Há quatro anos um dos maiores divertimentos públicos que havia era observar a loucura e as certezas sobre a genialidade e as qualidades políticas de Obama. O homem fazia descursos melhores do que os do Churchill (e quem permanecia convencido da superioridade da finest hour e do never so much was owed by so many to so few e do we shall never surrender – cito de memória – era um geriátrico precoce). O ideário de Obama era riquíssimo e apenas por mestria eleitoral estava resumido a ‘hope’, ‘change’ e ‘yes, we can’. O mundo viveria uma era de amizade e prosperidade sem igual se Obama fosse eleito e as divisões entre republicanos e democratas atenuar-se-iam; Obama era imaparável trabalhando across the isle. E por aí adiante.
Quem visse que Obama não tinha experiência política, que tinha tido um passado profissional difuso, que tivera apenas um mandato no Senado passado na maioria do tempo a trabalhar para a sua candidatura para a presidência, que – como Palin tão bem descreveu – tinha escrito duas autobiografias mas nem uma peça de legislação, que tinha um record de votos contrastante com a moderação que preconizava, que os seus apoiantes iniciais eram a extrema-esquerda liberal americana e os que afirmavam como maiores preocupações a guerra do Iraque e o aquecimento global, que Hillary Clinton fora sempre considerada a mais capaz para lidar com os problemas económicos, que discursos não chegam para uma boa governação, enfim, que Obama era uma aposta arriscada que indiciava trouble – essa gente, como eu, estava definitivamente do lado errado da História.
Depois foi o que se sabe. Obama começou a implementar a sua política inclinado à esquerda, usando e abusando da arrogância de quem se vê predestinado, nas relações com o GOP, levando a uma distância entre democratas e republicanos nunca vista e a uma impossibilidade de concensos. Na política externa sucederam-se os desaires: o discurso do Cairo, qualificado de ‘histórico’ antes de ser proferido, foi uma dos mais abjectos discursos de apaziguamento e desrespeito pelos direitos humanos das mulheres do mundo muçulmano jamais ditos; a inicial tentativa de aproximação ao Irão foi ridícula e mostrou como Obama não conseguia entender os problemas do mundo fora de uma moldura de culpa americana e europeia; a revolta após as eleições presidenciais iranianas deixou a Casa Branca como uma barata tonta, uma vez que baseavam a sua política numa efectiva legitidade democrática de Amhadinejad e amigos; a China, que Obama tanto criticou, reforçou a sua influência tanto regional como mundial; a intervenção americana na Líbia não se entende perante a não-intervenção na Síria; etc., etc., etc.. Não conseguindo ver qualquer alternativa a estímulo à economia atrás de estímulo, face a uma situação económica difícil a prioridade de Obama foi, em todo o caso, uma reforma na saúde de que os americanos – e Obama sabe que sabe o que é melhor para os americanos do que os próprios – detestaram. Guantanamo continuou, ataques com drones mataram muita gente, a reforma da imigração morreu e outros troféus liberais tiveram o mesmo caminho. Obama conseguiu até destruir aquilo que a sua eleição teve de melhor: mostrar que a raça não é um factor determinante para um candidato, numa espécie de redenção de um país com história de escravatura.
Obama, com taxas de aprovação risíveis e sem certeza de vitória, tem ainda assim mais probabilidades de ganhar amanhã do que Romney, um candiato com inúmeros anticorpos na direita americana. Mas continuará a ser o que foi e sempre foi visível que seria: um presidente medíocre.
A recuperação recente do desemprego, o acesso universal à saúde (extraordinário passo dos EUA), os sucessivos entraves estratégicos dos republicanos a Obama… comparar sequer Obama a Bush Jr.
Enfim, não entendo que género de cambalhotas é que tem de dar para justificar e apoiar uma crescente diferenciação entre ricos e pobres. Está provado estatisticamente e cientificamente que as sociedades mais felizes são as mais equitativas em termos salariais. Todo o mundo fala nisso. Não sei… Acho que está desactualizado… Mas é só a minha opinião.
Mil vezes Obama a Romney.
