Recorrendo ao plenário para uma surpreendente confissão, Ferro Rodrigues é taxativo:
Para os que possam achar que nem Ferro Rodrigues diria tal coisa, o video está aqui.
Recorrendo ao plenário para uma surpreendente confissão, Ferro Rodrigues é taxativo:
Para os que possam achar que nem Ferro Rodrigues diria tal coisa, o video está aqui.
Sim, há quem defenda princípios e convicções em campanhas eleitorais e há quem diga o que lhe vem à cabeça para conquistar votos.
E há quem tenha por princípio e política comprar votos com o dinheiro dos outros.
A isso, a João Maynard Galamba School of Economics chama democracia.
Que bom! Ficamos descansados agora.
A primeira fila da bancada do PS até arrepia…do pior e do mais estupido…
Nem precisava do vídeo para acreditar. O costa reconduziu toda a tralha socrática e com marretas, todas as enormidades são possíveis.
Da boca deste marreta só saem perdigotos
Nuno,
Com “há quem diga o que lhe vem à cabeça para conquistar votos”, o Lucas Galuxo estava a referir-se a António Costa. O João Galamba é mais “não interessa como a realidade funciona, o que eu quero fazer vai dar os resultados que eu quero que dê; mesmo que não dê”.
“há quem tenha por princípio e política comprar votos com o dinheiro dos outros”
Há. Há até quem compra e não paga. Deve estar muito contente quem vendeu o voto a quem lhe prometeu que não era preciso cortar subsídios de natal, aumentar brutalmente impostos, vender os anéis e os dedos, tratar os contribuintes como gado,…
Lucas Galuxo,
Se exige que quem prometa arruínar a sua vida cumpra o prometido, isso é consigo. Não espere é quem quem tenha um mínimo de senso alinhe consigo.
A imagem está errada: Ele diz “políticas” e não “valores”.
Joaquim Amado Lopes, eu acho que quem vai a votos deve ir para representar um programa definido que os eleitores podem aceitar ou rejeitar. Enxovalhar a democracia com discursos de conveniência, ou fazer o contrário do que se disse, antes das eleições, desacredita o regime.
Lucas Galuxo,
O que vai a votos é um programa, um grupo de pessoas e um projecto político.
Como o contexto evolui e o Governo (mesmo com apoio maioritário no Parlamento) não é todo-poderoso, mais do que uma lista de promessas o programa eleitoral acaba por ser uma declaração de intenções.
A actuação do Governo está sujeita à evolução da situação nacional e internacional, às regras da União Europeia e ao que consegue negociar com esta, aos humores do Presidente da República e dos juízes do Tribunal Constitucional, às intervenções ilegítimas dos tribunais nas decisões de gestão e políticas do Governo, às negociações com os parceiros sociais, às chantagens das corporações, aos caprichos da Função Pública e ao comportamento criminoso das centrais sindicais, que usam e abusam do poder que têm para impedir o Governo de fazer qualquer coisa que vá contra os ditames de um partido que é sistematicamente cilindrado nas urnas.
Se o Governo só pudesse fazer o que está no programa eleitoral, então pouco ou nada faria. Não poderia adaptar a sua actuação a novas circunstâncias, seria impedido pelos listados acima de fazer uma parte do programa e o resto desse programa deixaria de fazer sentido. O Governo ficaria limitado à gestão corrente e ao inconsequente.
Se o Lucas Galuxo defende realmente que o Governo deve cumprir tudo e apenas o que colocou no programa eleitoral, então tem que condenar a retórica e o comportamento de partidos como o PCP e o BE.
E ficamos já a saber que não vai votar em nenhum desses partidos nem no PS, porque o que qualquer um deles promete é simplesmente impossível de cumprir na totalidade ou sequer na maior parte.
Seja bem-vindo à abstenção.
“A actuação do Governo está sujeita à evolução da situação nacional e internacional, às regras da União Europeia e ao que consegue negociar com esta, aos humores do Presidente da República e dos juízes do Tribunal Constitucional, às intervenções ilegítimas dos tribunais nas decisões de gestão e políticas do Governo, às negociações com os parceiros sociais, às chantagens das corporações, aos caprichos da Função Pública e ao comportamento criminoso das centrais sindicais”
Precisamente, JAL. Por isso, no momento de maior delicadeza da história recente dos mercados financeiros globais, o país precisava de uma oposição e um Presidente da República responsáveis e não das atitudes maniqueístas expiatórias que lançaram a economia portuguesa nos braços das ortodoxias do FMI e dos especuladores de ocasião. É isso que também vai votos nas próximas eleições.
Lucas Galuxo,
Registo com agrado que concorda com a caracterização do comportamento das centrais sindicais como criminoso e que considera que a oposição não tem sido responsável.
Quanto ao resto, continua a insistir na ideia infantil de que quem pede dinheiro emprestado é que decide as condições do empréstimo. É inacreditável que não tenha aprendido nada com o caso da Grécia.
O que vai a votos nas próximas eleições é como diz: a opção entre a “galambice” (gastar dinheiro que não temos porque julgamos que os outros estão para sempre obrigados a sustentar-nos) e a “ortodoxia” (ser responsável, cumprir aquilo com que nos comprometemos e gastar ao nível das nossas possibilidades).
Joaquim Amado Lopes,
o que aconteceu foi isto
Lucas Galuxo,
Tentativa patética de desviar a conversa e não responder ao que escrevi. Mas respondo-lhe também a este vídeo só para ver para onde vai desviar a conversa a seguir.
