Entretanto em Espanha (tal como na Venezuela), os malvados dos empresários conspiram entre si para desacreditar as políticas económicas socialistas…
A imagem acima foi retirada daqui.
Entretanto em Espanha (tal como na Venezuela), os malvados dos empresários conspiram entre si para desacreditar as políticas económicas socialistas…
A imagem acima foi retirada daqui.
Claramente um visionário, Pablo Iglésias disse depois de votar aos jornalistas: “Vamos ganhar, mas, em qualquer caso, mantenho a mão estendida ao Partido Socialista” Operário Espanhol (PSOE), afirmou o líder do Unidos Podemos, sublinhando que “ninguém quer” a realização de terceiras eleições. (fonte)
Vale a pena analisar o número de votos ganhos e perdidos em relação à eleição anterior que teve lugar em Dezembro de 2015 (com 99,99% dos votos contados – fonte):
Aqui ficam também os resultados finais (fonte):
Contados que estão cerca de 90% dos votos na Catalunha, regista-se a vitória da plataforma separatista Junts Pel Sí (Juntos Pelo Sim) ainda que sem maioria parlamentar. No entanto, é possível que este partido se coligue com o partido de esquerda CUP também pró-independência para obter uma maioria no parlamento. Votaram mais de 77% dos eleitores, um valor recorde (fonte).
É indiferente que o capitalismo, com a globalização do comércio e a inovação tecnológica, haja conseguido aumentar exponencialmente a produtividade, assim como arrancar milhões de pessoas da pobreza, especialmente nos lugares mais povoados como a China, a Índia ou o Brasil. Apesar da evidência empírica, em Espanha e, inclusive, nos Estados Unidos, há muitos compatriotas que pensam, equivocadamente, que o mundo está hoje bastante pior do que há décadas.
De Espanha e sobre Espanha, poderia ser sobre Portugal. Reflecte bem como o pensamento único se entrincheirou, para nosso pesar, no discurso público. Em países onde a despesa pública é superior a 50% do PIB e onde fazer um bom negócio é crime de lesa-pátria que deve ser taxado, a propaganda das teses neoliberais que se espalharam pelo mundo só pode ser brincadeira. De propangadistas, de lunáticos ou de ambos.
A ler: Há que matar o pensamento único, de Miguel Angel Belloso.
Um vídeo muito bom do Peter Schiff que fala sobre a situação do desemprego em Espanha, mas que em grande parte se pode aplicar a Portugal.
Mais um exemplo de má despesa pública. A Espanha decidiu gastar 2,2 mil milhões de euros dos contribuintes num programa de desenvolvimento e construção de quatro submarinos pelos estaleiros públicos Navantia. O programa, designado de S-80, foi anunciado com o ambicioso propósito de “criar o submarino mais moderno do mundo“. Creio que um político iluminado qualquer espanhol deve ter achado que era um programa ‘estratégico’ (esta palavra serve para justificar qualquer coisa), com efeito multiplicador, gerador de crescimento e emprego, e que levantaria a moral da nação. É que não bastava comprar submarinos a uma empresa existente que já possuisse experiência e know-how na construção de submarinos. Havia que, patrioticamente, desenvolver e construir os submarinos em Espanha.
Porém, após terem gasto 530 milhões de euros, os engenheiros chegaram à conclusão que o primeiro dos quatro submarinos, o Isaac Peral S-81, tem peso a mais, e uma vez no mar, o submarino se afundaria até bater no chão do oceano.
A solução agora passa por reduzir o seu peso ou aumentar o seu tamanho (cada novo metro custará 7,5 milhões de euros), o que implica um atraso na entrega entre 12 a 24 meses. É enviar a conta para o contribuinte se faz favor.
LEITURA COMPLEMENTAR: Moral hazard and the financial crisis
(*) Não sei a expressão equivalente em espanhol
A acção de “expropriação alimentar” ontem executada deputado comunista Juan Manuel Sánchez Gordillo é um exemplo da prática comunista. Em vez de distribuir as suas posses pelos necessitados prefere praticar caridade à custa de terceiros recorrendo ao roubo sem qualquer pudor ou remorso.
Num escândalo que afecta o anterior governo socialista de Espanha, o jornal El Mundo revelou ontem uma rede de corrupção que envolvia altos funcionários do Ministério do Interior que através de uma empresa de fachada faziam escutas que lhes permitia vantagem em concursos públicos. Entretanto, hoje foi revelado que a mesma empresa foi utilizada para fazer escutas na sede do Partido Popular, então na oposição.
Resta apenas dizer que o responsável político do Ministerio na altura do escândalo era o actual líder do PSOE, Alfredo Pérez Rubalcaba.