Vamos ser felizes?

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Para nosso deleite, a extrema-esquerda, que hoje vai do último parlamentar do PCP até três quartos da bancada do PS, aposta na comédia como modo de vida. Para nossa desgraça, um morto-político por enterrar depende deles, e estes agora transformam piadas em leis. E assim, porque «as crianças reprovavam no 3º ano com receio de chegar ao 4º e fazer a prova» — jura-nos Joana Mortágua, fidalga de bombista — acabe-se com a tormenta.

Afinal, «sofrer não faz bem». É Catarina Martins quem o diz, e não há que duvidar. De sofrimento percebem os socialistas. Não desejamos coisas más aos nossos filhos, pois não? Pobre coitado, estudar quando podia estar a jogar Playstation? Fazer os trabalhos de casa quando podia estar a jogar à bola? Comer a sopa quando podia estar a comer o hambúrguer? Ter um 18 quando pode ter um 10, arredondado de 9.5? Pensar quando pode ser deputada pelo Bloco?

Já se está a rir? Ainda bem. Catarina Martins gosta dos «cirurgiões que saibam dar gargalhadas». Dos que apreciem o Blackadder e os Monty Python. Não sabemos se todos preenchem os critérios, mas pela qualidade da argumentação pelo menos um sabia fazer lobotomias. Se a somar a tudo isto também não souber o que se comemora no 1º de Dezembro, então parabéns, qualifica-se para Primeiro-Ministro de um governo de esquerda feliz.

 

Em tom mais sério, ler a crónica do Alexandre Homem Cristo no Observador.