Muito interessante o gráfico abaixo retirado daqui que revela os orçamentos dos diferentes partidos com assento parlamentar para a campanha das eleições para o parlamento europeu.
É curioso observar que a grande maioria dos partidos esperam que as subvenções estatais, pagas com o dinheiro de todos nós contribuintes, cubram a maior parte do orçamento da campanha eleitoral. Mesmo o CDS-PP que não prevê receber ajudas estatais, tem despesa orçamentada suficiente para poder vir a beneficiar delas caso venha a eleger um deputado, de acordo com a lei eleitoral.
E ainda dizem que não há margem para cortar nas despesas do estado.

Relativamente aos partidos “mais pequenos”, o orçamento é o seguinte (fonte e fonte):
- Chega / Basta – 500 mil euros de orçamento, prevê receber 400 mil euros de subvenções estatais.
- Aliança – 350 mil euros de orçamento, prevê receber 350 mil euros de subvenções estatais.
- PDR – Partido Democrático Republicano – orçamento de 62.500 euros, não prevê subvenções estatais.
- Iniciativa Liberal – orçamento de 28.000 euros, não prevê subvenções estatais. Aliás, tanto quanto tenho conhecimento é o único partido que assume publicamente que não aceitará subvenções do estado para a sua campanha eleitoral, mesmo no caso de eleger um eurodeputado (fonte).
- PCTP-MRPP – orçamento de 16.000 euros, não prevê subvenções estatais.
- Livre – orçamento de 11.650 euros, não prevê subvenções estatais.
- PURP – Partido Unido dos Reformados e Pensionistas – orçamento de 5.000 euros, não prevê subvenções estatais.
- PNR – Partido Nacional Renovador – 1.800 euros de orçamento, não prevê subvenções estatais,
- PTP – Partido Trabalhista Português – 1.000 euros de orçamento, não prevê subvenções estatais.
De entre os “partidos pequenos”, destaque para os orçamentos a coligação Basta e para o partido Aliança com um orçamento superior ao do CDS-PP e que contam cobrir na sua grande maioria com subvenções estatais.
De referir ainda que além da imoralidade das subvenções estatais, estas subvenções servem para defender e proteger os partidos grandes já confortavelmente instalados no mundo político português e para criar barreiras à entrada de novos partidos.
Leitura complementar: Europeias. Partidos contam gastar 4,9 milhões de euros na campanha eleitoral