Como Destruir Uma Economia Numa Lição

Genial! O caminho da prosperidade sempre esteve à frente dos nossos narizes e nós nunca até hoje o conseguimos vislumbrar. Felizmente, por graça divina, o governo de António Costa, seguindo a cartilha do Bloco de Esquerda (esse partido amigo da liberdade, do desenvolvimento e do crescimento económico com grandes exemplos de successo como a União Soviética, Cuba, Venezuela e a Coreia do Norte) descobriu que o caminho para a prosperidade é aumentar os impostos sobre as famílias!

Em particular, o caminho da prosperidade passa por tributar com particular agressivididade e violência as pessoas que mais investem, mais trabalham, mais produzem, mais emprego criam e mais riqueza geram.

E isto, numa altura em que Portugal já é o quarto país da OCDE com a maior taxa marginal máxima – uns inacreditáveis 72%. Para colocar em perspectiva estes 72%, é como se estas pessoas trabalhassem todos os dias desde o dia 1 de Janeiro até meados de Setembro apenas para pagar impostos para o estado… …e isto todos os anos.

Consequências óbvias que qualquer pessoa com um neurónio minimamente funcional consegue inferir: menos trabalho, menos produção, menos emprego, menos riqueza, menos investimento e maior emigração – e isto, afectando sobretudo as pessoas mais talentosas, mais qualificadas, mais engenhosas e mais empreendedoras que são precisamente as que o país mais necessita.

Mas pronto, se a António Costa e a Catarina Martins lhes foi revelado num sonho esta profecia de que o caminho da prosperidade é este, deve ser mesmo porque é. Boa sorte lá com isso!

Extorsão Fiscal (II)

Via o twitter do Lx_Liberal, deixo uma análise muito interessante sobre o rendimento dos trabalhadores, o custo para os empregadores, e o rendimento que vai para o estado. Na tabela abaixo (falta ajustar para 14 vencimentos/11 meses trabalhados – o que aumenta o custo mensal para empregador, mas fica a ideia), podem observar que quem aufere 1000 euros mensais, o custo para o empregador é de 1238 euros; e destes 1238 euros, o trabalhador recebe 770 euros e o estado recebe 467 euros ou 38%. A partir do momento em que um trabalhador receba 1900 euros líquidos mensais, como resultado do trabalho desse trabalhador, o estado passa a receber um valor maior do que recebe o próprio trabalhador.

Afinal de contas, quem é que de facto explora os trabalhadores?

Leitura Complementar: Patrões, Esses Exploradores – O Estado É Um Benfeitor

Extorsão Fiscal (I)

Portugal, como sempre, encontra-se do lado errado dos rankings.

Considerando a taxa de imposto marginal máxima sobre o rendimento individual (dados detalhados retirados daqui e imagem daqui) – que inclui imposto sobre o rendimento (IRS), contribuições para a segurança social e IVA, Portugal tem a quarta taxa mais elevada da União Europeia no valor de 71,8% ! ! ! Um Steve Jobs que estivesse em Portugal e que num ano ganhasse um milhão de euros, iria pagar nesse ano 718.000 euros ao estado! E os políticos portugueses ainda se admiram como é que os recursos humanos mais talentosos emigram do páis.

Em relação aos impostos sobre as empresas (dados detalhados retirados daqui), a situação não é muito diferente. Portugal continua a ocupar um infame quarto lugar na lista da taxa efectiva sobre as empresas com uma taxa de 27,5%.