Michael Seufert: “Para a minha geração, mais dívida é menos liberdade”

116 pensamentos sobre “Michael Seufert: “Para a minha geração, mais dívida é menos liberdade”

  1. Rinka

    Ele enganou-se. O que ele queria dizer era:
    “Para a minha geração cada despedimento, trabalho precário, privatização ou recuo nos direitos é menos liberdade”
    Foi um lapsus linguae, por certo

  2. Rinka

    Eu não decidi por ninguém, apenas apontei o erro no discurso.
    Ele é livre de cometer erros à vontade

  3. JJ

    Bom discurso. É bom que esta malta jovem de direita perca a vergonha e diga o que lhe vai na mente. Saiam do armário.

  4. JJ

    O jovem Seufert e tantos outros deviam era criar um partido liberal. Nunca percebi como é que um partido pode ser democrata cristão e simultaneamente liberal clássico. Como é que essas duas ideologias coexistem ? Alguém me sabe dizer ?

  5. JP-A

    A pergunta “Onde é que tu estavas quando Portugal foi conduzido à bancarrota?” está muito bem conseguida. Que silêncios! 🙂

  6. JJ

    Votar no CDS-PP é o mesmo que votar Papa Francsico e Ayn Rand em simultâneo. Esquizofrenia ! Ajudem-me.

  7. Miguel Noronha

    “u não decidi por ninguém, apenas apontei o erro no discurso.”
    Estou a ver. Estão todos errados menos você.
    Antigamente valorizavam mais os iluminados. Orgulhosamente sós.

  8. Ou seja, um bom “quote”, mais do que “soundbyte” e uma frase política certeira em dia apropriado. Perdemos todos Liberdade e muitos nem contraíram dívida alguma. Eu não! Não devo um tostão a ninguém e sinto-me esmifrado todos os dias.
    Pena é que, realmente, não se assuma mais disto, alto, bom som e mais divulgado. Mais vozes assim. Mais esforço para elucidar as pessoas. Quando os bons se calam os maus proliferam.
    São as tais coisas que marcam nos telejornais. Caso contrário ouvimos estribilhos da escardalhada insana que não se importa de dever até o coiro…

  9. Discurso desarticulado, excessivo no contexto, míope no alcance, estreito na qualidade. Típico produto dum rapazinho que começa a usar gravata e se acha “full of himself”. Precisa também de melhorar a dicção e a postura ainda lhe vai causar sérios problemas futuros. A solidez da espinha vertebral deve acautelar-se desde muito cedo.

  10. Ó Francisco não me venha com essa “estória” de que quem não está connosco está contra nós, e sobretudo não insinue que quem sente alguma repulsa pelo “patetismo” duma certa “pseudo” direita armada em liberal (com políticas estalinistas), tem obrigatoriamente que comer na manjedoura socratossaurica… Afine o radar, vá lá…

  11. JJ

    Pode um indivíduo ser a doutrina social da igreja católica e simultaneamente a ideologia do senhor Alan Greenspan ? Hão-de esclarecer-me. Se me convencerem ganham um voto.

  12. Rodolfo

    JJ, uma pessoa pode ser conservadora na forma como leva a sua vida e liberal em relação à política. Eu posso achar que não se devem usar drogas e simultaneamente, reconhecer que não tenho o direito de o impingir nas outras pessoas.
    Quanto à filosofia da Ayn Rand, não.. não é possível ser conservador e ‘randista’ ao mesmo tempo.

  13. JJ

    O Rodolfo diz que “não é possível ser conservador e ‘randista’ ao mesmo tempo”. Concordo. Não pode ser-se um liberal clássico estilo Milton Friedman ou Alan Greenspan e ao mesmo tempo estar de acordo com a doutrina social da igreja de democracia cristã que refere, entre outras coisas, o “princípio da solidariedade”, de “bem comum”, fala das insuficiências das leis de mercado, do papel dos sindicatos e dizendo ainda que o trabalho é o factor de produção de maior importância. O Papa Francisco torna ainda mais evidente esta cisão com duras críticas ao sistema económico e social liberal.
    O CDS-PP pretende ter nas suas fileiras dois grupos que se opõe em grande parte, o que é uma tremenda contradição e faz deste grupo parlamentar uma amálgama hipócrita, digo eu.

    O que me diz disto Rodolfo?

  14. zé pedro(não o dos xutos)

    @miguel noronha, nunca eu poderia ser politico… neste hemiciclo, com cara lavada, senta se a pior corja que Portugal já viu! Eu, alçaria da perna e esbofeteava, qual Eça, a cara desta gente bandalha que ali gravita, bengaladas era pouco! Tenho pena desta nação feita refém pelos média que engaveta pensamentos divergentes do status quo na sua tacanhez, literada pelas “oportunidades” de quem acha que liberdade é abrilar no seixal em Setembro! infelizmente, como libertário, que acredita que 10 milhões de cabeças com a 4ª classe pensam melhor do que uma cabeça “iluminada” num qualquer gabinete, só me vem uma frase à ideia: “é inútil discutir politica com políticos!”

  15. Rodolfo

    JJ, calma porque Milton Friedman e Ayn Rand são bastante diferentes. A posição de Friedman é exclusivamente a nível económico, enquanto que a Rand é quase exclusivamente a nível moral.

    E como é óbvio, pode ser-se liberal clássico e seguir a doutrina social da igreja. Aliás, podem ser encontrados entre os fundadores do liberalismo clássico precisamente ‘homens da igreja’. Repare que os 10 mandamentos do cristianismo protegem claramente a propriedade privada (não roubarás, não matarás, não cobiçarás o que é alheio), que é a fundação do ‘capitalismo’. O que o JJ está a defender, pelo que percebo, é que as pessoas na sociedade devem, não só cobiçar o que é alheio como também roubar para distribuir como querem (a tal solidariedade, não sei muito bem como se chama solidariedade retirando o dinheiro dos outros). Isso é totalmente proibido pelos mandamentos. Não interessa quantas pessoas concordem com o acto de roubar, será sempre errado, mesmo que sejam 8 milhões de pessoas a concordar.

    Eu podia desenvolver mais, mas se tiver com alguma dúvida em relação a alguma coisa, pode perguntar directamente porque identifico-me com o liberalismo.

  16. tina

    Discurso de 5 estrelas! Falou pelos jovens de Portugal, aqueles cujo futuro foi trucidado pelo PS. Um dia, quando os meus filhos perguntarem, eu respondo que a direita fez tudo o que pôde para Sócrates não ganhar o 2º mandato, que o PSD até espalhou cartazes pelas cidades a dizer que ele iria ser o coveiro do país, mas as pessoas não quiseram saber porque ele tinha-lhes acabado de aumentar o ordenado e era tudo o que contava para elas.

