Fonte: Ameco. As barras a amarelo indicam os anos em que os respectivos países estiveram fora da zona euro. Os reportes de 2012 não estão actualizados na base de dados, como é fácil de inferir pelo dado para Portugal.
21 pensamentos sobre “Género trivial pursuit: qual foi o único país que esteve 14 anos no euro com 14 défices excessivos? Bingo!”
Há mais vida para além do défice disse um tipo que queria Portugal no Euro. O cérebro de muitos portugueses tem de ter muitos compartimentos estanques…
E qual foi o quarto país com mais défices excessivos na zona euro?
Bingo!
Isto só prova que a adesão ao Euro foi um erro tremendo!
Por esta tabela pode-se ver que os países mais pobres são aqueles de défice mais elevado, mostrando que a pobreza se deve à sua atitude, são preguiçosos e irresponsáveis, gastam sempre mais do que têm e têm de ser postos na ordem pelos “paizinhos”. É assim que o resto da Europa nos vê e com muita razão. E é este status quo que a atual oposição ao governo está a lutar para manter.
A adesão ao euro foi um erro, mas para quem cumpre as suas obrigações! E não foi a Tuglândia socialista e grega!
Isto só mostra que quando atingimos e igualámos a maior série consecutiva de defices excessivos (6 em Itália) (Grécia excluida), deveriam ter soado todos os alarmes e deveria ter havido reacção.
Ora isso aconteceu mais ao menos em simultâneo com a célebre frase “nós estamos de tanga – os senhores deixaram o país de tanga”, de Durão Barroso.
E o que disseram e dizem os políticos e comentadores como Clara Ferreira Alves sobre a tanga? (e continuam a dizer.)
Ou seja, esta gente quer é festa com o dinheiro das gerações futuras, não tem juízo e depois vem para as TVs opinar e apontar o dedo.
É o que temos – não dá para mais.
E pensar que há apenas três anos atrás havia gente a sonhar com o campeonato do mundo de futebol, jogos olímpicos, corridas de barcos, campeonatos de golf, etc. 🙂
Tudo projectos lucrativos, como todos os anteriores. “Investimentos”, como lhes chamam.
A adesão ao EURO foi em 2002, então vejamos quem passou pela governança:
.
1º 2002-2005 – Durao Barroso/Santana/Paulo Portas
2º 2006-2010 – Jose Socrates
3º 2011-2013 – Passos Coelho
.
respectivamente:
1º 4 anos
2º 5 anos
3º 2 anos
.
Em suma:
a) 5 anos de PSD/CDS
b) 6 anos de PS
.
Defice acumulado por partido no poder:
.
PSD/CDS – 28,4% (5 anos)
PS – 31,3% (6 anos)
.
A divida Pública cresceu, pois, com estes senhores cerca de 60% do PiB em defices acumulados.
.
Se culpas existem, e existem, devem ser assacadas aos DOIS partidos (e mais o cds/pp de bonus)
.
É bom que a populaça não veja esta estatistica, porque se a interiorizar os partidos que não constam dela podem vir a ser beneficados…
.
Rb
Penso que troquei a coisa: 6 anos para PSD/PP e 5 anos PS.
.
Rb
Isto nada tem a ver com o PS e não sei que mais, nem com as marés, nem o calendário lunar. Tem a ver com o país, que esteve em défice excessivo permenentemente em democracia. De resto, o senhor rb talvez ignore, mas o euro é a moeda de 11 países desde 01.01.1999, dia em que a taxa de câmbio foi irrevogavelemente fixada e a condução da política monetária passou por inteiro para o Banco Central Europeu, ao mesmo tempo que os Estados-membro da zona monetária passam a estar obrigados por uma coisa chamada Pacto de Estabilidade e Crescimento. Em 2002 entraram em circulação notas e moedas de euro, que é uma coisa muito diferente. Portugal, de resto, inaugura o procedimento previsto contra países que o violem, em 2002, por ter sido então apurado que rompera as normas, em 2001. Mais tarde saber-se-ia que nunca as cumprira.
#7
sócrates – 12 Março 2005 – 21 Junho 2011, não 2006-2010
Ele também usou essa tática na “entrevista”, graças aos “jornalistas”.
Jorge,
Não percebo uma coisa no gráfico. O defict de 2011 foi 4,4?
Foi. O de 2012 foi de 6,4%, mas só muito recentemente foi reportado. O défice de 2011 foi aligeirado por medidas extrordinárias no montante de 3,2% do PIB (fundos de pensões da banca e etc.).
Rb,
apreende a fazer contas…
“Isto só prova que a adesão ao Euro foi um erro tremendo!”
Como assim? Não tem memória do que passou antes do Euro? O keynesiano corte dos depósitos via inflação nos anos 70 e 80 já foi boa?
