EUSSR

Andam os contribuintes a pagar o serviço público de televisão (que ninguém quer ver) para a União Europeia obrigar empresas privadas de streaming – que os clientes decidem livremente contratar e pagar – a terem que disponibilizar 30% do seu catálogo produzido localmente. Mais, a EUSSR quer obrigar as plataformas de streaming a subsidiar a produção local de filmes e televisão. O socialismo é de facto um virus – à escala nacional já é mau, um outbreak à escala europeia é péssimo.

Netflix, Amazon and other video-on-demand services will have to ensure that at least 30 per cent of their catalogues are made of up Europe-made content, under new European Union rules agreed on Tuesday.

EU lawmakers voted to adopt the policy to modernise audiovisual media legislation in an age where people are watching more TV shows, movies and media clips online, on-demand and from their mobile devices.

The legislation, which could also require online platforms to help finance Europe-made films and television, still needs to be rubber-stamped by EU member states. Following that, countries will have roughly two years to incorporate the legislation into national laws.

O texto acima foi retirado daqui.

4 pensamentos sobre “EUSSR

  1. Buiça

    Não fomos nós quem deu o primeiro tiro da Trade War.
    Quando eles puderem ver a nova série dos Morangos com Açucar em todas as plataformas digitais, mais redes de televisão e ainda um teatro da Broadway, conversamos.
    Até tremem!

  2. A UE está assim tão segura de que as populações a preferem, por exemplo, à NETFLIX, Amazon, Apple? É melhor não fazerem um referendo, digo eu…

  3. Compreende-se evidentemente a recusa de um liberalista a este tipo de medidas. De aí a compara-las com comunismo é pura tolice. Mas passemos.
    A questão são de facto duas:
    1. a cultura também é uma arma ou uma defesa. E neste campo não jogamos com armas iguais e algo deverá ser feito ao risco de cada vez mais se perder as culturas nacionais ou europeias. Aqui há uns anos houve um debate na UNESCO (o debate em geral ainda segue) se os productos da cultura (i.e. filmes) devem ser considerados como productos económicos ou não. As implicações é que se se trata de um producto económico, não se podem “proteger” como não se podem proteger outros sectores. A Europa (i.e. o conjunto dos países europeus e não quatro senhores respeitáveis num escritório em Bruxelas) decidiu que não. Os productos económicos (i.e. filmes) são bens culturais e como tal devem ser protegidos (como por exemplo o Castelo de Almourol o qual, tendo em conta o numero de visitas anuais, teria mais valor económico se transformado num resort de luxo com assinatura do Philip Stark). Portanto, preservar os bens culturais e assegurar a sua proteção.
    2. Depois a segunda questão. A da diversidade. Deixar o “mercado” decidir o que quer produzir (corolário da mão invisível de Smith) pode de facto empobrece-lo. Por exemplo, quantas pessoas terão vontade de ser o Van Gogh depois do que o Van Gogh passou a nível económico. Por tanto, assegurando uma estabilidade financeira (ou dando margem de respiro) ao artista (sim, o cinema também é uma arte), principalmente a aquele que não pertence a uma corrente “que agrada ao mercado” é uma maneira de assegurar (ou tentar) que essas contracorrentes se estabeleçam. E como no caso do cinema, que depende de uma infraestrutura e económica enorme, se não houver massa critica, não pode haver arte.

    Enfim, claro que compreendo a posição liberalista, mas não é simplificando que se traz agua ao moinho (apesar que provavelmente cada vez mais isto é mentira)

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