  17. Engraçado ouvir agora essa senhora que “fez tudo” para o Sócrates não ganhar o segundo madato… enfim, temos os políticos que merecemos.

  18. Guna,Temos vo regime que merecemos. Os políticos são apenas componentes desse regime democrápula, cujo não pode ser disputado.

    A república espera melhores dias, onde liberdade individual seja menos espartilhada pelo bem do político comum. O qual nunca fez nada de útil na vida nem tem capacidades profissionais reais desenvolvidas. Tipo grunho do PCP, electricista de anos atrás ou “intelectual”.

  19. Joaquim Amado Lopes

    Miguel Noronha,
    O Rinka está apenas a ser coerente e a dar razão a Michael Seufert: ainda há muitos que se julgam senhores não apenas de “Abril” mas também da liberdade e dos pensamentos dos outros. Que pensam que quem não defende o mesmo que eles (mesmo que sejam “soluções” que apenas pioram os problemas) só pode estar enganado.

  20. Joaquim Amado Lopes

    Luis FA,
    O Francisco Miguel Colaço limitou-se a expressar uma conclusão natural: alguém que escreve um comentário como o seu revela um tal desfasamento da realidade que o mais provável é que fosse um admirador do “Jota So-traste”.

  21. Joaquim Amado Lopes

    Concordo com o ze luis (Abril 25, 2015 às 23:55). Já é mais do que tempo de o que o Michael Seufert disse seja dito de forma frontal, sem meias-palavras nem vergonha por ir contra o pensamento “dominante” e preferido pela comunicação social.
    Excelente discurso.

  22. Rinka

    O Rinka está apenas a ser coerente e a dar razão a Michael Seufert: ainda há muitos que se julgam senhores não apenas de “Abril” mas também da liberdade e dos pensamentos dos outros. Que pensam que quem não defende o mesmo que eles (mesmo que sejam “soluções” que apenas pioram os problemas) só pode estar enganado.

    Longe de mim ser senhor dos pensamentos dos outros, mas convém corrigir os que levam ao caminho do desastre. Pena ninguém ter feito isso com Mao ou com Hitler 😦

  23. Joaquim Amado Lopes

    Rinka,
    Se pretende falar de “corrigir os que levam ao caminho do desastre”, fica-lhe muitíssimo mal não incluir na lista os líderes dos “paraísos” comunistas, como Estaline, Castro, Chavez e Maduro. E, já agora, Tsipras/Varoufakis.
    Em Portugal, poderia elogiar Michael Seufert por referir (sem nomear) Cunhal, que os portugueses tiverem o bom senso de “corrigir” antes de ele nos levar ao desastre. Mas não. Pretendeu corrigir precisamente quem aponta a evidência do desastre anunciado que é ir empurrando a dívida com a barriga.

  24. @ Joaquim Amado Lopes em Abril 26, 2015 às 09:33
    Só se for curto de vistas ou estiver excessivamente contaminado pelo situacionismo “passos-portista” e a sua belíssima obra com destaque para a reforma do estado.

  25. Rinka,

    «Longe de mim ser senhor dos pensamentos dos outros, mas convém corrigir os que levam ao caminho do desastre. Pena ninguém ter feito isso com Mao ou com Hitler :(»

    Porque terá deixado Lenine ou Estaline fora da lista? Concisão ou intenção?

  26. Luís FA,

    Passos Coelho não foi brilhante, mas aguentou o barco. Fez-nos aguentar o barco, melhor dito, a nós, portugueses cidadãos contribuintes à força.

    Lembro apenas que os que furaram o casco estavam no governo anterior e já têm as puas a postos e as brocas afiadas, julgando ver no horizonte nova oportunidade.

  27. Pingback: Foi uma festa bonita pá | O Insurgente

  28. Não foi o Passos que aguentou o barco. Foi o barco que teve de lhe resistir. Não é fácil manter o negócio aberto com um elefante na vitrine. Se o Sócrates sofria da mania das grandezas e tinha vistas “extra largas” (e “bolsillo” discreto), este é míope, negligente, e “crashou” no primeiro embate com o TC. Engraçado (e patético) ver como certa direita o adoptou com a paixão de ter encontrado a perfeita simbiose entre Margaret Thatcher e Milton Friedman… O sujeito na verdade apenas pensa naquilo que o anima; poder e protagonismo. É o Otelo duma certa direita que se veste de liberal, mas tem alma totalitária e anda sempre rodeada de “fascistazinhos” que ainda afinam pelo diapasão anti-comunista, ou seja, teimam em marrar contra adversários inexistentes. O Passos não é um governante, é uma tara! Vai ser muito difícil o PSD livrar-se dele, até porque vai ganhar as eleições. O nosso século XX teve o Salazar, o orgulhosamente sós, o império das moscas, da miséria, e do obscurantismo meio feudal… O século 21 tem dois incompetentes, dois dançarinos de tango narcísicos…

  29. Luís FA,

    Concordo consigo que o Passos não tem sido bom. Até concordaria com parte das coisas que escreveu. Eu sei o que faria diferente, e já o anunciei aqui várias vezes.

    Peço-lhe que me diga o que faria diferente:

    1) Pensando que terá o TC nas canelas;
    2) Quantos funcionários públicos despediria?
    3) Que impostos cortaria?

  30. Francisco, porquê concretamente essa “agenda”? Não faz sentido nem é sensato estar aqui a discorrer acerca da “meu” plano de governo. Noutro local, noutro momento, com outros propósitos, e mais participantes, poderia ser interessante (e instrutivo) promover esse tipo de discussão e alargá-la a pessoas que tal como nós não se revêem no que nos dão… Por exemplo quando existirem verdadeiros espíritos livres expurgados do nosso situacionismo provinciano e que queiram realmente pensar em alternativas.

    PS: Não resisto em acrescentar quantos aos funcionários públicos, que em muitos casos não sendo possível despedi-los, os mandaria para casa com salário e tudo. Ao menos não dariam despesa nem espalhariam confusão… É precisamente no Estado que o Passos-Coelhismo mais tem falhado. O monstro continua gordo e ainda mais sôfrego…

  31. Luís FA,

    Não me faça pensar que, mo meio dessas críticas, não tem plano nenhum. Diga-me, e peço-lhe sem sarcasmo algum, como procederia em 2011, quando encontrasse 15% do PIB desorçamentado (e que a Troika mandou orçamentar e incluir na dívida) e apenas seis dias de despesas do Estado no cofre.

