que basta libertar “as forças de mercado” para enterrar o “socialismo” e transformar uma Venezuela num pais ainda mais desenvolvido que a Suécia.»

    Não sei se isso, de uma perspectiva de esquerda como a do ATAV, será assim tão ridículo como o ATAV quer fazer crer. ”

    Ah! Acertei! Isto é apenas projecção. Você acredita mesmo nestas tretas. Afinal há alguém estúpido ao ponto de achar que a Venezuela cura-se com economicismo. Uma liberalização do mercado de trabalho para aqui, baixa-se o IRC ali, umas privatizações acolá, persegue-se uns sindicatos um pouco por todo o lado e puff, faz-se o chocap…Er… nasce uma Suécia sul-americana.

    “Não sei se isso, de uma perspectiva de esquerda como a do ATAV, será assim tão ridículo como o ATAV quer fazer crer. Afinal, é a esquerda que anda incessantemente a vender-nos a ideia de que se importarmos todo o tipo de disfunção social do terceiro-mundo, por algum estranho processo desconhecido para a ciência (talvez uma espécie de osmose civilizacional?) conseguiremos fazer com que as tais “crianças” barbudas de paragens pouco civilizadas, que, como se viu, por exemplo, em Rotherham, demonstram possuir uma extraordinária apetência por crianças sem aspas – só para citar uma entre tantas outras qualidades – se tornem cidadãos prenhes de virtude cívica.”

    Tanta conversa para dizer que odeia imigrantes e que é um fã de Racialismo. Já pensou em inscrever-se no CHEGA!? O Ventura foi obrigado a mandar embora um dos nazis que lá estava e abriu-se uma vaga…

    “Quem acredita nisto, como calculo que seja o seu caso enquanto pessoa boa de esquerda (passe a redundância)…”

    Ficaria surpreendido se eu lhe dissesse que já votei mais vezes no PSD/CDS que no PS e que nunca votei no Bloco ou na CDU nem pretendo fazê-lo no futuro? E também nunca votei no LIVRE ou no PAN.

  9. Gaius Octavius

    “Ah! Acertei! Isto é apenas projecção. Você acredita mesmo nestas tretas..”

    Segundo o ATAV, eu sou, ao mesmo tempo, economicista e racialista. Paradoxo? Para uma mente normal, sim. Mas esta é a mente do ATAV.

    “Tanta conversa para dizer que odeia imigrantes e que é um fã de Racialismo.”

    Eu vou-lhe ser sincero, ATAV, é certo que não morro de amores pelos vossos queridos “Mamadous” e terroristas islâmicos, mas quem eu odeio visceralmente são os ocidentais como o ATAV. E nem sei o que vos torna mais repugnantes. Se o facto de quererem propositadamente que a Europa se torne numa lixeira composta por “proletários” analfabetos para poderem mais facilmente governar; se o facto de estarem completamente nas tintas para o que as pessoas sofrem com isso (como é o seu caso, aqui bem patente); se o facto de terem o incrível despudor de quererem calar e punir quem se insurge contra o isso, ou o facto de fugirem a léguas dos bairros “problemáticos” habitados pelo tipo pessoas que vocês tanto defendem, a uma segura e higiénica distância, obviamente.

    “Já pensou em inscrever-se no CHEGA!? O Ventura foi obrigado a mandar embora um dos nazis que lá estava e abriu-se uma vaga…”

    Não tenho nada contra o André Ventura, mas não creio que o Chega seja o partido capaz de fazer o que é preciso: impedir que vocês criem um futuro tão miserável para os nossos filhos como o que vocês mereciam que nós criássemos para os vossos.

  10. ATAV

    Gaius Octavius

    “Segundo o ATAV, eu sou, ao mesmo tempo, economicista e racialista. Paradoxo? Para uma mente normal, sim. Mas esta é a mente do ATAV.”

    Paradoxo? Está enganado. Racialismo e economicismo são complementares. É por isso que gente como você defendem os dois. Quer ver como? Você defende que quem deve ter o poder absoluto são os homens brancos, cristãos e heterossexuais. Como estas pessoas controlam a maior parte dos recursos e poder da nossa sociedade você apoia o economicismo como maneira de não redistribuir poder para pessoas que considera indesejáveis. “O mercado deve resolver”, diz você sabendo que quando o mercado é desregulado (o famoso capitalismo selvagem que tanto gosta) há uma tendência de concentração de riqueza e poder em quem já o tem.

