Capas de Jornal Que Envelheceram Mal

Porque recordar é viver, convém lembrar como a comunicação social portuguesa celebrou apresentou a vitória do Syriza na Grécia em 2015.

Aguardemos pois pelas capas dos jornais de amanhã.

A Vitória do Syriza É Um Sinal de Mudança Que Dá Força Para Seguir a Mesma Linha?

Em 2015, a esquerda (em particular a Portuguesa) rejubilava com a vitória do Syriza. Prometia-se “o bater do pé à União Europeia” e o fim da austeridade. António Costa reagia assim:

Quatro anos de mais austeridade grega depois, os gregos já não acreditam em histórias da carochinha Tsipras, e depois das eleições de hoje, o governo do Syriza será substituído por um governo de Direita que pode vir a ter maioria absoluta.

Na Europa, Portugal e Espanha ficam cada vez mais isolados à esquerda.

Vá, António Costa: se a vitória do Syriza dava força para seguir a mesma linha, a derrota do Syriza dá-te força para o quê?

Deve Ser Isto O Virar Da Página Da Austeridade Na Grécia

O governo grego acaba de aprovar um pacote de austeridade que inclui corte nas pensões e aumentos de impostos no valor de 5400 milhões de euros ao mesmo tempo que a polícia se confrontava com protestos violentos de manifestantes. Imagem retirada daqui.

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Vale a pena recordar que na longínqua data de 11 de Abril de 2016, António Costa e Alexis Tsipras apareciam juntos contra a austeridade  – imagem abaixo retirada daqui.

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Na Grécia, O Virar da Página da Austeridade Foi Assim

Vale a pena comparar as previsões macro-económicas para a Grécia antes e depois do Syriza tomar posse e “virar a página da austerdade”. A imagem foi retirada daqui.

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Vamos ver que resultados é que o Governo da Frente de Esquerda consegue em Portugal. É que infelizmente, o Excel maravilha do Mário Centeno, por mais multiplicadores que multiplique, ainda não tem o poder de conseguir moldar a realidade.

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A Vitória do Syriza: Um Sinal De Mudança Que Dá Força Para Seguir A Mesma Linha?

Parlamento grego aprova austeridade:

O Parlamento grego aprovou na madrugada de domingo o Orçamento do Estado para 2016, o primeiro desenhado pelo Governo de Alexis Tsipras e centrado na poupança, no agravamento dos impostos e em cortes na despesa, sobretudo nas pensões.

Tal atitude do Syriza não poderia ficar completa sem uma parte cómica, que sem dúvida contribuirá para a felicidade dos Gregos e que deixará a Catarina Martins orgulhosa:

Segundo Tsipras, a acção do executivo grego “está nos antípodas” da política neoliberal defendida pelos governos anteriores.