  32. JJ

    Rodolfo, não quero entrar em interpretações bíblicas mas o que Jesus Cristo ensinou, pouco ou nada tem a ver com o capitalismo liberal. Há até quem chame Jesus um proto-socialista Não vamos por aí…
    Quanto ao fundadores do liberalismo clássico estes eram em boa parte cristãos protestantes , judeus, e muitas vezes (sempre?) críticos da igreja católica. Aliás o liberalismo preconizou precisamente a separação da Igreja do Estado. Em determinada altura a luta fez-se entre os conservadores/tradicionalistas e o liberais, como saberá melhor que eu.
    O discurso do Papa Francisco é muito claro em relação às limitações do capitalismo laissez-faire, o que me parece sensato. Não pode portanto juntar-se água e azeite.

  33. Francisco, por acaso até tenho algumas ideias, porém, repito, não vou entrar nesse jogo. Não alinha numa mentalidadezinha que se instalou (no âmbito dum brainwahing mais complexo…) de que para seres contra algo tens de ter um plano alternativo melhor e pô-lo à discussão. Essa é uma estratégia retórica enviesada e pobre de raciocínio lógico (lá está o nosso chico espertismo provinciano….). Posso perfeitamente não gostar do treinador, fartar-me de o mandar a um sítio, e não tenho que afirmar a minha “autoridade” para discutir o assunto sendo um Mourinho. Essa “estória” é uma das rasteiras do Passos-Coelhismo em certa medida bem sucedida. A prova é que o PS tem caído nela que nem uns patinhos… Enfim, a política portuguesa sucks!…

  34. Luís

    Liberalismo e individualismo: eis o futuro do Ocidente.

    Não vale a pena remar contra os ventos da História.

  35. Luís

    Passos aguentou o barco,

    mas já provou que é incapaz de reformar o Estado.

    O monstro está aí com a estrutura toda montada sempre pronto a engordar.

    Na próxima crise cíclica seremos a segunda versão da Grécia.

  36. Luís

    Eu punha Portugal a crescer em três tempos.

    Choque fiscal. Redução brutal do peso do Estado.

    Chamava os sefarditas que estão pelos quatro cantos do mundo para dar uma ajudinha. E os emigrantes portugueses também.

    A máquina da Justiça teria de sofrer uma reforma de choque. Para o lixo a escola de Coimbra. Talvez só com a ajuda de académicos estrangeiros. Simples e célere, e não feita para alimentar interesses corporativos. Quanto mais lenta e complexa, mais ganham os advogados e outros profissionais do sector.

    IRC abaixo, do irlandês, IRS e IVA abaixo do espanhol.

  37. JJ

    “Liberalismo e individualismo: eis o futuro do Ocidente. Não vale a pena remar contra os ventos da História.” Tem a certeza que é para aí que aponta o vento ? Um dos problemas deste sistema financeiro é que, como refere, tem “crises cíclicas”. Quem sabe como ficaram as coisas após nova crise.
    Ninguém pode negar a crescente divisão entre muito ricos e pobres. Essa divisão contribui para o desagregar das instituições actuais. Talvez o mundo se divida em dois, numa espécie de apartheid económico.
    Soluções ?

  38. JJ

    Vamos a isso Luís !
    1) “Redução brutal do peso do Estado” – Fim da educação publica e Serviço nacional de saude?
    2) Como é que se “chama os sefarditas” ? E os emigrantes? Com que atractivos?
    3) Acabar escola de Coimbra e pôr académicos estrangeiros !

  39. Luís

    « Como é que se “chama os sefarditas” ? E os emigrantes? Com que atractivos?»

    Outro ambiente económico mais promissor.

    «Acabar escola de Coimbra e pôr académicos estrangeiros !»

    A mesma que pariu este aborto de Constituição.

    «Fim da educação publica e Serviço nacional de saude»

    A Esquerda sempre a acenar com o papão da privatização da Saúde e da Educação. Reduzir o peso do Estado pode significar outras coisas. Como um novo mapa do poder local. Privatização da RTP. Fim do financiamento a Fundações e a IPSSs: que vivam com recursos próprios. Extinção de observatórios, cujo trabalho pode ser feito por outras entidades. O mesmo vale para diversos institutos.

  40. Luís

    As empresas estão afogadas em dívida.

    Não haverá crescimento sem redução do endividamento.

    Não há capital.

    Só com capital estrangeiro.

    E este só vem com outra carga fiscal e com uma Justiça mais célere.

  41. JJ

    1) «Acabar escola de Coimbra e pôr académicos estrangeiros !» A mesma que pariu este aborto de Constituição. => Fazer uma limpeza ideológica ?

    2) O grosso da divida publica está no SNS e na educação. => Para fazer a “Redução brutal do peso do Estado” tem de cortar aqui. Não vai lá com a privatização da RTP de certeza. Mais coerência se faz favor. É para reformar ou não é?

  42. Luís

    « Fazer uma limpeza ideológica?»

    Sim. Equilibrar o sistema, que está claramente enviesado para um lado.

    «O grosso da divida publica está no SNS e na educação»

    Não. Está em salários e pensões. E há as PPPs e empresas públicas.

  43. Luís

    Mas há muita coisa que ainda se pode fazer na Saúde e na Educação.

    Por exemplo, a nível dos livros escolares…

  44. JJ

    OE2015:
    – Saúde: 9.000 milhões de euros
    – Ensino básico e secundário: 6200 milhões de euros
    – Ciência e ensino superior: 2.250 milhões de euros
    – Defesa: 2.200 milhões de euros
    – Segurança Interna: 2.000 milhões de euros
    – Justiça: 1.350 milhões de euros
    – Ambiente, Ordenamento do Território e Energia: 750 milhões de euros
    – Negócios Estrangeiros: 350 milhões de euros
    – Cultura: 220 milhões de euros

  45. JJ

    Repito: O grosso da divida publica está no SNS e na educação. Se quer fazer corte brutal do Estado não há alternativa. Livros escolares ? Onde está esse ímpeto reformista? Já parece o Passos.

  46. Luís FA,

    O Luís é contra algo por contraposição a quê? Eu também sou contra a guerra, mas reconheço que em certas circunstâncias ela é necessária.

    Ser contra por ser contra, tendo algumas ideias (e não duvido que as tenha) mas achar que sou pessoa menor, que não as merece ouvir, terá de considerar que não abona muito à sua inteligência. Por injusto que isso seja (e eu intuo que o Luís FA não é o burgesso que insiste fazer-se parecer) estou completamente aberto a confrontar as suas ideias com uma boa dose de argumentação Kalashnikova 7.68R Colaço.

