Bardam€rda para o Fascismo!

Estou farto, mas mesmo fartinho de palhaços que deviam saber melhor chamarem defensores de estado mínimo de fascistas. É burrice, ignorância, ou má-fé: escolham.

Para esclarecer, vou usar o diagrama mais simples, o Diagrama de Nolan (teste minúsculo) para explicar as diferenças entre Passos Coelho e a Alt-Right/Trump. Melhor, vou fazer uns desenhos. (por favor abram o mais)

  1. Gráfico base, com os nomes mais comuns

Nolan1

2. Gráfico 2, onde já apareço eu no quadrante liberal (duh), os alt-right e “neo-liberais” no quadrante de direita estatista, e os Legacy Media e a Esquerda Caviar próximos dos comunas. Inseri também o “centrão de eleitores”, que é o maior tesouro em termos de votos em Portugal, entre a esquerda e a direita, mas do lado de estado social, que infelizmente é onde se ganham eleições em Portugal e muitos outros países Europeus.
O que, como diriam Charles Rist e Robert A. Mundell, matou o Padrão-Ouro.

Nolan3

3. Gráfico com personalidades políticas. No quadrante liberal ficam Ron Paul, o líder que levou Hong Kong à prosperidade, o Presidente Suíço em 2016 e o liberal-mas-pouco Passos Coelho (nem a RTP privatizou…). No quadrante de direita estatal ficam Hitler, Pinochet, e a alguma distância Trump e Ivanka Trump – todos eles políticos que eu e qualquer liberal despreza (uma coisa é preferir Trump a Hillary, outra coisa é admirar o trabalho dele). No quadrante da esquerda estatista ficam Estaline, Trotsky, Maduro e Hillary Clinton. Muito mal vão os EUA com 2 candidatos tão estatista, mas podemos agradecer isso ao triunfo da Escola de Frankfurt *suspiro*.
Incrível como Trump é colado a Passos Coelho: JPP fica mais próximo de Trump do que aquele de Passos e a mim parece-me um daqueles cornos que acusa antes de ser acusado como método de defesa – lamentável.

Nolan2

4. Aqui fica um gráfico final com o posicionamento partidário nacional e não só. Incluí aqui um partido brasileiro muito interessante, o Partido Novo, que seria o partido em que eu votaria se pudesse. Incluí também o IngSoc do livro 1984, como partido estatista extremo, que nunca se sabe se é de direita ou de esquerda. No posicionamento do PSD coloquei duas posições: a actual, com Passos e a futura, com a Insider Information que tenho, e que representa um regresso ao posicionamento de Cavaco Silva na década de 90, regressando assim ao centrão onde pode regressar às maiorias absolutas, se tiver um líder forte como as bases e os eleitores gostam.
No fundo, representa uma aproximação a Trump e a Pacheco Pereira.

Nolan4

Com tudo isto, espero que fique claro: Fascista é o PNR, Social-Fascista é o PCP, o Bloco e o próprio Pacheco Pereira. Assuma-se de vez como se assumiu na juventude e deixe de atirar areia para os olhos. Farto destes intectualoides que fazem de tudo para garantir um salário que não conseguiriam de outra forma no mercado. Farto!

PS: Se não fizeram, aconselho-vos a fazer este teste de 10 pequenas questões.
Pesquisando por “Nolan Diagram” encontram testes mais complexos se preferirem.

45 pensamentos sobre “Bardam€rda para o Fascismo!

  1. Mario Figueiredo

    Ora não fosse o Pacheco Pereira um dos líderes inquestionáveis dos idiotas úteis deste governo.

    Ainda assim fiquei surpreendido pelo estabelecimento de um novo limite mínimo para o discurso político. É que isto de fascismo e alt-right era até então propriedade intelectual de esganiçados da esquerda, como forma de silenciar pela falsa acusação os seus combatentes políticos à direita. Ver no entanto a mesma estratégia a ser usada pelas elites históricas do PSD é sem dúvida um novo recorde. Marxistas e Trotskistas não poderiam estar mais orgulhosos do artigo de Pacheco Pereira, como o verdadeiro socialista que é.