Hugo, tem dois ‘argumentos’ imbatíveis: a prova científica da felicidade das sociedades e o apoio de um cartoon a um dos candidatos. Se fosse americano era um apoiante-tipo de Obama.
Relativamente aos drones, são hoje aos milhares no médio oriente executando uma política de assassínios autorizados pelo próprio Presidente, judge , jury and executioner… (Se recordarmos o que foi dito de George W Bush por ter sido governador de um Estado com pena de morte…). Guantanamo não fechou mas a este ritmo torna-se desnecessário. Mas tem esse grande feito de ter posto os americanos a pagar um sistema universal de saúde, mesmo os que não o querem, à moda de Portugal!
MJM: Atente à prova cientifica de felicidade.
http://www.equalitytrust.org.uk/why/evidence/social-mobility
Claro que a “distância entre democratas e republicanos nunca vista e a uma impossibilidade de consensos” foi culpa exclusiva do Obama…
O fim do Messias? Como qualquer anti-Obama (o homem não faz nada de jeito e é tão mau tão mau que se não o deterem vai acabar por destruir o Mundo) a Maria João não pode deixar de dar um toque
bíblico ao seu post. Nao está mau, mas este é melhor:
”
obama is the antichrist
Any fair study of the scriptures coupled with the study of the signs of the times will convince almost anybody with a modicum of intelligence that the end of the world is drawing nigh. This is amazing stuff going on here, right before our eyes, unprecedented in the history of the world – and it fits the pattern set out in Revelation 13, when there’s a great beast supposed to rise out of the worldwide sea of troubled humanity. He’s arisen out of that filthy sea of restless humanity and captured the imagination of the nation and the world. Barack Obama is the Antichrist, and is leading doomed america to her final destruction and the destruction of the world! We’re not talking some vague, nebulus postulation, we’re talking plain, straight BIble talk backed up by an overwhelming amount of real evidence – on the ground! Watch this fascinating, three-part documentary and check out the rest of the site for Bible perspective on the rise of Antichrist in the last hours of these last, dark days. ”
http://www.beastobama.com/
Hugo, sem dúvida: é prova e é científica e, sobretudo, é sobre felicidade.
Em todo o caso também lhe digo que a desigualdade social não é uma batalha que me interesse. A igualdade interessa à esquerda (bem, igualdade fora aristocracia partidária, obviamente). A mim interessa-me a pobreza e o seu combate através da única forma viável e comprovada pelo tempo: crescimento económico sustentável.
‘foi culpa exclusiva do Obama…’
jhb, claro que não: foi culpa exclusiva dos republicanos. E como estes ocupam o poder executivo, como se sabe, maior culpa ainda lhes cabe, uma vez que era a eles que cabia encontrar concensos.
Por muito que distem em tudo o resto, o discurso de Romney e do PS aqui em Portugal é o mesmo : metam-nos no governo que fazemos o que tem de ser feito. E quando perguntamos o que é que vão fazer, dizem “quando lá chegarmos, vemos… mas votem em nós”. Nem o Mr. Numbers que é o Paul Ryan conseguiu resolver essa questão e aqui estamos, a dois dias das eleições, sem saber muito bem os planos do Romney.
Sem esquecer, claro, que aquilo que o Romney vai cortar na despesa pública ao acabar com a Obamacare, vai dar ao Pentágono.
“A recuperação recente do desemprego, o acesso universal à saúde (extraordinário passo dos EUA)”
Não há recuperação nenhuma de desemprego mesmo apesar do aumento de dívida soci@lista de Obama.
Informe-se sobre quantos e quem deixou a força de trabalho.
Mais de 1 “Triilion” de défice cada ano, 10% do PIB e não crescem nada comparável . Lembra um certo país não lembra?
Mas vocês não aprendem sequer a fazer contas de aritmética. Nem memória têm.
Não haverá “acesso universal” de saúde nos EUA. Você pode começar por investigar as empresas – claro só algumas – que têm waivers…adivinhe porquê…e adivinhe quantas vão fechar assim como os médicos que se vão recusar a tratar doentes num sistema que já era burocático e maluco ainda se tornou mais burocrático e maluco.
