Retirado do programa de ontem Sexta às 9:
Com mais alguns arguidos; com mais familiares no governo; com uma carga fiscal ainda maior; com uma degradação ainda maior dos serviços públicos; com um crescimento económico menor; com cativações orçamentais maiores; com um investimento público ainda menor; e se António Costa lá conseguisse agredir o idoso que o confrontou; talvez o PS conseguisse a maioria absoluta. Fica aqui a dica.
Isto só agora é que começou verdadeiramente . Para 2023 há mais …
A suspensão deste programa televisivo é porventura ela própria um caso de polícia ainda mais grave, ainda por cima com o relacionamento familiar que é público. A confiança dos portugueses na justiça que tinha dado uma volta não tarda e desaparece completamente.
Em Fevereiro de 2011, Henrique Neto foi o convidado do programa da Sic-Notícias “Plano Inclinado” e falou da influência da maçonaria nos partidos políticos em geral e no PS em particular. Na semana seguinte já não houve “Plano Inclinado”: António José Teixeira, o director do canal, decidira suspendê-lo para “repensar o formato”. Até hoje.
Sabe-se, por factos, que a directora de informação da RTP (e prima de António Costa) decidiu adiar o regresso deste Sexta Às 9 para depois das eleições. Suspeita-se, por rumores que vão circulando, da fricção crescente entre Sandra Felgueiras e a directora de informação da RTP (e prima de António Costa, nunca é demais recordá-lo) por esta decidir uma forte redução dos recursos ao dispor da jornalista.
Que isto só pareça incomodar meia-dúzia de pessoas que comentam em alguns blogues, da mesma forma que o “eterno repensar” do Plano Inclinado passou quase despercebido, é um atestado à domesticação a que este país foi submetido.
Mas para pagar o salário milionário da insuportável Catarina Furtado, ai para isso arranja-se sempre dinheiro…
Não faltam exemplos como o do “Plano Inclinado” ou a suspensão cirúrgica do “Sexta às 9”. O jornalismo e os media têm hoje uma reputação, totalmente merecida, de subserviência ao poder. Não só ao poder político; mais ainda ao económico.
Os governos vêm e vão, hoje PS, amanhã PSD, mas as grandes empresas que mandam nos governos, que anunciam nos media, que até compram jornais e televisões, permanecem. As máfias de batina e de avental também.
A maior parte dos jornalistas são suaves para este governo sucateiro, e para mamões como a Banca, a EDP, a PT, a Mota-Engil, a Golpe, os Amorins e Mellos da vida. Suaves na melhor das hipóteses; na pior são umas putas. E os bons jornalistas, que os há, tendem a desaparecer. Não são mortos como noutros regimes, mas são afastados, suspensos ou ‘repensados’.
Por outro lado, assim sabemos o que pensar dos outros: os dos grandes cargos e dos salários chorudos. São os jornalistas, directores como a prima do Costa, ou ‘entertainers’ como a Furtado, que não fazem ondas. São suaves. E pior.
Dou uma resposta aos jornalistas que questionam o que justifica a diferente solução governativa que agora se perfila se comparada com 2015.
Se não sabiam ficam a saber que ao contrário de antes em que perdeu ganhou agora as eleições.
Na circunstância anterior para não sair de rastos da vida política inventou a geringonça em puro beneficio pessoal escolhendo muletas inimigas da véspera e de sempre que lhe fizeram o inqualificável frete.
A inchar de folego, porque entende que já não precisa deles para lhe arrastarem o cadáver politico na tona da chafurdice teve a distinta lata de os mandar dar banho ao cão.
Sair mordido é o que ele merece.
Tudo isso é preocupante.
… e que dizer dos resultados eleitorais nas terras dos incêndios?
Figueiró dos Vinhos os xuxas ganharam
Castanheira de Pêra e Pedrogão Grande perderam mas tiveram mais votos que em 2015.
Será difícil concluir que por ali há tantos oportunistas do lado dos eleitos como jumentos do lado dos eleitores xuxas?