  2. jcardososite

    o que está o pinochet a fazer tão em baixo, também não era preciso exagerar :^)
    trotsky deu cabo e ajudou a dar cabo de bem mais gente e está mais acima (abaixo) na escala bad boy? uma picareta foi pouco.

  3. jcardososite

    ah sim e toda a gente sabe que Pedro Passos Coelho é pior que o HITLER, Pedro Passos Coelho é um ultra-neoliberal-conservador-de-extrema-direita-alt-right-radical-nazi :^)

  4. lucklucky

    Lá está o JPP a fingir que é um Socialista muito diferente de Passos Coelho…

    O Fascismo é por natureza Socialista como JPP – colheita da 2ª década do Séc XXI.

    https://it.wikipedia.org/wiki/Carta_del_Carnaro

    https://it.wikipedia.org/wiki/Carta_del_Lavoro

    https://it.wikipedia.org/wiki/Socializzazione_dell'economia

    A seguir à União Soviética a Itália Fascista-Monarquista era o país com mais empresas nas mãos do Estado. E se não fosse o Monarquismo mais estariam.

  5. lucklucky

    Claro que os quadros apresentados pelo autor são uma vergonha de falsidade.

    Desde que o PSD esteve no Governo se excluirmos apenas combate contra o MFA e alguma liberalização dos anos 80(TV privada) o PSD esteve sempre a favor do Autoritarismo/Socialismo.

    Aumentou sempre os impostos – inclusive nos anos 80 – aumentou sempre o poder do Estado.

  6. Holonist

    Pera, acabamos de dizer que o Hitler esta na direita? Um gajo que deu rendas a todos os subgrupos e nacionalizou meios de producao?! Ahahahaha, epa curem-se, a pala destas e que a direita em portugal nao passa de uma anedota, sao todos socialistas de armario, pqp!

  7. Holonist

    Porra, agora e que reparei, ai nunca se sabe se o ingsoc esta na direita ou na esquerda?! Aqui temos o exemplo de um analfabeto funcional, pqp..

  8. João Manuel

    Explicação verdadeiramente patética, uma perda de tempo. O autor será certamente um betinho dos aparelhos J.

  9. Holonist

    Bola ao lado, nao leva A, se nao percebeste que o 1984 e uma critica implicita ao socialismo entaou ou nao leste o livro ou basta dropar o funcional da ultima frase. Ja agora, apos a bela colagem deste post eu teria cuidado a quem chamava analfabeto, realmente e preciso muita coragem apos o lixo acima.

  10. Holonista, tenho 0 respeito por quem apenas cola rótulos sem mais nada. Demonstra falta de empatia e só merece uma coisa: a devolução do rótulo e uma resposta igualmente curta.
    Fico à espera de uma resposta mais bem argumentada, se é que é capaz.

  11. Holonist

    Para que? Mais do que obvio, alguem que se diz conhecedor fazer afirmacoes como a de que o nacional socialismo esta no quadrante da direita so pode ser por um de dois motivos, analfabetismo ou pura tentativa de ludibriar incautos. Portanto, ou sai dai um “engano meu”, ou somos obrigados a concluir que afinal aplica-se a porta numero 2. Quanto aos rotulos, porque ir mais longe, ja vimos qual cola.

  12. Holonist

    Qual argumentacao, o facto do nacional socialismo ser de esquerda? Tem paciencia, isto ja passa de confrangedor…

  13. Se isto fosse a versão mais habitual do gráfico Nolan, eu diria que Pinochet (sobretudo pós-1982) ficaria mais ou menos no sítio onde, no primeiro gráfico, está a palavra “direita” (relativamente liberal na economia, autoritário no resto)

    A respeito do Ingsoc, e atendendo a que estamos a falar de uma obra de ficção (em que faz sentido alguma “intrepretação autêntica”, em que o que conta é a intenção do autor do livro), e atendendo às ideias que o autor expôs em muitos outros sítios, antes e depois de publicar o livro (resumo simplificado – “o capitalismo liberal está condenado, a batalha é entre o socialismo democrático e coletivismo oligárquico; o fascismo pela «direita» e o estalinismo pela «esquerda» apresentam-se como inimigos mas conduzem ambos ao coletivismo oligárquico – veja-se como em Espanha ambos massacraram os anarco-sindicalistas, os trotskistas e a revolução dos trabalhadores”), penso que ele concordaria mais facilmente com a visão do RCM do que o que me parece a visão do Holonista.