  47. JJ

    Consigo. O Luís diz que quer fazer uma “Redução brutal do peso do Estado” e diminuição dos impostos. O que eu digo é que não tal não é possível sem fazer reduções drásticas nos na Saúde e Educação, pois representam a maioria da despesa.
    Francisco Miguel Colaço, está de acordo com o meu raciocínio?

  48. Luís,

    «Mas há muita coisa que ainda se pode fazer na Saúde e na Educação.

    Por exemplo, a nível dos livros escolares…»

    Sabe porque é que existe o prémio Leya, apresentado pelo primeiro-mentiristo em exercício? Disse-me um livreiro na cara que é parte do lobby para continuar o funesto negócio dos livros escolares. Veja lá se o Crato, que vinha com boas ideias, não estrebuchou. E se até ao momento de estrebuchar não o largava a Comunicação Social-chouricista e os sindicrápulas?

  49. Luís

    «Já parece o Passos.»

    O problema é que Passos não reformou nada.

    Não faltaram discursos e telenovelas mas Reforma? Os únicos ministros que fizeram reformas com valor, Vítor Gaspar e Álvaro dos Santos Pereira, onde foram parar?

    Mas você insiste na Saúde e na Educação e porquê? Para acenar com o papão aos eleitores.

    Repito: antes de chegar lá (e devemos obviamente chegar) há muito por onde mexer.

    Quer saber a minha opinião? Sou a favor da privatização da Saúde e da Educação? Depende do modelo escolhido. Se for para manter a carga fiscal e financiar privados com parcerias, então é preferível o status quo. Seria o caldo perfeito para muito tráfico de influências, corrupção, criação de novos rendeiros do Regime.

    Mas é possível uma privatização parcial da Educação e da Saúde em que seja garantido o acesso Universal com redução da despesa para o Estado, mais transparência, mais eficiência, mais inovação.

    Gosto de algumas ideias do Professor Miguel Cadilhe para os sectores.

  50. Luís

    Os modelos soviéticos do SNS e da Escola pública nem existem noutros países europeus tão queridos da Esquerda por terem um Estado Social forte.

    Esta escola pública funciona tão bem que muitos dos seus defensores mal têm oportunidade para tal colocam os filhos no ensino privado. Em Portugal os pais gastam fortunas em explicadores e não conheço paralelo na Europa. A própria Maria de Lurdes Rodrigues disse que isto das explicações era coisa de Terceiro Mundo.

    E por que gastam tanto as famílias em explicadores? Simples: o modelo não funciona, os alunos não aprendem. Pelo meio, alguma paranóia com as notas, mas isso é em nichos especiais, como sucede nos alunos que querem ingressar em Medicina.

    Eu andei na escola pública e tive de ter explicações porque a professora de Matemática resolvia faltar e não leccionava a matéria. Sucedeu o mesmo naquela altura a outras disciplinas, com muita frequência. Professores que faltavam, que não geriam bem o tempo e não cumpriam os programas. Conheço por outro lado o ensino privado, o verdadeiro privado, não aquele que vive às custas do Estado (contratos de associação) e a guitarra toca outra música.

  51. JJ,

    ANEDOTA SOVIÉTICA (contada por russos):

    No capitalismo há crises cíclicas. No comunismo dispensam-se os ciclos.

    OUTRA:

    — Camarada Brezhnev, é verdade que o camarada colecciona anedotas políticas?

    — É, sim, é verdade.

    — E quantas anedotas já coleccionou?

    — Já vou em quase quatro campos de trabalho.

  52. JJ

    Luís, “O problema é que Passos não reformou nada.” Pois precisamente.
    Qual papão? Quero lá saber de eleitoralismos! Estou a perguntar-lhe concretamente o que fazia e parece fugir como uma enguia e eu é que estou preocupado com eleições? Agora escola pública é modelo soviético? Só na ex-URSS é que havia escola pública? Santa paciência. Mas não se pode falar com um individuo de direita sem que venha a URSS, a Coreia de Norte e os Khmer Rouge? Fale da Suécia, por exemplo.

    Finalmente! Uma “privatização parcial da Educação e da Saúde” seja lá o que isso for. Quem privatiza parte privatiza na totalidade, pois estamos todos fartos de saber que os privado são mais eficientes, correcto?

    Ponham lá isso em marcha. É que já lá vão 4 anos…

    Francisco Miguel Colaço, já cá faltava a piada da URSS. A depressão de 2008 foi uma brincadeira portanto. Venha mais outra.

  53. JJ,

    Era apenas uma piada. Não tem a ver com o JJ, que me parece mais um social-cristão. Mas, caramba, tenho de despejar as anedotas que os meus conhecidos russos me vão debitando!

    A diferença entre a depressão de 2008 e a União Soviética está nesta imagem:

    E nesta:

  54. Rinka

    E já agora quem é esse deputadozeco (Michel Seufert) para falar em nome da Geração dele que o seu partido mandou para o desemprego, obrigou a emigrar e retirou direitos?

  55. Luís

    «E já agora quem é esse deputadozeco (Michel Seufert) para falar em nome da Geração dele que o seu partido mandou para o desemprego, obrigou a emigrar e retirou direitos?»

    Que é você para tentar diminuir e atacar pessoalmente o deputado em questão?

    «Deputadozeco»? Tenha vergonha!

    Se chegámos aqui a culpa foi da geração dos meus avós e dos meus pais.

    O mito é lixado. E nele Saturno come os filhos.

  56. Luís

    «Fale da Suécia, por exemplo.»

    Não foram esses que instituíram o cheque-ensino e depois a coisa não correu lá muito bem?

    Copiar modelos tem um nome: provincianismo. E é das maiores causas da nossas desgraça.

    Eu só quero um modelo que seja realista e dê liberdade para que cada um se expresse de acordo com a sua natureza interna, de acordo com os seus talentos.

    Qualquer modelo a ser aplicado em Portugal tem de ter em conta as nossas particularidades. Económicas, sociais, culturais. E numa cultura como a nossa os modelos nórdicos não funcionam.

    Quer que lhe diga o que faria de imediato, por exemplo, na Educação?

    Algumas ideias?

    1) Separaria o acesso ao Superior da avaliação no Secundário. Isto depois de ver alunos de escolas com notas claramente inflacionadas a entrar em cursos de média elevada, a ultrapassar alunos com notas digamos mais «justas». A Esquerda trás a igualdade na boca e não fala disto.

    2) Nem mais um livro pago pelo Estado. Com as novas tecnologias, há alternativas mais económicas para as famílias e para as finanças públicas.

    3) Utilizador-pagador. Não se trata de propinas mais altas. Mas por exemplo, um aluno que seja baldas no Superior está a causar um prejuízo ao Estado. Quem repete exames uma e outra vez dá prejuízo. Tal como quem anda a saltar de curso em curso e não sabe o que quer.