“deixar de dar um toque bíblico ao seu post.”
Foram os apoiantes de Obama que deram um tom mítico à sua candidatura.
Obama o Messias está aqui para a posteridade nas palavras dos seus apoiantes(com a internet a Esquerda já não consegue esconder a história):
http://obamamessiah.blogspot.pt/2008_02_01_archive.html
“He’s running a theological campaign,” said the Rev. Jesse Jackson, who ran for president in 1984 and 1988. “At some point, he took off his arms and grew wings.”
…
“Obama has this almost irrational following and I myself can’t sometimes explain why I’m supporting him,” Noah Norman, 25, recently told the Washington Post.
“He’s all things to all men. At least that’s how I put it.”
….
If you look at Barack Obama’s audiences and look at the effect of his words, those people are being transformed.”
Farrakhan compared Obama to the religion’s founder, Fard Muhammad, who also had a white mother and black father.
“A black man with a white mother became a savior to us,” he told the crowd of mostly followers. “A black man with a white mother could turn out to be one who can lift America from her fall.”
…
“Dawn had not broken, and yet the television images showed Dallas’ Reunion Arena and a long line of silhouetted people already gathering for an event not scheduled until noon.
They were awaiting the messianic figure of a presidential candidate who had just added two more wins to his victory column and who the night before had ignited a crowd of about 20,000 in Houston.”Barack Obama was coming to town. . . .
…
His charms seem tough to resist, even for some of Hollywood’s biggest names.
“He walks into a room and you want to follow him somewhere, anywhere,” George Clooney told talk show host Charlie Rose.
“I’ll do whatever he says to do,” actress Halle Berry said to the Philadelphia Daily News. “I’ll collect paper cups off the ground to make his pathway clear.”
…
“It was like Barack Obama was INSIDE her head”
For Christena Weatherspoon of Struthers, it was like Barack Obama was inside her head.
After the Democratic presidential candidate’s 45-minute address to at Youngstown State University, Weatherspoon said she was speechless. She said, “It was like he knows what I want.”
…
“Barack Obama is a metaphysical force in American politics,” Democratic strategist Donna Brazile, said on CNN Tuesday night. For Clinton, Brazile asked, “Where is the joy? Campaigns are supposed to be about joy.”
….
“It’s not so much by what he says but it’s the way the crowds respond to his words. When 16,000 people, without prompting, start shouting some of his keynote phrases as he delivers them, you know something special is going on.
The atmosphere at his events is such that one wonders if Obama is about to walk out with a basket with some loaves and fishes to feed the thousands.”
…
“But there has been a change. People want something new. Obama is like the new wine.”
The Bible, like American voters, is of two minds about new wine. Luke suggests that the old is good; after all, “No one after drinking old wine desires new wine.” But in Matthew and Mark, the emphasis is on putting the new wine into new skins, for the old vessels simply cannot withstand the power of that which is still fermenting.”
…
said Keze, her voice still raw from cheering. “I was 10 feet away from him, 10 feet away,” she repeated another two times in awe.
“The only time I felt like that was when I saw Pope John Paul II.”
“I’ve been following politics since I was about 5,” said Mr. Matthews. “I’ve never seen anything like this. This is bigger than Kennedy. [Obama] comes along, and he seems to have the answers. This is the New Testament…..”
Christopher Matthews(MSNBC)
“It’s almost like the Messiah, you know?” said Young, a woman who said she originally backed Clinton but was drawn to Obama over the last year. “People really, really want change, and you feel it. You don’t just hear it — you feel something coming from him.”
Muito e muito mais no link.
Muitas fotos com halo dos media na altura…
Sim, Hitler poderia tomar o poder na América.
O crescimento americano desde 1960 que tem tudo menos de sustentável. Viveu-se com a ideia de que quanto mais dinheiro os habitantes ganhassem melhor seria a qualidade de vida e menor seriam os graus de pobreza.
O ordenado médio do americano ronda os 38.000$/ano. Apesar disso, a pobreza disparou, os bairros sociais proliferaram, a literacia matemática diminuiu, a saúde mental das pessoas é manifestamente defecitária.
