É proibido afirmar o óbvio

O vice-PM britânico Nick Clegg criticou o líder do UKIP por este afirmar o óbvio:

Mr Farage told Channel 4 News: “There is a very strong argument that says that what happened in Paris today is a result – and we’ve seen it in London too – is a result I’m afraid of now having a fifth column living within these countries.

“We’ve got people living in these countries, holding our passports, who hate us.

Quem se der a trabalho de verificar o perfil dos terroristas islâmicos poderá atestar a veracidade destas afirmações. Mas estaria a Clegg a criticar alguma extrapolação espúria por parte de Farage?

“Luckily their numbers are very, very small but it does make one question the whole really gross attempt at encouraged division within society that we have had in the past few decades in the name of multiculturalism.”

Encontram algo chocante? Só a reacção de Clegg que prefere continuar a ignorar o óbvio e a empurrar o assunto e o eleitorado para os extremos. Estes agradecem e aproveitam para vender o resto do seu programa. Este sim verdadeiramente chocante e perigoso.

12 pensamentos sobre “É proibido afirmar o óbvio

  1. DF

    É que se aparecerem três ou quatro casos de ebola, o país pára e tomam-se medidas. Se aparecerem três ou quatro carros em contra-mão, saltam logo soluções e dedos a apontar culpados aqui e ali.
    Nos casos mais recentes não, é apenas fruto da neblina, nada a temer, amanha já passou.

  2. k.

    Óbvio?
    Que disparate.
    Os terroristas de ontem eram franceses de pleno direito. E os terroristas em geral, não estão integrados na sociedade, nem multi nem uni cultural. Afinal, quantos “europeus de gema”, sem serem filhos de emigrantes, foram combater para o”Daesh”?
    E afinal, como disse o Farage (que é descendente de franceses e casado com uma alemã), estamos a falar de meia dúzia de idiotas, que os há de todos os credos.

    O que ele quer é extrapolar esta situação para uma onde seja permissivel começar a tratar cidadãos de forma … menos agradável, porque são “diferentes”.

  3. Miguel Noronha

    Os terroristas islâmicos de origem europeia são na sua maior parte descendentes de 2º (nalguns casos de 3ª) geração.

    Pelo menos na Europa, há alguns séculos não é comum os idiotas de outros credos matarem os infieis, herejes ou apóstatas e pretenderem o establecimento de estados teocraticos.

    Não estou a ver onde esta, nesta declaração, a extrapolação de Farage mas fará o favor de me a indicar claramente.

  4. k.

    “Francisco Miguel Colaço em Janeiro 8, 2015 às 15:24 disse: ”

    Certo.
    Mas “eles” são uma minoria irrisória (por mais perigosa que seja). Não me parece aceitável que por uma minoria de muçulmanos serem maluquinhos, se querer associar a (literalmente) aos restantes milhões de muçulmanos (praticante ou não praticantes, de esquerda e de direita) o mesmo tipo de ideias.

    Logo à cabeça, porque não as têm.

  5. MG

    Eles são uma minoria irrisória. Sempre a mesma conversa de treta do politicamente correcto. O dogmatismo idiologico, faz-lhes viver num mundo de fantasia onde o que conta não são os factos reais, mas sim o que querem que seja.

    “Poll reveals 40pc of Muslims want sharia law in UK”

    telegraph.co.uk/news/uknews/1510866/Poll-reveals-40pc-of-Muslims-want-sharia-law-in-UK.html

    http://www.gatestoneinstitute.org/4092/europe-islamic-fundamentalism

    “The “Six Country Immigrant Integration Comparative Survey”—a five-year study of Moroccan and Turkish immigrants in Austria, Belgium, France, Germany, Holland and Sweden—was published on December 11 by the WZB Berlin Social Science Center, one of the largest social science research institutes in Europe.”

    ” According to the study (German and English), which was funded by the German government, two thirds (65%) of the Muslims interviewed say Islamic Sharia law is more important to them than the laws of the country in which they live.”
    Three quarters (75%) of the respondents hold the opinion that there is only one legitimate interpretation of the Koran, which should apply to all Muslims, and nearly 60% of Muslims believe their community should return to “Islamic roots.” ”

    “The survey also shows considerable Muslim hostility towards so-called out-groups, which are viewed as threatening the religious in-group. For example, nearly 60% of the Muslims interviewed reject homosexuals as friends and 45% say Jews cannot be trusted.

    Here too, Muslims in Austria appear to be more fundamentalist than in other European countries: 69% of Muslims in Austria say they reject homosexuals as friends, 63% say Jews cannot be trusted, and 66% believe the West seeks to destroy Islam.”