    4) Colégios com contrato de associação quando naquelas áreas há professores sem horário e escolas sub-aproveitadas? E o desperdícios, chegados a 2015, continua.

    Isto são medidas simples, que valem dezenas de milhões de euros.

  57. Luís

    «O Rinka tem alguns problema em aceitar a democracia»

    Para os esquerdistas só há democracia quando se está de acordo com os seus dogmas.

    Quando não conseguem argumentar, partem para o ataque pessoal.

  58. JJ

    O Francisco Miguel Colaço utiliza uma falácia recorrente: opõe as crises cíclicas do capitalismo ao Estalinismo, como se a alternativa à primeira fosse uma feroz ditadura. Pessoalmente já não tenho grande paciência para este tipo de demagogia, principalmente quando temos nestes últimos anos centenas de milhares de emigrantes forçados.

  59. Luís

    «Pessoalmente já não tenho grande paciência para este tipo de demagogia, principalmente quando temos nestes últimos anos centenas de milhares de emigrantes forçados.»

    E o que propõe.

    Um jovem que trabalhe por conta própria vê mais de 50% do seu rendimento a ser confiscado pelo Estado. Há condições para investir e trabalhar em Portugal? Que se saiba a Esquerda não dá solução a isto: um esforço fiscal exorbitante.

  60. JJ

    O que eu proponho é seriedade no discurso. Não tenho soluções mágicas mas dispenso ruído. Além disso, não me conformo com o que está a ser feito aos jovens deste país, obrigando-os a emigrar aos milhares. A este ritmo, fazendo fé nos dados da PORDATA, nestes últimos 4 anos terão saído de Portugal cerca de 500.000 pessoas. A escala do desastre é tremenda. Tem de haver alternativa. A acreditar nas previsões da Comissão Europeia as coisas não vão melhorar e, quando (e se) houver outra crise parecida com 2008 a coisa vai piar fino. Nessa altura a piadola da ex-URSS já não vai ter assim tanta graça.

  61. JJ

    Á! E não venham com a estória que a culpa é só do Sócrates… O problema é sistémico, também.

  62. Rinka

    Problemas com a Democracia? Não mesmo! Respeito o voto mas gostaria que os que lá estão respeitassem o eleitor

  63. José Silva Vaz

    Mas afinal quem é este Michael Seufert ? Que fez antes de um qualquer partido o ter empurrado ara a AR? No que se notabilizou?,que competências particulares exibe? Bem sei que há muito pior na AR mas porque é que é aqui tão apreciado?
    Estamos mal!

  64. Luís

    «A este ritmo, fazendo fé nos dados da PORDATA, nestes últimos 4 anos terão saído de Portugal cerca de 500.000 pessoas. A escala do desastre é tremenda. Tem de haver alternativa.»

    A alternativa é solucionar o problema económico. Tal demorará dez anos a ter resultados, se houver reformas, e décadas a sedimentar. Conhecendo a nossa cultura, só vejo solução com um Estado mínimo e pouco interventivo.

    O Marquês de Pombal e Salazar resolveram-no, sem liberdade.

    O desafio é resolvê-lo em democracia.

  65. Luís

    «Mas afinal quem é este Michael Seufert ? Que fez antes de um qualquer partido o ter empurrado ara a AR? No que se notabilizou?,que competências particulares exibe? Bem sei que há muito pior na AR mas porque é que é aqui tão apreciado?
    Estamos mal!»

    Porque no meio do carneirismo vigente é alguém que ainda pensa por si próprio e tem opiniões que se distinguem da maioria do «consenso» medíocre.

    Incomoda-lhe?

  66. Luís

    «Problemas com a Democracia? Não mesmo! Respeito o voto mas gostaria que os que lá estão respeitassem o eleitor»

    Compreendo. Quando quem governa não segue a carta dogmática da Esquerda o eleitor já não é respeitado.

  67. JJ

    Luís, a questão é que a Europa e em particular Portugal, por mais voltas que se dê, não vai voltar a crescer a 3 ou 4% anualmente nas próximas décadas. Vi estes dados pelo menos em duas fontes diferentes. Agora só me recordo do livro do Friedman da Stratfor. Não vale a pena esperar que haja o tal crescimento que tanto se fala. A não ser que algo de absolutamente inesperado aconteça, o crescimento do PIB não passará de 1% anual em média. Isto ainda não entrou na cabeça das pessoas. O crescimento exponencial da Europa chegou a fim.

  68. Luís

    «Luís, a questão é que a Europa e em particular Portugal, por mais voltas que se dê, não vai voltar a crescer a 3 ou 4% anualmente nas próximas décadas. Vi estes dados pelo menos em duas fontes diferentes. Agora só me recordo do livro do Friedman da Stratfor. Não vale a pena esperar que haja o tal crescimento que tanto se fala. A não ser que algo de absolutamente inesperado aconteça, o crescimento do PIB não passará de 1% anual em média. Isto ainda não entrou na cabeça das pessoas. O crescimento exponencial da Europa chegou a fim.»

    Nisso estamos de acordo.

    A não ser que haja uma revolução tecnológica na área energética penso que cresceremos muito pouco. Mas em Portugal ainda há margem para crescer acima dessa média e convergir com o resto da Europa Ocidental.

  69. “Fale da Suécia”

    A Suécia tem um estado menos intervencionista do que o nosso e uma economia menos regulamentada do que a nossa. Desde os anos 90 que andam a transitar para uma economia mais livre . Por exemplo, em 2006 os impostos representava 48,3 % do PIB e em 2012 representavam 44,2 %. Nessa década tiveram uma crise económica e cortaram na despesa pública porque viram que esta era incompatível com taxas de desemprego elevadas e uma economia em recessão. Actualmente a maior parte das grandes empresas Suecas são privadas e não públicas e estão a decorrer processos de privatização.

    Para além disso, um sistema fiscal com um IVA elevadíssimo parece-me ser mais penalizador para pessoas de pequenos rendimentos do que para alguém com altos rendimentos. Relembro também que lá não existe salário mínimo nacional

  70. Luís

    «Para além disso, um sistema fiscal com um IVA elevadíssimo parece-me ser mais penalizador para pessoas de pequenos rendimentos do que para alguém com altos rendimentos. Relembro também que lá não existe salário mínimo nacional.»

    Nem mais.

    E os nórdicos tomaram medidas há 20 anos que aqui são inconstitucionais. Despediram milhares de funcionários públicos e têm leis laborais que aqui causariam uma histeria colectiva.

