20 pensamentos sobre “Confissão do Partido Socialista

  1. Lucas Galuxo

    Sim, há quem defenda princípios e convicções em campanhas eleitorais e há quem diga o que lhe vem à cabeça para conquistar votos.

  2. Nuno

    E há quem tenha por princípio e política comprar votos com o dinheiro dos outros.

    A isso, a João Maynard Galamba School of Economics chama democracia.

  3. Lima

    Nem precisava do vídeo para acreditar. O costa reconduziu toda a tralha socrática e com marretas, todas as enormidades são possíveis.
    Da boca deste marreta só saem perdigotos

  4. Joaquim Amado Lopes

    Nuno,
    Com “há quem diga o que lhe vem à cabeça para conquistar votos”, o Lucas Galuxo estava a referir-se a António Costa. O João Galamba é mais “não interessa como a realidade funciona, o que eu quero fazer vai dar os resultados que eu quero que dê; mesmo que não dê”.

  5. Lucas Galuxo

    “há quem tenha por princípio e política comprar votos com o dinheiro dos outros”
    Há. Há até quem compra e não paga. Deve estar muito contente quem vendeu o voto a quem lhe prometeu que não era preciso cortar subsídios de natal, aumentar brutalmente impostos, vender os anéis e os dedos, tratar os contribuintes como gado,…

  6. Joaquim Amado Lopes

    Lucas Galuxo,
    Se exige que quem prometa arruínar a sua vida cumpra o prometido, isso é consigo. Não espere é quem quem tenha um mínimo de senso alinhe consigo.

  7. Lucas Galuxo

    Joaquim Amado Lopes, eu acho que quem vai a votos deve ir para representar um programa definido que os eleitores podem aceitar ou rejeitar. Enxovalhar a democracia com discursos de conveniência, ou fazer o contrário do que se disse, antes das eleições, desacredita o regime.

  8. Joaquim Amado Lopes

    Lucas Galuxo,
    O que vai a votos é um programa, um grupo de pessoas e um projecto político.
    Como o contexto evolui e o Governo (mesmo com apoio maioritário no Parlamento) não é todo-poderoso, mais do que uma lista de promessas o programa eleitoral acaba por ser uma declaração de intenções.
    A actuação do Governo está sujeita à evolução da situação nacional e internacional, às regras da União Europeia e ao que consegue negociar com esta, aos humores do Presidente da República e dos juízes do Tribunal Constitucional, às intervenções ilegítimas dos tribunais nas decisões de gestão e políticas do Governo, às negociações com os parceiros sociais, às chantagens das corporações, aos caprichos da Função Pública e ao comportamento criminoso das centrais sindicais, que usam e abusam do poder que têm para impedir o Governo de fazer qualquer coisa que vá contra os ditames de um partido que é sistematicamente cilindrado nas urnas.
    Se o Governo só pudesse fazer o que está no programa eleitoral, então pouco ou nada faria. Não poderia adaptar a sua actuação a novas circunstâncias, seria impedido pelos listados acima de fazer uma parte do programa e o resto desse programa deixaria de fazer sentido. O Governo ficaria limitado à gestão corrente e ao inconsequente.

    Se o Lucas Galuxo defende realmente que o Governo deve cumprir tudo e apenas o que colocou no programa eleitoral, então tem que condenar a retórica e o comportamento de partidos como o PCP e o BE.
    E ficamos já a saber que não vai votar em nenhum desses partidos nem no PS, porque o que qualquer um deles promete é simplesmente impossível de cumprir na totalidade ou sequer na maior parte.
    Seja bem-vindo à abstenção.

  9. Lucas Galuxo

    “A actuação do Governo está sujeita à evolução da situação nacional e internacional, às regras da União Europeia e ao que consegue negociar com esta, aos humores do Presidente da República e dos juízes do Tribunal Constitucional, às intervenções ilegítimas dos tribunais nas decisões de gestão e políticas do Governo, às negociações com os parceiros sociais, às chantagens das corporações, aos caprichos da Função Pública e ao comportamento criminoso das centrais sindicais”

    Precisamente, JAL. Por isso, no momento de maior delicadeza da história recente dos mercados financeiros globais, o país precisava de uma oposição e um Presidente da República responsáveis e não das atitudes maniqueístas expiatórias que lançaram a economia portuguesa nos braços das ortodoxias do FMI e dos especuladores de ocasião. É isso que também vai votos nas próximas eleições.

  10. Joaquim Amado Lopes

    Lucas Galuxo,
    Registo com agrado que concorda com a caracterização do comportamento das centrais sindicais como criminoso e que considera que a oposição não tem sido responsável.
    Quanto ao resto, continua a insistir na ideia infantil de que quem pede dinheiro emprestado é que decide as condições do empréstimo. É inacreditável que não tenha aprendido nada com o caso da Grécia.

    O que vai a votos nas próximas eleições é como diz: a opção entre a “galambice” (gastar dinheiro que não temos porque julgamos que os outros estão para sempre obrigados a sustentar-nos) e a “ortodoxia” (ser responsável, cumprir aquilo com que nos comprometemos e gastar ao nível das nossas possibilidades).

  11. Joaquim Amado Lopes

    Lucas Galuxo,
    Tentativa patética de desviar a conversa e não responder ao que escrevi. Mas respondo-lhe também a este vídeo só para ver para onde vai desviar a conversa a seguir.

