O mundo real

Não deixa de ser sintomático, que os denominados ultra-liberais que trabalham na sua grande maioria por conta própria e nas suas empresas, sejam acusados, pelos que têm vivido encostados ao estado, de não conhecer o mundo real. Mas se calhar é isso: o mundo real não está cá fora, mas aí dentro.

3 pensamentos sobre “O mundo real

  1. Ricciardi

    «…que trabalham na sua grande maioria por conta própria e nas suas empresas…»

    Fiquei a pensar nisso. Que empresários, dignos desse nome, temos nós, em Portugal, que se identificam com o «ultra-liberalismo»?

    Não encontrei nenhum, bolas, esforcei-me, mas não encontrei nenhum. Mas lembrei-me de todos os religiosos liberais que abundam nas academias das universidade e no parlamento.

    Confesso que tentei lembrar-me de mais gente. Puxei até pela imaginação, não querendo excluir ninguem, mas são tão poucos a confessar esse credo que tive que desistir de tão homérica tarefa.

    Que a liberdade de escolha esteja consigo.

    Rb

  2. Carlos Duarte

    Caro AAA,

    Desculpe, mas está enganado. Não conheço nenhum grande empresário que seja “ultra-liberal”… a maior parte deles nem sequer liberais são, a não ser numa tradição “continental” de conservadores. E grande parte dele não o são porque vieram de baixo – e, portanto, lembram-se do que custa subir a pulso.

    Se me disser que a maioria agradecia que o Estado fosse chatear outro, concordo, mas isso porque o nosso Estado é demasiado intrusivo – não são os impostos, mas antes a carga burocrática que o Estado exige.

    A maior parte dos “ultra-liberais” que conheço ou são académicos (e o grosso dos liberais da blogoesfera são-no, aliás no seguimento de Hayek et al que nunca fizeram nada na vida) ou são gestores e portanto desligados das empresas, que apenas vêm como uma máquina de lucro (um “patrão”, na acepção da palavra, tem outras procupações que não só o lucro).

  3. Jose Domingos

    Uma parte dos empresários portugueses, está muito agarrada ao passado, muitos deles passaram a ser negreiros, pagando mal e tarde, e a exigirem tudo.
    Assim, é que se fazem comunistas. Defenitivamente, não aprendemos nada.

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