    Basicamente é uma maneira de discriminar muita gente sem ter que o admitir publicamente. Afinal, na nossa sociedade a maioria das pessoas ficaria horrorizada se ouvisse alguém dizer que o lugar de uma mulher é na cozinha ou que um negro ou imigrante é um ser inferior que devia ter menos direitos.

    E é por isso que esta gente toda (incluindo você) odeia o estado social. A maioria dos estados ocidentais modernos defendem os Direitos Humanos e são de natureza redistributiva, logo têm tendência a proteger e ajudar mais quem está na mó de baixo: mulheres, minorias, pobres, crianças e velhos. Resumindo, os mais fracos.

    Basicamente, todos querem que estado saia da frente para espezinhar aqueles de quem não gostam.

    Claro que se alguma vez apanharem o poder convertem o estado num mecanismo de perpetuação do poder daqueles que consideram “desejáveis” e vão imediatamente tornar-se mais estatistas que o Estaline. Acaba-se logo o liberalismo e o economicismo, mas o racialismo vai ficar…

  11. ATAV

    “E é por isso que esta gente toda (incluindo você) odeia o estado social.”

    Por gente toda refiro-me à maior parte das pessoas que andam n’O insurgente. Mas inclui também racistas, nazis, fachos, fundamentalistas, etc. Enfim, muita gente muito pouco recomendável.

  12. ATAV

    Gaius Octavius

    “Eu vou-lhe ser sincero, ATAV, é certo que não morro de amores pelos vossos queridos “Mamadous” e terroristas islâmicos”

    O seu racismo já era evidente até para o mais desatento dos observadores mas obrigado por confirmar.

    “mas quem eu odeio visceralmente são os ocidentais como o ATAV.”

    Odiar sem saber é sempre um sinal de racionalidade. O que é um ocidental para si? Tem a ver com a nacionalidade, cor da pele, ascendência, valores defendidos ou religião?

    “E nem sei o que vos torna mais repugnantes.”

    Vou tentar adivinhar o que o repugna: a minha defesa dos direitos humanos e da dignidade pessoal.

    “Se o facto de quererem propositadamente que a Europa se torne numa lixeira composta por “proletários” analfabetos para poderem mais facilmente governar;”

    Os sociais-democratas defendem a educação universal. Nós achamos que é benéfico para a sociedade como um todo e que o individuo tem mais probabilidade de subir na vida se receber uma educação decente. Portanto escusa de se preocupar com “proletários analfabetos” da minha parte. Mas relembre-me, não é a extrema direita e os liberais que costumam dizer que nem todos podem ser doutores?

    “se o facto de estarem completamente nas tintas para o que as pessoas sofrem com isso (como é o seu caso, aqui bem patente);”

    Viver numa sociedade com pessoas diferentes de si causa-lhe sofrimento físico? Não se preocupe, eu não sou insensível ao seu sofrimento atroz. Em baixo segue o contacto para alguém o ajudar.

    Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h)

    Telefone para lá a dizer que você é vitima do marxismo cultural. Tenho a certeza que serão tão compreensivos como eu e não se vão partir a rir, desligando imediatamente o telefone.

    “se o facto de terem o incrível despudor de quererem calar e punir quem se insurge contra o isso”

    Censura e prisões arbitrárias com motivações politicas? E quantas unhas dos pés é que lhe arrancaram? Oh meu Deus!!!!
    Ah, não… espere aí… Acabei de ser informado que na realidade você gosta de dizer coisas racistas mas não gosta que lhe digam que é um racista impenitente. Enfim… Snowflake much?

    “ou o facto de fugirem a léguas dos bairros “problemáticos” habitados pelo tipo pessoas que vocês tanto defendem, a uma segura e higiénica distância, obviamente.”

    Vivi 10 anos no mesmo bairro com habitação social de ciganos. O prédio à frente da minha casa estava cheio de imigrantes africanos e vivo ao pé de uma cantina para sem-abrigo. Vejo e passo ao pé de pessoas com doenças mentais e toxicodependentes todos os dias. 30 cm é considerado uma distância segura e higiénica?