  14. Holonist

    Miguel Madeira, de certo que nao leste o 1984 nem o que dele escreveu apos, o ingsoc era uma critica directa ao socialismo militante, ate posso aceitar que na epoca, principio de 50, podesse existir duvidas na populacao ocidental em geral. Hojem em dia? Inaceitavel.

  15. Holonist

    O Ricardo aprendeu o que era a Nolan chart ontem, agora nao para de usar a expressao. Ricardo, esta errada, ja em 70 era desacreditada, alguem que se diz liberal usar uma porcaria que defende posicoes que a maioria dos liberais nao se enquadram remete-me de novo ao rotulo de socialismo de armario. Ja agora, chama-se Nolan chart, parem de usar o raio do brasileiro para traduzirem algo.

  16. Eu conheci esse gráfico em 2007. Nem sei em que é que isso é relevante, mas foi apenas mais um erro seu.
    E conhecê-lo evitava alguns disparates que já escreveu acima, pois pode conhecer o IngSoc, mas se conhecesse o diagrama não teria dúvida nenhuma da sua posição no canto inferior.

  17. Eu li o 1984, e mais muita coisa escrita pelo autor. Temos, p.ex., este texto que ele escreveu a explicar o livro:

    —————————–
    It has been suggested by some of the reviewers of Nineteen Eighty-Four that it is the author’s view that this, or something like this, is what will happen inside the next forty years in the Western world. This is not correct. I think that, allowing for the book being after all a parody, something like Nineteen Eighty-Four could happen. This is the direction in which the world is going at the present time, and the trend lies deep in the political, social and economic foundations of the contemporary world situation.

    Specifically the danger lies in the structure imposed on Socialist and on Liberal capitalist communities by the necessity to prepare for total war with the U.S.S.R. and the new weapons, of which of course the atomic bomb is the most powerful and the most publicized. But danger lies also in the acceptance of a totalitarian outlook by intellectuals of all colours.

    The moral to be drawn from this dangerous nightmare situation is a simple one: Don’t let it happen. It depends on you.

    George Orwell assumes that if such societies as he describes in Nineteen Eighty-Four come into being there will be several super states. This is fully dealt with in the relevant chapters of Nineteen Eighty-Four. It is also discussed from a different angle by James Burnham in The Managerial Revolution. These super states will naturally be in opposition to each other or (a novel point) will pretend to be much more in opposition than in fact they are. Two of the principal super states will obviously be the Anglo-American world and Eurasia. If these two great blocks line up as mortal enemies it is obvious that the Anglo-Americans will not take the name of their opponents and will not dramatize themselves on the scene of history as Communists. Thus they will have to find a new name for themselves. The name suggested in Nineteen Eighty-Four is of course Ingsoc, but in practice a wide range of choices is open. In the U.S.A. the phrase “Americanism” or “hundred per cent Americanism” is suitable and the qualifying adjective is as totalitarian as anyone could wish.

    If there is a failure of nerve and the Labour party breaks down in its attempt to deal with the hard problems with which it will be faced, tougher types than the present Labour leaders will inevitably take over, drawn probably from the ranks of the Left, but not sharing the Liberal aspirations of those now in power. Members of the present British government, from Mr. Attlee and Sir Stafford Cripps down to Aneurin Bevan will never willingly sell the pass to the enemy, and in general the older men, nurtured in a Liberal tradition, are safe, but the younger generation is suspect and the seeds of totalitarian thought are probably widespread among them. It is invidious to mention names, but everyone could without difficulty think for himself of prominent English and American personalities whom the cap would fit.
    ————————————————-

    Ok, ele (que neste texto fala de si próprio na 3ª pessoa) realmente diz que, no Reino Unido da altura, era mais provável que o totalitarismo viesse de setores da esquerda, mas diz que é um fenómeno alimentado por intelectuais de todas as cores, e que possivelmente vai apresentar-se como um movimento em oposição ao bloco soviético.

