Tempos modernos (III)

An eight-year-old boy has sparked an unlikely outcry in Sweden after failing to invite two of his classmates to his birthday party.

The boy’s school says he has violated the children’s rights and has complained to the Swedish Parliament.

The school, in Lund, southern Sweden, argues that if invitations are handed out on school premises then it must ensure there is no discrimination.

BBC News.

15 pensamentos sobre “Tempos modernos (III)

  1. “The boy handed out his birthday invitations during class-time and when the teacher spotted that two children had not received one the invitations were confiscated. ”

    “Class-time” refere-se ao quê, exactamente (abrange o recreio ou é apenas as aulas)? é que, se foi durante as aulas que os convites foram distribuidos, também não se percebe porque é que o tempo de aulas há de ser usado para organziar/divulgar festas privadas.

    “The boy’s school says he has violated the children’s rights and has complained to the Swedish Parliament.”

    A noticia é um bocado confusa, já que mais adiante escrevem:

    “The boy’s father has lodged a complaint with the parliamentary ombudsman”

    Afinal, foi a escola que se queixou ao parlamento do aluno não ter convidado 2 colegas (como se diz na introdução) ou foram os pais do aluno que se quixaram ao parlamento do professor ter confiscado os convites (como se diz no corpo na noticia)?

  2. Michael Seufert

    “The school, in Lund, southern Sweden, argues that if invitations are handed out on school premises then it must ensure there is no discrimination.”
    WTF?

  3. “invitations are handed out on school premises then it must ensure there is no discrimination”

    Assumindo que “premises” significa instalações, é verdade que isso não tem lógica (já agora, como seria se ele tivesse feito convites verbais?).

    Mas parece-me que tam´bém não tem lógica ele andar a distribuir convites para festas privadas durante as aulas (se estou a intrepertar bem “class-time”, parece-me que foi isso que se passou).

  4. “Afinal, foi a escola que se queixou ao parlamento do aluno não ter convidado 2 colegas (como se diz na introdução) ou foram os pais do aluno que se quixaram ao parlamento do professor ter confiscado os convites (como se diz no corpo na noticia)?”

    Podem ter sido os dois…

    “Mas parece-me que tam´bém não tem lógica ele andar a distribuir convites para festas privadas durante as aulas (se estou a intrepertar bem “class-time”, parece-me que foi isso que se passou).”

    Vai muito de qual seja a interpretação de “class-time”. Mas, mesmo durante uma aula, se o aluno foi autorizado, por exemplo, pelo professor a distribuir os convites, não continuo a ver que argumentação pode suavizar o absurdo da situação.

  5. lucklucky

    Se foi durante a classe pune-se o aluno por indisciplina se for caso disso, não se entra na vida das pessoas.

  6. ea

    Isto é a interpretação da DREN.

    Os alunos tem o direito de serem convidados para as festas. Ponto final.

  7. “Mas, mesmo durante uma aula, se o aluno foi autorizado, por exemplo, pelo professor a distribuir os convites, não continuo a ver que argumentação pode suavizar o absurdo da situação.”

    A distribuição de convites durante a aula faz mais sentido se for um convite para a turma toda do que se for convites só para alguns

    [por outro lado, as minhas recordações de infancia e pré-adolescência dizem-me que as festas de aniversário com convites impressos costumavam ser uma seca, embora talvez fosse uma questão de correlação e não de causa]

  8. lucklucky

    “A distribuição de convites durante a aula faz mais sentido se for um convite para a turma toda do que se for convites só para alguns”

    Primeiro: o que é que isso interessa para o caso em questão?

    Segundo: ainda é capaz de ser o sítio onde todos estão mais facilemnete reunidos. Suponhamos que são 20 alunos e se quer convidar 18…

    Mas repito que raio isso interessa?

  9. “Mas repito que raio isso interessa?”

    É apenas o centro da questão – tirando isso, claro, não interessa nada.

    É verdade que, se ele tivesse distribuido os convites à entrada da sala de aula, aparentemente teria também violado as regras da escola (só os poderia distribuir fora da escola), mas quase de certeza que os convites não teriam sido confiscados pelo professor.

