“Os resultados são impecáveis”. “Inquestionáveis!” “Quem por um capricho andar a incendiar e matar gente na Venezuela, não tem nome”. Está dito.
Sendo Capriles governador, isto é apenas um corolário…
“Os resultados são impecáveis”. “Inquestionáveis!” “Quem por um capricho andar a incendiar e matar gente na Venezuela, não tem nome”. Está dito.
Sendo Capriles governador, isto é apenas um corolário…
O seguinte texto foi escrito pela minha amiga Elisabete Coutinho após mais uma visita à família na Venezuela:
A esquerda internacional enche a boca com as glórias da suposta «divisão igualitária de fortuna» que aconteceu na Venezuela chavista e odes ao morto que mal conhecem. Não sei que Venezuela visitaram. Ou melhor, visitaram a Venezuela como visitaram a Rússia comunista, a Cuba castrista e a China maoista: pelos manuais da propaganda quase alucinogénica que ainda circulam, a tentar vender aos ainda crentes no Estado intervencionista que o de cada um devia passar a ser de todos e que os paraísos terrenos são estes poços fundos do reconhecimento do esforço pessoal, onde o de muitos se converte em quase nada.
A Venezuela onde passei um mês, mais do que uma crise económica, sofre uma profunda crise social. Há petróleo a rodos, a cerveja é quase dada, a comida local abunda, há uma atividade comercial próspera, há centros comerciais onde avidamente se gastam os dólares levantados do cartão de crédito, como se a América fosse a miragem de todas as liberdades e glórias do bem-estar, e o dólar o colírio para todas as dores políticas.
A Venezuela que vi não tem conforto, não conhece o bem-estar, esqueceu a tranquilidade, sabe que o dia pode acabar com um tiro a entrar pela janela do carro ou com um familiar raptado numa estação de gasolina, e reclama, reclama, reclama, sonhando com saltar as fronteiras rumo a qualquer lado longe dali, com a cor política a dividir famílias e a matar amizades num povo tradicionalmente ameno de caráter.
Hugo Chavez minou a juventude venezuelana com a mesma arrogância que sempre o caracterizou; a educação oscila entre a verdade propagandista e a impossibilidade de uma discussão saudável e divergente com esta segunda geração nascida no chavismo, que se esquece que essa América sonhada admite que eu pense branco, e tu penses vermelho, e continuemos a sentar-nos à frente de uma pizza. Pintam-se de americanos com gorros de beisebol, com t-shirts dos Yankees, sonham com Blackberries e MacDonald’s, mas copiam o Grande Líder na forma como se expressam.