Assente na ideia de divina providencia e da mão invisível do mercado desregulou-se o acesso ao capital. O resultado está à vista. Os EUA foram a potência mundial que mais rápido crescimento teve até hoje mas arrisca-se a ser também a que mais rápido declínio terá…
Gosto de ler que lhe interessa o combate à pobreza através do crescimento económico sustentável. Obviamente que entende os meus propósitos também. Por isso não posso deixar de relembrar que no mundo desenvolvido o que importa já não é a quantidade de dinheiro que o cidadão comum ganha, mas sim o lugar que ocupa na sociedade. Quer dizer, não importa no sentido em que não acrescenta mais qualidade de vida na média calculada da sociedade no seu todo.
@ LuckLucky
Refiro-me aos dois últimos valores que reflectem uma tendência decrescente no desemprego. Felizmente estes dados ainda apareceram a tempo de contribuir vantajosamente a favor de Obama, ou seriam os republicanos a aproveitar-se desses dados. Não é de todo sensato atribuir-se a culpa dos males aos governos de um país…
Relativamente ao acesso à saúde é uma vitória indiscutível dos democratas americanos. Não faço especulações do género imaginativo nestes assuntos. Também se fala à boca cheia que os ricos fogem por causa do aumento de impostos quando a verdade reflecte o contrário. Nos EUA, por exemplo no Texas, os estados com maior carga fiscal não viram nem verão fuga da classe rica para estados mais brandos em impostos. Por isso não sei quantos ou se haverá mais ou menos médicos a recusarem pacientes neste novo sistema. O tempo o dirá.
O que sei é que crescimento sustentável só se pode alcançar com uma classe média forte.
LuckLucky:
Obama = O’Brien de Orwell
É uma ideia interessante mas aí uma pessoa tem de perguntar que papel teria o Romney…
@ Hugo
Não é verdade. A dívida americana e o diferencial entre défices vs crescimento disparou na administração Obama. Pois Obama não quiz cortar o crescimento do Estado pela Dívida.
Pode ver aqui a % de GDP vs Public Debt http://www.usgovernmentspending.com/spending_chart_1960_2012USp_13s1li011mcn_H0t
Desde os anos 60 o máximo que esteve foi de 1992-1996 com 80% Só no fim dispara para mais de 100%.
“a pobreza disparou”
se estamos a falar desde os anos 60 isso é falso. A não ser que entenda pobreza como igualdade o que então seria um argumento orwelliano.
“a literacia matemática diminuiu”
Sim tal como em Portugal. Produto do domínio da esquerda e da contra cultura na educação.
Vai a um centro de investigação americano e 50% das pessoas são provavelmente asiáticos. O tipo de cultura que não aceitou ser vitimizado e influenciado pela narcisimo, nihilismo para sustentar a estrutura de poder da esquerda para federar clientelas. Os asiáticos são aliás o grupo étnico com mais riqueza per capita na sociedade americana.
“o que importa já não é a quantidade de dinheiro que o cidadão comum ganha, mas sim o lugar que ocupa na sociedade.”
Então como pode argumentar sobre a pobreza(seja o argumento certo ou errado)?
“Refiro-me aos dois últimos valores que reflectem uma tendência decrescente no desemprego.”
Quando vastos milhares deixam de fazer parte das estatísticas dos que procuram emprego , e se continua a aumentar a dívida níveis loucos – para manter empregos insustentáveis tal como Portugal fez – é possível manter o índice de desemprego mesmo que ainda assim o nível seja muito alto para aquilo que os EUA estão habituados – 4-6%.
Portugal também manteve o indice de desemprego estável devido à dívida quando estava a caminhar para o inferno.
“Relativamente ao acesso à saúde é uma vitória indiscutível dos democratas americanos. ”
É odiado pela maioria dos americanos. Um monumento à discricionaridade, burocrático até à insanidade que ainda vai aumentar mais os conflitos da sociedade americana.
“O que sei é que crescimento sustentável só se pode alcançar com uma classe média forte.”
Discordo. O crescimento sustentável só se pode alcançar com liberdade para criar e receber os frutos do seu trabalho, ninguém precisa ser da classe média para criar riqueza.
