Crónica de um desastre anunciado

O sindicato dos pilotos gaba-se do prejuízo infligido por uma greve. Numa empresa falida com uma dívida colossal e a necessitar desesperadamente de uma injecção de capital, o governo reduz ex-ante a possibilidades de venda com imposições de “serviço público” e o irresponsável líder da oposição “responsável” ameaça com uma futura nacionalização e propõe alternativas inexequíveis.

Provavelmente será melhor liquidarem já a TAP e pouparem nas fantochadas. O desfecho será igual.

 

12 pensamentos sobre “Crónica de um desastre anunciado

  1. Charlie

    Assim se vê a tal preocupação que a corporação dos pilotos da TAP tem com a empresa e a viabilidade da mesma.

  2. tina

    Já está com o rei na barriga, que ninguém se atreva ir contra a CML diz ele!.. No poder adotará um estilo ainda mais ditatorial, tipo Sócrates. Se tirassem o perfil psicológico a esta gente, daria o mesmo que a Napoleão, Mugabe, etc, ou seja, pessoas com grandes complexos de inferioridade que ao chegarem ao poder desforram-se em todos.

  3. Joao Bettencourt

    Cada vez que essa gente abre a boca para falar da TAP só dão mais razoes para privatiza-la já a 100%.

  4. MP

    Não compreendo sinceramente o PS. É que se a empresa não é vendida nesta legislatura e se o PS é governo, vai inevitavelmente ter de:

    – injectar milhões de dinheiro público ( até para defender a CGD que é credora principal );
    – fazer uma reestruturação violenta + despedimento alargado.

    Face a isto, não seria ( talvez maquiavélico mas ) preferível para o PS que o governo vendesse já ? e depois, a ser governo, o PS podia livremente lavar as mãos.

    Digo eu, mas não percebo nada disto ( não é que “eles” percebam )

  5. Joao Bettencourt

    “– injectar milhões de dinheiro público ( até para defender a CGD que é credora principal );”

    O que os socialistas mais sabem e gostam de fazer.

    – fazer uma reestruturação violenta + despedimento alargado.

    Cujos possíveis efeitos nefastos sao largamente compensados pela manutenção de uma empresa da dimensão da TAP sujeita as ordens vindas do Largo do Rato.

    Um risco plenamente compensado pela manutenção de uma empresa na esfera publica, àas ordens do Largo do Rato.

  6. MP

    Concordo com o comentário do “João Bettencourt”. Serena-me porém saber que (a) a possibilidade de um governo PS está longe de ser dado garantido e (b) felizmente a UE hoje limita a margem do disparate governativo. Teriam mesmo de fazer um brutal despedimento colectivo, redução de slots na Portela, venda da operação Brasil, na prática uma redução da TAP a uma dimensão que lhe daria mais alguns anos. Neste momento, se é para manter a TAP, a única hipótese é ser comprada por outra companhia cujas rotas sejam complementares à TAP. E nada disso parece provável.

  7. Joao Bettencourt

    Eu só acrescentaria que, lendo o que dizem governo, oposição, pilotos, trabalhadores, etc etc sobre a TAP, só com um espírito quixotesco e que alguém se lança na aventura de comprar esta companhia.
    Desafio quem quer que leia este comentário a mostrar-me uma declaração recente nos media que assegure a quem se propõe comprar a TAP que poderá geri-la como uma empresa normal.

  8. Expatriado

    A Greve acabou, mas as “voas” e não, boas) ideias para o futuro da TAP ficam registadas, para voos futuros ou aterragem em mais um buraco e uma grua troikana!
    Costa, dá como solução a venda em Bolsa, como se alguém voltasse a arriscar investir numa empresa quase falida, com a memória ainda fresca dos investimentos nas empresas do BES! Imaginem o valor das acções!
    Já, antes, um alto dignitário do seu espaço partidário havia proporcionado o que eu, à prióri, pensava tratar-se de uma anedota:
    FR, na Sic Notícias:
    – “O Estado pode recapitalizar a TAP sem recurso a dinheiro nem prejuízo dos contribuintes”.
    – “Como”? (perguntou o jornalista).
    – “Através de uma injecção de capital por parte da Caixa Geral de Depósitos”!
    – “E, onde vai a CGD buscar esse dinheiro que, manifestamente, não tem”?
    Resposta: – “Ao Estado”!
    Será que vamos levar com estes sábios a gerirem os destinos deste País?!

  9. Francisco

    O regozijo do sindicato relativamente ao prejuízo imposto não é suficiente para ser considerado crime e consequentemente uma ação da PGR?

  10. lucklucky

    Francisco imagine-se o que não aconteceria no Complexo Político-Jornalista se um empresário se gabasse como fez o representante dos sindicato dos prejuízos causados a uma empresa.

  11. Pingback: Deviam enviar um agradecimento ao sindicato dos pilotos | O Insurgente

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