Na passada semana, o ministro das finanças anunciou mais um brutal aumento de impostos que castigará ainda mais os elementos mais produtivos da sociedade. Os 10% que hoje em dia já pagam mais de 80% do total de IRS passarão a pagar ainda mais. Estes são os 10% que marcam a diferença, que mantêm empresas e empregos no país. Por mais politicamente incorrecto que isto seja, não é o produto do trabalhador indiferenciado das linhas de produção que faz a diferença entre uma empresa ter ou não ter lucros, fechar ou não fechar, gerar ou não gerar emprego, mas as opções de engenheiros e gestores que decidem onde alocar o capital. É a qualidade intelectual e ética de trabalho destas pessoas que mais contribui para a geração de riqueza e criação de empregos. Em qualquer sociedade estas pessoas formariam, merecidamente, a classe média-alta. Os mais empreendedores poderiam aspirar a pertencerem à classe alta. É a existência deste sistema de incentivos individuais que permite a uma economia crescer, tirando o máximo partido das capacidades de de uma pequena parte dos indivíduos, beneficiando todos. Parte da pobreza do país deve-se exactamente à extorsão fiscal feita a estas pessoas, retirando-lhes o incentivo a trabalhar, inovar, investir. Sob a bandeira da caça aos ricos, atacam-se os mais produtivos (que podem ou não corresponder aos mais ricos), deixando o país com menos oportunidades de emprego e com um sector empresarial cada vez mais concentrado em sectores dependentes e protegidos do estado (até ao ponto em que, ironicamente, as taxas de imposto mais elevadas já não serão aplicadas aos mais produtivos mas àqueles que beneficiam da protecção estatal)
No romance de Ayn Rand Atlas Shrugged, o personagem central da história, John Galt, consegue convencer alguns dos elementos mais produtivos a abandonarem o país de forma a não sustentarem a gula estatista dos seus líderes. Ayn Rand desenha um cenário de desolação, perseguição a empresários e altos impostos. O anúncio da semana passada colocou Portugal numa situação para além do imaginário de Ayn Rand. Existirão pessoas com salários de classe média que entregarão 75% de um eventual aumento salarial directamente ao estado, eliminando qualquer incentivo a ser mais produtivo, a trabalhar mais e a arriscar. É crucial para o futuro de Portugal que as medidas falhem, que a receita fiscal caia e que fique definitivamente provado que não há mais espaço para aumentos de carga fiscal. Na ausência de partidos políticos que ofereçam alternativas à ditadura fiscal, resta aos portugueses mais produtivos votar com os pés: emigrem, façam férias, estabeleçam-se em Espanha, façam os possíveis para fugir aos impostos. Os 10% nunca foram de manifestações, nem conseguem ganhar eleições, mas podem sempre votar com os pés. Be John Galt. Não há alternativa.
Entrou em tilt. Mas apesar do delírio das ideias aqui expressas, sempre fica uma boa sugestão: sim, por favor, os 10% de que o blogger fala, e dos quais parece julgar fazer parte, deiem à sola para espanha, actualmente uma verdadeira terra de oportunidades.
Ó amigo Lucas, e que tal fazeres companhia ao Relvas?
Vai estudar, pá!
E poupa-nos as tuas calinadas.
É preciso uma lata do c…… A classe média completamente esmagada, e os 10%, aqueles que ainda podem continuar a comprar carros topos de gama e casas de luxo – um exemplo demagógico de dois segmentos que não estão em crise apesar de dois sectores completamente destroçados (basta consultar as notícias) -, são o topo da preocupação? E como o dinheiro não é um recurso infinito, julgo eu, para uns ganharem muito, outros têm de ganhar muito pouco. E quem distribui os rendimentos não são a base da pirâmide… Claro que se pode falar na economia paralela, mas em que ficamos? Se um gajo tiver uma dor numa perna mata-se o paciente? Ou trata-se a perna?
“Irá passar a haver pessoas com salários de classe média que entregarão 75% de um eventual aumento salarial directamente ao estado”
O que é que o CGP considera “salários de classe média” (a minha definição – para aí entre os 10.000 e os 25.000 euros/ano)?
LOL. Classe média entre 10.000 e 25.000 ano?????????????
Entre 714€ mês e 1785€ mês??????????????????????????
714€/mês brutos?????????????? classe média?????????????????
Ganhar 2000€/mês é classe alta ou média-alta???????????????????
10% da população compram carros e casas de luxo?????????????????
Tá tudo completamente LOUCO. Completamente LOUCO.
Muito bem !
Mas além de falar do IRS é ainda mais importante falar do IRC que tem das taxas mais altas de da OCDE o que diminui a atractividade do investimento em novas empresas.