Os pobres também podem criar riqueza. Se puderem ficar com ela.
O mundo não começou a crescer com uma classe media. Aliás se a classe media se transforma em trabalhadores estatais e pensionistas o crescimento acabou. Talvez valha a pena pensar se não é também isso que está a acontecer. Lá e aqui.
Os EUA são cada vez mais um país com regras absurdas de todo o tipo. Ainda há dias reli sobre um empresário já nos seus 70 que ficou estupefacto que a construção de um novo estádio implicava um armazém só para os documentos legais de todos os tipos enquanto há 30 anos era preciso uma sala…
Devia também se informar sobre as migrações internas nos EUA e a evolução demográfica que se verifica. Com os Estado republicanos na sua maioria a atrairem cada vez mais pessoas e a terem mais nascimentos.
Hugo qualquer político adorado aquele nível pela população é um potencial perigo à liberdade. Não é por ser Obama em si . É por Obama ter sido adorado.
Sem cepticismo não há liberdade que dure.
Lucklucky, gostava de saber a posição liberal para fazer chegar dinheiro à classe média em Portugal para que esta possa, por si só, atingir a mobilidade social que só a criação de riqueza dá. É que para se criar riqueza, antes é preciso ter alguém que invista na ideia.
E não se vê maneira nenhuma para a classe média em Portugal conseguir dinheiro a não ser a trabalhar por conta de outrém. Porque Portugal não existe enquanto sítio onde se pode ter uma boa ideia, ter um bom modelo de negócio, ter alguém que invista na fase inicial para depois, mais à frente, colher os frutos desse investimento.
Se há coisa que nos distingue dos Estados Unidos, onde as ideias liberais têm pé para andar, porque têm esta parte resolvida, é isto. É que aqui em Portugal, para mim, as ideias liberais não fazem sentido enquanto esta questão não ficar resolvida.
Só há um adjectivo para classificar Obama: um pequeno criminoso queniano que foi levado ao colo pelo grande capital que mama na teta pública pelos bailouts e outras estratégias e pelo panorama pravda dos midia americanos. Um tipo que não apresenta as habilitações, que não apresenta certidão de nascimento, que conviveu com o bombista Bill Ayers, que ouve um reverendo vomitar ódio racista contra brancos, que conviveu Anita Dunham e outros que amaldiçoavam os EUA, que deixa morrer em directo em Benghazi americanos após uma luta desigual de quase 8 horas, que trabalha pouco e gasta muito, que endividou os EUA mais que a soma de todos os presidentes americanos até então com resultados nulos só pode ser uma obrada de feitiçaria churra.
Bush Junior era de longe mais decente que este cretino.
“Um tipo que não apresenta as habilitações, que não apresenta certidão de nascimento, que conviveu com o bombista Bill Ayers, que ouve um reverendo vomitar ódio racista contra brancos, que conviveu Anita Dunham e outros que amaldiçoavam os EUA, que deixa morrer em directo em Benghazi americanos após uma luta desigual de quase 8 horas, que trabalha pouco e gasta muito, que endividou os EUA mais que a soma de todos os presidentes americanos até então com resultados nulos só pode ser uma obrada de feitiçaria churra.”
Este já está melhor. Não sei como é que “uma obra de feitiçaria churra” se compara com o Anti-Cristo em termos de poderes maléficos, mas está muito melhor do que “um Messias falhado”…
Os dados no marketoracle.co são de Março, os últimos números que saíram do desemprego são de Novembro. Qual é a dúvida?
Também há dados que indicam que a partir de 1960 se começou a notar uma tendência no crescimento da diferença entre os mais altos e mais baixos salários. A tendência não é proporcional, porque a proporção de população entre a qual circula a economia é manifestamente diferente. Daí que os dados mais visíveis, ao nível mais alto, se começam a notar a partir de 1970. Fig. 1 e Fig. 9:
Click to access wp12-6.pdf
A partir daqui percebe-se a elasticidade da pobreza. Não a aparente mas aquela que distingue o que cada um tem acesso. É que o problema reside num crescimento desproporcional dos aumentos salariais, conforme documentado e disponível na net,face à perda de direitos e manutenção da inflação salarial.
