Lição para o futuro. Em apenas quatro dias (entre a segunda-feira e quinta-feira antes da festividade da Páscoa) uma greve dos motoristas de matérias perigosas – especialmente combustíveis – lançou o caos em Portugal.
Pessoalmente, como muitos outros condutores, eu nem sequer sabia da greve. Até à manhã de terça-feira, quando se noticiou que aeroportos estavam a ficar sem combustível e que postos de abastecimento poderiam ir pelo mesmo caminho… Nesse dia, a incerteza dos portugueses quanto a potenciais limitações à continuação da mobilidade automóvel levou-os em massa a encher depósitos dos seus automóveis. Que provocou o efeito pretendido pelos grevistas: escassez da disponibilidade de combustível. Como muitos, ao final do dia já não consegui abastecer.
A solução do governo de António Costa foi declarar “crise energética” e estipular serviços mínimos bem como recorrer à requisição civil (suspeito que seria a solução de qualquer outro partido da Assembleia). E, para fazer face à corrida aos combustíveis, alguns postos limitaram os litros que consumidores podiam abastecer.
Mas havia melhor solução para gerir a escassez de combustíveis: preços!!!
Considerem o seguinte cenário: cientes que haveria greve a partir do dia 15 de Abril (sindicato deu pré-aviso a 1 de Abril), postos notificavam consumidores que, caso greve fosse efectivada, os preços iriam aumentar, por exemplo, 25 cêntimos. Em resposta a esse aviso, muitos condutores iriam abastecer nas semanas anteriores à greve a preço “normal” e empresas fornecedoras poderiam encher tanques para responder ao acréscimo de procura. Ainda, na(s) semana(s) de greve – e com preços mais altos – apenas iria abastecer quem realmente tivesse necessidade de o fazer. É que vi exemplos de condutores na fila dos postos a dizerem que tinham ainda metade do depósito mas estavam ali para encher o restante por precaução. Involuntariamente, “ajudaram” a que escassez fosse maior.
Ainda, ao contrário de limites quantitativos ao abastecimento (ex: litros por carro) preço também é melhor forma racionar o consumo. Quando se impõe uma quantidade máxima por consumidor não há forma de saber se 10 litros para determinado condutor são mais valiosos que para outro condutor no fim da fila que, quando chegar a sua vez, poderá não conseguir comprar combustível. Preço obriga a selecção mais justa.
Também, a acrescida margem financeira resultante de mais altos preços dos combustíveis, iria contribuir para pagar prémio aos motoristas que não fizessem greve, ajudando a mitigar consequências da mesma.
Porque postos não optaram por esta solução? Poderia ser por ignorância económica destes sobre o papel dos preços na gestão de escassez. Mas aposto que se trata mais da ignorância dos consumidores que, certamente, não iriam perceber os benefícios elencados acima e ainda iriam acusar aquelas empresas de exploração/especulação. Prova disso é imagem que circulou nas redes sociais de posto em Sintra a vender gasolina €1,809 o litro e que entretanto foi desmascarada pelo jornal Polígrafo (tratava-se do preço normal da gasolina premium).
No entanto, um facto que pareceu escapar aos jornalistas e aos milhares de internautas que partilharam esta imagem: naquele posto havia este tipo de gasolina. Sim! E isso só foi possível porque preço era mais alto. Muitos outros postos podiam ainda ter gasolina e gasóleo disponível se, durante período de greve, tivessem aumentado preços dos combustíveis, obrigando consumidores a gerir melhor os seus consumos.
Lição para o futuro? Gostava que portugueses aprendessem com erros do passado e cenário descrito neste post fosse realidade aquando da próxima “crise energética”. Mas minhas expectativas são baixas.
Não se deve poder fazer isso, deve haver uma lei, uma norma, um decreto, uma coisa qualquer que impede isso. Se não houver aparecem logo os esquerdalhos a ganir
Está a escapar o problema de que Gasolineiras, Postos de Combustível e Empresas de Abastecimento e Armazenamento são entidades independentes e com Actividades empresariais diferentes. Portanto apenas gasolineiras e postos beneficiariam do aumento, transformando tal aumento em especulação, algo que ainda julgo que seja um crime económico, tanto mais num mercado concorrencial como este.
Miguel Cabrita, “crime económico” é apenas eufemismo para dizer que os proprietários de um posto de venda de combustíveis não têm liberdade para definir o preço.
E, quanto a benefício do aumento do preço dos combustíveis durante períodos de grande escassez (como uma greve), já demonstrei no post que tal acção iria reduzir o risco de rápido esgotamento.
BZ suspeito que para o mercado livre teria sido muito mais fácil permitir ao espanhóis abastecer o mercado nacional com o diferencial de preço a reverter a favor dos espanhóis livre de impostos portugueses. O preço seria exactamente o mesmo e a falha na linha da distribuição facilmente resolvida numa situação win-win para todas as partes envolvidades excepto os sindicados.
Para os comunistas qualquer hipotese de alguém fazer/ter lucro ou é roubo ou é especulação. No entanto, se for electricista em Loures é aproveitamento político…
Duvido que aumentar os preços resultasse neste caso.
Normalmente o que vejo quando há aumentos bruscos nos preços de combustível são filas de automobilistas a tentar encher o deposito antes que aumente mais.
EMS, essa seria a acção pretendida! Havendo, antes da greve, aviso de aumento de preços, o acréscimo de procura podia ser melhor coberto por maior fornecimento de combustível (dado que motoristas ainda não estariam em greve).
Há muito que não lia uma estupidez tão grande. O Ricardo Arroja que o tire daqui antes que confundam liberalismo com mercado negro.
Uma medida desta natureza dava origem a açambarcamento nos dias anteriores ao aumento de preços e depois todos estariam a dizer que foi um disparate.
AB, iliteracia económica é comum a muitos portugueses. Acredito que Ricardo Arroja não é um deles.
Francisco Lx, podiam dizer o que quisessem. Facto é que açambarcamento evitaria tantos postos vazios durante a greve.
Presumo que tenha um canudo em economia. Peça o dinheiro de volta. Na realidade os mercados não são santos nem virtuosos nem se auto-regulam. O que você descreveu é mercado negro. O petróleo não subiu, houve uma greve. E sem regulação porque não patrocinar greves? Mantinha-se um défice artificial na oferta e você ainda batia palmas ao “mercado livre”. Olhe que o socialismo no papel também funciona,
Creio que este post tem duas intenções: a primeira é, recorrendo à economia, tentar justificar moralmente o price gouging dizendo que este mecanismo é simplesmente o bom funcionamento da economia. Apesar da maioria dos economistas achar que o preço é preferível às filas isso não é consensual entre eles. A maioria dos economistas prefere outro mecanismo como tentar aumentar a oferta sempre que tal seja possível. Mas o pessoal do Insurgente sempre foi apologista do mercado sem limites e de atiçar as pessoas umas contra as outras – ou seja, da lei do mais forte. Darwinismo social com jargão económico…
A segunda intenção também é comum neste blog: dar cabo dos sindicatos e baixar os salários dos trabalhadores para beneficio dos empresários. Neste caso é dividir os trabalhadores dando-lhes motivos para furarem a greve e diminuir desta maneira o seu poder reivindicativo.