O dito programa foi, é claro, emitido depois das eleições. Isto é, depois do mal feito.
A boa votação nos concelhos de Pedrogão e arredores terá sido resultado do recente aumento de população (primeiras residências).
Ainda hoje aguardo o regresso da Manuela Moura Guedes à segundas na SIC. O Ricardo Costa até foi lá assegurar o seu regresso…
Num país normal se um programa destes fosse emitido logo após as eleições o governo nem tomaria posse.
Mas como somos um país de amebas, não se passa nada…
O tuga gosta é disso. E por isso este país não passa da cêpa torta.
Só temos o que pedimos, o que queremos, o que merecemos.
André Silva,
«Só temos o que pedimos, o que queremos, o que merecemos.»
Temos o que merecemos, mas não porque o pedimos ou queremos. Temos o que merecemos porque o permitimos ou toleramos.
O que é bem pior.
Enquanto o povoléu ficar muito satisfeito com os 10 euritos de aumento nas pensões nada vai mudar…
Francisco, tens a certeza disso?! O tuga ainda elogia isto! A frase mais comum nas tabernas e que suicida este país é: esperto é ele, se fosse eu faria o mesmo!
Ainda não temos o que merecemos, devíamos estar bem pior…
André Miguel,
Não tenho ouvido concordância com a corrupção e o nepotismo. Tenho ouvido todos fazem o mesmo e não voto por isso mesmo.
Isso é desistência, não concordância. Faz parte do carácter nacional não fazer ondas e aceitar a autoridade, mesmo quando nos parece aberrante.
Talvez por não frequentar tabernas e não andar frequentemente de táxi eu não tenha ouvido os comentários de mesa de café ou de taxistas. 😉
Francisco Colaço, eu sempre ouvi ambas:
1) todos fazem o mesmo e não voto por isso mesmo.
2) esperto é ele, se fosse eu faria o mesmo!
É este o país esquizofrénico que temos; ou talvez o mundo que temos. Metade anda a enganar a outra metade, como se costuma dizer, ou gostaria de fazê-lo.
Eu pertenço ao grupo 1, aos que votam nulo por asco e porque querem uma mudança real, não apenas uma dança de cadeiras. Mas que hipóteses temos com metade do povo, ou mais, no grupo 2?
O asco a este regime e à canalha que nos chula, rouba e goza há 40 anos, dos Chulares aos Varas, dos Pintos de Sousa aos Relvas, dos Loureiros aos Almeidas e Costas e Ferros e Farfalhas, é ainda assim inferior ao asco que sinto pelo cidadão que está no café, olha para a TV, entre vinte programas da bola e trezentos comentários ao Benfica, vê uma notícia qualquer sobre um pulhítico qualquer, e pensa alto, para ele e para os demais: “olha-me este… esperto é ele, se fosse eu faria o mesmo!”
E acredite, Francisco, nesse momento – não sei se por um segundo, se por toda a vida – olho à volta e pressinto que a maioria dos demais concorda com ele. E que temos mesmo o que merecemos.
Francisco, não perdes nada, mas é aí que conhecemos o país real, aquele que o tuga constrói no seu dia a dia… a culpa não é só das “elites”.
Ladrão que elege ladrão paga até à exaustão.
Ser Arguido não é ser criminoso.
Luís Lavoura,
Espero que a sua presunção de inocência se estenda também aos arguidos, quando estes não são do parretido xupialista ou dos seus satélites.
Uma dúzia de governantes actualmente arguidos ´2 dúzias de arguidos do anterior governo do 44 + umas boas centenas de autarcas e mais uns milhares de sócios nem seria muito preocupante…
… preocupante é o milhão de eleitores que fingem depositar confiança nesta trupe.
Aldrabões, corruptos, mentirosos… espalham-se e sempre se espalharam por todos os quadrantes…
…. mas nunca se tinha visto uma concentração tão grande como a de agora