Rui Ramos no Observador
Não foi, porém, a Alemanha que forçou a adesão dos países do sul à moeda única. Os alemães desconfiavam do euro, e os seus governantes receavam a companhia da Grécia. Foram os países do sul que se impuseram, e se os nórdicos têm culpa, é talvez a de não terem resistido mais. Entretanto, a paixão grega pelo euro não acabou. Os gregos, hoje, parecem não querer pagar a dívida ou ajustar a despesa ao produto nacional. Mas continuam a querer o Euro, ou mais exactamente, o dinheiro estável e barato que o Euro significa, e que nunca a Grécia conheceu noutro regime. Mas querendo os benefícios, dispensam as regras. Porque é que julgam que isso será possível?
Os gregos?!
E nós?!
Tal e qual!
As regras e o dinheiro fazem parte indissociável de uma mesma realidade.
Mas dela só queremos a parte boa.
Pior: exigimos!!!
Como se isso fosse eternamente possível!
Pessoalmente, sobretudo por questões de dignidade humana, preferia a saída do euro.
Mas revolta-me tanta incongruência!
João de Brito,
Por enquanto ainda pagamos as nossas responsabilidades, embora a fatura devesse ser encaminhada para o Estabelecimento Prisional de Évora, a/c detido n.º 44.
Somos um caso diverso dos gregos, oposto mesmo.
Agora, se o Costa chegar ao poder… [o que começo sinceramente a duvidar (lembro-me do tal “empate técnico” das mesmas empresas de sondagens em 2011).]
FMC,
se reparar, a aproximação das eleições parece contaminar toda a gente…
Os gregos parecem não querer ajustar a despesa ao produto nacional.
Ela já está ajustada! O orçamento do Estado grego tem hoje um saldo primário positivo. O que os gregos não querem é ter que pagar os juros de todos os empréstimos anteriores.
O Syriza não está nada contente com o ajustamento e promete acabar com a austeridade.