Enfim, neste blog o lobbying pelo patronato e pelos mais abastados é o pão nosso de cada dia.
Excelente post.
AB, presumo que não tenha um dicionário. Eu ajudo:
“Mercado Negro – mercado clandestino, praticado principalmente quando há racionamento, tabelamento ou cotação oficial, sendo os preços superiores aos fixados por via oficial.”
Queira reler a última parte. “fixados por via oficial”. Não há problema nenhum em que você não tenha canudo em economia. Só não faça comentários sobre uma área que, claramente, não percebe.
Se tivesse alguma noção básica, entenderia que preços – num mercado livre – variam consoante desiquilíbrios da oferta e procura. No caso desta greve, a oferta estava limitada ao que havia nos depósitos dos postos de combustíveis enquanto a procura aumentou com a incerteza criada. Como disse no post, preços mais altos teriam melhor efeito a racionar consumo que qualquer limite “fixado por via oficial”. Mais uns dias de greve com postos vazios e aí, sim, veria surgir um mercado negro (ex: comprar em Espanha para vender em Portugal; sem factura!!!).
O açambarcamento é a antecâmara do nercado negro, um não funciona sem o outro. Uma solução destas traduz-se por: quem pode pagar tem combustível, quem não pode não tem. Quem tem possibilidade compra a alto preço antecipadamente ou depois no mercado negro e quem não tem espera que a crise passe… De facto os mercados autorregulam-se o resultado é que pode não ser bonito de se ver.
ATAV, price gouging é termo popularizado por políticos que não entendem (ou não querem entender) de economia. Quanto a aumentar a oferta, como expliquei no post, maiores margens permitiriam aos postos pagar um prémio aos motoristas que não fizessem greve.
Ainda, devo esclarecer que apenas defendo a liberdade. Liberdade para todos! Algo que a sua perspectiva socialista/intervencionista não o permite.
Francisco Lx, só existe mercado negro quando governos não permitem que exista liberdade para aumentar preços resultantes de maior escassez. Aí, sim, os preços mais altos serão praticados na “clandestinidade”.
Isso seria o primeiro passo para a geringonça nacionalizar a Galp, com o apoio da população.
Caro BZ
Obrigado pela sua resposta. Não gosta que eu utilize o termo “price gouging”? Já algum vez utilizou a expressão ” criador de riqueza/empregos” ou “dinheiro dos contribuintes”? Sim..? então não se ponha com essas tangas… Não suporto aqueles que se põem a fazer politica disfarçada de falsa tecnocracia.
Fique a saber que HÁ consenso entre os economistas que o mercado não é perfeito e que é necessária a intervenção estatal para corrigir as suas falhas.
Em vez de rotular todos aqueles que discordam de si como socialistas, assuma as suas opções politicas sem subterfúgios facilmente desmontáveis!!
“Quanto a aumentar a oferta, como expliquei no post, maiores margens permitiriam aos postos pagar um prémio aos motoristas que não fizessem greve”
Não venha com essas tretas. Aumentar a oferta não é furar a greve atiçando uns motoristas contra os outros. Isso é simplesmente “union busting”. Dividir para reinar. E deixar o preço como único mecanismo para lidar com a falta de oferta de bens essenciais é promover a plutocracia…
Aumentar a oferta pode ser o governo comprar e transportar combustível de fora para áreas mais urgentes (ex ambulâncias) deixando o combustível existente para a população geral ou intervir através da mediação das partes para resolver a greve o que aliás foi feito por este governo. E se fosse o PSD do Passos Coelho no governo provavelmente teria feito a mesma coisa.
“Ainda, devo esclarecer que apenas defendo a liberdade. Liberdade para todos!”
Pois, pois… Liberdade para os poderosos fazerem o que lhes dá na real gana e a liberdade para os fracos serem comidos vivos pelos fortes.
Quer defender a liberdade para todos? Então pare de promover a luta de classes! Ainda por cima promove a luta para favorecer os mais poderosos.
ATAV, quem usa o termo “luta de classes” são os que usualmente não valorizam a liberdade.
Quanto a “consenso” de economistas na intervenção estatal isso não é verdade. Maioria, talvez. Claro que haverá sempre quem queira impor a sua vontade quando os resultados não equivalem aos seus desejos. Depois chamam-lhe “falhas de mercado”…
PS: peço desculpa pela confusão, não o queria rotular de socialista; intervencionista é mais correcto.
BZ
“ATAV, quem usa o termo “luta de classes” são os que usualmente não valorizam a liberdade.”
Técnica típica utilizada por politicos para tentar culpar por associação os seus opositores. Lá foi o argumento tecnocrata para o maneta.
Quanto à substância do argumento então para si alguém DIZER a outra pessoa para não promover a luta de classes é não valorizar a liberdade? Mas passar a vida a PROMOVER a luta de classes como o pessoal do Insurgente faz sem nunca utilizar a expressão já é valorizar a liberdade.
OK, entendido. Obrigado pela sua clarificação.
Também está engando quanto à questão dos economistas e da intervenção estatal. Não é uma opinião simplesmente maioritária, é consensual. Viu-se em 2008 quando, apoiados pelos economistas, todos os governos intervieram na economia para evitar uma nova grande depressão e expandiram o quadro regulatório para o sistema financeiro.
Só uma duvida que me atormenta.
Porque razão Churchill na 2ª guerra mundial, em vez de confiar nos aumentos de preços espontâneos como meio de gerir a escassez, decidiu antes criar sistemas de racionamento?
ATAV, a intervenção na economia não evitou uma grande depressão. Apenas a adiou.
Atav,
Voçê é um socialista , sómente ainda não tomou consciencia desse facto .
E porquê? Porque pretende manipular e acha bem essa manipulação , em nome de algo que voçê , segundo a sua perpectiva e padrão acha o mais adequado . Todos os outros só contam se se enquadrarem nos seus padrões . A liberdade de escolha e a responsabilidade por essa mesma é para si insuportavel .
EMS, não é apenas em situações de guerra que políticos intervêm na economia com resultados limitadores da liberdade e, até, ineficientes. E enquanto houver maioria que apoie tais práticas, eles assim vão continuar.
Se repararem ,
todas as recessões e depressões do sec xx e sec xxi foram causadas por manipulação das taxas de juro pelos banqueiros centrais pressionados por politicos intervencionistas . Taxas excessivamente baixas causam excessivo debito e mau investimento , criando bolhas que mais tarde ou mais cedo rebentam, ao mesmo tempo que esses intervencionistas tentam regressar ao normal em termos de taxas .
