Um dia, todas as dissidências ao “consenso europeu” serão severamente punidas

Conservative MEP Martin Callanan (…) has repeatedly criticised bank bailouts as wasting taxpayers’ money and talked in favour of eurozone exits for some countries. According to Callanan, the alternative strategy is for the eurozone to reduce in size so that some countries have the ability to devalue their way back to relative competitiveness.

Durão Barroso não terá gostado das sugestões de eurodeputado britânico que acusou de estar a “deliciar-se com as dificuldades do euro. Acusou-o ainda de ser “divisivo” e de minar o “consenso” (!!!) sobre a necessidade de fortalecimento da zona euro que (jura) engloba também os países dela excluidos.

Só nós é que podemos manipular o mercado

Jornal de Negócios (meus destaques)

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse hoje, em Estrasburgo, que “alguns bancos” têm ainda que aprender a lição da crise e deixar de manipular os mercados e que Bruxelas deve prosseguir esforços de regulação.

A comissão europeia não abdica nem pretende partilhar o monópolio da manipulação dos mercados. Economia de mercado? Livre concorrência? Mercados desregulados? Contem-me histórias…

Easter Egg de Durão Barroso

Presidente da Comissão Europeia diz que os culpados da crise são os EUA… esperado.

Presidente da Comissão Europeia diz que a Europa não tem lições a aprender… estranho, mas ainda assim.

Presidente da Comissão Europeia acaba a 1ª frase de um discurso em Inglês com “fø#@=$€”… esta sim, foi para levar a sério!

(Easter Egg é uma pequena prenda escondida, geralmente num jogo e computador) (Wiki-PT) (Exemplo)

Exemplar

Está no ADN dos políticos a incapacidade (ou pelo menos a tentação) de assumir os seu próprios erros. Se Sócrates culpava a UE pela crise doméstica, Durão Barroso culpa os EUA pela crise na UE. Indepedentemente da sua origem, a crise financeira veio por a descoberto as fragildades de algumas regiões, países e instituições. E atitudes como as de Sócrates e Barroso são exactamente a razão pela qual se perde tanto tempo a atacar “homens de palha” e a aplicar remendos inúteis em vez de se avançar para as soluções eficazes. Para terminar, registo mais uma vez, a sobranceria dos líderes da UE que mesmo perante o colapso das suas economias e das instituições comunitárias continuam a pretender dar lições ao mundo acerca da superioridade do “modelo social europeu”. Não aprendem.

Como as coisas mudam

O presidente da Comissão Europeia disse hoje que a União Europeia não está em Los Cabos, México, para receber lições em termos de democracia ou de gestão económica dos seus parceiros do G20, alguns dos quais nem são democracias

Nos idos 2008 perante um crise que na altura parecia confinada aos EUA os lideres da UE faziam prelecções acerca da superioridade do “modelo social europeu”, o novissimo “fim da História”. É chato estar do outro lado, não é?