“Fraudes e autoridades” de Pedro Bráz Teixeira (i)
Conheci pessoalmente Artur Baptista da Silva no passado dia 17 de Novembro, em que ambos fomos convidados para intervir numa palestra, subordinada ao tema “Há alternativas ao euro?”, promovida pelo Movimento Internacional Lusófono. Aquele orador apresentava-se como coordenador do Programa das Nações Unidas para o De- senvolvimento (PNUD). A sua intervenção estava pejada de números, metade dos quais estavam errados.
Soube-se há poucos dias que Baptista da Silva, que recebeu uma extraordinária atenção por parte da comunicação social e de outras instituições, não ocupava nenhum dos cargos de que se dizia titular, além de terem sido desenterrados esqueletos do seu passado, da mais diversa índole e gravidade.
Imediatamente foi apodado de “fraude”. Mas há aqui duas questões, completamente distintas, que convém analisar. Por um lado, há a fraude óbvia de se fazer passar por algo que não era, por outro, há a fraude do conteúdo das suas afirmações.
Em relação à primeira fraude, ela é clara e não merece grande discussão. O segundo aspecto é que merece uma reflexão maior. Imaginemos que este suposto funcionário da ONU ocupava mesmo o cargo que dizia exercer. Teria algum jornalista contestado os seus erros factuais ou os seus “raciocínios”?
Recomendo a leitura integral do artigo.