“ATAV, a intervenção na economia não evitou uma grande depressão. Apenas a adiou.”
Mais uma vez está enganado, o único pais que sofreu uma destruição semelhante à grande depressão foi a Grécia (maior até). O que veio a seguir foi a Grande Recessão (o estímulo da economia foi insuficiente). E como os estados europeus decidiram adoptar a teoria da austeridade expansionista do Alesina em resposta à crise das dívidas soberanas a nossa economia foi pelo cano abaixo. Provocou muito sofrimento desnecessário e atrasou consideravelmente a nossa recuperação.
Já agora sabe qual foi a primeira resposta à Grande Depressão? Foi não fazer nada… Exactamente aquilo que defende. Deu bons resultados não deu? E não esquecer a intervenção do BCE nos mercados da divida soberana que ajudou estabilizar os juros das dividas dos países do sul da Europa. Foi o momento “whatever it takes” do Drahgi. Foi em 2012, deveria ter sido muito mais cedo, mas se dependesse de si seria nunca. Era deixar o mercado actuar…
Ah e ja me ia esquecendo de referir que apesar da teoria da austeridade expansionista estar completamente desacreditada em virtude do que foi observado desde 2008, o líder da Iniciativa Liberal, o Carlos Guimarães Pinto concorda sempre com o Alesina sempre que este vem defender a teoria dele em público. A profissão do líder da Iniciativa Liberal? Economista… Está a ver agora porque detesto falsos tecnocratas? Apresentam-se como especialistas e impingem ideologia.
CASTAMHEIRA
Já deu para ver que para si todos aqueles que não concordam consigo são socialistas e que o Estado é o culpado de todos os males deste mundo.
Não gosta da intervenção do estado na economia? Emigre para o Sudão ou para outro estado falhado qualquer. Nesses países, os politicos mesmo que queiram intervir na economia não conseguem logo não há regulamentos e burocracias para chatear, quase que não há impostos e impera a única lei que o pessoal daqui gosta: a Lei do mais forte. Enfim, autênticos paraísos liberais. De que está à espera?
ATAV, quando disse que intervencionismo estatal apenas adiou Grande Depressão é pelo ainda está para vir, não o que aconteceu até agora.
E dizer que Estados não fizeram nada, só pode ser brincadeira. Para quem fala tanto de economia parece ter estudado pouco.
“Não gosta da intervenção do estado na economia? Emigre para o Sudão ”
Ora aí esta o democrata socialista em acção . Não gostas ?! Emigra para um país ainda mais cleptocratico e violento do que o nosso .
BZ
Agradeço que leia o que escrevo antes de responder: a PRIMEIRA resposta à Grande Depressão foi o Hoover despejar o problema para cima dos sindicatos, empresas e dos estados. Ele achava que era um problema de confiança dos mercados e que os desempregados não deviam receber subsidio de emprego para não ficarem ociosos (onde é que já ouvimos isto?).
Resumindo, o Governo Federal não fez nada de relevante até 1932 quando finalmente se mexeu sob intensa pressão pública. Mexeu pouco mas mexeu.
Peço desculpa, estou enganado, o Hoover fez algo: promulgou as Tarifas Smoot-Hawley em 1930. Resultaram numa guerra comercial em cima da Grande Depressão…
“Para quem fala tanto de economia parece ter estudado pouco.”
Óptimo. O ataque ad hominem é bom sinal para mim. Quem não tem argumentos ataca a pessoa.
CASTANHEIRA
“Ora aí esta o democrata socialista em acção . Não gostas ?! Emigra para um país ainda mais cleptocratico e violento do que o nosso”
Sempre ouvi os “liberais” daqui a apelarem para que as pessoas “votem com os pés”e para “saírem da sua zona de conforto”. Só vocês é que podem utilizar esses argumentos?
E sim. Prefiro que você emigre em vez de Portugal ser transformado num estado falhado. Vá a esses países ver “in loco” o que a ausência do estado produz. Só miséria e sofrimento.
ATAV, agradeço é que leia o você escreveu! Nomeadamente: “Viu-se em 2008 quando, apoiados pelos economistas, todos os governos intervieram na economia para evitar uma nova grande depressão”.
Agora quer passar de 2008 para 1929 e falar da Grande Depressão do século XX? Queira, para começar, ler o seguinte: America’s Great Depression (https://mises.org/library/americas-great-depression ; tem versão gratuita em PDF e EPUB).
ATAV,
Portugal é um Estado que falha a caminho de se tornar um estado falhado, por causa dos falhados da vida que que serem pendurar no Estado.
O problema é que a árvore de Natal que é o Estado não aguenta tantos penduricalhos, mais a mais consanguíneos.
Acho que nem em Veneza, no renascimento, houve tanta consanguinidade nos familiares do doge.
ATAV,
O mercado sempre se regulou a si próprio. O seu dito consenso entre economistas é como os 98% de cientistas que acreditam na antropogénese do aquecimento global — que por vezes anda arrefecido. É um número aleatório, atirado ao calhas contra a parede para saber se pega ou não.
Não há razão para o Estado intervir na formação de preços salvo em conluio entre TODOS os fornecedores. Na verdade, nunca vi conluio entre muitos fornecedores, salvo em Portugal nas telecomunicações, quando o Estado não admitia novos operadores além de três. Se diminuírem as barreiras à entrada de novos fornecedores — acabando com taxas e taxinhas e alvarás e licenças e permissões — quem aumentar demais os preços dá um tiro no pé. E sabe-o.
Veja o que aconteceu no alojamento com o alojamento local e nos transportes com a Uber e a Cabify. É óbvio que os incumbentes não gostam que lhes mordam os calcanhares. Mas o alojamento local permite que uma data de pessoas que nunca viria a Lisboa hospedar-se num hutel venha a Lisboa e gaste cá dinheiro ganho lá fora — uma exportação de bens e de serviços. Quem, como eu,, nunca usaria um taxi — porque são lentos para ganhar mais impulsos — pode vir a usar um serviço pago à partida. E mais barato.
Nesta crise em particular, o BZ tem razão. A fixação de preços potenciou o efeito da greve. A inacção e a trapalhada do governo, ausente quando deve e presente quando nada de jeito fez, lixou mais a situação. Lembra-me da crise do açúcar de há três ou quatro anos, mesmo a jeito do Natal, com telejornais diários.
Se esta crise serviu para alguma coisa, foi para clarificar as águas: o Costa das Concórdias finge nada ver, diz nada saber e no fim, quando todos lhe apontam o dedo, sobrerreage. Pior, culpa quem o critica, como se ele fosse uma divindade inenarrável. Quando ele é e o seu governo são, talvez fruto da consaguinidade, provas de que se pode usar fato e gravada com um QI de um dígito. Aqui, obviamente, estou a ser exagerado, pois há quem no Governo consiga chegar e passar, mesmo se por pouco, ao segundo dígito.