    Uma nota – às vezes dá-me a ideia que algumas pessoas esquecem que, politicamente, Orwell era uma mistura de Manuel Alegre, Francisco Louçã e Noam Chomsky (isto é, influenciado pela ala esquerda do Labour, pelo trotskismo – veja-se que as referências a “Immanuel Goldstein” e a “Bola de Neve” são ambíguas, mas mais positivas que negativas – e pelo anarco-sindicalismo); escreveu coisas a atacar os Comunistas-com-C-grande? Como se, hoje em dia, bloquistas, “LIVREs” e a ala esquerda do PS também não fizessem o mesmo.

  18. “8 ways to run a country.

    Chap 1, pag 7 e 8.

    Nolan chart e lixo.”

    https://books.google.pt/books?id=Hg0epWuFdRcC&lpg=PP1&hl=pt-PT&pg=PA7

    Não vejo que a crítica ao Diagrama de Nolan (português brasileiro) / Nolan chart (português de Portugal) seja assim tão definitiva – basicamente o que o autor diz é que não se pode separar facilmente o económico do pessoal, e que há questões como as armas ou a ação afirmativa em que a esquerda é contra a liberdade pessoal (embora a mim a ação afirmativa pareça mais economia; o “discurso de ódio” seria um melhor exemplo), mas também diz que é um avanço relativamente a outros modelos

  19. Já agora, será que o esquema que ele propõe na páginas 15 e 16 será tão diferente, na prática (e nomeadamente em termos de quem fica em cada quadrante), da nolan chart, mesmo que o raciocinio para lá chegar seja diferente?

    https://books.google.pt/books?id=Hg0epWuFdRcC&lpg=PP1&hl=pt-PT&pg=PA15

    Já agora, será uma grande imdéstia da minha parte dizer que parece muito o esquema que eu também propus há uns tempos?

    http://ventosueste.blogspot.pt/2007/07/re-pequeno-esclarescimento.html

  20. Já agora, pegando no esquema desse livro, não haveria duvidas que o nacional-socialismo ficaria na direita; basta ler o Mein Kampf que aquilo está cheio de elogios à “archê” (à hierarquia) – aos grandes homens, ao “principio da personalidade”, às elites, às raças superiores (em contraste com a retórica igualitária dos comunistas); ou seja, o nacional-socialismo será uma versão extrema do quadrante “nacionalista plutocrático” – alta “archê” (hierarquia) e alta “kratos” (coação).

  21. Holonist

    Miguel, comparativamente com a chart de Nolan sem duvida que e diferente alem de melhor qualidade descritiva. A chart de Nolan sofre de um bias incorrigivel, dai que volta e meia acaba por ser citada por “Libertarios” ( notar as aspas) para justificarem o seu ponto de vista. Quanto ao nao existirem duvidas que seria um regime de direita baseado nesse capitulo …bem… valente salto de fe.
    Qualquer regime tem contaminacao de outros quadrantes , os US na decada de 30 dificilmente podiam ser apelidados de esquerda , mas o New Deal existiu. Dai ate chamar-mos a isso de esquerda seria preciso um milagre. Ja agora , a retorica igualitaria dos partidos comunistas e um mito , vide as obras de Staline, a mesma descricao do apelo a hierarquias e exaltacao do novo homem que se encontram paralelos no Mein Kampf estao la, ambos regimes de esquerda.

  22. Então temos que concluir que não concorda com o modelo proposto no tal livro que citou, em que o autor diz que a diferença fundamental entre esquerda e direita é a questão da “archê” (hierarquia de autoridade) – a esquerda contra, a direita a favor.