Aliás fico sempre com a impressão que os Insurgentes preferem sempre reduzir o IRS do que o IRC !
Caro brmf,
“A classe média completamente esmagada, e os 10%, aqueles que ainda podem continuar a comprar carros topos de gama e casas de luxo”
Os 10%, aqueles que ganham entre 2500-5000 euros por mês, são a classe média. O resto é classe média-baixa e baixa. Não o são em termos estatísticos, mas alguém que ganha pouco mais que um empregado de limpeza no Luxemburgo não pode ser categorizado mais do que classe média. E não, muitos não compram casas e carros de luxo, mas deviam se lhes fosse dado acesso a uma maior parte do rendimento que auferem
“dois segmentos que não estão em crise apesar de dois sectores completamente destroçados (basta consultar as notícias) -, são o topo da preocupação”
Estão em crise, sim, mas nem é isso que importa. O facto de estes segmentos da população estarem a perder qualquer incentivo para criar valor afecta todos, principalmente os mais pobres, que são os primeiros a sofrer com o desemprego.
“E como o dinheiro não é um recurso infinito, julgo eu, para uns ganharem muito, outros têm de ganhar muito pouco”
Esta sua frase condensa exactamente o problema do país: o de achar que a riqueza é estática. A riqueza é um conceito dinâmico que depende de um conjunto de incentivos. Quem concentra a luta em captar uma maior fatia do bolo perde a oportunidade de o fazer crescer. E o bolo só cresce se aqueles capazes de o fazer crescer tiverem incentivos para tal.
“E quem distribui os rendimentos não são a base da pirâmide”
Neste momento 80% dos impostos sobre o rendimento são pagos por 10% da população. Quer mais redistribuição do que isto. A verdade é que a REDISTRIBUIÇÃO CRIA POBREZA. O que esta violenta política de redistribuição está a fazer é criar um país de pobres.
Miguel Madeira,
Eu não colocaria pessoas nesse intervalo de salários como classe média ou média alta, mesmo que estatisticamente assim o seja.
Já sabem o que o Vitor Gaspar responderia a este post:
“Temos os melhores engenheiros, gestores e empreendedores do mundo.”
É a nova forma do Governo distinguir o mérito dos cidadãos. Se és bom em algo mereces uma taxa adicional. Depois das reuniões com os génios da (des)concertação social já se prevê uma nova medida e a sua justificação por Vitor Gaspar:
“Após um estudo a que não vão ter acesso, ficou determinado que os portugueses são os melhores enroladores de tabaco do mundo, logo, devido às suas excepcionais capacidades e espírito de sacrifício, o Governo decidiu taxar estes génios dos trabalhos manuais em pelo menos 30% aumentando a carga fiscal para 85%.”
Relativamente à inveja classista latente em muitos dos comentários (impressionante como ainda se acredita na cretinice da soma zero, segundo a qual se uns ganham é necessariamente à custa dos outros…), aconselhava o pessoal de esquerda a ter cuidado com aquilo que deseja.
É que o Gaspar de tanto vos ouvir a pedir que sejam os ricos a pagar a crise, há-de pensar: seja feita a vossa vontade!
O problema é que em Portugal é cada vez mais fácil ser “rico”. Pelo menos do ponto de vista da extorsão fiscal são cada vez menos esquisitos: quase qualquer um pode ser classificado como rico. Pelo menos antes de pagar os impostos.
Ser rico passa assim a ser, cada vez mais, um estado meramente transitório.
Daí que “going Galt” seja cada vez mais apelativo, sobretudo para os mais jovens.
E aí, faltando para taxar os que saem, os que ficarem vão ver como vai ser cada vez mais fácil ser “rico”.
Ou pelo menos ser roubado pelo fisco como tal.
Para poder contra-argumentar melhor, alguém tem estatísticas sobre a distribuição dos rendimentos em Portugal? Gostava de saber qt representam os que ganham acima de 5000€ e qt contribuem no bolo total do IRS pago.
Douto e produtivo mggomes. Constato com agrado que o meu amigo tem vocação para professor – gosta de detectar e alertar para calinadas. Infelizmente não me parece que os professores entrem na contabilidade dos 10% notáveis, dos quais depende toda a sociedade e aos quais todos deveríamos beijar as mãos. Assim, estava a pensar sugerir-lhe o sétor da construção em espanha (contente, esboçou um sorriso? pensava que era uma calinada? Não, eu escrevo sector). Como ia dizendo, aqui ao lado o sétor da construção civil encontra-se actualmente em fase de grande expansão e oferece grandes oportunidades de negócio. Pensei ainda em sugerir-lhe o sector mineiro nas astúrias, mas parece que o Carlos Pinto já tem umas ideias sobre o assunto. Fale com ele e vão a pé para espanha.