“E sim. Prefiro que você emigre em vez de Portugal ser transformado num estado falhado. Vá a esses países ver “in loco” o que a ausência do estado produz. Só miséria e sofrimento”
Atav , você é um grande democrata , pois quem não concorda com o seu mundo de manipulação deve emigrar para países onde não há Direito algum a qualquer tipo de liberdade , nem direito á propriedade e nem sequer direito á vida , pois são dominados por fascinoras ainda mais violentos e extremistas do que socialistas. O Sudão , não tem nada de LIBERAL .
Você é que poderá emigrar para paraísos socialistas que manipulam tudo e todos até ao extremo , tais como cuba , venezuela etc. Aí sim você estará como peixe na agua sem ter que se violentar a si proprio .
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ATAV
Sudão? Tens um país verdadeiramente liberal no norte de áfrica chamado Botswana, que já agora é bem representativo das vantagens económicas de uma economia liberal.
Correcção: No meu post queria dizer Sul de África.
CASTANHEIRA
Sim, os estados falhados são o ideal dos liberais. Nesses paises não há intervenção estatal nenhuma. Nada de lei laboral, ambiental ou protecção do consumidor. Também não há banco central para com a capacidade de “provocar recessões”. Em suma: o paraiso dos liberais. E está enganado. Existe a proteção da propriedade e o direito à vida. A propriedade e o direito à vida dos poderosos e das elites locais estão bem protegidos. Os outros é que se lixam! É o Estado minimo que tanto é apregoado por aqui!
BZ
Eu falei na grande depressão porque foi a única que aconteceu até agora. O ponto de vista que estou a tentar provar é esse mesmo. Como os estados intervieram em 2008 conseguiu-se evitar o pior, uma nova grande depressão. Não intervir em 1929 (a sua abordagem preferida ao problema) deu asneirada grossa. Até acho que os estados e os bancos centrais deviam ter feito bem mais desde 2008. Creio teriam minimizado os efeitos da crise e evitado muito sofrimento desnecessário.
BZ
Quando a ler a propaganda do Instituto Mises, não obrigado! Já lhe tinha dito que detesto politica disfarçada de tecnocracia. Além disso já sei o que lá está escrito: estado=mau, privado=bom , não fazer nada que afecte os mercados em circunstância alguma e dar cabo do estado social traz a prosperidade para todos!
Sabe, quando eu quero aprender sobre o comunismo não me vou informar junto do Avante. Também já sei o chorrilho de disparates que está lá.
Francisco Miguel Colaço
A maneira como você tenta passar uma imagem de saber mais que ps outros em todos os comentários que faz é uma enorme falta de gosto e de extrema arrogância. E o pior é que é uma falsa erudição. A sua diatribe (Vê? Mim também saber usar palavras mais maiores grandes) contra a ciência do clima, estar constantemente a citar ideologia politica como facto científico e justificar os seus preconceitos recorrendo a argumentos falaciosos provam isso mesmo.
PS. Eu sei que disse acima que quem não tem argumentos ataca a pessoa, mas quero deixar bem claro que os seus argumentos também não prestam. Aumentar a concorrência de um sector com necessidades de investimento tão grandes como as telecomunicações numa economia periférica, pequena e deprimida? Santo Deus! Como diria o Futre: vão vir charters de investidores…
No Sudão falta o primado da lei e o conceito de propriedade privada. Logo, não há liberalismo.
Há uma diferença entre anarquia, proto-estado e estado. O estado dos seus proto-estado mostram que, se tirou o curso de ciência política, confere com. A minha opinião de que nas universidades portuguesas economia e humanidades são tão credíveis como a palavra honrada do Costa — o tal que me faz acreditar que até um babuíno se consegue licenciar em direito.
PS. — alguma vez esteve em Kartum? Se quiser falar comigo, saberá que sei mais sobre Kinshasa ou Kartum ou Ougandougu do que o ATAV.
ATAV,
Vai-me fazer o favor de indicar onde o ataquei pessoalmente. Desconfio que um de nós foi formado no ISCTE. E eu sou engenheiro, formado na Universidade Católica Portuguesa.
ATAV,
O concurso para a atribuição de espectro, da última vez que decorreu, não ficou vazio.
É como nas TV em sinal aberto, não faltavam candidatos. O Estado em Portugal existe para que o Estado em Portugal exista. É um problema de ontologia. Não de positivismo utilitário.
Na Venezuela temos um estado com grande intervenção na Economia, é a prosperidade.
ATV pegue nas malas, junte os que pensam como você e migre para lá. E assim evita-se que Portugal se torne num estado (mais) falhado.
É um paraíso, não há gordos, a ecomomia está cada vez mais descarbonizada. Não precisam de ajuda externa.
Não conheço país em que a população seja mais feliz. Talvez Cuba ou a Coreia do Norte…
Francisco Miguel Colaço
“No Sudão falta o primado da lei e o conceito de propriedade privada. Logo, não há liberalismo.”
Claro que existe o primado da Lei: a palavra do senhor de guerra local tem de ser cumprida por todos e quanto ao conceito de propriedade privada posso-lhe garantir que toda a gente sabe que se alguém tentar tocar na propriedade do cacique local será imediatamente punido. Mas os impostos são baixos, não há lei laboral, protecção ambiental, protecção do consumidor, educação universal, sistema de saúde público, etc, etc, etc. Os ricos e poderosos fazem o que querem, os outros existem para serem espezinhados. Logo, é o paraíso liberal.
“PS. — alguma vez esteve em Kartum? Se quiser falar comigo, saberá que sei mais sobre Kinshasa ou Kartum ou Ougandougu do que o ATAV.”, “E eu sou engenheiro, formado na Universidade Católica Portuguesa.”
Vê? Sempre a distribuir o seu currículo ou mencionar como é bem viajado para se sentir superior aos outros. É como um relógio suíço, não falha.
“Desconfio que um de nós foi formado no ISCTE”
Mais uma demonstração dos seus preconceitos. Como se toda a gente formada pelo ISCTE pensasse de forma igual ou tivesse as mesmas convicções politicas. E está enganado já agora. Nunca recebi formação alguma nessa instituição. Preconceituoso e equivocado, que dádiva para toda a gente que por aqui passa.
“O concurso para a atribuição de espectro, da última vez que decorreu, não ficou vazio.”
Eu nunca disse que não havia interessados, apenas que, como a economia é periférica, pequena e deprimida e os custos de investimento para entrar são significativos, aumentar a concorrência para além dos agentes já instalados pode não ser viável. Aumentar a concorrência é a resposta-tipo do defensores do liberalismo económico para as falhas de mercado. É redutor e não funciona para todos os casos.
Mais um exemplo de argumentação falaciosa da sua parte.
“Vai-me fazer o favor de indicar onde o ataquei pessoalmente.”
