“(…) devem (ou não) os bancos poder emprestar aos seus accionistas de referência?”, no meu artigo de hoje no Diário Económico.
“(…) devem (ou não) os bancos poder emprestar aos seus accionistas de referência?”, no meu artigo de hoje no Diário Económico.
A solução é portanto mais concorrência
Parece que o setor bancário português é de facto um dos mais concorrenciais da Europa. As telecomunicações talvez não, mas o setor bancário sim. Pelo que, é difícil ver que mais concorrência pode o Ricardo desejar para esse setor.
“Luís Lavoura em Julho 16, 2014 às 09:24 disse: ”
Discordo – pelo menos antes da crise, o setor financeiro Português era altamente rentável; Rentabilidades altas continuadas são um indicio de falta de concorrência e distorções de mercado.
Os grupos económicos podem incluir bancos e ter “cross-selling” desde que estejam dentre da legalidade apesar de isso prejudicar a concorrência.
“Desde que seja feito dentro da legalidade” é uma frase que não faz sentido com os grandes grupos económicos. As leis são feitas por governos que são coniventes com eles logo são-lhes favoráveis.
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Antes da crise, os spreads pedidos pelos bancos nos empréstimos que concediam eram dos mais baixos da Europa, o que prova que a concorrência entre bancos é muito forte.
É claro que o setor financeiro era altamente rentável, mas isso era-o ele em todo o lado.
Eu recordo-me de quando vivi na Alemanha, eu basicamente só tinha um banco à minha disposição – a Stadtsparkasse (o banco da cidade) local. Afora esse, só os grandes bancos (Commerzbank, etc) tinham balcões na cidade. Quando vivi nos Estados Unidos, basicamente só havia dois bancos na cidade (a qual era do tamanho de Lisboa). Em Portugal há quase dez bancos ativos e com escritórios em quase todo o lado – é muito.