  23. lucklucky

    Mas desde quando a Esquerda é contra a “hierarquia da autoridade” quando ama acima de tudo ela própria e o Estado?

  24. Luclucky, é a tese do livro que o Holonist foi aqui buscar; mas atenção para não confundir “archê” (hierarquia, autoridade) com “kratos” (poder, coação) – o autor dá os exemplos de como pode haver “archê” sem “kratos”, quando alguém se submete voluntariamente a um líder (como numa empresa, ou – tirando as crianças pequenas – numa família), ou “kratos” sem “archê” (quando uma multidão obriga alguém a fazer alguma coisa).

    O facto da esquerda (toda?) amar o Estado não terá mais a ver com o “kratos” do que com a “archê”?

  25. lucklucky

    Parece-me que a Esquerda usa as duas vide a quantidade de recursos que dedica à propaganda. Veja-se ainda por ex. como gosta de usar a palavra Líder.

    E Estado.

  26. O LuckLucky tem razao , mas aparentemente o mito continua a ser perpetuado . Basta ler o livro vermelho de Mao , qualquer obra de um “dirigente revolucionario” para se perceber que o apelo da autoridade superior , se acham que nao havia o apelo ao poder de coaçao em qualquer desses regimes , mais , que isso era incentivado , lamento , nao estamos a ser honestos. Pior , o livro que citei para desmontar a Chart de Nolan , evidencia isto , a descriçao que o Miguel esta a fazer e apenas da divisao Direita / Esquerda classica , o mito esta em achar-se que os comunistas , por exemplo , caem dentro dessa ideia romantizada de esquerda.

  27. Lucklucky: “vide a quantidade de recursos que dedica à propaganda”

    Não percebo muito bem o que isso terá a ver com qualquer das questões.

    “Veja-se ainda por ex. como gosta de usar a palavra Líder.”

    Gosta? O único exemplo que me ocorre de popularidade da palavra “líder” à esquerda é na Coreia do Norte (embora outros regimes de esquerda tenham usado palavras muito parecidas, como “Grande Timoneiro” na China maoísta); se alguma coisa, os movimentos de esquerda até me parecem dados a procurar eufemismos para fingir que os seus líderes não são líderes – temos o clássico “secretário-geral” (em vez de “presidente”) dos partidos socialistas e comunistas, e depois a escalada continua com os “coordenadores”, “porta-vozes”, etc. (e – num processo com algumas semelhanças com o Negro→Black→Afro-american… – à medida que cada um dessas palavras, ao fim de algum tempo, se estabelece na cultura popular como sinónimo de “chefe do partido”, os novos partidos que surgem vão inventando outras, sempre com a intenção de dizer “não temos um líder, temos uma direção coletiva; aquela pessoa que até aparece muito na televisão tem apenas um papel operacional, não decide nada”)

    H. “se acham que nao havia o apelo ao poder de coaçao em qualquer desses regimes , mais , que isso era incentivado , lamento , nao estamos a ser honestos”

    Mas alguém está a dizer que não havia “poder de coação” nesses regimes? Recorde-se que eu estou a basear-me no tal livro (ou melhor, nas páginas do livro disponíveis no Google Books), que usa uma esquema bidimensional, com as dimensões “archê” (autoridade hierárquica) e “kratos” (poder de coação), e (pelo que me parece) identificando a esquerda dominante nos países ocidentais (ou pelo menos nos EUA) com o quadrante “autoridade hierárquica baixa, poder de coação alto”, e dando a entender que a oposição à autoridade hierárquica é o critério que define a esquerda (ok, é verdade que, como só li as páginas do Google Books, não sei se lá mais para a frente ele não abre uma exceção para o comunismo).

