Formigas

 

“(…) à long terme la croissance d’un pays est déterminée par trois facteurs: la croissance de la population active, le progrès technique et l’augmentation du stock de capital.”

Lemos esta entrevista no Le Figaro e, se os problemas do Japão de hoje, forem nossos amanhã, vamos ter de ser formigas durante muitos anos. Poupar e ter filhos. Amealhar e multiplicar. A solução é fácil e, bem vistas as coisas, nem é muito cara.

7 pensamentos sobre “Formigas

  1. F. David Cruz

    De facto, a questão do envelhecimento não é um problema demográfico, mas sim político. Neste sentido, os países com estruturas populacionais envelhecidas são completamente incompatíveis com o modelo do estado social. A proporção de população activa/contribuintes (em declínio) é manifestamente insuficiente para sustentar a proporção de população idosa/beneficiários (em crescimento).

    No entanto, em termos de competitividade económica por blocos à escala mundial, importa considerar que não é somente o Japão que está a envelhecer. Importa analisar os dados das Nações, para 2060, em matéria de percentagem de população idosa:
    – China 30%,
    – India 17%,
    – Japão 35% (as projecções da notícia são excessivas),
    – Europa 28%,
    – América do Norte 22%.

    Quanto à questão de nascerem mais filhos, será um ponto ainda mais complicado do que a poupança. Prevê-se para o mundo ocidental, uma ligeira recuperação no número médio de filhos por mulher, embora insuficiente para assegurar a renovação de gerações. E mesmo que este limiar fosse ultrapassado a população continuaria a envelhecer, pois já passaram várias décadas de níveis de fecundidade baixos.

    Em relação à imigração, esta não constitui solução. Está comprovado cientificamente que seria necessário um fluxo extremamente elevado e irrealista para inverter a tendência de envelhecimento e de declínio da população activa. Aliás, a própria fecundidade está a diminuir drasticamente nos países em desenvolvimento. Isto sem falar nas questões de graves conflitos étnicos.

  2. Guillaume Tell

    A lição do Japão é que para um país funciona muito bem quando deixamos a iniciativa às pessoas. Para viver bem basta não iremos por eufórias quando a conjuntura é boa (a divída deles deve-se muito aos excessos dos anos 1980) e deixarmos as pessoas escolherem o seu modo de vida, sem claro, premiarmos a desresponsabilização (a sociedade japonesa tem o problema contrario; é ainda extremamente colectivista e tende a responsabilizar excessivamente os indivíduos sobre certos aspectos. Mesmo se isso começa mudar).

  3. Paulo Pereira

    O Japão é a prova comprovada que a demografia não invalida o crescimento económico.

    A taxa de crescimento do PIB japonês é de 1% ao ano nos ultimos 10 anos um pouco superior à da U.E.

    A população envelhece mas a produtividade da populaçã oactiva cresce ainda mais, pelo que a economia e o Estado Social são perfeitamente sustentáveis.

    Nada indica o contrário, o artigo trata de especulações “catastroficas” sem base real .

  4. Paulo Pereira

    Para ver como a ciencia economica parece congelada no tempo :

    Click to access ecctes33.pdf

    As mass production has to be accompanied by mass consumption, mass consumption, in turn, implies a distribution of wealth … to provide men with buying power. … Instead of achieving that kind of distribution, a giant suction pump had by 1929-30 drawn into a few hands an increasing portion of currently produced wealth. … The other fellows could stay in the game only by borrowing. When their credit ran out, the game stopped.”

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