3 pensamentos sobre “A arte da desorçamentação

  1. A arte de embustear
    é profícua e ardilosa,
    governando a vaguear
    por uma ética nebulosa.

    São formas habilidosas
    para o problema adiar,
    estas políticas lodosas
    fazem o défice radiar.

  2. Pasmado por esta notícia fui verificar o relatório referido do ano de ’07. De facto há esse aumento exponencial no passivo desde esse ano. A melhor peça informativa que encontrei sobre o assunto (no jornal da noite SIC de terça feira ontem 13 de Outubro)fala sobre alterações no “modelo de financiamento” da empresa desde esse ano e o próprio presidente da EP avisou em público que iria ter que recorrer a capitais alheios. Há também referências a um comunicado anterior da EP que diz que a “dívida” corresponde apenas a 10% desse valor do passivo e que o valor total nominal de 15 mil milhões deriva da alteração de “critérios contabilísticos”. A concessionária recusou-se a comentar em data actual. Em suma, parece-me aquilo a que o Miguel se referiu. O Governo transferiu para a EP toda a carga de investimentos e manutenção da infraestrutura rodoviária e forçou a entidade a endividar-se. Não conheço que efeitos é que isto tem na consolidação orçamental mas trata-se sem dúvida de mais uma medida de curto prazo típica deste e outros Governos.
    De notar também a manifesta e pobre (des)informação que circulava em vários artigos online que literalmente tropeçavam nos números. Uns falhavam na análise ao apontar o crescimento de 10% desde Julho do ano passado (verdade visto que o grosso do endividamento parece ter ocorrido no primeiro semestre de ’08) e outros referiam esses 10% como sendo de um milhão… Enfim.

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