Inflação regressa à Alemanha?

Até agora o problema era a deflação, que não ajudava ao investimento. Qualquer dia, quando nos recordarmos que inflação é subida de preços (o PCP lembrou-se disso ontem), a razão para a crise será outra que não o dirigismo político da economia.

8 pensamentos sobre “Inflação regressa à Alemanha?

  1. Revoltado

    -> os juros da dívida a 10 em subida contínua desde as últimas legislativas (a variação já vai em +60%)
    -> aumento das taxas de juro nos US
    -> aumento da inflação na EU
    -> aumento da dívida pública durante o último ano
    -> segundo ano da geringonça à frente do governo, com BE e PCP a subirem a parada nas suas exigências

    parece-me que isto tem tudo para correr mal. O melhor mesmo é poupar uns trocos, porque os tempos que aí vêm não são nada bons.

  2. JP-A

    Como aqui escrevi no início da legislatura, à medida que a realidade se for tornando mais difícil de camuflar (dívida e juros são apenas sintomas de pele), mais emergirão as teorias explicativas e justificativas assentes no que se passa lá fora, até se chegar a um ponto em que tudo o que se passa vem condicionado por elas. Os artigos de Trigo Pereira são eróticos exemplos futurológicos disso mesmo e da estratégia já em curso. É assim em Portugal como nos reinos da Venezuela, Coreia do Norte, e demais do género. Enquanto isso, o nosso Costa Concórdia vai fazendo o exercício do geringôncico sucesso governativo baseado em caldos Knorr e vermelhas sopinhas instantâneas, virtuosamente transformados em ricas refeições gourmet de alta qualidade artística e técnica resultantes de uma sabedoria saída da casa das fantasias, por telefone conseguidas com a ministra Catarina, que depois deve telefonar ao padre pseudo-reformado para a bênção da louça. A imprensa, já rastejante como havia previsto o todo-poderoso escritor sócrates, vai informando e noticiando que os juros “dispararam” para 3,89% com a questão alemã, como se não estivessem já à volta dos 3,8% há uns tempos e não tivessem mudado de inclinação desde o início da legislatura. Continuamos a reinventar o zero absoluto a cada dia que passa, até ficarmos com os cornos espetados na parede e irmos todos às urnas louvar o Passos Coelho, para depois lhe dar porrada assim que tome posse. Chega a ser cómica, esta terrinha de merda.

  3. Vou já começar a gastar em grande, pois quando a crise voltar (neste momento não está cá, pois não?) não será por ter mais uns cêntimos que resolverei alguma coisa. Morra Marta, morra farta!

  4. JP-A

    Para memória futura:

    Os mesmos políticos que estão hoje a planear dar cabo do alojamento local a turistas, hão-de num futuro não muito distante aparecer nas TV com aquele sorriso imbecil para anunciar planos para os cativar. Isto se antes não descobrirem um tio já metido no negócio.

  5. Ninguém os mandou instituir salário-mínimo-nacional!
    O pessoal dos mini-jobs agora que ganhar “o mínimo”. A procura aumentou e a oferta não acompanhou na mesma quantidade.
    Se isto não´é assim expliquem lá porque razão a inflação não é igual para toda na zona euro?

  6. AB

    A inflacção alemã está nos limites definidos para a actuação do BCE. Em economias que funcionam (é essa a razão das diferenças), os QEs resultam, e não ficaria surpreso com uma inflacção perto dos 2% noutros países nórdicos.
    A inflacção moderada, em países que a possam acomodar (subindo salários da forma correcta, ou seja, porque as empresas podem), estimula a economia, desde logo por estimular o consumo, o que estimula a produção, o que estimula o investimento, o que cria empregos – é preciso é mantê-la controlada.
    E agora? A Alemanha – e eventualmente outras economias funcionais – vão deixar que o BCE continue uma expansão monetária que não está a dar frutos nos países periféricos, correndo o risco de sobreaquecer as suas próprias economias?
    E se o BCE normalizar a sua política para acomodar a Alemanha e afins, subindo juros e secando liquidez, o que acontece a Portugal e afins? E eu não vejo outra saída para Draghi, desde logo porque os alemães não toleram inflacções altas.
    Uma notícia económica muito perturbadora para nós, esta. Os nossos juros deram logo um salto. Esperemos pelos desenvolvimentos, especialmente em França.

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