Uma breve apresentação da lista do PS. Para que haja memória.

Lista PS Europeias

Recolha retirada do Facebook de João Rodrigues.
Para que saibam a gentalha que vai a votos na lista rosa, para complementar este artigo sobre a condenada do Montijo.

LIP Service

Esta história começa como tantas outras de forma perfeitamente razoável: Zorrinho deixou de ser líder parlamentar do PS.

Ao sair, Zorrinho deve ter apanhado algures o aforismo “Pessoas brilhantes falam sobre ideias. Pessoas medíocres falam sobre coisas. Pessoas pequenas falam sobre outras pessoas.” e vai daí foi coordenar o novo Laboratório de Ideias e Propostas.

Oh meus amigos, como é que uma pessoa cujo contributo principal para o debate de ideias foi uma versão provinciana do Animal Spirits – “Os portugueses, em vez de orgulhosos, estão tolhidos de medo de serem quem são, por uma governação pobre e empobrecera.”, aqui, via João Miguel Tavares – vai contribuir para a resolução dos problemas do país?

Ou muito me engano, ou o que vai sair do LIPP é lip service* às expressões do costume: plano para o crescimento, clusters de inovação, necessidade de estímulo, há vida para além do défice, a economia não aguenta mais, … Afinal, esta é uma daquelas histórias de horror, em que já vimos que a teenager vai ser morta se seguir sozinha e a gritar em direção à piscina, só que não podemos fazer nada para o evitar.

* lip service – Verbal expression of agreement or allegiance, unsupported by real conviction or action; hypocritical respect

Hollande e Zorrinho ou “eu (ainda) quero acreditar”

Ainda em Maio os socialistas depositavam na vitória de François Hollande em França a esperança de que resolvesse muitos dos males europeus. Mas a expectativa foi esvaziando e agora há até quem mostre decepção com a intervenção europeia do socialista francês. No entanto, o que surpreendeu mais o PS foi a declaração de há dois dias do presidente francês sobre o fim da crise da zona euro. (…) O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, gostava de acreditar: “A crise da zona euro não ficou para trás, mas quero acreditar que Hollande tem alguma informação que lhe permita ser optimista em relação ao futuro.”

Em plena “silly season” (3)

Excerto de “Os Dias Contados” de Alberto Gonçalves (Diário de Notícias)

Recentemente, o jornal i perguntou a Vasco Graça Moura qual seria a sua primeira medida caso fosse ministro ou secretário de Estado da Cultura. Graça Moura respondeu: “provavelmente seria pedir a demissão”, no sentido de que não quereria ocupar nenhum dos cargos. Carlos Zorrinho, astuto líder parlamentar do PS, ofereceu à humanidade a sua inter-pretação da frase: dado que o secretário da Cultura depende do primeiro-ministro, Graça Moura pediu a demissão do primeiro- -ministro durante uma entrevista em que se fartou de o elogiar.

Há dias, o referido Pedro Passos Coelho gritou: “Que se lixem as eleições, o que interessa é o bem de Portugal”, no sentido, talvez fingido, de que se deve governar no interesse de todos ao invés de o fazer em benefício das próprias clientelas. Num ápice, o dr. Zorrinho explicou que quem se está a lixar para as eleições está a lixar-se para os eleitores.

Assim é difícil. Uma coisa é a sofisticação do nosso debate político andar pelas ruas da amargura. Outra é o deputado Zorrinho conduzir o debate pelos becos da radical incompreensão. Não tarda, sempre que um membro do governo ou alguém conotado com o PSD disser “Bom dia!”, logo saltará o dr. Zorrinho a explicar que o sujeito em causa afirmou claramente o nojo ao povo português e o desejo de que este padeça vítima de calamidades diversas. Para cúmulo, não adiantará ao sujeito tentar esclarecer o equívoco, já que o dr. Zorrinho usará o esclarecimento a fim de acusar o infeliz de maldades ainda piores. Consta que o dr. Zorrinho ensina Gestão da Comunicação. Ensina, não aprende.

Em plena “silly season” (2)

Num jantar com deputados do PSD, com alguns ministros e com a presidente da Assembleia da República, Pedro Passos Coelho disse que não queria saber para nada de eleições (que se “lixem” foi a expressão). Houve logo algumas pessoas biblicamente estúpidas para interpretar a frase de uma maneira que nem a ocasião nem o contexto permitiam. Uns concluíram que o primeiro-ministro se estava a “lixar” para a democracia. Outros – o que não passa de uma variante – que a opinião dos portugueses não lhe interessava. Quase ninguém percebeu (ou muita gente resolveu fingir que não percebia) o que Passos Coelho claramente comunicou às suas tropas. A saber: que o Governo não mexeria um dedo para ajudar o partido na série de eleições que se aproximam (Açores, câmaras, Parlamento Europeu)

Vasco Pulido Valente no Público. Leiam aqui a versão integral.

Confiram as delirantes interpretações de Daniel Oliveira, Carlos Zorrinho e Arménio Carlos.