A telenovela do PCTP-MRPP merece o Emmy

Garcia Pereira

Os Liquidadores Alistaram-se como Lacaios da Cofina, pelo Camarada Arnaldo Matos.

A família Garcia Pereira, as duas sandrinhas, Domingos Bulhão e o Alberto da Damaia alistaram-se como lacaios ao serviço da Cofina. A de Odivelas já se tinha alistado há muito tempo, arrastando o pateta do marido para as páginas das revistas cor-de-rosa do Grupo, com a ideia de o transformar num socialite de calças do tipo Lili Caneças. Para quem não conhece o grupo mediático onde esta canalha acaba de assentar praça, cumprir-me-á esclarecer que a Cofina é a maior sociedade de gestão de participações sociais (holding) de títulos de imprensa da direita fascista em Portugal, proprietária de cinco jornais (Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios, Destak e Metro), de cinco revistas (Flash!, TVGuia, Máxima, Vogue e Sábado) e de um canal de televisão, o CMTV, além de participações menores dispersas por outros órgãos ditos de comunicação social, como o Expresso e a TVI.

Desde que resolvi denunciar os patifes que encabeçam a corrente pequeno-burguesa reaccionária dos liquidadores, já recebi – e recusei liminarmente – onze convites de diferentes órgãos da dita comunicação social para entrevistas, incluindo cinco convites do Grupo Cofina, três da Sábado.

Ora, precisamente a Sábado da semana passada concedeu à família Garcia Pereira, Domingos Bulhão, à sobrinha Sandra Raimundo e ao desgraçado Alberto da Damaia a capa da revista e sete folhas profusamente ilustradas, onde a canalha pôde vomitar com avonde o seu ódio aos comunistas, à classe operária, ao PCTP/MRPP e à revolução portuguesa.

Quanto aos familiares de Garcia Pereira, que não são nem nunca foram militantes do PCTP/MRPP e nada têm a ver com o comunismo e com o movimento operário, cabe-me unicamente agradecer-lhes os insultos e calúnias que acharam dever bolçar sobre a minha pessoa, usando para local do vómito as páginas de uma revista fascista, controlada pelos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) – a nova Pide, nem menos – e um conhecido informador dessa polícia, encapotado de jornalista, o bufo Fernando Esteves, que também me pretendeu entrevistar e a quem mandei à merda, mandando também explicar–lhe que não falo com bufos da Pide.

Centro-me apenas em dois comentários, com relação às declarações do Domingos Bulhão e do triste Alberto da Damaia.

Domingos Bulhão era membro do comité permanente do comité central do Partido, responsável pelas contas, e desapareceu levando o dinheiro e os documentos do Partido, criando uma situação extremamente perigosa para a existência legal do PCTP/MRPP.

O Partido seguiu Bulhão até ao sítio onde ele se encontrou com o pide Fernando Esteves, no Centro Comercial Colombo, em Benfica. Domingos Bulhão saberá muito bem porque deveu encontrar-se com o pide clandestinamente. Em devido tempo, falaremos do caso, porque estamos a averiguar se Garcia Pereira, amigo íntimo de Bulhão, conhecia ou não estes encontros que já vêm de antes da sua suspensão do comité permanente do comité central.

No Centro Colombo, em encontro clandestino, Bulhão disse ao bufo Fernando Esteves que eu humilhara e enxovalhara Garcia Pereira, com uma carta que lhe enviei quando Garcia Pereira se preparava para abandonar as tarefas do Partido, fugindo para férias.

No meu modo de ver, não há nada de humilhante nem de enxovalhante na minha carta de 28.07.2015 a Garcia Pereira. Não passa de uma carta a um camarada sobre algumas divergências na preparação da campanha eleitoral, que estava realmente em perigo. E foi assim que ele, Garcia Pereira, a entendeu. Publico de seguida a minha carta a Garcia Pereira e a resposta de Garcia Pereira à minha carta, já que o pide Fernando Esteves, que com certeza terá as duas em seu poder, fornecidas por Bulhão, procurou manipular o caso.

Leitura complementar: Direito de resposta de Sandra Raimundo.

7 pensamentos sobre “A telenovela do PCTP-MRPP merece o Emmy

  1. PG

    Estes gajos vivem numa realidade paralela… Dir-se-ia que comem ao pequeno almoço cogumelos alucinogeneos à colherada.

  2. Charlie

    Confesso que não tive paciência para ler o enredo inteiro e fiquei apenas pelas 3 ou 4 primeiras linhas. Ainda assim foi o suficiente para me deixar uma pergunta a remoer a cabeça: quem são as duas sandrinhas crl???

  3. JMS

    De chorar a rir, esta saga do MRPP. Rui, por favor continue a postar tudo o que saiba sobre estes atrasados mentais. 🙂

  4. Miguel A. Baptista

    A democracia é a única forma de poder que tem uma fonte de legitimação aceitável, o voto popular. Mas não deixa de nos causar interrogações pensando que houve mais de 50.000 eleitores portugueses, maiores de idade, que votaram PCTP/ MRPP.

    Ou seja mais que um Estádio José de Alvalade, com lotação esgotada, votaram num bando de loucos, para os quais a entrada no Hospital Miguel Bombarda teria, talvez nas suas cabeças, a aura gloriosa da tomada do Palácio de Inverno pelos bolcheviques.

    Dá que pensar.

  5. Alexandre Carvalho da Silveira

    O “educador da classe operária” no seu melhor. Arnaldo de Matos foi sempre um pachola, uma espécie de palhaço que fazia rir toda a gente, que evidentemente não o levava a sério. Agora com 70s e tais, refinou-se e está cada vez melhor. É como o vinho do Porto feito a martelo, envelhece e ao mesmo tempo azeda.
    Nunca percebi porque é que o Garcia Pereira, que é um advogado bem sucedido e bem na vida com direito a veleiro na Doca de Alcântara e tudo, se tem prestado ao longo dos anos a fazer parte desta farsa que é o MRPP.

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