Usando a sua bitola a “adesão” ao Escudo não foi também um erro tremendo?
Mais um esforço e vai perceber que o nosso problema não tem nada que ver com a Moeda mas sim com a Cultura do Regime.
Ou há gente muito esquecida do que não lhe convém ou há gente muito nova e que , não o tendo vivido , também não o foi estudar .
Ora vão lá ver como era bom viver em inflação e ser-se aumentado , os que o eram , só ao fim de um ano :
Jorge Costa,o défice de 2012 correu mal ou é minha impressão? Comparado com a meta inicial, é.. olhe, um desvio colossal!
Uma resposta muito sumária: se eliminarmos as operações de carácter extraordinário em ambos os exercícios orçamentais, com vista a obter uma melhor calibragem das posições orçamentais efectivas, obtemos em 2011 um défice de 7,6% (4,4% mais 3,2%) e em 2012 um défice de 5,8% (6,4% menos 0,6%: neste caso, as medidas extrardinárias oneraram o resultado; estamos a falar de aumentos de capital como o ocorrido na Caixa Geral de Depósitos e Sagestamo). É, então, aparente uma melhoria de 1,8 pontos percentuais. O mesmo exercício pode ser feito com o saldo primário, obtendo-se uma melhoria de 2,1 pontos percentais. Há uma ligeira melhoria. Mas na minha opinião está quase tudo por fazer ainda… Há que reformar duradouramente – e isso é que interessa – a fonte de desequilíbrio orçamental permanente, literalmente permanente. Sem isso estamos no domínio da cosmética, que é por onde temos sempre andado, com os resultados que estão à vista.
E esses aumentos de capital tinham mesmo que acontecer necessariamente? É que quando digo que correu mal,não é como óbvio dizer que piorámos a situação.
Mas que a melhoria é manifestamente insuficiente(e o défice é de 6,4,temos que considerar as despesas extraordinária quer se queira quer não),e mesmo que fosse de 5,8 ficariamos a 1,3 dos 4,5 iniciais,que é mais do que os 0,6 das extraordinárias até.Por isso digo que alguma coisa se passou,e que foi significativa.De resto estou de acordo consigo.
Só quando reduzirmos a dívida melhoramos a situação. Enquanto a aumentarmos estamos sempre a piorar. Pode ser menos mau. Mas estamos a piorar não a melhorar.
Por isso este Governo ainda não melhorou coisa alguma, só tornou menos mau. Em vez de batermos na parede a 200 batemos a 150…
Há mais vida para além do défice disse um tipo que queria Portugal no Euro. O cérebro de muitos portugueses tem de ter muitos compartimentos estanques…
E qual foi o quarto país com mais défices excessivos na zona euro?
Bingo!
Isto só prova que a adesão ao Euro foi um erro tremendo!
Por esta tabela pode-se ver que os países mais pobres são aqueles de défice mais elevado, mostrando que a pobreza se deve à sua atitude, são preguiçosos e irresponsáveis, gastam sempre mais do que têm e têm de ser postos na ordem pelos “paizinhos”. É assim que o resto da Europa nos vê e com muita razão. E é este status quo que a atual oposição ao governo está a lutar para manter.
A adesão ao euro foi um erro, mas para quem cumpre as suas obrigações! E não foi a Tuglândia socialista e grega!
Isto só mostra que quando atingimos e igualámos a maior série consecutiva de defices excessivos (6 em Itália) (Grécia excluida), deveriam ter soado todos os alarmes e deveria ter havido reacção.
Ora isso aconteceu mais ao menos em simultâneo com a célebre frase “nós estamos de tanga – os senhores deixaram o país de tanga”, de Durão Barroso.
E o que disseram e dizem os políticos e comentadores como Clara Ferreira Alves sobre a tanga? (e continuam a dizer.)
Ou seja, esta gente quer é festa com o dinheiro das gerações futuras, não tem juízo e depois vem para as TVs opinar e apontar o dedo.
É o que temos – não dá para mais.
E pensar que há apenas três anos atrás havia gente a sonhar com o campeonato do mundo de futebol, jogos olímpicos, corridas de barcos, campeonatos de golf, etc. 🙂
Tudo projectos lucrativos, como todos os anteriores. “Investimentos”, como lhes chamam.
A adesão ao EURO foi em 2002, então vejamos quem passou pela governança:
.
1º 2002-2005 – Durao Barroso/Santana/Paulo Portas
2º 2006-2010 – Jose Socrates
3º 2011-2013 – Passos Coelho
.
respectivamente:
1º 4 anos
2º 5 anos
3º 2 anos
.
Em suma:
a) 5 anos de PSD/CDS
b) 6 anos de PS
.
Defice acumulado por partido no poder:
.