    A Finlândia está em crise e também vai fazer reformas… que a Esquerda apelidaria de «neo-liberais».

    Onde uns vêem gigantes, outros vêem moinhos. As elites portuguesas continuam a ver gigantes.

  71. JJ,

    Embora não seja católico (sou de outra confissão cristã), estudei na Universidade Católica Portuguesa, e saí de lá valedictório, sabe-se lá como! Ao contrário do que tenha pensado conheço muito bem a Doutrina Social da Igreja, mais do que a maioria dos católicos, desde a Rerum Novarum até às teologias de libertação sul-americanas. É até engraçado que um padre tenha considerado num mórmone a tentar justificar um curso de engenharia o seu melhor aluno e o trabalho mais humorístico que recebeu por frequência da cadeira. Garanto-lhe que a Rerum Novarum não tem nada a ver com Estado, mas com indivíduos. O Mundo não se modifica na Estado, a não ser para pior estado do que estava antes de estar instado pelo Estado instalado. O Mundo modifica-se quando as pessoas se modificam.O Estado tem de sair da assistência social ou comete dois supremos males: dissuadem quem trabalha e protege quem não deseja trabalhar.

    Nos dias que correm o Estado vive para perpetuar o Estado e os político e os desfuncionários para emperrar quem tentar meter ordem na casa. O Estado não resolve problemas porque o Estado é o problema. Entrementes, o cidadão, reduzido à mera identidade de contribuinte, é acangalhado enquanto vive na ilusão de que não poderia ser feito de outra maneira. O escravo hebreu tem de estar grato aos sequazes de Faraó.

    A solução para a educação e a saúde é a privatização dos serviços com custeio público. Como se faz na França e na Alemanha. Conheço por dentro demasiadas escolas e hospitais públicos para reconhecer um óbvio esbulho e um estulto desperdício. Não temos simplesmente dinheiro para confiar economia ao Estado.

    Dito isto, não deixo de considerar que o acesso à educação e aos cuidados primários de saúde deva ser menos que universal e custeado. Porque nestas áreas se joga a capacidade do indivíduo se manter e prosperar no mercado de trabalho. Um indivíduo educado ganha mais que um burgesso, mas sempre menos que um político, mesmo que estes sejam de longe os mais ignaros. Num indivíduo cronicamente doente simplesmente desce a sua produtividade e, por mais razões do que uma, a sua autoestima e a sua satisfação com a vida. A falta de saúde e a de educação desviam um indivíduo do seu pleno potencial e, em casos limite, impedem-no de voltar ao mercado de trabalho. À laia de exemplo, que se faz de um rapaz de 16 anos que não sabe ler porque não foi à escola para não denunciar os pais, imigrantes ilegais africanos nos anos 90? Tem muitos problemas desses à volta de Lisboa.

    Mas conquanto seja a favor de um sistema de educação universal e gratuito (e o nosso é tudo menos isso), não acho que o Estado deva ter qualquer escola ou universidade. Não vejo porque não podem ser as escolas SA, LDA ou CRL (cooperativas). À laia de disclaimer, fui professor universitário durante vários anos, até 2004.

  72. Luís

    Os vento da História são incontornáveis e não vale a pena tentar contornar determinismos que não controlamos.

    O capital não tem fronteiras nem pátria e está nos países que oferecerem melhores condições.

    O HSBC já pondera mudar a sede para Hong Kong.

    Podemos viver na fantasia ou encarar a realidade, seguir o vento e fazer o melhor possível aproveitando a direcção para onde somos guiados.

    Somos um país pequeno e se os outros regulam e taxam nós devemos seguir o caminho contrário. Se se reduzir o famigerado Estado Social não será problema pois com o crescimento e o investimento estrangeiro as contas das famílias sairão beneficiadas no longo prazo e daqui a 10 ou 20 anos nem quererão voltar ao abraço da morte chamado socialismo, depois de terem experimentado o sabor da liberdade económica.

  73. Luís

    «O Mundo modifica-se quando as pessoas se modificam.»

    Nem mais.

    Por isso gosto dos cátaros, dos gnósticos cristão e dos protestantes.

    Mas em Portugal acreditam no papel salvador do Costa como acreditam na vinda do D. Sebastião e como acreditaram em Cavaco ou em Sócrates.

    A culpa têm as elites que alimentam a ilusão e não dizem que a revolução é individual e está em cada um de nós. E que se não mudarmos, não há qualidade de vida, nem crescimento, nem riqueza. E nós, portugueses, temos muitos defeitos…

  74. Luís,

    Por baixo de mim há xisto. A norte de mim urânio. Eis a sua revolução tecnológica. A sua e a nossa.

    Com o petróleo e a energia a pesar cronicamente 1/6 nas contas nacionais, ceteris paribus, de um quase equilíbrio passaria a um excedente de que 5% (considero metade de custos na extração e o resto margem, em 1/6 de 50% do PIB, sem exportações de produção). Qualquer economista de pacotilha, mesmo se formado no ISCTE, lhe dirá que isso significa um crescimento do PIB, por si, marginalmente abaixo dos tais 5%. Somados aos 2% presentes, iriam ser mais que a pipa de massa que vem até 2020 apenas em dois anos.

    Basta que usemos os recursos que a Divina Providência colocou debaixo dos nossos cascos de azêmola lusitana. Um pouco de fractura, uma central nuclear e acertamos de vez as contas públicas, a menos que encostemos o Costa nos costados do poder, e os seus amigos PPP (Paga o Palerma do Povo).

  75. Luís

    «Basta que usemos os recursos que a Divina Providência colocou debaixo dos nossos cascos de azêmola lusitana. Um pouco de fractura, uma central nuclear e acertamos de vez as contas públicas, a menos que encostemos o Costa nos costados do poder, e os seus amigos PPP (Paga o Palerma do Povo).»

    Concordo consigo e duvido que haja tantos ambientalistas como eu. Com as cotas em dia na Quercus e a enviar dinheiro para a causa.

  76. Luís

    «Os cátaros mataram várias mulheres grávidas por considerarem a reprodução suja. Não são os melhores exemplos.»

    Desconhecia. Não será boato lançado pela Igreja?

  77. JJ

    Francisco Miguel Colaço,

    Bom, eu não concordo com essa visão redutora e maniqueísta do Estado. Quanto à Doutrina Social da Igreja não vou falar do que não conheço em profundidade, mas não essa a impressão que fico do discurso do Papa Francisco.
    Compara um contribuinte a um escravo mas de seguida, antes sequer de falar da auto-realização, afirma que “um indivíduo cronicamente doente simplesmente desce a sua produtividade”. Fica subentendido que o fim de um individuo é ser produtivo, e por isso e só por isso é que deve existir a tal saúde e educação. Do meu ponto de vista, é essa a definição de escravatura moderna – o homo economicus. Este homem pode ser facilmente substituído por um elemento mais produtivo e sê-lo-á no futuro. Aliás grande parte do desemprego deve-se à crescente mecanização.
    O que será do “burgesso” comum quando tudo estiver automatizado e com uma produtividade extraordinária? O que fará o burgesso ? Quem é que consome os excedentes?