  13. Gaius Octavius

    Ó ATAV, tanta verborreia para dizer somente isto: “eu e a esquerda somos os bons, pelos pobrezinhos e os fraquinhos, e você e a direita são os maus, contra os pobrezinhos e os fraquinhos.”
    Para quê tanto lero-lero demagógico quando podia condensar a sua profundíssima visão política nesta pequena frase?

    Mas agradeço a sua sinceridade ao admitir que considera racismo ser contra terroristas islâmicos e gente como o Mamadou.

  14. ATAV

    Gaius Octavius

    “Ó ATAV, tanta verborreia para dizer somente isto: “eu e a esquerda somos os bons, pelos pobrezinhos e os fraquinhos, e você e a direita são os maus, contra os pobrezinhos e os fraquinhos.”
    Para quê tanto lero-lero demagógico quando podia condensar a sua profundíssima visão política nesta pequena frase?”

    A propaganda vomitada por aqui requer muito paleio para ser desmontada infelizmente. Quem diria que tretas tão superficiais dariam tanto trabalho?

    Mas posso condensar tudo numa frase: pessoas como você acha que uns devem ter o direito inalienável de abusar de outros. Isto faz de si um canalha. Que tal? Está suficientemente sucinto?

    “Mas agradeço a sua sinceridade ao admitir que considera racismo ser contra terroristas islâmicos e gente como o Mamadou.”

    Acha que eu não percebi que cada vez que você fala de muçulmanos refere o comportamento criminoso de alguns deles para dar a entender que são todos assim? Não sabia que essas falácias já são utilizadas há imenso tempo e são fáceis de detectar?

    Gente como o Mamadou? Quem? Será que existem outros negros no SOS Racismo com ligações ao Bloco e que sejam figuras públicas? Ou será outros negros donos do seu nariz e que fazem cara feia quando alguém manda vir com eles? Pois, eu percebo que você não goste de negros assim, que não sabem qual é o lugar deles…

  15. Gaius Octavius

    “Mas posso condensar tudo numa frase: pessoas como você acha que uns devem ter o direito inalienável de abusar de outros. Isto faz de si um canalha. Que tal? Está suficientemente sucinto?”

    Oh, ATAV, não me faça ficar todo corado. Insultos vindos de esquerdistas são dos maiores elogios que me podem fazer.

    Saudações direitistas.

  16. Carlos Guerreiro

    O ATV é um troll do Largo dos Ratos que ganha ao caractere (mas como todos os avençados dos xuxas, sem carácter)

  17. ATAV

    Gaius Octavius

    Ainda bem que gosta. Quanto a ficar corado, peço-lhe encarecidamente que tente não mudar muito de cor. Imagine que se cruza com outros que pensam como você. Ainda corre o risco de ser tratado como um untermensch…

    Saudações direitistas? Conheço muita gente de direita. A maioria não tem o hábito de julgar os outros pela cor da pele, religião que professa ou pelo local de origem. Mas julgam as pessoas pelos actos delas e pelas politicas que apoiam. Imagine lá…

  18. ATAV

    Carlos Guerreiro

    O trocadilho é comédia típica do preguiçoso. Exijo que faça melhor!

    Quanto à avença, eu faço isto de borla. Everybody needs a hobby…

  19. Carlos Guerreiro

    ATV
    Não sabia o tipo de contrato.
    Fiquei agora a saber que é precário… Não é de espantar vindo da rataria.

  20. Filipe Bastos

    ATAV,

    V. continua a demonstrar o que a identity politics fez à esquerda. Mesmo quando começa bem, foge-lhe sempre o pé para a chinela do racismo-feminismo-homofobia-islamofobia que obceca os ‘progressistas’ destes tempos.

    Para si, se um direitista diz que chove, não pode chover. Nem uma gota. Só pode estar de sol. Parece incapaz de conceber que uma coisa não invalida a outra; que a realidade é a cores.

    Certa direita é racista. O racismo é mau. Mas o comportamento de muitos ciganos – da maioria dos ciganos – também o é. São egoístas, machistas, – sim – racistas, delinquentes, agressivos, exploradores, abusadores. Só tiram, não contribuem.

    Se viveu entre ciganos e não deu por nada disto, ou lhe calharam os melhores ciganos do país, talvez do planeta, ou omite o que não lhe convém, ou então é cego. O mesmo se não vê a hipocrisia de vítimas profissionais como o Mamadou ou a Joacine.