Eu não acho que a riqueza seja estática, mas também não acredito que a (re)distribuição dos rendimentos seja obre e graça do espírito santo, por muito que a teoria liberal afirme o contrário. Eu até acho que sou liberal (na prática, se calhar não no sentido dos livros): defendo que o Estado não deve apoiar sectores em detrimento de outros, sou em geral contra os impostos sobre o património (se já pagou sobre o trabalho e na transacção…) apesar de ter pouco :), etc, etc. Mas não é quem ganha 2500€/mês que compra casas e carros de luxo. Só que alguém os compra e cada vez mais (aparentemente, esta franja da população, apesar da taxação elevada, tem cada vez mais poder de compra – é ver as notícias). Em que ficamos?
Gostei da parte “Os 10%, aqueles que ganham entre 2500-5000 euros por mês, são a classe média. O resto é classe média-baixa e baixa. Não o são em termos estatísticos, mas…” Ou seja, os números só servem quando convêm à tese.
Já agora, uma pergunta, que confesso não sei: Os 10% que hoje em dia já pagam mais de 80% do total de IRS acumulam quantos % da riqueza produzida do País?
“Quer mais redistribuição do que isto. A verdade é que a REDISTRIBUIÇÃO CRIA POBREZA.”
E é bom que se perceba isto! O trickle-down effect é uma realidade como podemos constatar no… eh… erm… naquele país… sim… agora não me lembro mas depois escrevo aqui…
Se não são os que ganham 2500 € /mês que compras as casas e os carros de luxo, entre outros artigos, é porque há uma forte economia paralela que escapa aos impostos. Por isso, em vez de taxar o rendimento, via IRS ou IRC, é melhor taxar o consumo.
Os comentários sem surpresa devido à cultura e à ideologia social ista empregnada pela escola social e medias demonstram mais uma vez o Ódio ao Outro.
“Os 10% que hoje em dia já pagam mais de 80% do total de IRS acumulam quantos % da riqueza produzida do País?”
O que é que isso interessa? Há alguma coisa contra quem acumule? Você devia é protestar por não deixarem acumular mais.
Misek, tente Cuba, Coreia do Norte, Venezuela. Tudo países com uma excelente redistribuição de riqueza. Todos iguais, todos miseráveis.
brmf,
“Gostei da parte “Os 10%, aqueles que ganham entre 2500-5000 euros por mês, são a classe média. O resto é classe média-baixa e baixa. Não o são em termos estatísticos, mas…” Ou seja, os números só servem quando convêm à tese.”
Não o são em termos estatísticos, porque não estão na média do país. Da mesma forma que um norte-coreano médio não se pode dizer que seja de classe média, Um trabalhador portugues que ganhe 2500€ por mês é classe média, mesmo que a miséria do país faça com que esteja nos top 10%.
“Já agora, uma pergunta, que confesso não sei: Os 10% que hoje em dia já pagam mais de 80% do total de IRS acumulam quantos % da riqueza produzida do País?”
Os 10% que pagam 80% dos impostos recebem 40% do rendimento. Está tudo no site das finanças.
18 – Bem, se formos definir “classe média” pelas médias internacional (em vez de nacionais), então somos todos multimilionários em Portugal
[mas também reconheço que esta questão do que é ou não “classe média” nem interessa muito para a validade ou não da tese central do post]
Miguel Madeira,
Continua a cometer o erro de assumir que classe média é uma definição estatística. Não é. Se fosse uma definição estatística nunca se falaria em “aparecimento de uma classe média”, como se fala agora para alguns países asiáticos. Se fosse uma definição estatística, por definição todos os países teriam uma classe média, até a Coreia do Norte.
Carlos Guimarães Pinto,
Que o Planeamento Central, o Comunismo, o Socialismo (o verdadeiro, porque no insurgente “socialismo”=”aquilo de que não gosto”) não funciona isso já sabemos.
Mostre só um ou dois exemplos em que sem haver qualquer tipo de redistribuição haja um bem estar generalizado e sustentável.
Não me interprete mal, tomara eu que houvesse no mundo assim um exemplo do tipo de estado que defendem, mas assim um exemplo à séria num país de alguma dimensão. Só para daqui a umas dezenas de anos se poder fazer ao liberalismo o que está a ser feito, e bem, ao comunismo…
Misek, infelizmente há poucos locais onde não exista redistribuição de rendimentos. Mas se quiser, pode ter o exemplo de Singapura, Emiratos Árabes Unidos ou os EUA do século XIX. Não por acaso estes são países de forte imigração, ou seja, países onde os habitantes o são por opção (votam com os pés). Até aqueles que sabem que irão para a base da pirâmide optam por emigrar para esses países, porque preferem ser pobres lá do que “classe média” nos seus países de origem.