O Francisco passa a vida a dizer por aqui que quem discorda de si é ignorante ou estúpido e agora põe-se a choramingar quando alguém não gosta e responde-lhe à letra? É a vida…
Carlos Guerreiro
Então para si defender a intervenção do estado na economia é defender a Venezuela, Cuba ou Coreia do Norte? Então presumo que para si os países nórdicos, anglo-saxónicos, europeus, Coreia do Sul etc não intervêm na economia? Que desonestidade intelectual! Eu teria vergonha em utilizar argumentos tão débeis.
Felipe
O Botswana é um dos países de Africa onde a população vive melhor, mas não é por causa do liberalismo económico. É porque conseguiram esquivar-se da maior parte dos efeitos nocivos do colonialismo – a presença dos ingleses não foi muito significativa.
A produção de diamantes, que está nas mãos do estado, produz lucros que são utilizados na melhoria das condições da população. Mas fundamentalmente o que interessa não é se a empresa é pública ou não. O que interessa neste caso é que os recursos naturais do pais são bem aplicados.
ATAV,
Mais uma vez, para não mostrar que é um completo imbecil, deverá dizer onde referi que o ATAV era estúpido. Pode citar-me, se o escrevi.
Primado do senhor da guerra não é primado da lei. Sugiro que da próxima vez tire um curso a sério e não essa perda de tempo que é a in-conomia no ISCTE, um curso agronómica que forma rabanetes encabeçada de nabo.
Agradeça que a iliteracia não seja considerada contra-ordenação em Portugal. Acabaria teso. Acaba de qualquer maneira, com o estado socialista que temos, mas vai demorando mais tempo.
Francisco Miguel Colaço
Eu nunca disse que me insultou pessoalmente. Apenas que o faz regularmente por aqui e que rotula toda a gente que discorda de si como estúpidos ou ignorantes.
Um exemplo dos seus insultos. Aqui toda a gente que você considera de esquerda é estúpida ou ignorante.
https://oinsurgente.org/2018/04/20/gloria-alvarez-socialism-does-not-work/ Comentário 22:05
Eu não considero toda a gente que apoia ideologias com as quais eu não concordo como estupido ou ignorante. Muitas vezes o perigo reside na inteligência dessas mesmas pessoas.
Ex: O Álvaro Cunhal não era estupido ou ignorante, o Goebbels também não.
Monstros sim, estúpidos não! E o que dizer de todos os economistas, filósofos e escritores que apoiam ou apoiaram ditaduras ao longo da história? Também são todos estúpidos ou ignorantes?
Já lhe disse que não me formei no ICSTE. Nunca estive no ISCTE, ninguém da minha família formou-se nessa instituição, nenhum dos meus amigos é de lá nem trabalho com alguém que tenha lá passado. Não seja preconceituoso!
E também sei que primado de senhor de guerra não é primado da lei! Mas como os “liberais” que por aqui andam só se preocupam com os direitos de propriedade dos ricos e poderosos é como se fosse para todos os efeitos.
O ponto de vista que estava a fazer era mesmo esse! Defendem um modelo de sociedade completamente disfuncional que condena a maioria da população à miséria e às decisões arbitrárias de um tiranete qualquer ou de uma oligarquia não eleita.
Pensava que o Francisco um ser superior, sapiente, possuidor de uma sagacidade sem paralelo e formado nas STEM em vez de ser nas reles Humanidades e economia tivesse percebido onde é que eu queria chegar.
Enfim, foi culpa dos esquerdistas e socialistas certamente.
Atav
Voçê julga-se o dono da verdade , o suprasumo da sabedoria e na sua opinião quem não concorda com os seus padroes de manipulação não é digno de viver no país onde nasceu, deve emigrar para um país sem estado de direito e consequentemente sem os direitos NATURAIS de qualquer ser humano (direito á vida,direito á liberdade e direito á propriedade).
Ao contrario de você eu defendo estes direitos naturais e respeito todos mesmo aqueles que pretendem impor pela força a sujeição a uma miriade de leis contranatura que mais não servem para escravizar uns em prol de outros que detêm o poder.
CASTANHEIRA
Belo discurso! Pena que seja tudo treta! E então o Direito à saúde, educação e ao trabalho? Como é que alguém pode ser livre se não se consegue sustentar a si e à sua família ou se não tiver acesso a cuidados de saúde? E como é que se sobe na vida sem uma educação minimamente decente?
Você defende os direitos naturais e nada mais porque é a única coisa que interessa aos poderosos e aos mais abastados. Como os ricos já têm acesso a bens materiais, saúde e educação já não precisam dos outros direitos todos e não querem pagar para que os outros os tenham. Então os pobres e os remediados? Dá para ver que para si esta gente toda não interessa!
Espero que ao menos que seja rico ou que esteja a ser pago pelo lobbying todo que está a fazer! É que se não for, está a lutar contra os seus interesses e não passa de um idiota útil.
Consta por aí que o Lenine gostava muito de idiotas úteis. E eu acredito que o Lenine não será o único.
«Mas como os “liberais” que por aqui andam só se preocupam com os direitos de propriedade dos ricos e poderosos é como se fosse para todos os efeitos.»
Não. Os direitos de propriedade são de todos. Dos ricos, dos poderosos, e também do homem que se esfalfa a trabalhar para ter alguma coisa para si e para os seus.
A sua caricatura do liberalismo apenas engana parvos. Quem sabe o que é o liberalismo, sabe que assenta na justiça e nos direitos de propriedade para todos. E que todos têm de se sujeitar à mesma lei. Não conforme a prática do parretido xupialista, organização de escroques que coloca tudo na lei, incluindo as excepções feitas à medida para os seus — vide incompatibilidades em cargo dos pulhas políticos.
Se o Estado fosse pequeno, todos viveríamos melhor. Excepto quem não quer trabalhar, achando-se no direito de viver à conta alheia, digo, do Estado. Esses pupulam nas universidades, especialmente nas Simialidades nas Inconómicas — fui professor universitário, sei bem do que falo. Medram ou amerdam nas juves parretidárias, São alguns dos desfuncionais impúdicos, daqueles que estão nos armazéns de várias câmaras municipais e passam os dias a jogar cartas enquanto os trabalhos são feitos por empereiteiros (ou se mantêm uns ou outros).
Se acho que a esquerda é essencialmente burra? Claro que sim. Quem defende xuxalismos depois de TODOS os países xuxalistas e comunistas, desde Albânia a Zimbabué se terem tornado pardieiros (com as letras C e V neste momento bem preenchidas neste domínio) de onde as pessoas FOGEM, tem de ser ignorante, imbecil, ilógico ou desonesto.
Escolha duas para a maioria dos escarralhados. Abdico das outras por bonomia, mas sem convicção.