  78. Luís

    «E há excelentes católicos. Digo isto eu, sendo mórmone.»

    Mas infelizmente os ensinamentos de uma certa Igreja (Dominicanos, por exemplo, mas também Franciscanos) contribuíram muito para a nossa desgraça.

    A Igreja também tinha os Jesuítas e teve os Templários… a diversidade portanto era grande mas por cá venceu o que não interessava.

  79. JJ

    Francisco Miguel Colaço,

    Fazemos um negócio: quando se resolver o problema de Fukushima pensa-se em urânio. Até lá fica interdito.
    Não sei se tem acompanhado o caso…

  80. JJ

    Luis,
    Imenso. Quando (porque é uma questão de tempo) houver outro acidente inventa-se outra desculpa.

  81. JJ,

    Na Guarda ou em Oliveira do Hospital não há maremotos. As únicas ondas que lá chegam estão sob a teoria Broglie-Bohm. São fotões.

    Se me tenta falar de Chernobil, aviso-o desde já que me partirem a rir. O problema de Chernobil não foi de engenharia mecânica ou física, mas de engenharia civil.

    Vá à nossa central termoelétricas e veja se consegue encontrar plantas viçosas junto ao muro. No CERN eu gostava de ver os cerdos que cresciam ao lado das instalações nucleares, onde eu trabalhava na instrumentação. E por vezes colhia erva do outro lado da estrada e alimentava-os pelo cercado, à boca. Memórias!!!

  82. JJ

    Pode garantir-me que essa central seria imune a atentados terroristas, a terremotos de toda a ordem e a qualquer tipo de acidente ou falha técnica ? Não me convence a arrogância de quem quer vender estes sistemas como isentos de qualquer tipo de perigo ou falha.

  83. JJ

    Francisco Miguel Colaço,
    Já que é entendido no assunto (eu sou absolutamente ignorante) o que acha dos desenvolvimentos que têm havido na Fusão a frio ?

  84. Luís,

    Há boa evidência histórica da culpa dos cátaros, em vários lugares e de fontes independentes. Como lhe disse, não são bons exemplos. Os cátaros do Adriático conseguiram passar entre os pingos de chuva, não havendo passado pela sorte dos de Perpignan, e converteram-se depois ao islamismo. Conhecemos os seus descendentes hoje como albaneses.

    Quanto a Fukushima, o acidente foi mais uma vez não relacionado com a tecnologia nuclear. Nas zonas onde temos urânio dificilmente teremos maremotos.

    Peço que compreendam os meus eventuais erros de dicção, mas estou a escrever está noite de um telefone, sem um teclado material, físico e funcional, mais a mais com a porcaria da correcção automática. Errática como um aldrabão, irracional como uma amiba e teimosa como uma mula. Tipo a Isabel Moreira.

  85. Luís

    «Pode garantir-me que essa central seria imune a atentados terroristas, a terremotos de toda a ordem e a qualquer tipo de acidente ou falha técnica ? Não me convence a arrogância de quem quer vender estes sistemas como isentos de qualquer tipo de perigo ou falha.»

    Em situação de perigo de guerra, os reactores podem parar.

    Quanto ao terrorismo, é uma paranóia ridícula.

    O interior norte e centro são imunes a maremotos e o risco sísmico é reduzido.

  86. Joaquim Amado Lopes

    Luis FA,
    “Posso perfeitamente não gostar do treinador, fartar-me de o mandar a um sítio, e não tenho que afirmar a minha “autoridade” para discutir o assunto sendo um Mourinho.”
    Todo o “programa” do Luis FA nesta frase: critica o “treinador” não porque ache que ele fez mal, já que não faz a mínima ideia do que deveria/poderia ter sido feito melhor, mas apenas e simplesmente porque não gosta dele.
    E, para Luis FA, discutir alternativas é “entrar no jogo” da “estratégia retórica enviesada e pobre de raciocínio lógico” do “chico espertismo” e “situacionismo provinciano” dos que escolhem fundamentar as críiticas que fazem ao que acham mal, independentemente de gostarem ou não do “treinador”.

    Se ainda restassem dúvidas de que o Luis FA não passa de um troll “chico esperto” e “provinciano”, isto chegaria para as dissipar de uma vez por todas.

  87. Luís

    Quando estive no LYSF em Londres em 2005 falava-se em fusão nuclear para 2025/2030. Seria a solução para os problemas energéticos da Humanidade durante milénios! Também se falava no uso de algas ou bactérias geneticamente modificadas para tentar produzir gás.

    Entretanto segui outra área e não sei como está a investigação.

    Infelizmente não há milagres e em Ciência tudo pode demorar várias décadas.

  88. JJ,

    Agora que tenho um teclado, posso com agrado dispensar-lhe uns minutos.

    Não tenho problemas em reduzir o homem à dimensão de Homo Eeconomicus quando faço uma análise de sustentabilidade do Estado. Assim como reduzimos as vacas a esféricas e pontuais quando fazemos uma análise de estabilidade de solos de um estábulo. As vacas podem achar que têm cornos, e que por isso não são esféricas nem pontuais. Mas, para o que interessa, a vaca pode ser pontual e isso simplifica as contas.

    O Estado é sempre um escravizador. Quando nos submetemos ao Estado, estaremos sempre a trocar liberdade absoluta por liberdade relativa. Sabemos que não posso dar-me ao luxo de defecar na campa do meu vizinho porque sim. Mas isso dá-me a certeza de que o filho do meu vizinho não defecará na minha, e posso por isso dispensar ter um guarda 24/7 num cemitério. Regras de boa educação são regras que acabam por nos libertar. Quando todos somos simp+áticos uns para com os outros, a vida corre melhor para todos.

    Outra coisa acontece quando A e A1, um que não quer trabalhar e o outro que não pode por doença, se querem apossar do fruto do trabalho de B, sem que B seja tido nem achado, porque E, é votado demo-demagogicamente por B, A, A1 e pelo próprio E. E este colectivo diz que E tem de obrigar B a ser «solidário» à força para com A e A1, sustentando E no interim.