A ideologia dominante da inveja e do ódio ao sucesso, esconde-se por detràs dum falso “amor aos pobrezinhos”.
Não mexem uma palha para melhorar a vida dos mais pobres, apenas cobiçam os proventos dos que ganhem mais que eles.
Ressabiados pelo sucesso que não têm, mas a se julgam com direito, disfarçam esse sentimento com uma falsa indignação que esperam lhes faça cair algum no bolso.
Afinal a igualdade a que aspiram é a de se apoderarem de parte do dinheiro dos que ganham mais que eles.
Que isto leve a uma pobreza crescente e generalizada só os indigna quando os atinge a eles próprios.
Nessa altura consolam-se com a “equidade”, que para eles significa apenas que o vizinho não se fica a rir.
Quanto aos pobres ninguém quer saber deles.
Estão entretidos a tratar dos “ricos”.
Boa, e se os 90% de trabalhadores indiferenciados, geralmente parasitagem socialista, dessem à sola?
Qual é a idade mental do CGP?
“A ideologia dominante da inveja e do ódio ao sucesso, esconde-se por detràs dum falso “amor aos pobrezinhos”. Não mexem uma palha para melhorar a vida dos mais pobres, apenas cobiçam os proventos dos que ganhem mais que eles.” Ricardo, não veja filmes de terror antes de adormecer. Respire fundo e beba um chá de camomila.
Em 1970 os Portugueses pagavam para o Estado pouco mais de 10% do PIB. Agora como acabou a subida do défice/dívida só possível durante 38 anos devido às contas sãs da Ditadura vamos ter de pagar mais de 50% do PIB, uma vez que PSD+CDS+PS+PC+BE+ mais as abencerragens dos juízes com problemas de compreensão proíbem.
Da Inglaterra aos Estado Unidos passando por cá, o Estado não parou de crescer exponencialmente e como resultado uma entropia à Soviética é cada vez mais notória. Aquilo que estamos a ver é só um aperitivo. Rezem para que o embalo da tecnologia que vem do passado consiga amortecer a queda.
Não pensem que acabaram as subidas de impostos. O fim para a espiral não existe.
António Machado, não se preocupe que se a parasitagem socialista desse à sola, haveria uma plenitude de oportunidades para quem quer realmente trabalhar. E a falta de procura de emprego certamente iria aumentar os salários.
Por mim podem ir. Comece-se pelos maquinistas da CP.
Mas se for o primeiro ministro a dizer para irem, já não gostam.
Uma velha anedocta:
Um anjo chegou perto de um cidadão e disse:
– Dar-te-ei tudo o que pedires, mas, ao teu vizinho darei o dobro.
O cidadão pensou, pensou e finalmente disse:
– Arranca-me um olho.
Se a classe média não é um dado estatístico, o que até posso concordar, tb não se pode dizer que “por preferirem ser pobres no Emiratos do que “classe média” nos seus países de origem” esses imigrantes vivam bem. Aqui há tempos deu um programa no Dubai, salvo erro o “Portugueses pelo Mundo” e não me pareceu que os paquistaneses, apesar de preferirem viver no Dubai do que no seu país, estivessem lá muito bem. O que não quer dizer que não estejam melhor no Dubai do que no Paquistão.
Num sistema capitalista moderno com estado social, não existe oposição lógica e racional entre empreendedores, capital e trabalhadores.
Os empreendedores criam novas empresas ou produtos, o capital financia e os trabalhadores consomem.
O marxismo já perdeu a validade há pelo menos desde há 100 anos.
O que é preciso é manter o desemprego num nivel abaixo dos 5% e o resto os mercados resolvem !
No meio de tudo isto o pior de tudo (além do aumento dos impostos) é perceber quantos portugueses continuam a dizer “os ricos que pagam a crise” sem perceber que esta atitude mental é a principal raiz dos nossos problemas.
A despesa pública de que beneficiamos é entendida como essencial, intocável e a barreira entre a civilização e o “capitalismo selvagem” enquanto os impostos são para os ricos, para os outros, pagarem. É o profundo desrespeito pela propriedade privada (dos outros) e pela recompensa do mérito e da tomada de risco que nos diferencia face aos outros países e que permitiu um tal grau de despesa, endividamento e, agora, de impostos.
