A afirmação de José Sócrates, ontem na entrevista a Miguel Sousa Tavares, de que ‘o défice salvou o mundo’, deixou-me estupefacto. O ‘défice salvou o mundo’. A frase ainda ressoa na minha cabeça, tantas horas depois de ter sido proferida. A força com que Sócrates entoou ‘O Krugman’ para embalar idiotas, ainda me apoquenta.
A sensação não melhora quando lemos os jornais de hoje. Segundo o WSJ, e de acordo com a análise do governador do Banco de Inglaterra, o Reino Unido vai ser prejudicado pela paragem da recuperação da economia na zona euro. Parece que na Alemanha e em França as coisas andam um pouco ao solavancos. Um verdadeiro pára-arranca. Em resposta aos estímulos, a actividade económica lá vai dando alguns sinais encorajadores, até que a realidade bate mais forte: A dívida, os défices não desaparecem assim. E mesmo que Sócrates escreva mil vezes, no seu caderno de apontamentos, ‘Keynes era um grande economista que nos deixou grande ensinamentos que devemos seguir’, a verdade é que nos anos 30 não havia défices.
Uma diferença que devia ser elementar, não transpirasse Sócrates, ao contrário do que nos quer fazer crer, ideologia por todos os poros.
O nosso primeiro ministro já tinha usado a expressão nesta entrevista: https://oinsurgente.org/2010/02/03/je-lai-deja-fait-et-je-sais-comment-faire/ Ele gosta muito de repetir frases que comprovam o seu grau de iluminação económica que apenas encontra par nos grandes economistas internacionais.
Confusão doentia…
Virtualmente governado
por fervorosas fantasias
neste país ajardinado
florescem muitas agnosias.
Da assaz irrealidade
no discurso governativo
brota a virtualidade
de carácter emulativo.
Com a mentira despachada
de forma tão intencional
é mais uma razão manchada
da devassidão nacional.
Gente muito responsável
que nos deixa a patinhar,
é por demais impensável
como isto vai definhar.
“E mesmo que Sócrates escreva mil vezes, no seu caderno de apontamentos, ‘Keynes era um grande economista que nos deixou grande ensinamentos que devemos seguir’, a verdade é que nos anos 30 não havia défices.”
Não percebo bem o que o AAAmaral querd izer com isso? Que não havia defcits orçamentais nos anos 30 (havia)? Que, quando começou a haver defcits nos anos 30 não havia um deficit acumulado prévio?
Não havia défice nos anos 30?! Que raios?!
Não transpira só ideologia, transpira também ignorância.
A arrogância vem-lhe do facto de achar que os portugueses são todos parvos.
Como todos os homens medíocres vive rodeado de inimigos por todos os lados e defendido por fiéis apaniguados de baixa qualidade que lhe dizem o que ele quer ouvir para fugir as suas fúrias.
Conheci ao longo da vida vários homens assim e descobri que não vão a lugar nenhum e quando desaparecem deixam grandes estragos para os que lhe sucedem.
Não deixam saudades.