    A1, o doente, até pode ter alguma razão, contudo B sem dúvida teria compaixão (uma virtude cristã) e caridade (a suprema das virtudes, definida como o puro amor de Cristo no Novo Testamento), porque os homens são dados à compaixão e à caridade quando deixados a si próprios. Ao contrário A não tem razão nenhuma. A pode ser um daqueles artistas que acha que o público se pode ir foder quando faz, com os dinheiros que E tirou a B, um filme que não beneficia a B, porque B não o quer ver, nem A1 o quer. A pode ser também im dos membros da inominável etnia (a minha esposa é assistente social e conta-me histórias de horror) que«exige» (palavras dela) que o sustentem, porque tem «direitos».

    O caso é que, se A1 até poderia ser ajudado por B através de fundações, associações ou simples dádivas, A1 estaria grato (uma vistude cristã) e B satisfeito consigo mesmo (um dos frutos do Espítito Santo, segundo Paulo). Ora, no presente A1 não está grato nem satisfeito (porque acha sempre pouco) e B está ressentido. A não está grato nem satisfeito e B acha-se espoliado por essa gentalha indolente. E acaba por ficar com 25% do que é roubado (não poupo os termos) a B. E não quer que a mama se acabe e por isso B está lixado até que emigre para um estado E1 mais levezinho ou se junte a A e mande E às malvas; ou até ao arrefecimento termodinâmico, tomado quase certo pela expansão de Hubble e pela teoria de Colaço da «injectividade e derivabilidade estritamente positiva da função estupidez nos funcionários públicos.»

    A conclusão é esta: consegue encontrar um exemplo onde o Estado faz melhor do que as suas contrapartes privadas? Repare que considero haver funções inelienáveis do Estado (e neste caso aproximo-me de Friedman mais do que de Rothbard), mas terá a «provisão» de educação (comparada com o seu custeio) de ser uma delas?

  89. Luís

    No Estado Novo chegou a haver discussão sobre o nuclear.

    Se nos queremos reindustrializar temos de ter nuclear.

    As centrais eólicas têm um impacto brutal no ambiente, bem como as barragens. Vejam só a destruição do vale do Sabor e o desaparecimento local de todas as espécies vegetais e animais raras que lá existem.

    A tecnologia nuclear evoluiu imenso nas últimas décadas e o seu impacto ambiental é cada vez menor.

    O Interior Norte e Centro de Portugal são regiões pouco sísmicas e uma central traria emprego e ajudaria a reverter o despovoamento.

  90. Luís,

    Em 2005 consegui colocar algas a produzir combustível. Não é economicamente sustentável no presente. O custo ficava acima da extração de petróleo da Terra e da sua transformação.

    O futuro está no nuclear. O tório é uma alternativa interessante, de baixa radioatividades e risco, e já com aplicação comercial. O urânio pode ser usado já e agora: temo-lo em Portugal, e do mais puro no Mundo. Não sei sinceramente se temos monazite em Portugal em quantidade suficiente, embora a distribuição dos colectores de minerais aponte para um reservatório maciço na Serra da Estrela (apanha-se muito em Tábua e em Gonçalo).

  91. Luís

    «O Estado é sempre um escravizador. Quando nos submetemos ao Estado, estaremos sempre a trocar liberdade absoluta por liberdade relativa.»

    O Estado moderno socialista tenta tomar o papel que no passado pertencia às instituições -Universidades, Igrejas, empresas- e às famílias. É um novo totalitarismo disfarçado de boas intenções. O abraço da morte socialista é concretizado quando o Estado já tem debaixo de si um elevado número de dependentes, de mão estendida e acomodados, o que garante votos: há pensionistas, funcionários públicos, crianças e jovens que recebem o RSI e usufruem da escola pública, elites bem remuneradas na máquina pública, etc. Quem está fora do sistema, por sua vez, não acumula capital devido à exorbitante carga fiscal.

    Um exemplo de alternativa ao Estado numa área onde dizem ser fundamental está nas micro-reservas da Quercus. A associação compra terras com espécies raras e faz a gestão do espaço. Está onde o Ministério do Ambiente não está. E tal como defendo, o futuro das áreas protegidas deve passar em grande medida por privados, e as associações devem procurar fontes de rendimento que não passem por apoios do Estado para pagar a causa. O mesmo vale para as Fundações e IPSSs. Geridas por associações ambientalistas, não só haverá uma protecção mais efectiva como pode haver uma exploração económica que agora não existe. É um exemplo de que o Estado é um empecilho onde não se vê alternativa.

  92. Luís,

    As eólicas foram uma boa ideia mal executada. Aliás, uma boa ideia executada para ajudar uns amigos e pagar uns favores. Não tenho nada contra as eólicas. Tendo isto dito, Portugal não é um país de vento. Qualquer carta de vento o dirá. Fora algumas zonas do litoral, o vento raramente chega aos 13 m/s, padrão para a sustentabilidade económica. Viovo no interior e vejo as ventoinhas à distância mais paradas que a girar.

    Portugal é um país de Sol, com mais de 300 dias do Sol descoberto por ano. Basta 200 dias para que a tecnologia seja considerada viável.

    E temos o nuclear. Podíamos ter duas ou três centrais a funcionar. Os espanhóis têm 6 centrais com um total de 8 reactores no seu conjunto. Algumas delas vivem quase sempre de fazer energia para um pequeno país de papalvos encravado no Oeste da Península Ibérica, a que os espanhóis chamam El Carón.

  93. Luís,

    O conceito de cooperativa ou de associação não me assustam em nada, e até acho que seria preferível que as escolas o fossem a serem estritamente privadas, pelo menos numa primeira fase, por sabermos quão desviados são os processos de privatização: desde cadernos de encargos à medida até ao aviso de amigos das propostas dos outros concorrentes. Para mim o Estado deve financiar o aluno e não a escola. O aluno deve levar o seu «cheque» para a escola que quiser.

    O problema da Finlândia e da Suécia foi o Estado através dos municípios, se andar a meter na educação. As escolas estritamente privadas raramente têm problemas por lá. As escolas que andam a falhar são as escolas municipais, sobrereguladas e controladas pelos sindicrápulas. Lá como cá.

  94. Joaquim Amado Lopes

    Luis FA,
    O que chama a quem recusa explicar porque diz mal do “treinador” e o que este deveria ter feito diferente?
    Não é preciso intuição. Basta ler o que escreve.

  95. Joaquim Amado Lopes

    Sim, Luis FA, porque o seu primeiro comentário é um tratado de profundidade intelectual e o Luis FA não disse EXPLICITAMENTE que apenas quer falar mal sem explicar porquê nem apresentar sugestões sobre o que deveria ser feito de forma diferente.
    E, por favor, não me dê as boas vindas a um clube a que não quero pertencer.

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