Enquanto não percebermos que mais impostos (sim, incluindo sobre os ricos) reduzem a actividade económica, são um entrave à meritocracia e colocam mais recursos nas mãos dos políticos para eles desbaratarem não sairemos deste impasse civilizacional.
Pingback: Anónimo
“… A wise and a frugal government, which shall restrain men from injuring one another, but shall leave them otherwise free to regulate their own pursuits of industry and improvement.”
— Thomas Jefferson
Got none.
Fuck the State.
I am John Galt.
Excelente post Carlos!
#27,
Ena, ao tempo que já não ouvia essa…
Pensei longamente nesse exemplo de como é o espírito humano…
0,1% das famílias pagam 6,0% dos impostos
0,8% das famílias pagam 22,5% dos impostos
1,7% das famílias pagam 33,9% dos impostos
5,6% das famílias pagam 59,1% dos impostos
10,4% das famílias pagam 74,2% dos impostos
18,5% das famílias pagam 87,0% dos impostos
37,1% das famílias pagam 95,9% dos impostos
Escalões declarações %
1 a 7 500 1.428.958 35,9%
7 500 a 13 500 1.074.133 27,0%
13 500 a 22 500 740.415 18,6%
22 500 a 32 500 323.314 8,1%
32 500 a 45 000 188.215 4,7%
45 000 a 75 000 156.299 3,9%
75 000 a 100 000 37.521 0,9%
100 000 a 250 000 28.046 0,7%
> 250 000 2.144 0,1%
Tem a fonte online Filipe?
36 – Tem certeza que os valores são mesmo esses? Acho dificil de acreditar, já que o principal imposto (o IVA, que representa para aí 40% das receitas fiscais, acho) é mais ou menos proporcional
Quando se faz um comentário deste género e que aqui transcrevo – “Por mais politicamente incorrecto que isto seja, não é o produto do trabalhador indiferenciado das linhas de produção que faz a diferença entre uma empresa ter ou não ter lucros” – para si, o trabalho só é válido o de alguns, os outros podem ser tratados como cabeças de gado. Gostaria de saber o que vale um gestor, um eng. numa organização sem o resto dos trabalhadores, os activos intangíveis chamados RH numa organização. Eu respondo, nada até pq não tem nada para fazer. Carlos, já que não pode estudar, vá trabalhar…
miguelmadeira, como é que é +- proporcional? Um “rico” compra um Mercedes e só em IVA paga o que uma família pobre paga no ano inteiro.
O IVA é proporcional ao consumo , ou seja aproxima do rendimento !
Até é regressivo porque a taxa de poupança é maior quanto maior é o rendimento.
Somar IRS + IVA + S.S. está mais correcto .
Mário,
O IVA não é um imposto progressivo, i.e., não tem taxas progressivamente mais altas consoante os rendimentos. Provavelmente, os dados apresentados pelo Filipe Melo são dados do IRS, uma vez que não é possível, a priori, determinar se o IVA de uma compra veio de uma pessoa com rendimento maior ou menor.
São dados de IRS 2003. Se alguém tiver mais recente que linke.
Click to access v13n3a03.pdf
Dados mais recentes:
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/dgci/divulgacao/estatisticas/estatisticas_ir/IRS_2008-2010.htm
Obrigado pelo link, brmf. Só é pena que a dgci divulgue os dados da forma mais estúpida possível: um ficheiro por cada gráfico, em vez de um único ficheiro com a informação toda e um índice… Deve ser para desencorajar a leitura 😦
É um problema quando quem vive em mundos imaginários não consegue diferenciar entre a realidade e a ficção. Em Portugal a grande maioria das classes mais altas não são nenhuns empreendedores que são Self-made e sustentam um estado e uma sociadade com o seu trabalho de suor próprio. Não somos um pais de produção industrial. Já vai muito tempo que quem ca esta vive a custa do estado de cima a baixo. Os nossos ricos são os donos e altos quadros das empresas em sectores protegidos, apoiados e em falsa concorrência. É a banca, a construção, as telecomunicações, o retalho, a energia, os secotrês mais liberais como os advogados e consultores do estado (até a maioria da nossa industria nos seus “infinitos apoios e linhas de crédito bonificadas”). Esses, os nossos ricos, não vão porque continuam a viver a custa do estado que durante décadas cozinha os negócios para os mesmos ficarem com mais (ou o desquilibrio não tivesse crescido tanto). Se querem mesmo forcar a imagem do galt (o empreendedor e não o rico) neste pais, a maioria dos inovadores e empreendedores ja antes abandonou o pais. Portugal ja ha muito que é o mundo pós-galt.
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