Sem regras, sem compromissos e sem controlo, o que aconteceu foi:
Março de 2010: PEC 1 (cortes na despesa pública)
Maio de 2010: PEC 2 (mais cortes orçamentais e o aumento do IVA)
Setembro de 2010: PEC 3 (cortes ainda maiores que os seus dois antecessores)
Os resultados estavam a ser tão “bons” (principalmente no controlo da dívida, cujos juros na altura subiam exponencialmente) que, em Março de 2011, foi necessário avançar com o PEC 4. PEC 4 esse que não teria qualquer impacto imediato nas taxas de juro e incluía medidas mais gravosas do que as que a troika impôs com o Memorando de Entendimento. E era mais do que evidente que o PEC 4 daria em nada, da mesma forma que não foram aplicadas as medidas menos populares dos PEC’s 1, 2 e 3.
Pretender que, no início de 2011, o Governo de José Sócrates tinha a situação controlada e estava disposto a aplicar as medidas necessárias e suficientes para evitar a implosão absoluta das finanças públicas é tão ridículo quanto pretender que o PCP é um partido que luta pela liberdade e pela democracia.
Joaquim Amado Lopes, essa cantilena do despesismo que levou à bancarrota não pega. A governação de José Sócrates teve défices controlados até ao auge da crise financeira global. Nessa altura, teve as forças que você aí em cima enumerou, irresponsáveis, Presidente da Republica, oposição e sindicatos a fazer pressão por mais despesa e menos receita. As medidas que um governo possa tomar não se refletem na ecomia de um dia para o outro. Foram aprovados 3 PEC e deveriam ter sido aprovados mais quantos fossem necessários para evitar o sorteio das empresas estratégicas, da banca e dos seguros em quermesse. Agora, já não há remédio. O que mais afectou as taxas de juro, como o caso da Grécia também ilustra, foram fenómenos de natureza política, sejam as decisões do BCE, seja a deterioração da estabilidade política que se verificou no início de 2011.
Lucas Galuxo,
Os “deficits controlados” da governação de José Sócrates mais não foram do que mentiras, através de desorçamentação e passagem de dívida para empresas públicas e para o futuro.
Basta ver a evolução da dívida pública que, mesmo aldrabada, subiu 21% do PIB no primeiro Governo de José Sócrates.
Valeria a pena continuar a aprovar PEC’s se o Governo os cumprisse, o que não estava a acontecer. José Sócrates estava simplesmente a empurrar os problemas com a barriga (e a “pagar” antecipadamente ao amigo Carlos Santos Silva os “empréstimos” que este lhe viria a fazer a seguir), com a ideia de que não é preciso fazer nada, basta manter as pessoas convencidas de que se irá fazer.
E não compreendo como pode defender os PEC. “Fazer o contrário do que se disse antes das eleições” só “desacredita o regime” quando são “os outros” a fazê-lo?
De quem diz que José Sócrates é “honesto” não se pode esperar coerência ou sequer um pingo de noção da realidade mas convinha que se lembrásse do que escreve. A menos que “Lucas Galuxo” seja um colectivo, cada um escreva os seus disparates e nem sequer se dêem ao incómodo de “acertar agulhas”.
Joaquim Amado Lopes,
Seja sério. A dívida pública subiu em Portugal, durante o primeiro governo de Sócrates, como subiu por toda a Europa. Em Espanha, por exemplo, subiu 40% entre 2008 e 2012. José Sócrates fez o que pôde e o deixaram fazer para salvar Portugal do repasto das hienas especuladoras e suas comissionistas locais. Não quiseram. Escolheram passar o resto da vida a engraxar sapatos a chineses e fundos de ocasião enquanto se aliviam com narrativas delirantes de Josés Antónios Saraivas e Felícias Cabritas. Bom proveito.
Lucas Galuxo,
José Sócrates realmente fez o que pôde. P.e., PPP’s (renegociadas antes de sair do Governo para prejudicar gravemente o Estado português em benefício de “amigos do PS” – o Governo actual conseguiu renegociar algumas de forma a minimizar os danos) e a “festa” da Parque Escolar (com um desperdício absurdo em candeiros de designer e que obriga a custos operacionais e de manutenção que esgotam os orçamentos das escolas).
“Não o deixaram” levar ávante o TGV (que mesmo assim, José Sócrates ainda conseguiu garantir que custásse algumas largas centenas de milhões de euros) e o Novo Aeroporto de Lisboa, dois elefantes brancos. E Teixeira dos Santos não o deixou levar o Estado a entrar em ruptura de tesouraria ao pedir a ajuda internacional.
Não o deixaram fazer tudo o que queria e mesmo assim conseguiu deixar Portugal à beira de uma ruína absoluta. Nem quero imaginar como seria se o tivessem deixado fazer o que queria.
O(s?) Lucas Galuxo(s?) abomina(m?) as “hineas especuladoras” mas quer(em?) que Portugal dependa cada vez mais delas. E continua a ir desviando a conversa com generalidades sem significado e sem tentar sequer responder aos meus argumentos.
Fique(m?) bem no mundo de fantasia em que vive(m?).
“Não o deixaram fazer tudo o que queria e mesmo assim conseguiu deixar Portugal à beira de uma ruína absoluta”
Sim. 90% do PIB em dívida é ruina absoluta. 130%, sem bancos, sem seguradoras, sem empresas e com toda a infraestrutura concessionada é a prosperidade total de cofres cheios. É. Mas é para a meia dúzia de comissionistas que intermediou essa liquidação.