  6. Francisco d'Orey

    Peço desculpa Miguel Noronha mas o que Nigel Farage afirma é de um populismo barato e de uma demagogia miserável. Os extremistas muçulmanos envolvidos em actos de terrorismo são a segunda ou terceira geração descendente de emigrantes que vieram para o Reino Unido depois da II guerra. A recente discussão sobre emigração no Reino Unido tem só a ver com a entrada de pessoas da UE oriunda especialmente da Europa de leste. Nigel Farage pode ter razão nalgumas coisas mas isto´é pura demagogia barata.

  7. Miguel Noronha

    O que é que é populismo e demagogia?
    Que é necessário ter cuidado com a imigração de países islâmicos?
    Que há uma “quinta coluna” entre a população islâmica que pretende implantar um estdo teocrático e disposta a cometer atentados?

    Ou também acha que é da austeridade?

  8. Francisco d'Orey

    O tema da austeridade é ridículo, penso que ambos estamos de acordo. Demagogia é tentar marcar pontos políticos ao querer associar a recente discussão interna sobre imigração ao fundamentalismo islâmico. Nigel Farage tem recentemente levantado a questão da emigração vinda da Europa de leste e não de países islâmicos. Existe um problema sério de fundamentalismo islâmico mas isso nada tem a ver com a recente vaga de imigração para o UK.

  9. carlos

    Os terroristas estão a ganhar e Obama tinha razão :
    Flashback: “The future must not belong to those who slander the prophet of Islam”

  10. MG

    .k
    O seu comentário dos advogados mulçumanos é absurdo. E os links que colocou, aposto que nem sequer os leu, ou leu com as mãos entreabertas à frente dos olhos . E apesar de os links que postou tentarem ser politicamente correctos na linguagem e na forma como apresentam os resultados . Os resultados desmentem-no categoricamente. E confirmam os mesmos +- 40 % querem a lei Islamica , que na sua opinião considera ser uma minoria irrisória.
    O que comprova realmente, o .k vive na fantasia, e o seu dogmatismo ideologico que não o deixa raciocinar corretamente.

    Vejamos no link do spectator diz o seguinte :

    “Our survey shows British Muslims don’t want sharia” ok sim senhor

    e depois deve-se er esquecido desta parte:
    “he overwhelming majority of our sample — we estimate a minimum of 65 per cent — brusquely repudiated the imposition of sharia in Britain ”

    E os outros 35 % o que querem ? Não e inconveniente dizer. Mas não o outro link que postou dá a resposta:

    ukpollingreport.co.uk/blog/archives/291

    “”61% of British Muslims said they thought of Britain as “my country”.”

    O que significa que 39% de muçulmanos britanicos negam a nacionalidade britanica .

    “Asked if they would prefer to live under Sharia law or British law, 30% said Sharia while 54% preferred British law”

    Apenas 54 % preferem viver com as leis britanicas. Leu bem, 54%.
    30% categoricamente afirmam que querem a lei Islamica . E quê dos outros 16% ?

    “28% of British Muslims agreed that they dreamt of Britain one day becoming an Islamic state”

    Tolerancia…
    “78% of Muslims thought that the publishers of the Danish cartoons of the Prophet Muhammed should be prosecuted, 68% thought those who insulted Islam should be prosecuted and 62% of people disagree that freedom of speech should be allowed even if it insults and offends religious groups.”

    Simpatia pelo ao terrorismo.
    ” NOP also asked if British Muslims thought that relgious leaders who supported terrorism should be removed – 68% agreed, with 22% disagreeing”

    Só apenas 68 % condena os seus lideres que suportam terrorismo
    22% afirmam que não querem que os seus lideres religiosos que suportam o terrorismo sejam retirados das suas funções . O que significa que os apoiam . Faltam 10% que não se sabe a sua opinião. O que é facil deduzir , que, quando se calam, significa que no minimo consentem e no máximo apoiam.

    “Cross-referencing these results, NOP characterised 9% of the Muslims they surveyed as “hardcore Islamists” – people who thought that it was perfectly okay to speak in support of terrorism, but thought people should be prosecuted for insulting Islam”

    Negação do holocausto
    “More seriously, only 29% thought that the holocaust occured.”

    Conclusão, os links que deu mostram que 30 % a 46 % querem a lei islamica . O terrorismo têm apoio e simpatia entre 22 % a 32% dos muçulmanos britânicos, e 9% são radicais islamicos, numa população de 3 milhoes de muçulmanos que vive no reino unido.

    O seu argumento .k, está totalmente desmentido, até os links que apresentou para defesa da sua posição o/a desmentem.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.