Venezuela: «Tenemos hambre!»

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«Tenemos hambre!», gritam, em desespero, as vítimas do socialismo.

O preço do socialismo é elevado. No seu estágio terminal, termina em fome. Dos panfletários a soldo do Governo, a resposta é a do costume: isto não está lá muito bem, culpa do neoliberalismo e dos especuladores, mas vamos corrigir isto. Como? Com ainda mais socialismo. O desfecho? Pois.

Há umas semanas atrás, a SIC explicava o fenómeno na Venezuela com a queda no preço do petróleo. Pobres noruegueses. Ou mexicanos. Mexicanos que, embora produzam mais petróleo do que a Venezuela, nem se dignam a ir para as ruas gritarem que têm fome. O mundo contra Maduro. Só pode ser golpe. Contra o socialismo.

É irónico que Marx tenha encontrado um determinismo na evolução da história, que evolui, segundo o materialismo dialético que propõe como teoria, do conflito entre classes. Por muito estapafúrdia que tal teoria seja, não deixa de ter o seu mérito: se há coisa que é certa é a falência do socialismo.

Para a próxima é que é.

Solidariedade Com A Venezuela Bolivariana

PCP_LogoTranscrevo aqui a nota de imprensa do PCP publicada hoje sobre a derrota esmagadora do Partido Socialista Unido na Venezuela:

Tendo-se realizado as eleições legislativas na República Bolivariana da Venezuela, onde após 17 anos (e 18 actos eleitorais em que foram derrotadas) as forças contra-revolucionárias alcançaram a maioria dos lugares no parlamento, o PCP expressa a sua solidariedade às forças reunidas no Grande Pólo Patriótico e, nomeadamente, ao Partido Socialista Unido da Venezuela e ao Partido Comunista da Venezuela, com a confiança de que as forças progressistas e revolucionárias venezuelanas encontrarão as soluções que defendam o processo revolucionário bolivariano e as suas históricas conquistas que tão importante repercussão têm tido na América Latina.

O PCP salienta que estas eleições se realizaram no contexto de uma conjuntura económica particularmente desfavorável em resultado da baixa do preço do petróleo e no quadro de grandes operações de desestabilização e boicote económico dos sectores mais reaccionários venezuelanos articuladas com a ingerência do imperialismo contra a Revolução Bolivariana.

O PCP alerta para a tentativa do imperialismo utilizar os desfavoráveis resultados eleitorais na Venezuela para intensificar o seu combate aos processos de soberania e progresso social que tem subtraído o continente latino-americano ao seu domínio e apela à solidariedade com os povos e as forças progressistas e revolucionárias venezuelanas e de toda a América Latina.

Convém recordar que o PCP é um dos partidos que faz parte da Frente de Esquerda liderada por António Costa.

Entretanto No Paraíso Socialista Venezuelano

venezuelaNa Venezuela, pela primeira vez ao fim de 16 anos, a oposição obtem uma maioria parlamentar: 99 lugares da Mesa da Unidade Democrática contra 46 do Partido Socialista Unido de Nicolás Maduro. O partido da oposição poderá ainda alcançar uma maioria parlamentar de dois terços, o que lhe permitirá rever a constituição (fonte)

E qual a justificação de Nicolás Maduro para esta derrota?

O sucessor de Hugo Chávez responsabilizou os líderes empresariais e outros opositores de sabotarem a economia levando à derrota nas eleições. “A guerra económica triunfou hoje”.

Acrescentou ainda que “na Venezuela não triunfou a oposição”, triunfou “um plano contrarrevolucionário para desmantelar o Estado social-democrático de justiça e de direitos”, vincou.

Os líderes socialistas conseguem de facto ser muito engraçados. Deve ser da sua costela Groucho-Marxista.

E assim vai a Venezuela

Pessoas a serem executadas à luz do dia. Recordemos que partidos como o Podemos ou o Syriza, que aliás foram financiados pela Venezuela, vêm nesta um exemplo a seguir.

Atenção: conteúdo sensível para pessoas facilmente susceptíveis.

Venezuelanos postam vídeos de saques a supermercados

Enquanto na Grécia, a deriva para a esquerda parece estar a ser travada a fundo, na Venezuela a marcha para a libertação completa dos bens materiais continua determinada. Segundo a BBC Brasil, nas redes sociais, venezuelanos compartilham vídeos de saques a supermercados:

Toda semana, vídeos mostrando pessoas saqueando um supermercado ou caminhão são compartilhados nas redes sociais pelos venezuelanos. Alguns são vistos milhares de vezes e mostram a crise de abastecimento de alimentos pela qual passa o país.

Com sua moeda em queda livre e altas taxas de inflação, a falta de produtos básicos tornou-se a norma na Venezuela. A crise se instaurou no início do ano, quando milhares de pessoas postaram fotos na internet de prateleiras vazias – e, agora, a situação parece ter piorado.

Fica também uma imagem do Twitter: 150713131927_saqueos5

Empresas Estratégicas

Venezuela O governo de Nicolás Maduro na Venezuela assumiu o controlo de uma cadeia privada de supermercados. Directores e executivos da empresa Dia a Dia foram presos sob acusações de “desestabilizar a economia”. Maduro afirmou ainda que a empresa em causa estava “a fazer guerra conta a população” – afinal de contas, não se consegue sobreviver sem comer.

Leitura complementarVenezuela ativa «comando popular militar» contra «guerra económica»

Andamos a sabotar o socialismo bolivariano

No Diário de Notícias

O Presidente da Venezuela acusou no sábado os distribuidores privados de alimentos de estarem a fazer uma “guerra económica” contra os venezuelanos e denunciou que os produtos importados para abastecer o mercado local vão parar a outros países, incluindo Portugal.

“Se investimos em dólares e em bolívares para importar, para produzir (…) porque é que, pelas redes privadas, os produtos acabam em Cúcuta, em Bucaramanga, em Bogotá, em Cali (todas elas localidades na Colômbia), em Aruba, em Miami (EUA) e até em Portugal”, questionou Nicolás Maduro.

LEITURA COMPLEMENTAR: As Virtudes Do Socialismo

As Virtudes Do Socialismo

No capitalismo, a comida espera pelas pessoas; no socialismo, as pessoas esperam pela comida.

O vídeo abaixo mostra filas intermináveis nos acessos aos supermercados na Venezuela que se encontram sob protecção militar. No final da espera, os clientes ainda têm de se deparar com a séria possibilidade de que os artigos que desejam comprar estejam esgotados.

Leitura complementarVenezuela’s food distribution under military protection