Só uma perguntinha

Sobre o Congresso do PSD tenho apenas uma pergunta: aquele partido está hoje melhor ou mais forte que na sexta-feira passada? Creio que a resposta é óbvia, e não pode deixar de ser um claro e rotundo não.

Das intervenções dos candidatos a líder não ficou uma única ideia digna de registo.

Das reformas estatutárias ficou apenas a ideia sinistra da lei da rolha.

Ouviu-se por lá dizer que o Governo estava ferido de morte. Estará seguramente. Mas… e o PSD?

PS: Numa paráfrase a uma daquelas pérolas futebolísticas muito repetidas, apetece-me dizer: Portugal estava à beira do abismo e o PSD tomou a decisão acertada: deu um passo em frente.

A arte do difícil

Não me é possível estar hoje no congresso que vai terminar com a votação das listas e o discurso final de Manuela Ferreira Leite. Vi muita conversa, alguma política, naquilo que foi um fim de semana morno, porque o líder do partido já foi eleito há várias semanas. Há algo, no entanto, que julgo ser demasiado importante para que se perca: A ideia que fazer política é mudar o estado de coisas. Que quem queira estar na política o faça por considerar serem necessárias reformas importantes na saúde, na educação no peso do estado e se devolva o poder aos cidadãos. Não se esqueça que a política só vale a pena se for um desafio. Um desafio para que se consigam resultados aparentemente difíceis, porque os fáceis podem se obtidos pelos fracos.

Há que ser ambicioso, porque sem ambição nada disto vale a pena. Sem ambição, sem inconformismo, o que resta é apenas a vaidade, os contactos e as trocas de informações. O passa a palavra. Porque o entusiasmo da política está em fazer a diferença, em marcar posição, argumentar, saber recuar quando preciso e avançar quando necessário. A política é uma arte: A arte do difícil. Fora isso pouco mais resta e sem isso pouco vale um político. 

Incógnita

Ao contrário do maioria não gosto dos discursos de Santana Lopes. Fala bem, sem dúvida. De forma fluída, sem hesitações, com pausas em que parece estar a pensar, mas perde-se. É um blá blá blá constante, contínuo, que não nos dá descanso.

Há anos que está na política e eu (falo por mim) nunca percebi o que pensa. Nunca vislumbrei qual é a sua tão famosa ‘visão’ para Portugal. Há anos que ele anda por aí e continua uma incógnita.

 

Mudança (2)

O discurso de Passos Coelho teve uma vantagem sobre os outros: Foi proferido por quem acredita em algo. Principalmente quando esse ‘algo’ representa mais liberdade para as pessoas. Mais liberdade para nós. Para cada um de nós. Quando essa liberdade, defendida por um político, implica acreditar nas pessoas. Acreditar na sua capacidade empreendedora, na sua capacidade para escolher o caminho da sua própria vida, resolver os seus problemas.