    Como espera a esquerda unir as pessoas, se as divide em grupos que competem entre si pelo estatuto da maior vítima, de qual é mais oprimido pelos brancos heterossexuais, esses monstros?

  21. Filipe Bastos

    Ainda para si, ATAV, típico artigo da sua ‘esquerda’:
    https://theguardian.com/commentisfree/2020/jan/28/kobe-bryant-remember-his-accuser

    Cai o helicóptero de luxo de um jogador de basquete, o Kobe Bryant. Morre ele, a filha e mais uma carrada de gente, incluindo outra criança. Comoção geral: morreu o Kobe Bryant. E a filha. O resto? Importa zero. Morreu um jogador de basquete. Um mamão que acumulou centenas de milhões a bater uma bola. Só isso importa.

    Artigo num jornal ‘de esquerda’. Tema: o mamão, há uns 20 anos, foi acusado de violar uma moça num hotel. Como é habitual nos EUA nem foi a julgamento; a moça abichou 3 milhões e meteu a viola no saco.

    E para o Guardian é esta a única mácula nisto tudo. Porque o Bryant era preto (+10 pontos), mas continua a ser homem (-15).

    Cereja do artigo: após lamentar quão difícil é ser mulher neste mundo, chora a filha do Bryant. “For Gianna, a black girl growing into a black woman, the injustices and indignities she was facing down were even greater and crueller”.

    Ou seja: a filha do mamão, nascida entre mansões e helicópteros, sem ter de trabalhar um dia na vida, ia enfrentar mais “injustiças e indignidades” que qualquer branco… e qualquer homem. Porque era mulher e era preta.

    Vê a loucura, a cegueira selectiva do politicamente correcto?

  22. ATAV,

    Se você for homem branco e hetereossexual, segundo as suas próprias palavras, é uma peste. É seu dever moral eliminar-se.

    Tente não fazer isso de modo muito sujo. Sangue é lixado para tirar das paredes.

  23. ATAV

    Carlos Guerreiro

    “ATV
    Não sabia o tipo de contrato.
    Fiquei agora a saber que é precário… Não é de espantar vindo da rataria.”

    …???

    Será pedir muito achar que as pessoas devem ler o que eu escrevo? Desde quando passatempo é remunerado e requer vínculo laboral?

    Está a ver o que acontece quando foge do guião? Só disparates… Não se preocupe que eu ajudo-o a entrar outra vez nos clichés que estão preconizados.

    Acho que a Greta tem razão!

    (Agora é a sua vez de dizer que o clima é uma questão de fé e eu sou um fanático religioso)

  24. ATAV

    Francisco Miguel Colaço

    “Se você for homem branco e hetereossexual, segundo as suas próprias palavras, é uma peste. É seu dever moral eliminar-se. Tente não fazer isso de modo muito sujo. Sangue é lixado para tirar das paredes.”

    A sério? Você pode gostar resolver discriminações com eliminações, mas eu prefiro simplesmente acabar com as discriminações. Opções… A minha suja menos e dá para poupar uns cobres em detergentes e esfregões.

    E não me lembro de alguma vez ter referido que os homens brancos e heterossexuais são uma peste. Pessoalmente eu considero que eles são pessoas.

  25. ATAV

    Filipe Bastos

    “V. continua a demonstrar o que a identity politics fez à esquerda. Mesmo quando começa bem, foge-lhe sempre o pé para a chinela do racismo-feminismo-homofobia-islamofobia que obceca os ‘progressistas’ destes tempos.”

    Não reparou que o utilizador Gaius Octavius apenas subscreve o liberalismo económico apenas como mecanismo para fazer mal de forma encapotada às pessoas de quem ele não gosta? Há muitos por aí. Falam em “tecnocracia”, “meritocracia” e mercados, mas o que lhes interessa é espezinhar quem está abaixo deles.

    Limitei-me a descobrir a careca dele. Nada mais. Eu geralmente até prefiro falar de assuntos económicos. É mais fácil para mim…

    “Para si, se um direitista diz que chove, não pode chover. Nem uma gota. Só pode estar de sol. Parece incapaz de conceber que uma coisa não invalida a outra; que a realidade é a cores.”

