nunca tinha visto tanta gente satisfeita por ir sofrer um calote

Portanto expliquem-me como se eu tivesse cinco anos: os gregos votaram em ‘pregamo-vos um calote com o que já vos devemos e passem para cá mais dinheiro’, foi isso?

Uau, ainda bem que há tanta gente a rejubilar por cá. O que me leva a fazer a seguinte proposta: quando os quase dois mil milhões de euros que a Grécia nos deve não aparecerem e precisarmos de pagar a garantia desse dinheiro que o estado português deu, quando a sobretaxa do IRS tiver de continuar para pagar o calote grego, a medida pode ser só aplicada a quem andou publicamente a apregoar que a dívida grega é insustentável e não é para pagar? Agradecida.

33 pensamentos sobre “nunca tinha visto tanta gente satisfeita por ir sofrer um calote

  1. JP-A

    O que é mais espantoso é que para a maioria da gente que os apoia, salvar bancos e depósitos nacionais com o dinheiro dos contribuintes leva ao histerismo na AR. Mas se for para manter a Grécia alimentada com o dinheiro dos restantes países sem acabar com os problemas crónicos está certo.

  2. JP-A

    “Ambiente de festa no centro de Atenas, relata Nuno André Martins, enviado do Observador à capital grega.”

  3. Duarte Amaral

    É engraçado como é que se pode achar que, ao implementar mais medidas que não resultaram, a probabilidade de Portugal receber o lhe é devido seja maior. Como diria Einstein: “Insanidade é continuar a fazer a mesma coisa, esperando resultados distintos”.

  4. Dervich

    Se votassem “Sim” pagavam a dívida?!… Talvez, se os reformados largassem as próteses e as dentaduras antes de marcharem para a cova!…

  5. tina

    É melhor levar um calote de 2 do que de 3 mil milhões, depois de termos dado mais 1 para o próximo resgate.

  6. O calote é inevitável… nesse sentido, não é escolher sim ou não, mas o momento e a forma que ele terá, a par das consequências e tudo o mais. Sendo que, naturalmente, o timing em política é muito relevante, ou não fora a agenda de (quase) todos os políticos manterem-se no poder a (quase) qualquer custo. Por isso empurrar com a barriga é melhor opção que enfrentar a realidade com coragem e realismo.

  7. Duarte Amaral

    tina esse comentário é próprio de quem não tem noção do que é que o povo grego está a passar. Essa perspectiva do “dá cá o que deves que o resto não me interessa” não é solução para nenhuma das partes.

    O projeto europeu tem raízes de solidariedade e coesão parece que se esquecem disso..

  8. Dervich

    Sim, saiu do país e pôs 200 mil milhões na Suíça, isso é que é não ter vergonha nenhuma…

  9. Ismael Guimarães AJ

    Eu não emprestei dinheiro mas quem fala assim é porque nunca passou fome. O dinheiro não pode ser visto como de uns apenas.

  10. Ismael Guimarães AJ

    Salvar pessoas e países (sistemas públicos) é diferente de salvar bancos de gente que fez “depósitos” ou “investimentos” arriscados e que só tinha uma motivação: ganhar mais dinheiro, independente de tudo!

  11. Marquês Barão

    Quem é que alinha nesta pantomina? Mesmo cantando vitória o que é que se altera se tem sido nessa base que os governantes gregos tem andado a simular negociações? Se a margem se vier a situar nos 60/40% tudo na mesma como a lesma. Mas se a diferença encurtar significativamente a extracção politica do resultado aritmético será de mal a pior. Por cá já Catarina Martins subiu ao palco para celebrar e nos cantar a canção do bandido como se Tsipras e Varoufakis tivessem andado a brincar em nome de Troianos.

  12. Nulo

    Alguém pode começar uma petição a pedir ao governo a realização de um referendo para decidir se se apoia ou não a Grécia no próximo bailout.
    Ou seja, se do pouco que mal nos chega vamos dar uma parte aos Gregos que acham aviltante medidas de contenção da despesa em níveis comportáveis com a sua, deles,produção de riqueza??

  13. lucklucky

    “Sim, saiu do país e pôs 200 mil milhões na Suíça, isso é que é não ter vergonha nenhuma…”

    O dinheiro é “teu”?

  14. Sérgio

    Gregos a dançar hoje à noite! Provavelmente porque amanhã, magicamente, o dinheiro vai aparecer nos bancos e nas carteiras!

  15. faisca

    Os piigs fora da Europa. É isso que querem. Nós a chutarmos na Grecia parecemos aquela máxima: “chama puta à outra antes que te chamem a ti!”