  10. A.R

    Então se uma garina qualquer convida um puto para ir lá a casa, quando a mãezinha for às compras, vão ter todos que ir? Isso não é violação de um direito qualquer?

  11. Realmente isto é profundamente absurdo. É que é daquelas coisas que se julgava não caber na cabeça de ninguém.

    Mais grave. É uma intromissão dos responsáveis escolares na vida privada das pessoas. Esses devem ser daqueles professores que acham que dentro do espaço escolar os estudantes não têm direito à privacidade.

  12. Mas parece que, afinal, os cartões não foram distribuidos durantwe a aula:

    http://www.thelocal.se/12682/20080627/

    When the teacher arrived, the whole class was upset,” said the school’s principal.

    “Those who hadn’t been invited felt sad and left out. The teacher decided to collect all the invitations again, and the student then went and gathered up the cards himself.”

    The father claims he was unaware of the school’s detailed birthday card distribution policy.

    Se o professor chegou, quer dizer que não estava lá…

  13. Por outro lado, penso que neste blog defende-se a autonomia escolar (ainda para mais num pais que tem um sistema de vouchers), logo imagino que o objectivo deste post seja criticar a decisão dos pais irem pedir a intervenção do Provedor de Justiça contra uma decisão do professor (tive a fazer umas pesquisas e parece que se confirma que foram os pais que se queixaram da escola, não a escola que se queixou dos pais)

  14. Fernando S

    Não sei se percebi bem a noticia …

    Pelo que percebi, o aluno distribuiu convites a todos os colegas menos a dois. Na sala de aulas, mas antes de o professor chegar. O professor encontrou a turma agitada pelo acontecimento. E decidiu recolher todos os convites. Aparentemente, a escola teria posteriormente procurado justificar a intervenção do professor por considerar descriminatoria a não distribuição de convites a todas as crianças da turma.

    Em primeiro lugar, o mais importante, parece-me desproporcionado que os pais da criança aniversariante tenham intervido num assunto desta natureza e dimensão. E, ainda mais, que tenham apresentado queixa. Mesmo independentemente da opinião que se possa ter sobre a atitude do professor e da escola. O professor é a autoridade na turma e é bom que, salvo em circunstancias verdadeiramente excepcionais e graves, esta não seja contestada e posta em causa. Desde logo, e sempre, pelos alunos. De seguida pelos proprios pais. A meu ver, trata-se de um erro grave na educação parental das crianças. Que acontece infelizmente com excessiva frequencia nos tempos de hoje. Não apenas na Suécia …

    Em segundo lugar, não me escandaliza o facto de o professor querer impor alguma ordem e calma recolhendo todos os convites e proibindo a sua distribuição durante as aulas. Não digo que seja absolutamente necessario e o mais recomendavel em termos educativos e disciplinares. Não sei. Mas não me parece ser um acto inaceitavel e que viola os direitos dos alunos e das familias. Muito depende do contexto e das circunstâncias pelo que o professor e a escola estão mais bem posicionados para avaliarem a situação e decidir da melhor atitute a tomar.

    Em terceiro lugar, e dando como adquirido o que disse acima, o que me parece menos correcto na posição da escola é a aparente tentativa em justificar a intervenção do professor com base num critério moral dito “anti-discriminatorio”. Mas por que razão deveria uma escola condicionar escolhas e decisões que competem às familias ? Como os convites para aniversarios. Quanto mais não seja porque dizem respeito a algo (a festa de aniversario) que se passa fora da escola. São assuntos de natureza privada e as escolas não devem ter nada com isso. Quando muito, como disse acima, podem pretender limitar, dentro da escola e em periodo de aulas, comportamentos e actos de natureza extra-escolar, como pode ser a distribuição de convites de aniversario. Mas, de qualquer modo, e pelo que percebi, este aspecto da suposta discriminação foi um argumento de defesa, infeliz a meu ver, por parte da escola e não constituiu o cerne da queixa dos pais, que teve mais a ver com a proibição da distribuição dos convites na turma e durante as aulas.

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