«O ponto de vista que estava a fazer era mesmo esse! Defendem um modelo de sociedade completamente disfuncional que condena a maioria da população à miséria e às decisões arbitrárias de um tiranete qualquer ou de uma oligarquia não eleita.»
O problema do Estado intervir na economia é que nunca funcionou. Fora de emergências naturais ou provocadas pela guerra, o planeamento científico estraga mais do que faz.
E há o probleminhazão de quem guarda a guarda ou quem decide quem decide. Não confio no PS para me guardar o cão enquanto vou ao supermercado. Acha que confio nesses laparocos, desonestos e mafiosos para decidir economicamente?
PS: Dê-me um desgoverno PS sem escândalos maiores ou um governo PSD sem escândalos menores. Se não consegue, é evidente que o tamanho do Estado é merda para festim das moscas.
Atav
O seu discurso é igual ao do Lenine , Mao , Fidel, Maduro , polpot e outros escroques que a proposito da defesa dos “pobrezinhos” escravizaram milhoes de pessoas impondo-lhe as regras que tanto lhe agradam . As boas intenções do sua propaganda , tal como do socrates ou do costa não garantem os resultados que dizem esperar , antes pelo contrario . Aldrabões que pretendem parasitar aqueles que se esforçam , que trabalham arduamente , que inovam , que resolvem necessidades . Sim , porque viver condignamente não é facil . O mundo e a vida está cheia de dificuldades e para vencê-las é necessario lutar contra as adversidades e não esperar que uns escroques no poder saquem a uns para dar a outros ( os seus) e dar umas migalhas aos “pobrezinhos” que manteem na miseria ad eternum exercendo sobre eles um dominio de Senhores feudais .
A sua cartilha defende uma cultura de subjugação de uns sobre todos os outros ao contrario de mim que defendo LIBERDADE E RESPONSABILIDADE para todos.
Por fim , IDIOTAS ÚTEIS , são aqueles que a proposito de bem comum defendem a manipulação, a subjugação , a escravidão , para que com a desculpa da davida dumas migalhas aos mais pobres se alimente uma horda enorme de parasitas que esfraquecem o hospedeiro , como aconteceu e continua a acontecer nos países que aplicam a sua propaganda barata , demagogica e populista.
Francisco Miguel Colaço
“Os direitos de propriedade são de todos.”
Pois são. Mas quem mais tem mais é beneficiado. Servem de pouco a quem nada tem. Como beneficia mais os mais ricos o direito à propriedade é sacrossanto para os “liberais” daqui. O direito à dignidade, saúde, educação e a remuneração igual por trabalho igual já são dispensáveis…
“Dos ricos, dos poderosos, e também do homem que se esfalfa a trabalhar para ter alguma coisa para si e para os seus.” Pois… pois. Bela defesa do trabalhador. É por isso que o Francisco e os “liberais” que aqui andam passam a vida a mandar vir com o salário mínimo, a querer partir a espinha aos sindicatos ou a exigir cada vez mais “liberalizações” do mercado laboral. É porque morrem de amores por quem trabalha…
E também ignoram olimpicamente aqueles que que se matam a trabalhar e não têm rendimentos ou que ganham misérias, como os trabalhadores domésticos, os cuidadores informais ou os precários. Mas estão sempre a exigir baixas do IRC e recuos na protecção ambiental e do consumidor. E passam a vida a assobiar para o lado cada vez que alguém fala na desigualdade!
É só carinho para os trabalhadores… Haja pachorra. Vá impingir a sua luta de classes para outro lado.
“Se o Estado fosse pequeno, todos viveríamos melhor.”
Este é o pior argumento de todos! Claro que viveríamos todos melhor sem as crianças estarem todas vacinadas ou com idosos a morrer à fome. A protecção ambiental e do consumidor também são perfeitamente dispensáveis, só existem para chatear os empresários. Quem é que não gostaria de comprar uma torradeira com 25% de hipóteses de lhe incendiar a casa ou de comer carne envenenada? O mercado vai corrigir tudo…
Quer um estado pequeno? Já existem por esse mundo fora… Chamam-se estados falhados! Síria, sudão etc… Estado pequeno e intervenção estatal reduzida ou inexistente. Paraíso liberais.
“Se acho que a esquerda é essencialmente burra? Claro que sim.”
Sim Francisco. Toda a gente é estúpida excepto você.
“fui professor universitário, sei bem do que falo.”
Sempre a esfregar o seu currículo na cara das pessoas. Realmente não há limites para a sua arrogância e você não tem emenda!
CASTANHEIRA
“O mundo e a vida está cheia de dificuldades e para vencê-las é necessario lutar contra as adversidades e não esperar que uns escroques no poder saquem a uns para dar a outros ( os seus) e dar umas migalhas aos “pobrezinhos” que manteem na miseria ad eternum exercendo sobre eles um dominio de Senhores feudais .”
Você dá-se ao trabalho de sequer pensar antes de debitar a sua propaganda? O que você acabou de descrever é o modelo económico que se defende por estas bandas!
A economia está fraca? Reduz-se os impostos às empresas e aos criadores de riqueza e estes vão investir mais na economia. Ou seja, enche-se os bolsos aos ricos e hão-de cair umas migalhas para os outros. Treta pura! O dinheiro vai mas é acabar nas offshores! A esquerda chama-lhe trickle-down economics e a direita supply-side economics mas o nome não interessa, O que interessa é que é banha-da-cobra pura e que blogs deste tipo existem para a propagar.
E o que é o feudalismo se não uma profunda desigualdade social, politica e material? O modelo de baixar impostos directos aos mais ricos, redução dos estado social, degradação dos direitos laborais e desregulação financeira foi popularizado pelo Reagan e Tatcher e tem vindo a ser adoptado desde essa altura. E, surpresa, surpresa, a desigualdade disparou desde então.
Resumindo, você está a atacar os outros por causa dos efeitos nefastos da política que defende. Que mimo! Nunca vi um caso de projecção tão evidente.
“Lenine , Mao , Fidel, Maduro , polpot…”
Bela listagem. Mas agradeço que não me associe a esses carniceiros. Nunca os defendi até agora nem pretendo fazê-lo no futuro. Mas… reparei agora que essa lista não contém ditadores da direita como o Mussolini, Hitler ou o Pinochet. Porquê? Já são mais do seu agrado?
Sabe, as vítimas de ditadores sanguinários não querem saber se a bala que os mata vem da direita ou da esquerda. Uma lição que toda a gente já devia ter aprendido! Especialmente por estes lados…
Sim, sou contra o salário mínimo. Porque mantém os salários mínimos, dando encosto aos empregadores.
Sim, sou contra salário igual para trabalho igual. Não há dois trabalhadores iguais. Mesmo dentro de uma mesma função, uns esfalfam-se e os outros encostam-se. Os trabalhadores sabem melhor que os governos quanto podem ganhar. Bons sindicatos negoceiam pelos trabalhadores e não pelos parretidos. Sou completamente a favos de concertações sectoriais.