    Falsa equivalência. Creio que você não tem a noção que ocorreu uma polarização assimétrica entre a direita e a esquerda. A direita virou-se muito mais para o seu extremo que a esquerda. E isto vê-se bem na questão económica. Fala-se em reduzir o horário de trabalho e vem tudo dizer que isso é uma loucura. Mas um aumento do tempo de trabalho é uma proposta a considerar. Apesar de todas as privatizações e concessões desastrosas até agora, quando alguém fala em mais privatizações, ninguém tuge nem muge – é uma prerrogativa do governo – mas uma nacionalização já é o fim-do-mundo.

    “Certa direita é racista. O racismo é mau. Mas o comportamento de muitos ciganos – da maioria dos ciganos – também o é. São egoístas, machistas, – sim – racistas, delinquentes, agressivos, exploradores, abusadores. Só tiram, não contribuem.”

    A maior parte? Tem dados para fazer estas afirmações? De onde tirou essa informação?
    Sim eu sei que há comunidades ciganas com problemas de integração e que muitas mulheres ciganas são subalternizadas e mantidas no analfabetismo. Mas também sei que o André Ventura e o pessoal daqui que fala em ciganos não vão resolver estes problemas. Eles querem apenas bodes expiatórios como pára-raios da ira da maioria da população enquanto os Andrés Venturas e amigos (“os mamões” nas suas palavras) enriquecem usando o poder do estado. No fim os ciganos continuarão à parte da socidade, as mulheres ciganas continuarão subalternizadas e a maioria da população ficará pior. Os “mamões” agradecem-lhe…
    NOTA: Esta é a táctica utilizada pelo Orban: vilipendia e persegue os sírios enquanto distribui os fundos europeus pelos oligarcas amigos.

    “Se viveu entre ciganos e não deu por nada disto, ou lhe calharam os melhores ciganos do país, talvez do planeta, ou omite o que não lhe convém, ou então é cego. O mesmo se não vê a hipocrisia de vítimas profissionais como o Mamadou ou a Joacine. ”

    Os problemas que tive com ciganos resume-se a putos adolescentes a armarem confusão. Eu também era um sacaninha quando tinha a idade deles.

    Não conheço maior vitimas profissionais do que aqueles que andam a queixar-se do “politicamente correcto” e do “marxismo cultural”. Ugh! Cambada de chorões. O Ventura então devia ter a tempo inteiro um assessor com uma espoja a limpar o rasto de lágrimas…

    A Joacine e o Mamadou são vitimas profissionais? Então posso presumir que você subscreve a teoria do Gabriel Mithá Ribeiro que não há racismo em Portugal?

    “Como espera a esquerda unir as pessoas, se as divide em grupos que competem entre si pelo estatuto da maior vítima, de qual é mais oprimido pelos brancos heterossexuais, esses monstros?”

    Santo Deus! Você agora anda a repetir a propaganda da extrema-direita? Nunca percebeu que essa gente acusa os outros das coisas que eles próprios fazem? Goebbels dixit (alegadamente)

  26. ATAV

    “Cai o helicóptero de luxo de um jogador de basquete, o Kobe Bryant. Morre ele, a filha e mais uma carrada de gente, incluindo outra criança. Comoção geral: morreu o Kobe Bryant. E a filha. O resto? Importa zero. Morreu um jogador de basquete. Um mamão que acumulou centenas de milhões a bater uma bola. Só isso importa. ”

    Sim. Os encómios todos dirigidos apenas ao Kobe foram abjectos mas é assim a nossa sociedade. Só os famosos e os poderosos interessam. Mesmo que sejam violadores.

    “Ou seja: a filha do mamão, nascida entre mansões e helicópteros, sem ter de trabalhar um dia na vida, ia enfrentar mais “injustiças e indignidades” que qualquer branco… e qualquer homem. Porque era mulher e era preta.”

    Eu concordo que quem diz uma alarvidade destas está a ser completamente ridículo. A condição económica das pessoas conta e de que maneira…

    “Vê a loucura, a cegueira selectiva do politicamente correcto?”

