Acima de qualquer suspeita (edição argentina)

Na Argentina, outra heroína do povo diz serem “irracionais” quaisquer suspeitas contra si e contra o seu governo. Mesmo depois de um procurador ter sido encontrado morto na véspera de ir testemunhar no processo do atentado contra a Associação Mutualista Israelita Argentina que o seu governo é acusado de encobrir em troca de uns favores petrolíferos de Teerão.

O sistema judicial soarista

No Jornal de Notícias

O juiz que decretou a prisão de Sócrates voltou a não ser poupado por Soares. “Que esperam as pessoas que o prenderam para lhe pedir desculpa e o libertarem?”, pergunta o ex-presidente da República, alegando que Sócrates “conseguiu pôr tudo em pratos limpos” quando, anteontem, respondeu, por escrito, a seis perguntas que lhe foram endereçadas pela TVI, através do advogado João Araújo. Sócrates, sustentou, noticiou “a inutilidade das acusações falsas que lhe foram feitas”.

Presume-se que o método de prova descrito só funcione para os camaradas do partido.

Em plena “silly season” (4)

O autarca foi chamado no âmbito da análise da providência cautelar que interpôs contra a empresa proprietária da revista Porto Menu, gerida por Manuel Leitão. O empresário colocou na capa da última edição a inscrição “Rio és um FDP”. O autarca garante que foi insultado de “filho da puta”, Leitão diz que quis chamar-lhe “fanático dos popós”.

Perante a pergunta da juíza Lina Baptista sobre se tinha “uma paixão profunda por automóveis”, Rio foi sucinto:: “Não”.(…)

Depois de ser ouvido, já à porta do tribunal, Rui Rio criticou o facto de ter sido chamado a esclarecer se era um fanático dos popós, garantindo que este é mais um exemplo “de como está a justiça portuguesa”, e declarou-se “triste” pela “forma como o tribunal está a tratar isto”. “Sinto-me triste, nunca pensei chegar a esta idade e ver o regime a degradar-se como está”, afirmou