Presidenciais 2016

As Legislativas terminaram que comecem as Presidenciais.

O Público tem hoje uma sondagem muito interessante sobre as Presidenciais:

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Depois da noite eleitoral de ontem, em que tantos disseram que havia em Portugal uma “maioria de esquerda”, a questão é: Onde está essa maioria?

Os Seguristas têm uma candidata com 17%, os Costistas têm um candidato com 10%, o PS histórico tem pouco mais de 1% e outros (PCP?) tem mais 1%.
A direita tem 2 candidatos, com 49% e 15%.

Em Portugal, muitos votos não têm “dono” e muitos políticos enriqueceriam se fosse possível converter para dinheiro a diferença entre o que valem e o que pensam que valem (ontem a esquerda foi abundante de exemplos, dos maiores aos pequenos).
Que lhes sirva de aviso para esta nova campanha que agora começa.

Infografia do Público

O que é uma infografia? Uma representação visual para ajudar à compreensão?
Nope. Um instrumento para outros fins. Reparem nesta (Público.pt) (referido aqui)

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Onde estão os deputados insulares do PSD? Na direita não, na esquerda.
Onde estão os deputados da emigração? No centro não, na esquerda.
O que representa a linha a cinzento no meio? Assim, nada.

Curiosidades…

O Que Os Resultados Dizem Sobre As Sondagens

Ao contrário do que algumas pessosa previam, não se verificou um efeito Reino Unido ou Grécia. A precisão das sondagens face aos resultados finais não deixa de ser impressionante.

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Nota: o erro médio na tabela é calculado como a média das diferenças em valores absolutos para os resultados dos quatro partidos mais votados e utilizando os valores das últimas sondagens disponíveis.

Passos é o primeiro líder de um país sob programa a ser reeleito

Passos é o primeiro líder de um país sob programa a ser reeleito, no Económico.

“Se após quatro anos de austeridade, a coligação vencer com uma maioria muito expressiva próxima da maioria absoluta, Portugal pode transformar-se num case study”, afirmou ao Económico o professor de ciência política do Instituto de Ciências Sociais (ICS), António Costa Pinto.

Ok, não houve maioria. Mas houve uma vitória pioneira.
Pela minha parte, sinto muito orgulho em ser Português e não Grego.
Tal como em 1974, mostramos o caminho a Espanha.
Tal como em séculos passados, mostramos resiliência em situações extremas.

#Orgulho

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Liga dos Últimos

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Resultados no Distrito de Lisboa

Isto é tudo muito bonito, mas… não há só 4 listas.

Fazendo uma leitura rápida dos outros, temos:

Para memória futura, fica aqui o texto do Rui Tavares quando pensava que ia ser deputado:

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Conclusão: Em Portugal, é difícil entrar no sistema. A visibilidade é pequena, a ausência de uma máquina que mantenha a “attention spam” do público não ajuda, e a inexperiência dos líderes (quem não se lembra da Isabel Carmo, que matava gatos à bomba) faz o resto. Parece que 2015 ainda não foi o ano dos pequenos partidos.

Para se rirem até adormecerem, fica aqui o Programa do único que entrou no parlamento.

A decisão de Costa… por agora

António-CostaAntónio Costa só tinha más opções.

  1. Demitir-se. Mas para isso era preciso características pessoais que ele não tem.
  2. Embarcar na conversa de Jerónimo e Catarina Martins. Mas tem medo de ’87.
  3. Sustentar o governo.

Foi pela 3ª hipótese. Mas sabendo quão esguio e invertebrado é, podem começar as apostas sobre o mês em que o seu apoio soçobra.

Eu aposto no Orçamento 2016.