E sim, sou a favor do livre despedimento. Com indemnização sensuais semanas, irrespectivamente do tempo na empresa. As empresas não tendem a despedir bons empregados. Se tem medo do livre despedimento, o ATAV ou é medíocre ou mau trabalhador. Logo, que seja de esquerda não é grande surpresa. Os que vencem por mérito — e conheço muitos — metamorfoseiam-se em pouco tempo nos maiores defensores do individualismo e da direita.
É de esquerda? É patologia. Tão grande coração apenas bombeia para si mesmo, e falta sangue no cérebro.
Dificilmente o ATAV me verá a defender o socialismo salazarista, ou a chamada _democracia corporativa_, a tal que dizia quantas sardinhas deveriam estar numa lata é tinha taxas para isqueiros, para defender a indústria dos fósforos — não é mentira, tenho uma das vinhetas pagas pelo meu pai, que até era da oposição e foi preso pela PIDE.
Diga-me quantas pessoas morreram no Tarrafal. Apenas isso.
Morreram, de admissão do SOVSTAT, milhão, cento.e cinquenta mil pessoas nos campos da Gulag.
Compare os dois números. Considere a população russa de então duas vezes e meia superior à portuguesa. Faça os rácios. Compare-os.
Depois tire conclusões.
Atav
A sua desonestidade é flagrante ao insinuar a simpatia por hitler , mussolini etc .São socilistas de direita e estatistas até ao tutano , o que detesto.
Já lhe disse que defendo a liberdade com responsabilidade para todos incluindo voçê que defende a IMPOSIÇÃO, a MANIPULAÇÃO ,a SUBJUGAÇÃO à cartilha que no SEU entender e padrão é a melhor ( chama-se a isso tirania ).
CASTANHEIRA
Acha que sou desonesto ao associá-lo a essa gente? E a listinha de ditadores vermelhos que citei? Caiu do céu? Deixe-se de hipocrisias e lembre-se que cá se fazem cá se pagam.
E chamar socialista ao Hitler ou ao Mussolini é ridículo! Sabia que é isso uma técnica utilizada pelos fascistas para despejar o entulho que a ideologia deles produziu na trincheira dos outros?
Se é você é fascista/Alt-right/direita radical ou lá que lhes chamam hoje em dia, mais vale mudar o disco. Já conheço essa música de cor.
Se não for nada disso aconselho-o a ter em atenção à gamela onde anda a comer. Quem usa a retórica dos fascistas arrisca-se a ser confundido com um!
Eu, como não sou comunista nem quero ser associado a essa gente, não ando por aí a apelar à nacionalização dos meios de produção.
Atav
“Se não for nada disso aconselho-o a ter em atenção à gamela onde anda a comer. Quem usa a retórica dos fascistas arrisca-se a ser confundido com um!”
Já lhe disse e repito e encerro por aqui . Sou pela liberdade com responsabilidade para todos incluindo voçê que defende a subjugação de todos de acordo com as suas convicções intervencionistas , pelo que estará você muito mais proximo de fascistas e social fascistas do que eu . Quanto à gamela não lhe respondo apenas por não querer descer ao nível. Boa noite
Francisco Miguel Colaço
“Sim, sou contra o salário mínimo. Porque mantém os salários mínimos, dando encosto aos empregadores.”
Mentira! O salário mínimo ajuda a combater a desigualdade e os aumentos moderados do salario mínimo nacional tem um impacto negligenciável no nível de emprego. Até o FMI – essa maldita instituição esquerdalha! – admite isto! Até existem estudos que referem que o salário mínimo pode aumentar a produtividade e o emprego!
“Sim, sou contra salário igual para trabalho igual. Não há dois trabalhadores iguais. Mesmo dentro de uma mesma função, uns esfalfam-se e os outros encostam-se.”
Pare de ser desonesto! Salário igual para trabalho igual não é para premiar incompetentes e você sabe bem isso! Faz parte dos Direito Humanos! É para garantir que trabalhadores com funções iguais têm o mesmo salário ( ex: não recebe menos por ser mulher, minoria étnica ou mórmon).
Para os incompetentes existe o despedimento com justa causa, que continua em vigor e que eu acho que deve continuar a existir.
O livre despedimento não deve existir para que não haja abusos. Os empresários são pessoas como as outras, logo se tiverem muito poder, vão abusar dele. É tão simples como isso.
Mas é exactamente de poder que estamos a falar não é? O Francisco defende um modelo de sociedade onde alguns têm poder absoluto sobre os outros. O patrão que faz o que quer do seu trabalhador, o racista que persegue as minorias étnicas, o homem que chega a casa e bate na mulher porque o Benfica perdeu e o fundamentalista que ostraciza o herege.
Vou resumir: o Francisco defende a lei do mais forte! E não é só isso! Se os mais fracos têm algum poder você quer logo retirá-lo para desequilibrar ainda mais a balança.
Devia passar mais tempo a ler a coisas como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição da Republica Portuguesa e passar menos tempo em sites de propaganda da extrema-direita
Francisco Miguel Colaço
“…não é mentira, tenho uma das vinhetas pagas pelo meu pai, que até era da oposição e foi preso pela PIDE.”
Se o seu pai lutou contra a ditadura então ele ganhou o meu respeito, como qualquer outra pessoa que tenha arriscado a pele a lutar contra qualquer ditadura ou sistema iníquo.
Como o seu pai lutou contra uma ditadura, então por definição, tentou proteger os mais fracos contra o abuso dos mais fortes. Pense bem nisso antes de tentar propagar o Darwinismo social.
E não se esqueça também que o que não falta por aqui no Insurgente (e no Blasfémias já agora) são saudosistas do salazarismo
CASTANHEIRA
social-fascista?? Santo Deus!!! Haja pachorra!
Não estou a ver como defender a existência de um sistema de educação universal, uma segurança social decente ou que haja regulação ambiental ou financeira seja “… a subjugação de todos de acordo com as suas convicções intervencionistas” mas enfim… os pontos de vista são como os olhos do cú: cada qual tem o seu…
«Devia passar mais tempo a ler a coisas como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição da Republica Portuguesa»
Li ambas. Já as leu ou fala de cor?
Tenho respeito pelo Vital Moreira e por quem fez a nossa constituição. Conseguiram grangear respeito de palermas que nunca perceberam que eles eram palermas. Isto é, a maior parte dos pinguins dótóres portugueses.
Se o ATAV tivesse lido, forçosamente chegaria à mesma conclusão.
ATAV,
“Mentira! O salário mínimo ajuda a combater a desigualdade e os aumentos moderados do salario mínimo nacional tem um impacto negligenciável no nível de emprego. Até o FMI – essa maldita instituição esquerdalha! – admite isto! Até existem estudos que referem que o salário mínimo pode aumentar a produtividade e o emprego! ”
Tenho uma ponte para lhe vender.