PSD/CDS – 28,4% (5 anos)
PS – 31,3% (6 anos)
.
A divida Pública cresceu, pois, com estes senhores cerca de 60% do PiB em defices acumulados.
.
Se culpas existem, e existem, devem ser assacadas aos DOIS partidos (e mais o cds/pp de bonus)
.
É bom que a populaça não veja esta estatistica, porque se a interiorizar os partidos que não constam dela podem vir a ser beneficados…
.
Rb
Penso que troquei a coisa: 6 anos para PSD/PP e 5 anos PS.
.
Rb
Isto nada tem a ver com o PS e não sei que mais, nem com as marés, nem o calendário lunar. Tem a ver com o país, que esteve em défice excessivo permenentemente em democracia. De resto, o senhor rb talvez ignore, mas o euro é a moeda de 11 países desde 01.01.1999, dia em que a taxa de câmbio foi irrevogavelemente fixada e a condução da política monetária passou por inteiro para o Banco Central Europeu, ao mesmo tempo que os Estados-membro da zona monetária passam a estar obrigados por uma coisa chamada Pacto de Estabilidade e Crescimento. Em 2002 entraram em circulação notas e moedas de euro, que é uma coisa muito diferente. Portugal, de resto, inaugura o procedimento previsto contra países que o violem, em 2002, por ter sido então apurado que rompera as normas, em 2001. Mais tarde saber-se-ia que nunca as cumprira.
#7
sócrates – 12 Março 2005 – 21 Junho 2011, não 2006-2010
Ele também usou essa tática na “entrevista”, graças aos “jornalistas”.
Jorge,
Não percebo uma coisa no gráfico. O defict de 2011 foi 4,4?
Foi. O de 2012 foi de 6,4%, mas só muito recentemente foi reportado. O défice de 2011 foi aligeirado por medidas extrordinárias no montante de 3,2% do PIB (fundos de pensões da banca e etc.).
Rb,
apreende a fazer contas…
“Isto só prova que a adesão ao Euro foi um erro tremendo!”
Como assim? Não tem memória do que passou antes do Euro? O keynesiano corte dos depósitos via inflação nos anos 70 e 80 já foi boa?
Usando a sua bitola a “adesão” ao Escudo não foi também um erro tremendo?
Mais um esforço e vai perceber que o nosso problema não tem nada que ver com a Moeda mas sim com a Cultura do Regime.
Ou há gente muito esquecida do que não lhe convém ou há gente muito nova e que , não o tendo vivido , também não o foi estudar .
Ora vão lá ver como era bom viver em inflação e ser-se aumentado , os que o eram , só ao fim de um ano :
http://pt.global-rates.com/estatisticas-economicas/inflacao/indice-de-precos-ao-consumidor/ipc/portugal.aspx
Jorge Costa,o défice de 2012 correu mal ou é minha impressão? Comparado com a meta inicial, é.. olhe, um desvio colossal!
Uma resposta muito sumária: se eliminarmos as operações de carácter extraordinário em ambos os exercícios orçamentais, com vista a obter uma melhor calibragem das posições orçamentais efectivas, obtemos em 2011 um défice de 7,6% (4,4% mais 3,2%) e em 2012 um défice de 5,8% (6,4% menos 0,6%: neste caso, as medidas extrardinárias oneraram o resultado; estamos a falar de aumentos de capital como o ocorrido na Caixa Geral de Depósitos e Sagestamo). É, então, aparente uma melhoria de 1,8 pontos percentuais. O mesmo exercício pode ser feito com o saldo primário, obtendo-se uma melhoria de 2,1 pontos percentais. Há uma ligeira melhoria. Mas na minha opinião está quase tudo por fazer ainda… Há que reformar duradouramente – e isso é que interessa – a fonte de desequilíbrio orçamental permanente, literalmente permanente. Sem isso estamos no domínio da cosmética, que é por onde temos sempre andado, com os resultados que estão à vista.
E esses aumentos de capital tinham mesmo que acontecer necessariamente? É que quando digo que correu mal,não é como óbvio dizer que piorámos a situação.
Mas que a melhoria é manifestamente insuficiente(e o défice é de 6,4,temos que considerar as despesas extraordinária quer se queira quer não),e mesmo que fosse de 5,8 ficariamos a 1,3 dos 4,5 iniciais,que é mais do que os 0,6 das extraordinárias até.Por isso digo que alguma coisa se passou,e que foi significativa.De resto estou de acordo consigo.
Só quando reduzirmos a dívida melhoramos a situação. Enquanto a aumentarmos estamos sempre a piorar. Pode ser menos mau. Mas estamos a piorar não a melhorar.
Por isso este Governo ainda não melhorou coisa alguma, só tornou menos mau. Em vez de batermos na parede a 200 batemos a 150…
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