O défice orçamental do ano passado foi 4,9%, de acordo com dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística. Este valor respeita a meta de défice imposta pela troika – que era de 5,5% – e corresponde a 8121,7 milhões de euros.
Por outro lado, trata-se de um valor que sai uma décima abaixo da estimativa do Governo. Em Dezembro, quando foram conhecidos os números da execução orçamental, o Executivo apontou para um défice de 5%.
No défice de 4,9% incluem-se os 700 milhões de euros que o Estado usou na recapitalização do Banif e também o encaixe extraordinário de 1280 milhões de euros conseguido com a reguralização de dívidas ao fisco e à Segurança Social.
Só para recordar o Memorando de 2011:
«1.26.
O Governo atingirá um défice das Administrações Públicas não superior a 5.224 milhões de euros em 2013. [T4‐2013]
Pois é Gabriel. Isso obrigava a quase 3M de cortes adicionais. Estranho que quem assinou isso se venha agora queixar da “troika”.
O memorando já indicava os valores dos cortes que dariam origem ao deficit de 3% em 2013.
Claro que se morresse-mos todos à fome cumpríamos o deficit. A questão é que a receita não resultou.
Não?
Mais um feito para se vangloriar:
Carga fiscal atinge valor mais alto das últimas quatro décadas
http://www.publico.pt/economia/noticia/carga-fiscal-atinge-valor-mais-alto-das-ultimas-quatro-decadas-1630513
Exacto. Deviamos cortar o equivalente na despesa para permitir a descida da carga fiscal. Concordo em absoluto.
E vamos cortar … um dia destes …
Penso que isto confirma a equivalência ricardiana. A despesa terá que ser paga mais cedo ou mais tarde com impostos.