Portugal vs. Lituânia

Via Iniciativa Liberal:

Portugal está a vencer a Lituânia em futebol, nessa actividade continua a ser superior, na economia nem por isso.

Em 2001, o PIB per capita da Lituânia era cerca de metade do português. Apenas 16 anos depois, a Lituânia ultrapassou Portugal, colocando o nosso país mais próximo de ser o mais pobre da Zona Euro.

Com uma política economicamente liberal amiga do investimento, das empresas e da criação de emprego, a Lituânia foi um dos países que mais cresceu na União Europeia nos últimos 10 anos. Entre outras coisas, a Lituânia introduziu reformas liberais na economia e ofereceu a investidores e trabalhadores um sistema fiscal muito atractivo, como uma taxa fixa de IRS de 15%.

Portugal continua com políticas de estagnação, cai todos os anos lugares na tabela do Campeonato Económico Europeu e revela-se incapaz de demitir o treinador que o colocou nos últimos lugares. É preciso mudar de vida.

12 pensamentos sobre “Portugal vs. Lituânia

  1. Filipe Bastos

    Cá está o João Cortez com os seus gráficos. O crescimento da Lituânia é bonito no papel, não tanto na realidade das pessoas. É dos países mais desiguais da UE; boa parte da população nem tem esgotos.

    Cada vez mais emigram do paraíso liberal do Sr. Cortez; as eleições mais recentes foram dominadas por promessas a que chamaria ‘socialistas’, mas que apenas reflectem a necessidade básica de mais justiça e repartição da riqueza.

    Para saber isto não é preciso conhecer a Lituânia nem ler o Avante; basta a Bloomberg:
    https://bloomberg.com/news/articles/2019-05-10/outdoor-toilets-show-inequality-is-rife-in-euro-member-lithuania

  2. O coeficiente de Gini de Portugal é 36 e da Lituânia 37. Últimos números disponíveis, de 2015.

    Da Venezuela Madura, 48 — últimos números disponíveis.

    Antes de opinar com larachas, RTFM.

    Mais vale estar no inferno, mas a caminho do paraíso, do que no céu a caminho do inferno.

  3. Eu recentemente estive na Lituânia, e contaram-me (queixaram-se) que empregar lá uma pessoa era muito caro, porque cerca de 40% daquilo que o patrão lhe pagava ia para impostos. Não era 15,3% nem nada que se parecesse.
    Por acaso tenho aqui neste momento um colega lituano, vou voltar a perguntar-lhe como é.
    Agora uma coisa é verdade: a Lituânia é um país civilizado, onde não se vê um único carro estacionado em segunda fila, na faixa de rodagem, ou em cima d passeio. Vi lá uma pessoa a estacionar o carro (num lugar legal) por 5 minutos para ir visitar uma igreja mesmo ao pé, e pagou pelo estacionamento.

  4. Luís Lavoura,

    «Porque cerca de 40% daquilo que o patrão lhe pagava ia para impostos.»

    E o seu? 23,75% + 1% + 11% + retenção de IRS. Facilmente chega aos 50%. Basta espirrar.

    Faça as contas e muda-se já para a Lituânia.

    E depois a história não acaba. Com o dinheiro no bolso, vêm os importos indirectos, as taxas, as taxinhas e o que paga os tachos e os tachões. E aí Portugal é mestre, a caminho do doutoramento.

  5. Nos anos 70 um aspirador custava metade de um salário ou mais
    hoje custa 1/10
    Nos anos 70 uma licença camarária para fazer uma obra custava pouco, hoje custa metade de um salário.

    É isto o Socialismo Português com o Estatismo galopante a destruir a evolução do Capitalismo.

  6. Filipe Bastos

    Francisco, a URSS fazia falta ao capitalismo. E faz falta aos direitalhos.

    Aos direitalhos faz falta como paradigma do Mal. Já viu o que seria da sua vida, e das suas discussões online, sem poder ir buscar o bicho-papão comuna? Sem a URSS, a Coreia da Norte, Cuba e demais comunices, ser direitalho era uma chatice.

    Ao capitalismo fazia falta como concorrência. Enquanto o comunismo era uma alternativa, ou pelo menos um inimigo a temer, o Ocidente prosperou. O capitalismo tinha de fingir que se ralava com as pessoas. Depois foi o que se viu; o que se vê hoje. Mama em roda livre.

    Coeficiente Gini no Eurostat e na Pordata (dados de 2017):
    — Lituânia – 37,6
    — Portugal – 33,5
    — UE (28 países) – 30,6

    Além dos números tem a realidade das pessoas. Se não conhece a Lituânia, leia pelo menos o artigo que linkei acima. Pesquise ‘poverty lithuania’. Uma ONG escreve:

    “The vast inequality present throughout Lithuanian society is the result of a persistent lack of adequate social programs and fair incomes. This is particularly true of rural areas that … do not benefit from the prosperity of the Lithuanian government or local businesses.
    Nearly 30% of Lithuania’s population faces poverty and social exclusion. A comparable portion of the population is considered at risk of poverty. These facts … have driven Lithuanians out of the country, despite the growth of the Lithuanian economy.”

    Larachas. Bolas, Francisco, RTFM.

  7. «O capitalismo tinha de fingir que se ralava com as pessoas. »

    Não precisa. Onde ele há, mesmo os pobres têm o que comer. Onde há socialismo, nem a classe média come todos os dias.

    Lembra-me tantas anedotas soviéticas sobre o assunto…

  8. Filipe Bastos

    V. não está a ouvir. O maior avanço na qualidade de vida ocidental ocorreu durante a Guerra Fria, enquanto durou a ameaça comunista. Porque o capitalismo tinha de dar mais às pessoas.

    Nos anos 80, com o “império do mal” já em decadência, a sua cara dupla Thatcher / Reagan abriu as portas à completa desregulação financeira, ao domínio absoluto dos mamões. O muro caiu, e com ele a URSS e qualquer pudor que restasse ao capitalismo.

    Desde então a bolha não parou de crescer, até à implosão de 2008, a que se seguirão outras certamente piores, e os avanços conquistados vão-se esboroando. A riqueza cada vez mais concentrada, o mundo mais dividido, os mamões mais gananciosos. O capitalismo é autofágico: sem concorrência come-se a si próprio.

    Mas sim, pode contar anedotas. Cada um dá o que tem…

  9. Ignorante, são os bancos centrais que determinam a facilidade de crédito. Foram os Governos cada vez maiores a precisarem de cada vez mais e mais que a necessitar de aquecer as economias para terem cada vez mais receita.
    Não admira que há bolha, que foi substituída por outra que agora está nas bolsas.

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