
Paira um estranho silêncio sobre Varoufakis. Não do próprio, embevecido pelo mediatismo que circunda a nova referência intelectual da esquerda antiga, mas dos media, em particular dos portugueses, sobre o seu plano B, assumido pelo próprio e confirmado por Ambrose Evans-Pritchard, do Telegraph:
E que plano B era esse? Consistia em desenvolver, à margem da lei, da Troika e do conhecimento público, um sistema bancário paralelo que permitisse um sistema de pagamentos entre contribuintes. O número fiscal serviria de identificador, análogo ao número do cartão de crédito, e, quando o sistema fosse activado, os contribuintes receberiam um PIN para validar as transacções. O sistema era vis-à-vis com o Euro até ao momento em que, palavras do próprio Varoufakis, fosse necessário converter em drachmas, algo que poderia ser feito numa noite. Mais grave ainda, Varoufakis convidou um amigo, professor na Universidade de Columbia, para entrar de forma ilícita no sistema do IRS, o que configura terrorismo de Estado.
Demasiado surreal para ser verdade? Existem transcrições verbatim do plano de Varoufakis. Sendo verdade, e tudo parece indicar que é, Schauble sai reforçado — não há espaço no Euro para a Grécia.
Adenda: foram publicadas as gravações.