Post sexista

Eu já havia levantado dúvidas no facebook sobre a capacidade de discernimento do mulherio francês, à conta de Hollande e das suas três senhoras e o aparente sucesso que Strauss-Khan goza no género feminino das suas bandas. Ou, se não falha de discernimento, talvez haja alguma doença oftalmológica feminina francesa e que está, até hoje, por detetar. Houve senhores que se zangaram e me chamaram sexista, o Helder lá deu a explicação possível (‘Everything is about sex. Except sex. Sex is about power.’), mas eu lá continuei a duvidar das capacidades das irmãs francesas e a cogitar que o poder é como os collants adelgaçantes, works only up to a point. O que houve mais foi dignas esposas de homens poderosos a encantarem-se pelos mais agradáveis à vista instrutores de ski, assessores, junior partners e um longo etc. Ou seja, ninguém convenceu ninguém. Mas agora que o Ricardo Araújo Pereira tem a mesma perplexidade que eu, vejam lá se conseguem continuar a chamar-me nomes.

«O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente, mas o poder francês, ao que parece, seduz irresistivelmente. A quantidade de altos dignitários franceses que acasalam acima das suas possibilidades não tem paralelo com o que sucede noutros países, e deve dar que pensar a todos os analistas internacionais – e à própria União Europeia. François Hollande, uma espécie de Humpty Dumpty gaulês, está envolvido em casos extra-conjugais quando, havendo justiça, teria dificuldade em entrar no mundo da simples conjugalidade. Todas as senhoras que se deixaram seduzir pelo actual presidente francês jogam na Liga dos Campeões da sensualidade, ao passo que Hollande milita na segunda divisão B da alopécia progressiva, da miopia e do duplo queixo. É um escândalo que Hollande possa disputar uma só partida com qualquer destas senhoras, quanto mais participar num mini-campeonato com todas.

O seu antecessor, Nicolas Sarkozy, já teve três esposas, sendo a última uma das mais famosas modelos dos anos 90. Recordo que Sarkozy difere daqueles gnomos de jardim apenas na medida em que, alegadamente, não é de barro, nem faz xixi para dentro de fontanários.

Sobre a vida sexual de Dominique Strauss-Khan, um lascivo badocha, há obras publicadas. Parece que é muito variada, e inclui tanto senhoras que desejam participar nela como outras que estão lá a contragosto. Mesmo descontando as últimas, aparentemente em grande número, sobra uma quantidade bastante grande de senhoras às quais o rotundo homúnculo consegue agradar.» E o resto.

(Via facebook da Maria Trigoso).

3 pensamentos sobre “Post sexista

  1. Euro2cent

    Desde que os fabricantes de sabão se puseram a distribuir os produtos literários dos poetas românticos do século XIX à populaça, as coisas ficaram muito alteradas. Os trovadores da idade média já tinham dado um arroubo, mas na altura deram-lhes umas chapadas que os puseram no seu lugar, e não houve grande problema.

    Com a industrialização pós século XVIII foi o descalabro. A turba alfabetizada passou a acreditar no amor, e a comprar sabonetes e desodorizantes como nunca se tinha visto. Os industriais tiveram que ampliar e diversificar a produção, que agora toma para aí uns 90% da economia, entre produtos e propaganda (incluindo a educação do público).

    Isto poderia ser inócuo, mas infelizmente – por acreditarem no tal de amor, em vez de apenas cevarem discretamente os instintos sem pieguices – as multidões também passaram a andar um bocado alucinadas. Acreditam no direito à felicidade, acasalam e divorciam-se à toa, ficam virgens por timidez, enfim, parecem umas baratas tontas. Já que engoliram essam patranha, aproveitam para acreditar também em coisas ainda mais estapafúrdias, desde o poder das pirâmides e cristais ao cientismo mais ignaro e supersticioso que se possa imaginar.

    Não me admirava muito que a espécie se extinguisse à conta de uns fulaninhos gananciosos terem aumentado as vendas de sabão. Já faltou mais.

  2. tina

    O que eu deduzo disto é que nem eles, nem elas, têm quaisquer princípios; elas são umas interesseiras e eles aproveitam-se. Basta ver que Valerie, apesar de toda a humilhação, não quer deixar o seu papel de primeira dama e ainda vai viajar nessas funções. Bem feito para Hollande, que não se vai conseguir livrar dela tão cedo.

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