  28. Não concordo pois o Nacional Socialismo de Hitler e Mussoline não era de Direita mas sim de esquerda! está comprovado , não confundir nacionalismo e propaganda com ideologia! o Estaline também era Nacionalista, bem como o Maduro, Fidel Castro, Hugo Chaves, e os pequenos grandes lideres da “democrática Coreia do Norte”!
    Aconselho a ler: The Big Lie: Exposing the Nazi Roots of the American Left Hardcover – July 31, 2017
    by Dinesh D’Souza (Author);

  29. Acho estranho PSD ser considerado direita em Portugal…Também acho estranho chamarem “extrema-direita” ao PNR, quando é só um “partidozinho” de direita ligeiramente à direita do centro, mas pronto, este é o estado dos media em Portugal.
    Ao autor, pergunto: onde colocaria Hillary Clinton no mapa político? À direita ou à esquerda de Trump? Baseado nos discursos de campanha, eu colocaria Hillary ligeiramente à direita de Trump, mas abaixo de Trump no sentido autoritário.

  30. Holonist

    O livro baseia-se na defenicao Britanica/US de esquerda, com ja uns 20+ anos em cima, o quadro mudou desde ai.

  31. @Luis Bento
    Dinesh d’Souza é um típico baby-boomer. Totalmente falso. Fascismo de Mussolini não era esquerda nem direita, é “terceira-posição”. Dinesh d’Souza devia ter lido a doutrina do Fascismo antes de escrever esse livro. Público-alvo de Dinesh d’Souza é baby-boomers apoiantes do GOP americano e Israel.
    “na concepção Fascista da história, o homem só é homem por virtude da proeza espiritual para a qual ele contribui como um membro da familia, do grupo social, da pátria, e em função da história para a qual todas as nações contribuem. Daqui nasce o grande valor da tradição em registos da história, na linguagem, nos costumes e nas regras da vida social. Fora da História o homem é uma não-entidade.” – Benito Mussolini, Doutrina do Fascismo (1932)
    Isto soa-lhe a política de esquerda? Não. Fascismo e Nacional Socialismo não são esquerda nem nunca vão ser, por mais livros para baby-boomers americanos que o Dinesh escrever. Fascismo e Nacional Socialismo são centro autoritário.

    Se acreditarmos no que o senhor Dinesh escreve, o GOP americano é literalmente Deus Nosso Senhor e Salvador. Democratas são demónio, odeiam Israel, etc.

  32. Pingback: Bloco = PNR – O Insurgente

  33. Acho que parte do problema nas discussões sobre se dado regime é de direita ou esquerda é que muita gente confunde “direita” com liberalismo, o que é um bocado idiota se nos lembrarmos que, historicamentee o liberalismo auto-colocava-se no centro (os liberais franceses usavam muita a expressão “o partido do justo meio”, entre a direita legitimista e a esquerda jacobina) ou por vezes até mesmo na esquerda (veja-se que há países em que o partido liberal local usa, na língua local, o nome de “Esquerda”, como resquício do tempo em que eram considerados a esquerda). Por isso, como confundem direita com liberalismo, e como os nazis (e, moderadamente, os fascistas) eram economicamente intervencionistas, acham que eles eram de esquerda.

    Eu diria que os nazis e fascistas são uma direita atípica, mas direita de qualquer maneira (enquanto a direita típica será Salazar, Franco, D. Miguel, De Maistre, etc.). Joseph de Maistre dizia que não queria “uma revolução ao contrário, mas o contrário de uma revolução” – nessa linha, o fascismo e nacional-socialismo são muito a “revolução ao contrário”: “revolução” porque também se baseavam numa mobilização de massas para derrubar a ordem estabelecida e criar uma “nova ordem”, mas “ao contrário”, porque, ao invés da retórica da Revolução Francesa (retomada, em dose cavalar, no século XX pelas revolução comunistas), de igualitarismo, optimismo antropológico, progresso constante e linear, valorização da Razão (frequentemente com pretensões a ser uma doutrina “científica”), etc., a mensagem fascista e nazi usa a retórica das elites e dos grandes homens contra o igualitarismo e a “lei do número”, vê a vida como uma guerra permanente (entre indivíduos, nações e/ou raças), vê a história como um processo cíclico (em que à grandeza normalmente se sucede a decadância) e tem um tom geral de “não penses, sente”

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