Manifesto “TODOS PELA LIBERDADE”

TODOS PELA LIBERDADE,
CONCENTRAÇÃO À FRENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 11 DE FEVEREIRO, ÀS 13H30


O primeiro-ministro de Portugal tem sérias dificuldades em lidar com a diferença de opinião.

Esta dificuldade tem sido evidenciada ao longo dos últimos 5 anos, em sucessivos episódios, todos eles documentados. Desde o condicionamento das entrevistas que lhe são feitas, passando pelas interferências nas equipas editoriais de alguns órgãos de comunicação social, é para nós evidente que a actuação do primeiro-ministro tem colocado em causa o livre exercício das várias dimensões do direito fundamental à liberdade de expressão.

A recente publicação de despachos judiciais, proferidos no âmbito do processo Face Oculta, que transcrevem diversas escutas telefónicas implicando directamente o primeiro-ministro numa alegada estratégia de condicionamento da liberdade de imprensa em Portugal, dão uma nova e mais grave dimensão à actuação do primeiro-ministro.

É para nós claro que o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem.

É para nós claro que o Presidente da República, a Assembleia da República e o poder judicial também não podem continuar a fingir que nada se passa.

É para nós claro que um Estado de Direito democrático não pode conviver com um primeiro-ministro que insiste em esconder-se e com órgãos de soberania que não assumem as suas competências.

É para nós claro que este silêncio generalizado constitui um evidente sinal de degradação da vida democrática, colocando em causa o regular funcionamento das instituições.

Assistimos com espanto e perplexidade a esse silêncio mas, respeitando os resultados eleitorais e a vontade expressa pelos portugueses nas últimas eleições legislativas, não nos conformamos. Da esquerda à direita rejeitamos a apatia e a inacção.

É a liberdade de expressão, acima de qualquer conflito partidário, que está em causa.
Apelamos, por tudo isto, aos órgãos de soberania para que cumpram os deveres constitucionais que lhes foram confiados e para que não hesitem, em nome de uma aparente estabilidade, na defesa intransigente da Liberdade.

Podem assinar a petição aqui.

2 pensamentos sobre “Manifesto “TODOS PELA LIBERDADE”

  1. balde-de-cal

    se não chover vou e levo um das caldas para oferecer aos que não respeitam os contribuintes.
    só fui cidadão fora desta republiqueta.

    será que estarão lá os “massagistas” das forças de insegurança?

    onde posso assinar?

  2. JASPC

    SÓ PARA RECORDAR.
    Hoje, no Público, o Rui Tavares, na linha do “humanismo caviar“, vem cantarolar que ele é que se preocupa com “as pessoas”. Por contraposição a uma ”gente capaz de viver na Idade Média” e defender que “a peste negra era uma coisa óptima”.

    Esta vertente “humanista” do Rui Tavares e as suas erradas convicções sobre a natureza de quem defende ideias diferentes das suas não me surpreende. O que espantou foi descobrir que, das duas uma: ou o Rui Tavares investiu em produtos da Lehman, da Merryl Linch ou da Goldman, ou está colectado nos EUA, pois só assim pode afirmar, na primeira pessoa do plural:

    “Enganados de novo. Andámos todos estes anos a aturar os consultores da Merryl Linch, os gestores da Lehman Brothers, os génios financeiros da Goldman Sachs – para vermos, numa só semana, que nem da casa deles sabem cuidar”.

    Rui Tavares veste, também, a fatiota medieval do cavaleiro do Apocalipse, desenhando o seu raciocínio num panorama de despedimentos em massa, perdas de casa, seguros de saúde e pensões de reforma, que não tem aderência em nenhum cenário real. A situação é de crise, mas o catastrofismo em que labora o Rui Tavares é patético.

    Espanta-me, mais uma vez, ler tudo isto num jornal supostamente moderado, no Público. Depois, senhores da SONAE, que deixam que o seu dinheiro dê voz a radicais, não se queixem, nos momentos da verdade, que o país está enviesado, entregue à extrema esquerda, e que encontram resistência na mentalidade dos portugueses para promover a mudança.

    PS: Aos crentes que acham que as recentes dificuldades nos EUA provam que a Segurança Social é melhor gerida no “público” que “pelos privados”, recomendo um exercício: apliquem as (exigentes) regras de supervisão e solvência à Segurança Social, e depois digam-me se ainda são capazes de saltar de alegria. É que a Lehman e a AIG, num contexto normativo e regulatório semelhante ao que se aplica à nossa Segurança Social, no actual momento, estariam a respirar saúde.

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