  16. Nulo

    Fazendo as contas aos 1100 milhões de euros Portugueses do 1º resgate em 2010 (ainda no tempo do 44 d’Évora) e considerarmos 9 milhões de Portugueses cada um contribuíu com 122.22 € para as festas na Sintagma!! mas se fosse só isto e desaparecessem mas não, se se lhes pede para pagarem ficam todos ofendidos e fazem a cena clássica do não me digas que por causa duns trocos queres perder um amigo?? … loll

  17. Alex

    É fácil de explicar: muitos (em que eu me incluo) acham que o atual governo da Alemanha é composto por canalhas, e é com satisfação que vemos um governo na Europa que não verga a espinha perante canalhas, ao contrário do que acontece em Portugal

  18. Nulo

    Vão começar a pôr a caldeirada ao lume, vai ser cá um petisco … lolll
    “The Greek government is expected to meet tonight with its central bank, and the main commercial banks, to discuss the liquidity situation.
    be rejected.
    The Bank of Greece is expected to ask the European Central Bank for more liquidity; analysts have already predicted this request will be rejected.”

  19. Trocos. A Maria João está a falar de uns míseros trocos. Com a politica de “crechimento” do camarada Costa vamos crescer tanto, mas tanto, que até podemos – isto anda tudo ligado – enviar charters carregadinhos de euros para a Grécia.

  20. Dervich

    “O dinheiro é “teu”?”

    Não, eu não sou grego.

    Mas, quando chegar a nossa vez, eu vou querer lançar as mãos a uma pequena parte do que os Salgados, os Loureiros, os Isaltinos, os Varas, os Bavas, os Penedos e os 44´s lá puseram…
    Cambada de escroques!

  21. ricardo

    O Dervich quer deitar a mão(SIC) ao dinheiro dos outros…..
    Mas não é para os roubar. É mais para ajudar o país a pagar aos credores e entregar o resto ao núncio (“com contribuinte”)
    Se a malta não quiser dar o graveto, faz-se um referendo – eu voto sim, seja lá o que for que o dervich queira, porque é para ajudar os coitadinhos.
    Eu também estou sempre necessitado, mas os meus pais ensinaram-me que roubar é muito feio e que quem rouba os outros é ladrão.

  22. Dervich

    O ricardo não quer deitar a mão ao que lhe foi roubado…talvez porque não tenha tido de pagar a crise, ainda bem para si.
    E repare, eu levo os seus pais em boa conta, atendendo ao que lhe ensinaram, senão atrever-me-ia a pensar que também era daqueles que andou aí a transportar umas malas pela Europa fora.

  23. mfonzeca

    É interessante ver isso, mas também é interessante ver que, quem empresta a juros altos e está a ganhar com esta situação toda (Alemanha), e já teve o benefício de um plano (Marshall) para recuperar economicamente, sendo perdoado até pelos países a quem exige agora, esses que ganham milhões com esta crise, ainda recorrem aos países do sul da Europa, que também estão em crise, para ajudarem os outros…
    Porque razão é exigido a um país como Portugal que ajude a Grécia, se ele mesmo precisa de ajuda? Porque se empresta dinheiro a custos elevados, se a intenção for ajudar um país da união? Porque se tem a coragem de andar a enriquecer à custa dos “irmãos” que se afundam? Os interesses instalados não fazem parte de uma mentalidade de “União” Europeia… Temos é uma sanguessuga europeia com interesses e planos muito particulares… Não sou contra o povo alemão. Sou contra esses credores de que nunca se falam os nomes… São as “instituições”… Os “credores”… Ninguém sabe quem são, mas eles sabem onde e como ir buscar dinheiro… Há muitos anos que o fazem.
    E, os nossos cordeirinhos, coelhos, chernes e afins, podiam e deviam reestruturar, reformar, (como deve ser feito na Grécia, obviamente) mas não estar tãooo interessados em “pagar tudo já!”, mesmo que seja às custas da vida do seu povo, pondo de lado todas as possibilidades de renegociação e pondo de lado projetos já aprovados e aceites pelos credores, apenas é unicamente para alcançar o poder e benefícios posteriores junto deles… Cordeirinhos que até já propõem a criação de um fundo monetário europeu e oferecem-se para ajudar a criá-lo, pois com certeza…
    Não percebem que não se trata apenas de cumprir com o dever de devolver o que foi emprestado?! Esse é um princípio correto, mas estamos a falar de agiotas e não de um empréstimo de família, de amigos que querem ajudar-nos a levantar. Configura-se a necessidade de negociar e não de ajoelhar. Temos medo? Pois temos! O povo grego não teve!
    Estamos a entrar numa fase da história muito complicada… Os “credores” precisam de dinheiro para financiar os dois lados de uma qualquer guerra que têm em mente e as guerras estão caras… Há que pagar, agora do bolso e a seguir com sofrimento… Tudo para que alguém adquira mais poder sem usar argumentos bélicos, sem mostrar sequer a cara… São as instituições que cobrem uns com a sombra do medo e a outros aliciam…
    Reformar, não austerizar!
    Porque razão nos encheram de “subsídios” para pararmos com a produção, assim que entramos na CEE? Não vêem que ê um princípio completamente contra natura? Se querem países fortes na UE deviam incentivar à produção e à auto-suficiência, deviam promover parcerias de desenvolvimento dentro da união para o crescimento desses países, deviam criar oportunidades de negócio fora da união para esses produtos. Mas a intenção não era essa… Era precisamente a oposta: criação de países fracos, dependentes deles, para mais tarde serem sacrificados com as exigências de uma crise que todos sabiam que viria…
    E nós… Estupidos e submissos, como sempre.
    Obrigado aos políticos portugueses que, nas “jotas” se dedicam mais a aprender “esquemas” do que a aprender como se faz política e como se faz um povo dizer “não” em frente a um Golias…

