O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro considerou hoje que o impacto da operação de capitalização do Novo Banco no défice de 2014 é uma questão meramente contabilística.
Não sei se estão com esperança que António Costa reveja as suas declarações.
Não era preciso o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, vir dizer isso, qualquer pessoa com um mínimo de inteligência via isso.
Ninguém fica mais pobre por depositar dinheiro no banco, investi-lo em bens duradouros, se render juros ou o bem valorizar até pode ficar mais rico.
A esquerdalha, em desespero, agarra-se a qualquer soundbyte que possa enganar os menos conhecedores.
Eu não dizia que o tipo era o Costa Concórdia do PS?
Imagine-se ele a governar um país!!!!
Que anedota! O desespero é tanto que só sai asneira.
Não tem de o dinheiro for recuperado, o que dificilmente será o caso.
Ainda andam a vender a treta que os nossos bancos falidos vão pagar por um banco podre.
“Não tem de o dinheiro for recuperado, o que dificilmente será o caso.”
Mesmo que não seja o impacto já foi reconhecido nas contas de 2014. E isso implicava que o valor da venda seria 0 (zero) euros.
“Ainda andam a vender a treta que os nossos bancos falidos vão pagar por um banco podre.”
Ainda me recordam quando vocês garantiam que os bancos nunca iam devolver o dinheiro emprestado ao abrigo do programa de assistência.
Eu gostaria é que me explicassem o que é que é “uma questão meramente contabilística”. Como é que se distinguem as questões “meramente contabilísticas” daquelas que o não são?
E se o Estado português decidisse, digamos, nacionalizar um banco qualquer (o Millenium, digamos), e ficasse por causa disso com um défice muito grande (para pagar aos acionistas do banco as suas ações), esse défice também seria “uma questão meramente contabilística”?
Isso seria um processo diferente como com o BPN. Não é o que aconteceu no caso NB/BES.
“Eu gostaria é que me explicassem o que é que é “uma questão meramente contabilística”. Como é que se distinguem as questões “meramente contabilísticas” daquelas que o não são?”
Não têm impacto financeiro.
Luis, imagine o seguinte.
O seu banco empresta-lhe 100 mil euros para comprar a sua casa. Eventualmente irá reavê-los com juros. Esta é a situação do NB. Não conta para a despesa, porque eventualmente o estado será ressarcido. Nessa altura, se o deficit foi agravado agora, haverá provavelmente um superavit orçamental, mas tambem apenas contabilistico.
Agora imagine que o seu banco lhe dá 100 mil euros para comprar a sua casa, a fundo perdido. Este foi o caso do BPN.
Para quem se contenta com um país limitado a uma folha de Excel, isso chega. Para quem vive num país real, só há uma conclusão a tirar: mais um para pagarmos!
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João, certo. Mas então, a nacionalização de um banco também gera um défice “meramente contabilístico”, certo? Se o Estado nacionalizar um banco qualquer (não falido, entenda-se!), fica com um défice “meramente contabilístico”, uma vez que mais tarde (quando revender o banco) recuperará esse dinheiro. Certo?
O que me preocupa é que o João diz que “eventualmente o Estado será ressarcido” do dinheiro que gastou a recapitalizar o Novo Banco, mas essa é uma afirmação altamente incerta. Será ressarcido? Tem a certeza?
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Alguém que me indique aonde, dentro na UE, houve outro caso de um banco falido ter sido alvo de ato de “resolução”. Isto cheira, tresana a trafulhice!