Quando me refiro ao salário falo sobre o conjunto de benefícios mais ordenado, antes e após impostos.
A pluralidade americana é uma base fantástica para estatísticas. Acredita que os estados mais desenvolvidos em literacia matemática e linguística são também os mesmos onde se verifica maior equidade salarial. Os menos desenvolvidos são, como podes adivinhar, aqueles onde a equidade é menor. A Portugal, quando comparado na Uniao Europeia, também se verificam os mesmos dados.
A pobreza é um conceito lato. Quero dizer, depende da distribuição monetária na sociedade em que se insere para se definir o valor do conceito de pobreza. E mesmo assim, não é definitivo. Nos dias de hoje o pobre pode ter televisão por cabo, internet no telemóvel e carro. Além de uma divida habitacional enorme, na proporção que ocupa sobre a esperança média de vida do cidadão.
Veja lá você que o empreendorismo nasce em diferentes proporções sob condições financeiras diferentes. Não sei se sente que precisa de ir pesquisar sobre este assunto. Conheço algumas pessoas para quem é uma situação verdadeiramente real. Lá está, além desse pequeno pormenor não há entraves ao pobre para ser empreendedor.
Todas as mudanças quando impostas causam desconforto, mas concordo que os próximos tempos tragam uma desregulamentação no acesso á saúde. Faz todo o sentido a adaptação à vida real.
A existência de uma classe média forte é uma tendência de uma ‘melhor’ distribuição de rendimentos numa sociedade, logo de um menor grau de pobreza. Alguns dos melhores exemplos estão bem mais perto de nós que os EUA. Os Países Escandinavos por exemplo, mas também o Japão. Uns com mais rendimentos após impostos e o outro antes de.
São tão poucos os exemplos do self-made men quando comparados, como são os países desenvolvidos que fogem a estes exemplos. Daí que lhe posso dizer que, se algum dia quiser alcançar o sonho americano mais vale mudar-se para a Holanda.
@ Juvenal Clemente
A criação de riqueza não é sinónimo de mobilidade social. Apenas o é para o indivíduo que enriquece, não para a sociedade como um todo.
Pode ver isso em qualquer gráfico que compare a mobilidade social entre países desenvolvidos. Os EUA têm a mais baixa Mobilidade Social dos países desenvolvidos, mais baixa até que Portugal.
” Apenas o é para o indivíduo que enriquece, não para a sociedade como um todo”
Claro e é assim que deve ser, porque apenas existem indivíduos e não colectivos, o ser humano é um ser individual que escolhe se juntar com outros seres individuais.
Não somos os Borg do Star Trek.
O Hugo já se percebeu é colectivista.
O Obama é muito mau mesmo, fraco é como o sócrates sabe ler muito bem o teleponto, basta ver pelo primeiro debate em que claramente não estudou a lição dos seus conselheiros e o Romney limpou o chão com ele.
O Romney é a mesma coisa que o Obama a m…. é a mesma o cheiro é que é diferente.
Agora a Kill list se tivesse sido o Bush o que não teriam dito do mesmo.
Obama muito mas muito fraco, ver o que disse Larry Summers sobre o Obama, sobre a sua capacidade intelectual.
A realidade é que as pessoas tem memória curta, em 2008 era como o regresso do profecta, a loucura era total, Change e tudo ficou na mesma ou ficou pior. Agora Forward o que me assustaria se fosse americano dado que estar a frente do precipicio e dar um paço em frente….
Em relação aos dados provenientes dos organismos publicos é preciso ter cuidado, o CPI por lá não inclui preços da alimentação nem energia, O numero de pop activa baixou,
Mas penso que o Obama irá ganhar.
O único de jeito não conseguiu a nomeação Ron Paul, esse sim seria Change
@ Silva
“Claro e é assim que deve ser, porque apenas existem indivíduos e não colectivos, o ser humano é um ser individual que escolhe se juntar com outros seres individuais.
Não somos os Borg do Star Trek.
O Hugo já se percebeu é colectivista.”
