Produção deslocou-se para a Ásia, o Consumo segue dentro de momentos

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Fonte: Zerohedge.

A produção foi para a Ásia.
O Ocidente adiou enquanto podia recorrendo ao crédito.
Agora seguirá o consumo.
Álvaro Santos Pereira chegou tarde.
Viva Jorge Moreira da SilvaViva Assunção Cristas.

8 pensamentos sobre “Produção deslocou-se para a Ásia, o Consumo segue dentro de momentos

  1. A produção foi para a Ásia, é verdade, e ainda não foi toda. O consumo segue dentro de momentos, alto lá! Para que siga é preciso pôr os asiáticos (chineses, indianos, etc) a consumir. Ora mas para isso é preciso dar-lhes dinheiro, aumentar-lhes os salários, estão a ver… E pronto, lá se vai a vantagem competitiva (ou comparativa, chamem-lhe o que quiserem), que fez com que a produção fosse para lá. Para onde irá depois a produção? Adivinhem. Isso! Para África (a propaganda ao continente na CNN e BBC e etc. já é notória – solicitam para que nele se invista), um continente inteiro, já a ser explorado e por explorar. O capital move-se em direcção a novos prados (e precisa deles). Entretanto todo o planeta vai sendo devastado e convertido em mercadoria. Selvas equatoriais e toda a vida que têm dentro convertidas em palmeirais, estão a ver. Bem-vindos ao Antropoceno. Quantos planetas serão precisos, para alimentar isto? Talvez o planeta aguente. Afinal o reverendo Malthus disse que não aguentava e aguentou. A ver vamos.

    Quanto às vivas ao Moreira e à Assunção, não comungo, nem partilho.

    Cumprimentos aos Insurgentes, com os quais, quase nunca estou de acordo.

  2. Nuno

    É um erro olhar apenas para os salários. A produção desloca-se para onde os salários são comparativamente mais baixos, ie, onde a relação salário/produtividade é melhor, daí alguns países ricos continuarem com uma robusta produção industrial. Depois há os outros, aqueles onde “é preciso aumentar os salários para aumentar o consumo e o crescimento”, os dos défices do Estado que puxam o investimento privado, etc. Depois a culpa é do capitalismo pro-apocalíptico

  3. lucklucky

    É a diferença entre a Civilização e a Pós-Civilização. Quem esteve tanto tempo civilizado esqueceu-se do que construiu a civilização.

  4. Caro lucklucky,

    Muito antes de haver capitalismo, já havia Civilização. E depois do capitalismo, continuará a haver civilização, e Civilização. Mas este conceito de civilização dá pano para mangas e nem me vou alongar aqui sobre isso. Sugiro leituras; Fernand Braudel, Felipe Feznandez-Armesto, Norbert Elias (já duma outra perspectiva), Lewis Mumford, ou um que deve ser mais da sua predilecção e que não aprecio tanto: Niall Ferguson. Ou ainda Samuel Huntington, o tal do Choque de Civilizações. Nessas obras poderá confirmar que capitalismo não nasceu com a civilização, nem lhe equivale. Confirmará ainda que a barbárie sempre conviveu com a civilização…e quanto mais civilizados, mais bárbaros os actos dessas mui civilizadas civilizações.

    Quanto ao sr. Ricardo Campelo de Magalhães, peço desculpa por não me ter apercebido que estava a ser sarcástico. Aqui a culpa é do leitor que reparou de soslaio nos links. Chamou-me a atenção do seu post o título e o gráfico. Pelo vistos, por vezes, mas poucas, concordo convosco. Cristas quer acabar, se não acabou já, com a REN e com a RAN. Uma vergonha! Moreira da Silva, utiliza o conceito de “desenvolvimento sustentável” como um chavão e como como um cavalo de Tróia, para lançar impostos ao que resta taxar: o ar.

  5. juvenal clemente

    Deixem-nos levar a produção. Aquilo está sujo, poluído até mais não. Se é assim que a Europa ia ficar, que se lixe isto, a China e a Índia que fiquem com as indústrias. Prefiro ter céus azuis e não ter fábricas e comprar tudo à China do que ter os céus que os chineses e os indianos têm. Ou os rios. Vocês nem têm noção, sentados no vosso T3 em Lisboa do que é que significa essa subida que estão a aplaudir em termos ambientais. Em termos das vidas das pessoas. Sair à rua em cidades chinesas é certo e sabido que vão ter uma névoa de fumo o dia todo. Sair à rua uma hora em algumas delas é como fumar três maços de tabaco. Eles que fiquem com isto tudo.

  6. Pingback: 2013 a Ferro e Fogo – Vagas de fundo. A emergência da China e dos "BRIC", miragem ou realidade? (parte II.4) | Arquivo 5dias

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