As minhas convicções são estas. Se não gostam, tenho outras*

merdas

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, 3 de fevereiro de 2016: «não são os níveis de fiscalidade que dissuadem os grupos internacionais» de investir em Portugal.

Manuel Caldeira Cabral, completamente concentrado em tornar-se futuro ministro da Economia dê lá por onde der, 29 de outubro de 2013, ao i (arquivado diligentemente n’A Destreza das Dúvidas), a propósito da reforma e da baixa do IRC, que veio a merecer a concordância do PS: «As multinacionais e as empresas com alguma dimensão preocupam-se muito com a imprevisibilidade fiscal. (…) Também penso que é positivo para a atracção de investimento dar um sinal de baixa da carga fiscal.»

* De Marx, o Groucho, bem lembrado pelo Miguel Morgado, a propósito de Centeno, perdido em figuras igualmente tristes.

2 pensamentos sobre “As minhas convicções são estas. Se não gostam, tenho outras*

  1. tina

    Deve haver outras formas de tornar a democracia mais eficiente, formas de evitar que um país caia nas mãos de bandalhos como este. Por exemplo, fazer provas básicas, passarem no detetor de mentiras, etc.

  2. honi soit qui mal y pense

    De facto o ministro até tem razão.
    Se o governo oferecer outro tipo de incentivos para quem investir até podemos continuar a fingir que vivemos num país soberano .
    O ministro está nitidamente a comprovar esta nova senda de em vez de procurar atrair investimento estrangeiro indistinto por virtude de condições iguais para todos , procura , um pouco até no já tentado e comprovado , apostar no investimento estrangeiro imperialista .
    Ou seja aquele que é exercido por estados estrangeiros atravês de empresas “testa de ferro” , as quais se tornam monopolistas em determinados sectores de importancia estrategica , ou que são isentos de concorrencia ou onde esta pode ser concertada.
    De certo modo como o capital não tem nacionalidade , tanto lhes é indiferente quem se encontra do outro lado .
    Assim quem se encontra do outro lado , pode “contribuir” com os dinheiros que permitam manter o dito “Estado Social” que mais não é que um esquema cesarista de obter votos em troca de pão , isto na forma intangivel que seja .Mantendo os pobres , pobres , mas acomodados , e fieis a um determinado sentido de voto .
    Caso tenhamos empresas cuja origem do capital possa ser : trafico de droga , auxilio á imigração ilegal , rede de trafico de mulheres, contrabando ou diversas outras formas conhecidas e milenares de comércio … no big deal .
    Portugal , e o ministro Professor Doutor certamente lavará mais branco .
    Podemos então ser conhecidos como o País Persil , ou País Sabão Azul e Branco .
    Se repararem nos ultimos investimentos conhecidos … ou mesmo alguns a ocorrer noutras paragens … nada disto vos deveria alarmar .
    Fiscalidade ? o que é isso ? isenta-se uns de uma forma , dilata-se um a abstinencia fiscal para outros .Desde que o dinheirinho caí para manter o Sr.Professor Doutor e outros Bonzos bem sentados a arrotar as postas de sapiência … o que é lá isso da fiscalidade .
    ” O Sr X quer uma isenção de impostos para ter a tentação de comprar uma falida fundição ? no problem ,,, a gente dá , voce fica com o equipamento , despede os poucos trabalhadores indigenas com algum tipo de formação e indemnização , e contrata trabalhadores lá da terreola dele “

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