Em liberdade!

Cheguei agora a casa e não vi a entrevista de Sócrates.

Mas a melhor notícia do dia será certamente a libertação de Ingrid Betancourt, ao fim de anos de cativeiro às mãos dos carniceiros das FARC. Claro que ainda faltam muitos reféns, mas é um começo.

Pode ser que Betancourt se torne num símbolo na luta contra estas e outras guerrilhas que não merecem outro nome senão animais – e coitados dos animais…

Liberdade ou morte? Betancourt sobreviveu.

12 pensamentos sobre “Em liberdade!

  1. A libertação de Ingrid Betancourt e de outros reféns das FARC numa operação das forças armadas colombianas foi uma boa e inesperada notícia. Agradou-me especialmente que não tenha sido necessário negociar com os sequestradores, os terroristas das FARC. Cedências a raptores, sejam políticos ou não, só podem incentivar mais raptos.

    É lamentável que a SIC-Notícias tenha posto em legenda sob o directo das primeiras palavras de Ingrid Betancourt recém libertada que ela tinha sido libertada “pelas FARC”. Apenas uma palavra trocada (“pelas” em vez de “das”) faz toda a diferença e a maneira errada como foi dada a boa notícia, voluntária ou por descuido, só pode ser classificada como mau jornalismo.

  2. vaz

    As FARC não vêm ao Avante. Assim como não vieram o ano passado nem no anterior. Foi convidado sim o PC da Colômbia.

  3. “As FARC não vêm ao Avante. Assim como não vieram o ano passado nem no anterior. Foi convidado sim o PC da Colômbia.”

    Agora há eufemismos para terroristas. Riqueza semântica de literatura de cassete?

  4. Luís Lavoura

    Ingrid “sobreviveu”?

    Eu diria que ela está com excelente aspeto. Não deverá ter vivido tão mal assim. Está magrinha e elegante, pronta a ir bronzear-se na praia, mais do que muitas que permaneceram em liberdade!

    E a sua secretária Clara Rojas também não deverá ter vivido tão mal assim. Engravidou por lá e tudo, o que quer dizer que aproveitou bem as sestas.

  5. LL, esse será dos comentários mais abjectos que alguma vez li. Consegue a difícl tarefa de disputar a liderança com o do resistir.info

  6. Bargeld

    “Ingrid “sobreviveu”?”

    A Ingrid Betancourt precisamente por não ter engravidado como a candidata a vice-presidente Clara Rojas é que conseguiu manter a sua figura magra e elegante, pronta agora para o Verão. Bravo.
    A Clara Rojas em cativeiro, de acampamento em acampamento na selva, continuamente guardada por homens armados com ak-47s, a fazer olhinhos aos heróicos guerrilheiros revolucionários, taradona, até engravidou sim, ao contrário da Ingrid Betancourt, que não engravidou nada e até estava magra e com mau aspecto, que horror.
    A Ingrid se fosse porreira pá devia ter aproveitado o tempo das sestas como a Clara Rojas fez, a fazer se não ganhava um bocadinho de peso e deixava de ter aquele aspecto deprimente com que aparecia em fotografias do tempo em que esteve “retida”.

  7. vaz

    “Agora há eufemismos para terroristas. Riqueza semântica de literatura de cassete?”

    Não, caro PF. O PCC e as FARC são organizações distintas. O PCC deixou de estar ligado às FARC nos anos 80.

    Mas gostei da riqueza semântica da expressão “literatura de cassete”. Parabéns.

  8. Fernando S

    “Ingrid “sobreviveu”?”

    O que parece ter começado já a incomodar muitos dos “politicamente correctos”, mesmo dos mais “moderados” e menos enfeudados aos PCs e às extrema-esquerdas, é :

    1. Ingrid Bettencourt e os outros reféns foram liberados través de uma operação militar por ordem do “reaccionario” e “bushista” presidente colombiano. Não foram as FARC.
    Não foi uma resposta “humanista” das FARC ao movimento internacional de apoio a que excepcionalmente (no caso de reféns detidos por organizações com uma aurea de esquerda e uma ideologia marxista) aderiram grande parte das esquerdas francesa e europeias. De resto, este apoio invulgar tem muito mais a ver com o facto de Ingrid Bettencourt ser conhecida como uma militante ecologista e critica dos governos “direitistas” da Colombia do que com a circonstancia de ela também ter a nacionalidade francesa.
    Não foi o resultado de um processo negocial em que governo colombiano, pressionado pela “comunidade internacional”, teria sido obrigar a aceitar as principais exigencias das FARC, permitindo salvar a face desta organização e dar-lhe um novo folego politico (como aconteceu varias vezes no passado de cada vez que o governo colombiano aceitou levantar a pressão militar e negociar sem condições).

    2. Á descida do avião que a trouxe de 6 anos de cativeiro, a “sobrevivente” Ingrid Bettencourt não deu sinais de sofrer do sindroma de Estocolmo, não disse bem dos seus raptores, não se mostrou decidida a retomar a bandeira de luta contra o “sistema”. Fez um discurso surpreendente para uma militante de esquerda. Agradeceu a Deus e fez uma série de reflexões politicamente incorrectas. Elogiou o exército colombiano, congratulou-se com a reeleição do Presidente Uribe e disse que o apoia, avisou os esquerdistas Hugo Chavez e Rafael Correa para não interferirem na democracia colombiana, etc, etc.

    Por enquanto ainda estão todos meio atordoados com a rapidez e o cariz dos acontecimentos e das declarações de Ingrid Bettencourt. Mas já se nota alguma perplexidade e algum embraraço. Não deve faltar muito para começar uma campanha sistemática e bem oleada de destruição da imagem da “sobrevivente” !!

  9. Pingback: Em liberdade! (4) « O Insurgente

  10. O comentário do Sr. Lavoura conseguiu chegar a um ponto que o adjectivo “abjecto”, empregue pelo Miguel, faz pouco por descrever.

    Ainda bem que ele vive na Liberdade de poder dizer tais inanidades.

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