Que o Observador pertence à união de legacy media que ataca tudo o que seja relacionado, mesmo que da forma mais ténue, com Trump, já eu sabia. Só não sabia que ia ao ponto de mentir descaradamente para o fazer. Mas este caso prova-o.
Escreve o Observador:
Jovens com bonés com o slogan de Trump — Make America Great Again — cercaram e gozaram com ancião da tribo Omaha, que fazia uma marcha em Washington.
Mais abaixo acrescenta:
Vários adolescentes com bonés com a inscrição Make America Great Again — o “grito de guerra” de Donald Trump — cercaram e gozaram com um ancião nativo-americano, da tribo Omaha, que estava a executar um cântico e a tocar um tambor indígena, à margem da Marcha dos Povos Indígenas, perto do Lincoln Memorial, em Washington D.C, noticiou a CNN.
(…)
Phillips [um ancião da tribo Omaha] foi até à multidão de adolescentes e as coisa até se acalmaram, contou Taitano. Pelo menos até Phillips chegar perto do rapaz que aparece a sorrir no vídeo. “Aquele miúdo recusou-se, simplesmente, a sair e pôs-se mesmo cara a cara com o Nathan”, disse a estudante.
Da leitura parece que aconteceram 2 coisas:
1. Os miúdos, sobretudo o focado na reportagem, moveram-se
2. Os miúdos gozaram com o ancião índio
Na verdade, como se pode ver nos vídeos abaixo, não só foi o índio que foi ter com os miúdos – que na maioria se foram mexendo até que aquele decidiu ficar a olhar para o espectáculo – como a maioria ficou calada, sobretudo o tal rapaz que mais não fez do que sorrir e achar piada ao que o índio estava a fazer. O miúdo não se mexeu, o miúdo não gozou, o miúdo nem sequer moveu um músculo que não fosse para sorrir. Aparentemente, isso hoje é motivo para ser pedida a sua expulsão da escola, para ser pedido o despedimento do seu pai, e para fazerem bullying internacional ao miúdo. Vergonhoso.
De seguida ficam os vídeos onde esta informação pode ser confirmada, informação que quer o Observador podia facilmente pesquisar e incluir na sua reportagem. Mas dava muito trabalho e estragava a narrativa. Enfim. Espero agora a retração do Observador e, já agora, o pedido de desculpas ao miúdo e respectiva família por terem participado na sua humilhação indevida. Era o mínimo, se forem sérios.
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