E um estudo que conclui que por cada euro que se coloca numa SCUT nasce 1,1 euro de benefício para a região em que se insere, E que por isso as SCUT nunca seriam pagas pelo utilizador.
Normalmente estes laivos de juventude e de inocência passam com o amadurecimento e a idade.
«O livre despedimento não deve existir para que não haja abusos. Os empresários são pessoas como as outras, logo se tiverem muito poder, vão abusar dele. É tão simples como isso.»
Crie uma empresa. Tenha um mau empregado. Depois falamos.
Até o PCP adora o livre despedimento. Nos seus próprios quadros.
«E chamar socialista ao Hitler ou ao Mussolini é ridículo!»
Nacional-socialista? É socialista. Vocês que são socialistas que se deslindem. O problema é entre vós.
Ele não se disse nacional-liberal ou intergalático-conservador. Disse-se nacional-socialista. A ontogenia e a filogenia deixo-a a seu cargo. Para mim é socialista, de própria admissão.
Um diz potato, o outro potato. Um tomato e o outro tomato. Let’s call the whole thing off.
Francisco Miguel Colaço
“«Devia passar mais tempo a ler a coisas como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição da Republica Portuguesa»
Li ambas. Já as leu ou fala de cor?”
Ou seja, admite que tem conhecimento do que está lá escrito e acha que não são para cumprir? O salário igual por trabalho igual está nos direitos humanos mas para si parece ser uma sugestão a ser cumprida quando apetece. Mas o direito à propriedade, que para sua informação também está lá, é sacrossanto!
Minto. Há um direito à propriedade que os “liberais” parecem não levar muito a sério: o direito dos trabalhadores à propriedade dos frutos do seu trabalho. Não há problema nenhum em dar horas extra não remuneradas à casa ou colocar a viatura do trabalhador ao serviço da empresa. Aí já não há mal nenhum!
“Crie uma empresa. Tenha um mau empregado. Depois falamos.”
Despedimento por justa causa. Existe e deve ser usado quando é necessário. Deixe-se de tretas demagógicas.
Já agora se o empregado é mau, o empregador não tem responsabilidade nenhuma? Afinal, escolheu o funcionário a contratar, treinou-o e orienta-o no dia-a-dia… Ah, já me tinha esquecido que para si os empresários são criaturas perfeitas incapazes de errar… Se algo falha a culpa é do trabalhador. Se a empresa tem sucesso então é a gestão que é excelente!
Não se esqueça de continuar a andar por aí a dizer que defende a classe trabalhadora.
“E um estudo que conclui que por cada euro que se coloca numa SCUT nasce 1,1 euro de benefício para a região em que se insere, E que por isso as SCUT nunca seriam pagas pelo utilizador.”
Você não é engenheiro? Baseia-se em quê para tomar as suas decisões técnicas? Telefona à Maya? Ou lê as entranhas de galinhas mortas?
Francisco Miguel Colaço
“Tenho respeito pelo Vital Moreira e por quem fez a nossa constituição. Conseguiram grangear respeito de palermas que nunca perceberam que eles eram palermas. Isto é, a maior parte dos pinguins dótóres portugueses.”
História engraçada sobre o Vital Moreira (PCP à altura, agora simpatizante do PS segundo ele) e o Jorge Miranda (PSD) que foram os dois principais responsáveis pela elaboração da Constituição Portuguesa.
Logo após o 25 de Abril, na Assembleia Constituinte, os ânimos estavam muito exaltados e proferiam-se os maiores insultos de parte a parte. Curiosamente apesar das discussões acaloradas todos os deputados respeitavam as competências técnicas do Vital Moreira e do Jorge Miranda.
Quando gente que não nos pode ver à frente nos diz que somos bons no que fazemos é porque a nossa competência é inquestionável. O Francisco devia aprender com esta história. Não respeite a pessoa, respeite a competência!
PS. O Marcelo Rebelo de Sousa distinguiu-se na altura por se dar bem com quase toda a gente, incluindo com os deputados dos outros partidos, uma raridade naquela altura. Aparentemente já tinha a aquela disposição característica dele mesmo naqueles tempos.
ATAV,
«Você não é engenheiro? Baseia-se em quê para tomar as suas decisões técnicas? Telefona à Maya? Ou lê as entranhas de galinhas mortas?»
Não fiz esse estudo, obviamente de conclusão firmada.
E não sou haruspex. Acho que um haruspex conseguia ter melhores resultados que os sábios do PS.
Pelo menos acertaria 50% das vezes em que fala.
ATAV,
«Não há problema nenhum em dar horas extra não remuneradas à casa ou colocar a viatura do trabalhador ao serviço da empresa.»
Eu faço isso. Para mim o mais importante é terminar as tarefas e meter os equipamentos que desenvolvo na calha da produção.
Vai negar-me a possibilidade de livremente o fazer?
Desde que seja combinado entre mim e o meu empregador, nem o imbecil do Costa nem um qualquer mesocéfalo que se diz canhoto têm o direito de se intrometer. Pessoas livres são livres de dizer como dispõem do seu tempo.
ATAV,
Leia a bosta que é a nossa desconstituição. Quer opinar de coisas que em países civilizados são apanágio da lei.
Foi obviamente feita por soviéticos, à laia da constituição soviética (que também li, imagine!), apostas coisas de soviéticos. Faça a comparação.
Preferia uma constituição mais pequena, como a americana. Deixando ao código civil o que é do código civil.
Prova: veja quantos artigos têm agora reticências corridas em vez de texto porque foram revistos.
Francisco Miguel Tavares
“Pessoas livres são livres de dizer como dispõem do seu tempo.”
Tem razão. E que tal se respeitasse aqueles que NÃO querem dar horas à casa?
Da próxima vez que andar a pregar a santidade da propriedade lembre-se que os trabalhadores também têm esse direito.
Portanto toca a dizer mal dos empresários que recusam-se a contratar mais gente para poupar uns cobres e despejam o trabalho extra em cima dos seus funcionários ou que publicam ofertas de emprego a dizer que os candidatos têm de ter viatura própria.
Francisco Miguel Colaço
“Prova: veja quantos artigos têm agora reticências corridas em vez de texto porque foram revistos.”
A ciência e o conhecimento evoluem e os todos os estudos têm as suas limitações. E…?
Francisco Miguel Colaço
“Preferia uma constituição mais pequena, como a americana. Deixando ao código civil o que é do código civil.”
Tretas! O seu problema não é com o tamanho da Constituição… Como se o número de páginas fosse relevante!
É com o facto da constituição proteger os direitos sociais e económicos da população. Não dá para um governo qualquer, aproveitando um momento de crise, estilhaçar o estado social ou perseguir sindicatos sem mais nem menos.
Quer estilhaçar o estado social para criar a sua utopia liberal? Arranje maioria de 2/3 na Assembleia.
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