  24. Estamos contentes porque há uma pequena esperança de que algo mude para melhor no mundo. Não me importo de pagar para dar alguma hipótese a essa esperança. Não me importo de pagar, nem de correr o risco de que não haja força suficiente para a levar avante e ser esmagado pelo sistema de escravatura dourada em que vivemos. Vivemos num mundo manipulado por meia dúzia que imprimem dinheiro DO NADA e que criam estratégias para destruição dos meios de subsistência e de produção dos países, em troca de papel vazio de real valor e com a conivência e cumplicidade de falsos governos democráticos, que não passam de delegações de essa escumalha. Não faço parte dos que sobrevivem satisfeitos com as minis e o benfica, nem dos que têm medo das possíveis consequências de tentar mudar o que está mal, nem faço parte dos que estão ceguinhos e formatados para pensar como nesse artigo. 90% do dinheiro que nos sugam a todos vai directamente para os bancos, que são entidades que fazem parte dos mesmos que imprimem o dinheiro. Não vai para as pessoas. Ontem foi uma victória para os que não são cobardes, para os que não são carneiros, para os que sonham com um mundo melhor, para os que vêm mais além do que o superficial. Estou contente. E não me importaria de pagar muito mais por isso.

  25. ANTES do resgate, quem lá estava eram os governos que sempre lá estiveram a fazerem o jogo de quem mandava para cá papel para destruirmos os barcos de pesca, arrancarmos árvores de fruto, fecharmos industrias. Dinheiro esse que servia essencialmente para… construir estradas que trazem para cá os produtos deles e que nós para podermos comprar tivemos de nos endividar. É uma estratégia de conquista e escravidão. Bem planeada e muito bem executada. Gente como esta que escreveu este artigo, fazem parte de esse sistema e escrevem com o intuito de nos manter quietos e subjugados. O novo Governo Grego NÃO estava lá antes do resgate e agora está a fazer o que devia ter sido efectivamente feito à muito. Essa ideia de que “agora é tarde demais”, faz parte da formatação a que foste submetido. NUNCA é tarde demais. Mas essa ideia de que nada podemos fazer, que nada podemos mudar, que um homem sozinho nada pode alterar, está semeada em muitos. Semeada exactamente por quem quer que nada mude. Felizmente TODOS OS DIAS há gente que faz a diferença em muitas situações mundo fora.

  26. Pingback: “não há riscos de Portugal perder dinheiro” | O Insurgente

  27. ricardo

    A mão que me rouba é mais fisco, autarquias, partidos, maçonarias e sindicatos.
    É um sem fim de freguezes, que me comem à mesa todos os dias, já me levaram a reforma e agora estão a viver à custa dos meus filhos e netos….
    Sonegar o dinheiro a esta canalha, em malas ou em mochilas, é uma meritória actividade que só merece o meu aplauso.
    O que me consola é que os idiotas que votam e defendem os parasitas também vão ter o mesmo destino – não vai haver tratamento de favor para os esbirros nem para os lambe botas.

  28. Então… mas é simples… quando tivermos mais um buraco de 2 mil milhões porque os Gregos não nos vão pagar… põe-se a culpa no Passos Coelho/Portas como de costume… por não terem «antecipado» o colapso grego… e por terem «mentido aos portugueses» sobre a ausência dessa «antecipação»… e vota-se António Costa, que está a esfregar as mãos de contente, antecipando o que vai fazer com a deliciosa reserva de 10-11 mil milhões que o governo PSD/PP tem mantido de parte para as emergências…

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