O Silva pode então explicar qual é o seu conceito de mobilidade social? Faz-me lembrar aquelas pessoas que têm isenção de impostos e depois se questionam porque é que há zonas do país onde vivem que se encontram numa pocilga.
Eu já percebi que o Silva não entendeu ainda que o ser humano é um animal social, como as formigas por exemplo. Não sobrevivemos sozinhos. Precisamos da colectividade (como tão bem lhe chama) para progredir. Eu não sou colectivista, sou sensato.
Os dados estatísticos internacionais confirmam todas as tendências que falo. Independentemente do empreendorismo, a manutenção de grandes somas de riqueza em poucas pessoas é nefasto para as sociedades desenvolvidas. Antigamente era o senso comum que lhe dizia, hoje são provas irrefutáveis.
Também me posso adiantar a si e dizer-lhe desde já que não existe correlação entre a quantidade de riqueza que um empreendedor pode acumular e o numero de empreendedores. Ou seja, não é por nos EUA haverem maiores ganhos para cada empreendedor que há mais empreendedorismo que na Alemanha, na Dinamarca ou outros.
O que se passa no mundo ultrapassa a lógica económica dos EUA, no sentido em que as sociedades que mais qualidade de vida oferecem aos cidadãos, favorecem o bem comum vs o bem individual. Vou dar um exemplo prático simples e de grande alcance. Na Suécia o nível de equidade salarial (no fundo é o salário que nos distingue, na medida em que possa ou não necessitar dele para viver), dizia eu que o nível de equidade salarial é dos melhores do mundo desenvolvido. O nível de corrupção também é dos mais baixos. O exemplo é este: independente de ser gestor bancário, serralheiro ou faxineiro o seu filho terá acesso a um sistema de educação comparticipado a 98% pelo estado (a título de curiosidade é importante lembrar nesta altura que em Portugal a comparticipação é abaixo dos 60%).
Quer isto dizer que o nivel salarial dos suecos é superior após impostos porque o sistema funciona para o cidadão. Isto é igualdade de oportunidades, não aquilo que se passa nos EUA ou em Portugal. Mais! Em Portugal e nos EUA o número de indivíduos que gostaria de ter uma profissão especializada é muito superior ao Japão ou à Suécia, porque é aí que estão os melhores salários parece-me. Mas então em Portugal os serralheiros, os trolhas, os electricistas têm necessariamente de ser uns frustrados. Não acho bem.
Não acho bem porque não é assim que dirijo a minha companhia. Tenho consciência que as boas ideias, assim como os indivíduos, podem nascer em todos os quadrantes do meu grupo de trabalhadores, quer sejam logística ou direcção. Então, fomento práticas que potenciem a igualdade de oportunidades.
A minha opinião é de que o Silva peca por defeito na compreensão da simplicidade da vida humana. Na minha vida o importante é ser feliz, viver mais anos, com mais saúde, mais segurança e mais diversão. Sozinho não iria longe.
O Obama limpou o Bin Laden e o resto são couves pra sopa !
O Obama limpou o Romney e o resto são couves!
“Depois foi o que se sabe. Obama começou a implementar a sua política inclinado à esquerda,”
hahah! Mas qual política inclinada à esquerda, qual quê.
Rísivel é este texto… então a parte da política externa. A do Obama foi pior que a década Bush? A aproximação ao Irão foi errada, depois do Bush ter destruido o maior adversário do Irão no médio Oriente?
Preferia outra guerra aos tais ‘drones’?
E a mítica “política inclinado à esquerda”??? Só pode ser para rir!! O Obama era o mais ‘direitista’ dos candidatos Democrats!!! Tanto a Hillary como o Edwards serem “inclanados á esquerda”. O Obama é um centrista completo. Ele não fez nada de esquerda
O estímulo? O mesmo estímulo que TODOS OS PAISES fizeram em 2009, incluindo os de direita??
“distância entre democratas e republicanos nunca vista e a uma impossibilidade de concensos”
Distância criada pelos Republicanos, que disseram logo antes das eleições de 2010 que “não iam negociar em nada”
Patética Maria, patética.