    É esta a sua prioridade? Sim? Então vote CHEGA!. Você é como todos os eleitores do Trump que votaram contra os seus interesses económicos só para trollarem os “libtards”. O voto é seu, é livre de o depositar onde quiser, mas há um preço. Para azucrinar a cabeça dos esquerdalhas tem que sustentar os “mamões”. Faça a sua escolha…

  27. Filipe Bastos

    ATAV,

    “Creio que você não tem a noção que ocorreu uma polarização assimétrica entre a direita e a esquerda. A direita virou-se muito mais para o seu extremo que a esquerda.”

    Pelo contrário, tenho e concordo. Aí está coberto de razão. Para muito direitalha o capitalismo desenfreado já nem é ideológico: é um mandamento divino, a ordem natural das coisas. Questioná-lo é uma heresia, contrariá-lo uma insanidade. Isto é que devia ser a prioridade da esquerda.

    “Sim eu sei que há comunidades ciganas com problemas de integração”…

    Sabe? “Problemas de integração” é um eufemismo engraçado. Se acha que os ciganos, a grande maioria dos ciganos, querem integrar-se, então pouco sabe além da cartilha PC.

    Esta obsessão com o politicamente correcto criou uma cultura de vitimização e uma rede de vítimas profissionais. Não falta quem viva de choradinhos e ‘micro-ofensas’, de tempestades de twitter e ‘iniciativas’ da treta.

    Há racismo em Portugal? Sim, como em todo o lado. Mas conhece muitas sociedades onde outras raças, etnias e culturas sejam mais bem acolhidas, tenham mais direitos e oportunidades do que em Portugal e na Europa?

    Claro que podemos e devemos sempre melhorar; mas convém ter a noção do mundo em que se vive. A brigada PC parece não ter a noção; o seu constante policiamento aliena as pessoas.

    Se ainda não percebeu isto após o Trampa, o Brexit, o Bolsonaro, o Orban, o Salvini, o BoJo, etc., e o descalabro da esquerda em tantos lados, que mais será preciso?

  28. ATAV

    Filipe Bastos

    A questão é simples. Estas são as suas escolhas: ir atrás dos “mamões” ou do “politicamente correcto”. Esquerda ou Direita. Ambos têm o seu custo. Qual deles é o mal menor?

    Há contudo uma terceira escolha: os dixiecrats que defendem racismo e redistribuição. “Socialism for me but not for thee”.

    Já pensou em fundar um partido com estes princípios? Também pode tomar o CHEGA! ou o CDS de assalto e prometer redistribuição ou então entrar no Bloco e acicatar o ódio contra ciganos (mas este é mais difícil). Há mercado eleitoral para isso e o Zeitgeist é propicio. O Trump chegou lá assim…

  29. Filipe Bastos

    Dispenso essa falsa dicotomia, ATAV. E o ‘mal menor’ é o argumento habitual da partidocracia; da perpetuação da mediocridade.

    Se filtramos só aquilo com que concordamos, se rejeitamos tudo o que questiona ou contradiz as nossas ideias, não chegamos a lado nenhum. Pelo menos a nenhum lado interessante.

    É bizarro ver pessoas que parecem inteligentes e informadas, como o ATAV e alguns por aqui, contentarem-se com este tribalismo.

  30. ATAV

    Filipe Bastos

    Falsa dicotomia? Homem, já nem sei o que lhe diga, Dei-lhe várias opções: na esquerda você pode ir atrás dos mamões mas tem que morder a língua quando fala de minorias. Na direita já pode dizer o que lhe der na veneta mas tem que comer com a desigualdade.

    Isto é o panorama politico actual. Não gosta? Pode formar um partido que combata a desigualdade e achincalhe ciganos. Até lhe dei um exemplo: os dixiecrats que apoiavam o “New Deal” enquanto perseguiam negros.

    Também pode tomar um partido de assalto e direccioná-lo neste sentido. Eu acho que o CHEGA é o mais vulnerável a esta abordagem visto que o seu eleitorado é pobre e racista. Até acho que o Ventura mais cedo ou mais tarde irá levar o partido nesta direcção. Creio que irá ter sucesso se o fizer porque o racismo anima as hostes mas mais cedo ou mais tarde as pessoas notam a barriga a dar horas e é preciso dar algo mais…

    Ora bem. Dei-lhe quatro opções distintas, o que mais quer?

    Por mim, fico-me pelo panorama politico actual e escolho o que me parece o menos mau…

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.