    Sem regras, sem compromissos e sem controlo, o que aconteceu foi:
    Março de 2010: PEC 1 (cortes na despesa pública)
    Maio de 2010: PEC 2 (mais cortes orçamentais e o aumento do IVA)
    Setembro de 2010: PEC 3 (cortes ainda maiores que os seus dois antecessores)

    Os resultados estavam a ser tão “bons” (principalmente no controlo da dívida, cujos juros na altura subiam exponencialmente) que, em Março de 2011, foi necessário avançar com o PEC 4. PEC 4 esse que não teria qualquer impacto imediato nas taxas de juro e incluía medidas mais gravosas do que as que a troika impôs com o Memorando de Entendimento. E era mais do que evidente que o PEC 4 daria em nada, da mesma forma que não foram aplicadas as medidas menos populares dos PEC’s 1, 2 e 3.

    Pretender que, no início de 2011, o Governo de José Sócrates tinha a situação controlada e estava disposto a aplicar as medidas necessárias e suficientes para evitar a implosão absoluta das finanças públicas é tão ridículo quanto pretender que o PCP é um partido que luta pela liberdade e pela democracia.

  12. Lucas Galuxo

    Joaquim Amado Lopes, essa cantilena do despesismo que levou à bancarrota não pega. A governação de José Sócrates teve défices controlados até ao auge da crise financeira global. Nessa altura, teve as forças que você aí em cima enumerou, irresponsáveis, Presidente da Republica, oposição e sindicatos a fazer pressão por mais despesa e menos receita. As medidas que um governo possa tomar não se refletem na ecomia de um dia para o outro. Foram aprovados 3 PEC e deveriam ter sido aprovados mais quantos fossem necessários para evitar o sorteio das empresas estratégicas, da banca e dos seguros em quermesse. Agora, já não há remédio. O que mais afectou as taxas de juro, como o caso da Grécia também ilustra, foram fenómenos de natureza política, sejam as decisões do BCE, seja a deterioração da estabilidade política que se verificou no início de 2011.

  13. Joaquim Amado Lopes

    Lucas Galuxo,
    Os “deficits controlados” da governação de José Sócrates mais não foram do que mentiras, através de desorçamentação e passagem de dívida para empresas públicas e para o futuro.
    Basta ver a evolução da dívida pública que, mesmo aldrabada, subiu 21% do PIB no primeiro Governo de José Sócrates.

    Valeria a pena continuar a aprovar PEC’s se o Governo os cumprisse, o que não estava a acontecer. José Sócrates estava simplesmente a empurrar os problemas com a barriga (e a “pagar” antecipadamente ao amigo Carlos Santos Silva os “empréstimos” que este lhe viria a fazer a seguir), com a ideia de que não é preciso fazer nada, basta manter as pessoas convencidas de que se irá fazer.

    E não compreendo como pode defender os PEC. “Fazer o contrário do que se disse antes das eleições” só “desacredita o regime” quando são “os outros” a fazê-lo?
    De quem diz que José Sócrates é “honesto” não se pode esperar coerência ou sequer um pingo de noção da realidade mas convinha que se lembrásse do que escreve. A menos que “Lucas Galuxo” seja um colectivo, cada um escreva os seus disparates e nem sequer se dêem ao incómodo de “acertar agulhas”.

  14. Lucas Galuxo

    Joaquim Amado Lopes,
    Seja sério. A dívida pública subiu em Portugal, durante o primeiro governo de Sócrates, como subiu por toda a Europa. Em Espanha, por exemplo, subiu 40% entre 2008 e 2012. José Sócrates fez o que pôde e o deixaram fazer para salvar Portugal do repasto das hienas especuladoras e suas comissionistas locais. Não quiseram. Escolheram passar o resto da vida a engraxar sapatos a chineses e fundos de ocasião enquanto se aliviam com narrativas delirantes de Josés Antónios Saraivas e Felícias Cabritas. Bom proveito.

  15. Joaquim Amado Lopes

    Lucas Galuxo,
    José Sócrates realmente fez o que pôde. P.e., PPP’s (renegociadas antes de sair do Governo para prejudicar gravemente o Estado português em benefício de “amigos do PS” – o Governo actual conseguiu renegociar algumas de forma a minimizar os danos) e a “festa” da Parque Escolar (com um desperdício absurdo em candeiros de designer e que obriga a custos operacionais e de manutenção que esgotam os orçamentos das escolas).
    “Não o deixaram” levar ávante o TGV (que mesmo assim, José Sócrates ainda conseguiu garantir que custásse algumas largas centenas de milhões de euros) e o Novo Aeroporto de Lisboa, dois elefantes brancos. E Teixeira dos Santos não o deixou levar o Estado a entrar em ruptura de tesouraria ao pedir a ajuda internacional.

    Não o deixaram fazer tudo o que queria e mesmo assim conseguiu deixar Portugal à beira de uma ruína absoluta. Nem quero imaginar como seria se o tivessem deixado fazer o que queria.

    O(s?) Lucas Galuxo(s?) abomina(m?) as “hineas especuladoras” mas quer(em?) que Portugal dependa cada vez mais delas. E continua a ir desviando a conversa com generalidades sem significado e sem tentar sequer responder aos meus argumentos.
    Fique(m?) bem no mundo de fantasia em que vive(m?).

  16. Lucas Galuxo

    “Não o deixaram fazer tudo o que queria e mesmo assim conseguiu deixar Portugal à beira de uma ruína absoluta”
    Sim. 90% do PIB em dívida é ruina absoluta. 130%, sem bancos, sem seguradoras, sem empresas e com toda a infraestrutura concessionada é a prosperidade total de cofres cheios. É. Mas é para a meia dúzia de comissionistas que intermediou essa liquidação.

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