Palestina, grãos de dúvidas

O inimigo, não é a pobreza, nem a derrota politica (dos inimigos) do Hamas. Não, para a Fatah, o alvo está definido, é Israel. Há quem defenda a hipótese de que só haverá paz, quando a Autoridade Palestiniana destruir o Hamas. E haverá querer para isso?
O modo de penalizar Israel é moldável, ao sabor do apetite. Se o discurso da Fatah em inglês e para o mundo ocidental sempre foi um – mais politico, quase apaziguador-, para os palestinianos e a rua árabe a mensagem é aquela que sempre foi: o que interessa é alimentar a causa, através das armas e do terrorismo suicida, que não conhece limites que não seja o alcance do paraíso. E este é alcançado por duas formas complementares: pela recompensa divina e, em termos terrenos, pela destruição de Israel.

Como pode o Estado de Israel encarar o dilema e resolver as várias ameaças eminentes de agressões por parte de organizações terroristas e estados como o Hezbollah, Hamas, Fatah, Síria e Irão, tão diferentes mas unidas num único propósito comum? Através do recurso à guerra preventiva e à subordinação do principio da soberania dos Estados aos imperativos de segurança? Pela opção por um modelo de entendimento entre as grandes potências e Israel? Não prevejo o futuro mas entretanto, o terrorismo continua a sua marcha.

Se o combate ao terrorismo (que opera pela carnificina e pelo medo, cujo objectivo é minar as sociedades democráticas e aquelas que procuram transitar para a democracia) me parece de solução/resposta difícil, o que dizer de alguém que às 2ª, 4ª e 5ª feiras apela ao levantamento armado, para ás 3ª e Domingos apelar ao diálogo politico? 6ª será dia santo. É nesta encruzilhada de vontades que se encontram Israel e a Palestina da Fatah. Para além dos desejos, a construção dos estados, resulta (normalmente) da guerra e a Palestina não fugirá a esta regra por mais duro que seja – e é – convém (sobre)viver ao que a História e a realidade determinam. Da melhor forma.

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